Relacionamento ou parceria? O que você está vivendo?

relacionamento Ter um relacionamento não é o mesmo que ter uma parceria. São duas coisas bem diferentes. Você até pode ter um relacionamento e uma parceria simultaneamente, mas tem muita gente aí ostentando relacionamento sem viver uma parceria de fato. Há quem prefira estar com alguém para dar uma resposta à sociedade, para dizer por aí que está comprometido, sem se preocupar com o que aquela relação representa em sua vida, se existe uma troca, se está feliz. Há quem aceite ficar com alguém só para não ficar só, porque não aprendeu a amar a própria companhia, porque não aprendeu que a pior solidão é estar com alguém de corpo, mas não estar de alma.

Sobre a solteirice

Existe toda uma teoria a respeito da solteirice. A sociedade julga, as pessoas julgam? É como se estar solteiro fosse um carimbo de qualquer coisa muito ruim. Ou ninguém te quer, ou você deve ser muito difícil de lidar, vira um coitado ou coitada. Mas ninguém pensa que você pode estar solteiro por opção, simplesmente porque não encontrou alguém que mereça você. Não encontrou alguém com quem valha a pena dividir uma vida e criar uma parceria.

Isso quando você mesmo não é seu próprio inquisidor. Porque, sim, são muitas as pessoas que acham que precisam ter alguém de qualquer jeito, que querem ter alguém, não importa que alguém seja esse. Acabam se submetendo a relações nocivas (já falamos sobre relações nocivas aqui), aceitando conviver diariamente com a dor, o sofrimento e a infelicidade só para não ficarem solteiros. Vendendo para a sociedade a imagem de uma relação saudável, quando por dentro você está adoecendo. estampando risos falsos, contando aos amigos e familiares versões de histórias a dois que na realidade você não vive. Triste isso.

Melhor liberdade

A melhor liberdade que você pode cultivar é a liberdade emocional! Não depender de ninguém para ser feliz, não entregar a responsabilidade por sua felicidade a outras mãos. Entender que você é um ser completo e não uma metade atrás de outra metade. Que você está em busca de outro ser completo, para que as suas completudes conjuguem juntas os verbos amar, somar, compartilhar, compreender, respeitar, valorizar, ceder e tantos outros verbos tão importantes na vida a dois.

Não é qualquer relacionamento que te cabe, que é seu número. Aceite isso que dói menos. E se não te cabe, doe! Se liberte, se dê a oportunidade de reorganizar sua casa interior para receber um novo integrante. Se permita ter a possibilidade de conhecer outro alguém, de tentar de novo. De tentar quantas vezes forem necessárias até que encontre uma pessoa que caiba direitinho na sua vida, na sua rotina, no seu jeito de viver e de ver o mundo. Não aceite menos do que isso. Não aceite uma relação sem parceria. Não vista o que não cabe em você. Você não merece.

Relacionamento ou parceria?

Ninguém nasceu pra ser infeliz. E permitir que sua infelicidade seja causada por alguma coisa sobre a qual você tem o poder de escolha e decisão é burrice. E a gente sempre sabe se aquela relação está nos fazendo bem ou mal! No fundinho da alma e do coração, a gente consegue fazer uma avaliação mais realista sobre a relação que estamos construindo a dois. E mais do que ninguém, a gente é quem mais sabe se está feliz ou infeliz dentro daquele relacionamento.

Relacionamento qualquer casal tem. Mas parceria, meus queridos, aí  já é outra história. Porque a parceria pressupõe doação, cessão, dá trabalho. Porque um parceiro pensa em sua felicidade também, não apenas na dele. Um parceiro valoriza as suas necessidades, não apenas as dele. Relação parceira é aquela em que o diálogo prevalece pelo bem da relação. Ela acontece quando vocês têm o entendimento de que se relacionar não é fácil e exige dedicação. Parceria precisa de entrega. Se você tem um parceiro, ele entende suas limitações, entende sua TPM, se esforça para abafar seus medos, para evitar novas dores.

relacionamento Um relacionamento com parceria não é perfeito. Nenhum relacionamento vai ser. Mas quando existe parceria, quando existe amor, vocês se esforçam para fazer a relação dar certo diariamente. Você aprende a conviver com os defeitos (porque as qualidades são ainda maiores), você aprende a lidar com as falhas (porque os acertos são mais frequentes e constantes), você aprende a lidar com o outro (porque o outro te faz bem, te faz feliz), vocês amadurecem juntos, crescem juntos, lutam juntos em prol da relação.

Avalie. Ainda dá tempo

Se você hoje tem um relacionamento, avalie. Pare nesse exato momento e se pergunte se você tem ao seu lado um parceiro. Se a resposta for sim, abra um sorriso e agradeça. Se a resposta for não, não precisa abaixar a cabeça. Sorria também, por ter identificado isso nesse momento e por ter aberto uma janelinha em sua vida para dar uma velha e gostosa escapada. Se você não tem um parceiro e acabou de descobrir isso, respire fundo, assuma o controle de sua vida, se liberte e vá ser feliz. Nunca é tarde para recomeçar, especialmente se sua felicidade está em jogo. Não se conforme com um relacionamento. Não se acomode. Se não for parceiro, não vale a pena se relacionar.

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Especial Dia dos Namorados: artigos para pensar no amor – III

E o terceiro texto do dia é também da psicóloga e educadora Maria Helena Vilela, que foi quem abriu a nossa série Especial Dia dos Namorados: artigos para pensar no amor. O tema agora é o prazer sexual e sua importância, que é tão grande quanto a necessidade de afeto que todos temos. Nos links abaixo, os dois primeiros textos da série:

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>>Especial Dia dos Namorados: artigos para pensar no amor – I (namoro virtual)

>>Especial Dia dos Namorados: artigos para pensar no amor – II (namoro e tempo)

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O DIREITO AO PRAZER SEXUAL

*Maria Helena Vilela

Um beijo, uma carícia especial… E pronto!!! O cérebro é invadido por uma onda gigantesca de excitação que leva a pessoa ao prazer sexual. A explicação para o prazer se esconde atrás de algumas minúsculas partículas químicas encontradas no organismo chamadas endorfinas, substâncias naturais produzidas pelo cérebro que nos relaxam e preservam da dor e que dão enorme prazer.

Este caldeirão químico, associado a uma cadeia de processos físicos e psico-emocionais que começam a interagir logo no despertar do desejo sexual, produzem no indivíduo uma especial sensação de bem-estar que torna a atividade sexual fundamental para a saúde e para a qualidade vida.

O prazer sexual é apenas o acorde final da grandiosa sinfonia, chamada relação sexual. Para que ele aconteça, outras emoções e comportamentos precisam ser apresentados, anterior ou concomitante ao prazer – a expressão sexual. É ela a responsável pelo encontro sexual e amoroso. É no cantarolar uma música, num sorriso, no tom da voz, no jeito de dançar, no perfume que se usa, no humor, numa brincadeira, em tudo isso há um encantamento que chama a atenção do outro e desperta a afetividade e o desejo sexual.

Num casal, os indivíduos devem compartilhar seus desejos, dizendo um ao outro do que gostam sexualmente, conversando sobre as fantasias, ensinando ao outro os segredos do corpo e tocando o outro do jeito que lhe agrada; enfim, revelando-se para que o outro descubra o caminho do prazer. É na descontração da manifestação dos interesses sexuais e no desprendimento do medo de julgamento que se dá o envolvimento sexual do casal e o sucesso do relacionamento.

*Maria Helena Vilela é diretora do Instituto Kaplanwww.kaplan.org.br

**Texto publicado mediante autorização e respeito à autoria e integridade do conteúdo e ideias do autor. Enviado ao blog pela assessoria do Instituto Kaplan, entidade de educação sobre sexualidade para jovens.

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Dia dos Namorados 2: A procura do par perfeito

Mais um artigo muito bom da psicóloga Cássia Franco, dessa vez, um pouco mais reflexivo sobre o “mercado” de troca de intenções que se estabele no início e ao longo dos relacionamentos a dois. Para quem gostou do material anterior da autora, publicado aqui no Conversa, sobre as dicas para NAMORAR, vale a pena ler este também!

*A procura do par perfeito

“Ninguém é perfeito até que alguém se apaixone por esta pessoa”
(William Shakespeare)

**Cássia Aparecida Franco

Tem casal, segundo Cássia Franco, que adora brincar de detetive e acaba transformado a vida do parceiro (a) em um inferno de vigilância e desconfiança constantes

Diferentes grupos humanos criam rituais de apresentação, formas de travar contato e de sinalizar seus interesses propiciando aproximação, comunicação, transpiração de idéias e intenções. A pesquisadora Froma Walsh nos conta que entre os povos nômades do deserto, por exemplo, há séculos os grupos se reúnem para a tradicional “feira de esposas”, onde os homens vão procurar uma esposa para si.

Segundo a tradição, as mulheres disponíveis para o enlace, pintam os olhos com intensidade, usando um véu cobrindo o rosto, caso sejam virgens. As viúvas ou separadas tem o rosto descoberto, mas todas, sem exceção, levam em seus braços uma manta tecida com as próprias mãos.

Todos circulam livremente pela feira e no momento em que um homem encontra o olhar de uma mulher que o interessa, ela exibe a manta que teceu cheia de intenções. Assim, os dois se examinam por tabela, enquanto falam do precioso objeto. Conforme os argumentos, ele decide se quer comprá-lo e ela se quer vendê-lo. Se discordarem, a procura recomeça.

Se, contudo, o interesse for recíproco, os dois discutem sobre o preço da manta e, se chegarem a um consenso, dirigem-se a uma autoridade que legaliza a intenção de se casar. A partir daí, as famílias se envolvem e discutem herança, dote e moradia.

Toda vez que duas pessoas se encontram, trocam sinais que explicitam que tipo de relação está se estabelecendo. E estes sinais, muitas vezes sem palavras, têm a força de provocar emoções que afetam os comportamentos que se seguirão. A partir daí, cria-se a expectativa do que um pode esperar do outro.

Podemos por exemplo, ser detetives e estabelecer uma relação com base na vigilância e desconfiança. Neste jogo deverá sempre existir alguém que espreita na procura de alguma curiosidade ou delito. Há bastante espaço para o ciúme, a briga e conseqüente pedido de trégua e para o ritual de fazer as pazes. Há quem goste.

Podemos encontrar também o atento cuidado do jardineiro que arranca a erva daninha, prepara o terreno e afofa a terra com carinho, semeando no capricho, regando e colhendo frutos. Há quem ache muito monótono.

Outros casais, ainda segundo Cássia Franco, preferem brincar de jardineiro e construir um amor mais ameno, porém duradouro

É possível também um animado jogo de Banco Imobiliário, onde eu lhe compro e você se vende. A dívida nunca é quitada e o cartão de crédito tem juros impagáveis. Há quem se magoe muito com isto.

Há também o modelo julgamento, onde todos são avaliados e penalizados no critério do que é certo ou é errado. Esquece-se, no entanto, que o certo e o errado podem variar conforme o júri. Há quem considere muito difícil equilibrar esta balança.

A questão é que temos crenças e valores que funcionam como uma espécie de peneira seletiva na hora de interpretar os dados. Nossas crenças e valores são estados emocionais que influem em nossos pensamentos e decisões.

Quando criamos a expectativa de ter encontrado o par perfeito, estamos projetando no outro as imagens internas que temos do que seria o nosso modelo de perfeição. Encobrimos o outro em uma nuvem contaminada pelo nosso olhar. Perdemos a oportunidade de enxergar o outro e criamos expectativas difíceis de serem concretizadas.

O sucesso ou o fracasso de uma união depende muito dos acordos de colaboração existentes entre o par. Acordos esses que sabiamente precisam ser renovados periodicamente, promovendo reflexões sobre as mais altas esperanças e os medos mais profundos.

*Texto encaminhado ao blog para publicação pela  Matéria Primma Comunicação

**Cássia Aparecida Franco é psicóloga, palestrante e coach. Contato: [email protected]

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Dia dos Namorados: Dicas para adoçar o relacionamento

Love is in the air, já cantava com toda propriedade Paul Young. Pois sim, com a proximidade do Dia dos Namorados, o Conversa de Menina anda recebendo uns artigos, dicas e coisinhas bonitinhas de gente que estuda o amor. É, minha gente, taí um tema delicioso de se estudar, não é? O bacana é que os textos, como o artigo abaixo, em forma de acróstico (formas textuais em que a primeira letra de cada frase ou verso formam uma palavra ou frase) de NAMORAR, escrito pela psicóloga Cássia Franco, além de revelar os conhecimentos de quem estuda, traz é a experiência de quem vive o amor, na prática. Perfeito, como bem lembra a autora, ninguém é, mas não custa se esforçar um pouquinho. Confiram, aprendam, divirtam-se e namorem muito!

*N A M O R A R  no Dicionário Aurélio significa “procurar inspirar amor”

**Cássia Franco

Com a proximidade do Dia dos Namorados, que tal aproveitar para adotar algumas estratégias que podem lhe ajudar a melhorar o seu relacionamento amoroso. Confira algumas sugestões:

Cupido já te acertou em cheio? Então dê uma conferida nos conselhos deste post...

N – Nada melhor do que olho no olho
Não use o Orkut ou o MSN para ficar conversando horas a fio com a pessoa amada. Use a tecnologia a seu favor. Recados em código, discretamente picantes, podem reativar o clima e ser prenuncio de uma noite de romance. Além disso, quem quer fazer par com alguém que é tão desocupado? Quando a distância for invencível, use o Skype com câmera, modere no tempo, mas capriche na sensualidade e na intenção.

A- Adivinhar é para cartomante
Agimos na vida amorosa como se a telepatia fizesse parte do repertório básico de habilidades humanas, como respirar ou engolir. Essa ilusão pode se manifestar de duas formas:
1-por meio da presunção de que sabemos o que o outro está pensando;
2- através da premissa de que os outros não só podem como têm a obrigação de saber exatamente o que nós estamos pensando, sem que precisemos lhes dizer.
Fuja das viagens na maionese. Ao percebermos que estamos nos irritando com alguém por algo que acreditamos que a pessoa está pensando, antes de confrontá-la, podemos nos questionar: “Será que não estou tentando fazer telepatia? Será que eu realmente tenho condições de saber o que ela está pensando?”

M – Mas…mas…mas…
Na nossa comunicação o sim…mas, carrega de nuvens o mais azul dos horizontes. É como uma pedra de sal no meio de um beijinho de coco. Na convivência, o mas…, anula o valor de tudo o que vem antes dele. Em sua modalidade mais simples, a conjunção mas pode constituir uma obstinada determinação a encontrar um aspecto negativo em algum lugar, uma objeção, acabando por minimizar ou anular qualquer ponto positivo que por ventura exista. Tudo bem querermos o melhor. Difícil é alguém agüentar um: Eu te amo, MAS…

O – Onde foi que eu errei?
Freqüentemente no início da paixão fazemos 1002 exceções no ritmo de nossas vidas no intuito de agradar e atrair a outra pessoa. É um tal de se produzir no capricho, de conversar com bom humor, de ser bom ouvinte, de disponibilizar um tempo extra para o outro, de fazer poesia, o doce predileto, se dispor a participar de programas que nem são exatamente do seu agrado. Às vezes até deixar os amigos ou algumas tarefas de lado, buscando mostrar o seu melhor para o novo objeto de desejo. Depois de um tempo de convivência cada um tende a voltar ao seu andamento da vida, agora com o “novo anexo”.

Muitas vezes, é nesta fase que começam as críticas e reclamações. Pergunto: O quanto de nós está realmente preparado para ouvir críticas? Levar tudo para o lado pessoal significa interpretar eventuais comentários, perguntas e comportamentos de terceiros como afrontas diretas ao seu próprio valor como ser humano, à sua aparência, competência ou perícia. Ou será que com a melhor das intenções, acabamos fazendo propaganda enganosa de nós mesmos?

Lembre que amor é acima de tudo cumplicidade, parceria e compreensão

R – Relaxar e rir
Quando estamos muito tensos, agitados, fica difícil tomar qualquer atitude. Assim, quando nos sentimos estressados, ansiosos ou assustados, nossos pensamentos e ações ficam “contaminados” e fazer algo que nos ajude a relaxar, contribuirá para um alinhamento das idéias e escolhas que garantem melhores resultados. Resumindo: nada de discutir no calor da fervura. Sai todo mundo chamuscado.
Que tal experimentar respirar pelo nariz contando até 10, com o ar inflando a barriga profundamente; prender o ar contando até 10 e soltá-lo pela boca lentamente contando até 10. Pode parecer estranho num primeiro instante, mas após umas 4 repetições, você perceberá que as idéias clarearam, que o coração fica mais manso e as ações muito mais favoráveis.Experimente. Se dê este presente.
Aliás, um valioso presente é ter alguém a seu lado que consiga rir de si mesmo e que com respeito e consideração consiga ter humor para enfrentar as dificuldades inevitáveis da convivência. As questões, às vezes, podem ser bem difíceis, mas levá-las na estupidez não vai melhorá-las. Respirar juntos, abraçados, um acompanhando o ritmo respiratório do outro, por apenas 2 minutos pode ser a injeção erótica que você anda procurando. O preço é baixinho e o efeito pode levá-los às alturas.

A- Áreas de problemas e áreas de soluções
Ocasionalmente, os parceiros vêem apenas o que desejam ver e percebem o que melhor se ajusta a seu estado mental no momento. Interpretam os fatos através de uma específica e exclusiva lente de aumento.
Todos nós temos um lado sombrio e um lado iluminado e aprender a reconhecer estes aspectos pode ser um verdadeiro holofote para iluminar lados obscuros do relacionamento. Parar para fazer um balanço entre pontos fortes e fracos, principais forças e fraquezas, talentos e dificuldades, ajuda cada um a entrar no relacionamento com o que tem de melhor.
Posso até não ser capaz de modificar os outros, mas, existe alguém que pode tomar a iniciativa de fazer algo diferente, esse alguém sou eu mesmo.

R- Raciocinar

Se você observar como a inteligência o deixou na mão quando você mais precisou dela, é possível que diga algo do tipo: “não parei para pensar”, “eu já estava tão desanimado que meu cérebro virou geléia”, “fiquei tão desesperado que deu branco”. Estas frases são sinais de que baseamos nossos atos no pensamento emocional, que geralmente é um parâmetro enviesado, para tomarmos uma decisão.

Somos seres que interpretamos o mundo através dos significados que imprimimos na mente. Se passarmos a pensar de forma contaminada, os pensamentos determinarão emoções comprometidas que acabarão gerando comportamentos inadequados. Quem já se destemperou sabe que as conseqüências, às vezes, são bem amargas de engolir.

A nossa maneira de perceber determinada situação pode facilitar a tarefa de lidar com ela ou tornar praticamente impossível enfrentá-la; pode nos tranqüilizar ou nos encher de ansiedade. Basta considerar a experiência através de um outro ponto de vista para modificar até mesmo nossa sensação de dor.

Que tal enxergar uma nova luz no fim do túnel, e se sentir tentado a conferir muito mais do que as curvas da estrada de Santos?

*Texto encaminhado ao blog pela  Matéria Primma Comunicação

**Cássia Aparecida Franco é psicóloga, palestrante e coach. Contato: [email protected]

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Dicas de presentes para o Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados está chegando – de novo!!! E, embora seja apenas mais uma data comercial, não custa fazer uma surpresinha bacana para o escolhido ou a escolhida, não é? Recebemos dezenas de e-mails com sugestões de presentes para ele e para ela, alguns bem  criativos outros mais tradicionais. Pode ajudá-los a ter uma ideia de presente!

Kit O Boticário. Soft Cherry Mousse Hidratante Corporal (R$ 39,90) e Exotic Cherry Sabonete Perfumado com 2 unidades (R$ 22,90). Para comprar: lojas O Boticário
Livro Seu amor é melhor que Petit Gâteau (reunião de textos românticos). R$ 23,90. http://www.hagnos.com.br
Sapatos com renda Jorge Bischoff. R$ 199,00. Salvador Shopping
Aparador de barba e bigode à pilha Conair. R$ 79,00. SAC: 0800 770 8575

Edição especial da caneta esferográfica Sheaffer 100. R$ 64,00. Só na Saraiva (loja e site http://www.saraiva.com.br)

Paleta de sombras NYX. R$ 99,20. Salvador Shopping

Almofadas 40x40 Cooperárvore. R$ 20,00 + frete. Para comprar: (31) 3591-5896

Sapatos Perere. R$ 99,00 (modelo masculino) e R$ 265 (modelo feminino). Para comprar: http://compras.lojaperere.com.br

Tênis Tryon. R$ 109,90. Para comprar: http://www.tryon.com.br
Kits de perfumaria da Amway. Kit Nidhi (para elas) R$ R$ 148,30; Kit Haener (para eles) R$ 162,50 e Kit Heket (para elas) R$ 143,80. Para comprar: http://www.amway.com.br ou pelo 0800-940-6766
Camisa polo rugby Limits. R$ 239,00. Para comprar: Shopping Iguatemi, alameda das grifes

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Como manter seu casamento para sempre?

Dia desses recebi uma mensagem perguntando como a gente sabe que encontrou alguém para a vida toda. A gente não sabe. Respondi dizendo que podemos até querer que dure para sempre, e essa vontade é capaz de nos fazer tentar novamente sempre que as coisas não caminharem bem. Ainda assim, não significa eternidade. amorPorque sempre é um tempo longo demais quando os personagens da história somos nós, seres humanos, tão cheios de contradições. Bem, comecei falando sobre isso devido a uma matéria que li estes dias. O tema, um estudo a respeito dos fatores que determinam a longevidade de um casamento.

O resultado da pesquisa da Universidade Nacional Australiana é que o amor não basta para manter um casal unido por muito tempo. Nenhuma novidade, não é? Ou alguém chegou a achar que isso era verdade absoluta? A meu ver, o amor pode até alimentar, pode fazer você querer muito estar ao lado de alguém, mas se não houver outros sentimentos, outros pontos importantes, você acaba distante daquele que ama. Não fosse assim, as pessoas não terminavam relacionamentos com aqueles que amam. Segundo o estudo, exercem papel importante na duração da relação fatores como idade dos parceiros, relacionamentos anteriores e até o fato de um fumar e o outro não.

Foram analisados 2.500 casais, entre os anos de 2001 e 2007, entre casados oficialmente ou que apenas moravam juntos. Uma das conclusões do estudo “O que o amor tem a ver com isso” foi que um marido pelo menos nove anos mais velho que a mulher tem duas vezes mais chances de se divorciar, assim como os homens que se casaram antes dos 25 anos de idade. Eu já me sinto um pouco incomodada quando as relações humanas são encaixadas em perfis próprios. Eu acho esquisito rotular relações humanas, criar parâmetros pré-determinados. O que mais há nas relações humanas são as exceções. Justamente porque é difícil mapear o comportamento. Movido por uma forte emoção, ninguém sabe do que é capaz. Mas vamos adiante.

amorOutro dado levantado pela pesquisa é que 20% dos casais que tiveram filhos antes da união acabaram separados. Casar por causa dos filhos não é uma sábia decisão, se a motivação para o casamento é apenas essa. Mas, ainda assim, é preciso pensar que 80% dos casais continuaram juntos. O que eu pergunto é: até quando, não é? Até quando as relações entre estes casais se manterão estáveis como na época da pesquisa? Daqui a um ano, sabe-se lá se os casais que estavam juntos e felizes ainda manterão esse status. Eu continuo reticente com relação a essas pesquisas. Para mim, é tentar calcular o incalculável. É buscar razões para o que não se explica por amostragem.

Seguindo com os dados da pesquisa, outro fator determinante para o divórcio é a discordância sobre ter ou não ter filhos. Se um quer, e o outro, não, a possibilidade de se divorciar cresce. Ah, e se o parceiro já havia passado por um divórcio anterior, mais chances de enfrentar uma nova separação. E o dinheiro, esse influencia também. Quando a grana acaba, acaba também o casamento.

Meu incômodo aumenta a cada nova exposição. Pergunto-me qual é mesmo o fundamento de estudos como este. Todo casal terá problemas, óbvio. São duas pessoas diferentes, com criações diferentes, tentando viver sob um mesmo teto. Não tem como ser perfeito. Em algum momento estas diferenças se sobressairão. Imagino que o importante seja viver essa relação enquanto ela valer à pena, enquanto for motivo de alegria. Se vai durar para sempre, não importa. Que dure o que tiver de durar. É preciso compreender isso. Se durar para sempre, ótimo. Se durar dois meses, ótimo também. Amor de casalO que não compreendo é essa busca incessante por fórmulas da eternidade.

Não sou psicóloga, não entendo o funcionamento da mente humana. O que sei sobre o assunto é devido a uma leitura rasteira sobre o tema. Mas tenho minhas crenças e apostas. Embora não tenha durado para sempre, de alguma forma toda relação teve seu bom momento, caso contrário você não teria estado ao lado daquele alguém. Portanto, minha gente, vamos esquecer essas equações inexatas que se espalham por aí. Se você quer que uma relação dure para sempre, tente contornar as diferenças. Mas se não durar para sempre, tudo bem. Aceite o fim e siga em frente. Quem sabe você não encontre outro alguém com quem queira viver o resto da vida?

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Temos religiões diferentes. E agora?

judaismo

*Texto e reflexões de Andreia Santana

Esta semana uma cena me chamou atenção na novela Caras & Bocas, exibida no horário das 19 horas pela Rede Globo. O personagem Benjamim, judeu ortodoxo, sugeriu à Tatiana, sua namorada na trama, que se convertesse à religião dele para que a moça seja aceita por sua família. No horário das 21h, a novela Caminho das Índias dá exemplos diários das dificuldades vividas pela personagem Camila, brasileira, para de adaptar aos costumes e religião da família do marido Ravi, indiano. Exageros da ficção à parte, o envolvimento de pessoas de religiões e culturas diferentes faz parte do contexto social tanto pelo fato de sermos seres gregários, que buscam sempre um grupo onde se encaixar; quanto porque com a globalização, com a internet, as fronteiras que separavam uma cultura da outra foram dissolvidas e reconfiguradas.

cristianismoO ser humano necessita relacionar-se na essência. Parece chavão, mas a verdade é que nenhum de nós pode viver sozinho. O diálogo, a comunicação, o interesse, a curiosidade pelo que é diferente está na maioria de nós. Só os muito intolerantes não admitem que precisam conhecer e entender o outro. Só os preconceituosos não aceitam o diferente e não buscam aprender com essas diferenças. E existe uma quantidade de intolerância e preconceito suficientes no mundo para provocar uma série de problemas. Vide as guerras e atentados que explodem de um lado a outro do globo.

A cena entre Benjamim e a namorada me chamou tanta atenção na novela porque fiquei pensando até que ponto alguém tem o direito de pedir a outra pessoa que altere seu modo de vida para ser aceito em determinado grupo. Também penso até que ponto alguém deve ceder e alterar suas crenças por amor. Me perguntei porque Tatiana não poderia ser aceita pela família do namorado mesmo sem ser judia ortodoxa. Nem torço pelos dois personagens e nem gosto muito de Tatiana, acho uma personagem cabecinha oca, como muitas que existem nas novelas. Mas, a situação vivida por ela pode muito bem ser a situação de qualquer rapaz ou moça.

islamismoCasais de religiões diferentes devem tentar converter um ao outro? Minha opinião é não, porque a escolha religiosa de alguém tem de ser algo ditado por uma necessidade pessoal e não por conveniência. A opção por esta ou aquela religião, ou até a opção por não ter nenhuma religião deve ser respeitada.

Acredito que deva ser difícil para um casal de religiões diferentes, ou em que um é religioso e o outro ateu, negociar a convivência. Mas negociação e diálogo são a base de qualquer relacionamento. Então, que os acertos com relação aos credos de cada um sejam estabelecidos no início do relacionamento, sem preconceitos e sem intolerância.

oxossiSe o marido é evangélico e se sente bem na sua crença e se a esposa é católica e se sente bem assim, por que tentar mudar? O ideal é que um respeite a religião do outro. Se é preciso acompanhar o marido até sua congregacão evangélica, porque não fazer isso de forma respeitosa. Não é preciso se envolver no culto, ou tomar parte dele. Se a esposa católica quer ir a missa e o marido é de outra crença, há duas opções. Ir com ela e respeitar aquele momento, sem necessariamente precisar tomar parte dele; ou deixá-la ir sozinha, respeitando esse momento que ela precisa para manifestar sua comunhão com Deus ou com a divindidade que ela cultua.

As pessoas falam tanto em liberdade de expressão, mas por que tentar alterar o credo de um namorado ou namorada? Isso não seria ferir a liberdade de expressão e justo da pessoa que dizemos amar? É preciso que ela mude por pressões familiares? Em pleno século XXI, as pessoas ainda sucumbem a esse tipo de coisa ao invés de tentar ser aceito da forma que é? Por que vai ser inconveniente levar uma namorada não evangélica, ou não católica, ou não budista a um evento da sua igreja? Sinceramente não consigo entender que alguém diga que ama outra pessoa, mas com ressalvas: “Eu te amo, mas você precisa se converter antes ao meu credo para ser aceita na minha comunidade”. Não consigo ver esse tipo de coisa como amor. Para mim, amor pressupõe compreensão e aceitação, independente de credo, cor, posição social.

hinduismoLógico que vai precisar haver muita maturidade no relacionamento para que um entenda o credo do outro e aceite que, em um determinado momento, o seu par precisará cumprir os seus ritos religiosos, isso no caso daqueles que seguem todos os preceitos de sua religião. Também não sou ingênua a ponto de achar que ao escolher o caminho da não conversão, a pessoa vai ser recebida de braços abertos logo de primeira. Infelizmente não, o caminho do desafio às normas vigentes é sempre pedregoso. Mas é possível percorrer um caminho assim de forma serena, sem partir para a agressão, desde que haja o mínimo de predisposição em tentar entender o outro, o que é diferente.

AnkPor que não aceitar? Por que impor regras como o tamanho do cumprimento da saia da namorada? Ou preceitos que não faziam parte da realidade dela ou dele antes de se conhecerem? Sinceramente, creio que forçar alguém a aparentar o que não sente, a ser como não é de fato, seja ainda mais árduo do que tentar fazer com que a família e a comunidade aceitem aquele membro que é diferente, mas que respeita as crenças dos outros. Ele é evangélico, mas ela não é. Ou vice-versa. Mas desde que haja respeito de um com o outro e respeito próprio, que mal há nela usar batom ou um vestido acima dos joelhos porque se sente bem assim? Ou que mal há nele gostar de festas e de pular Carnaval mesmo que a religião dela não permita?

As pessoas não gostam do que dá trabalho. E dá trabalho conviver com alguém de credo diferente porque as cobranças dos outros são muitas e exercem grande pressão. Mas será que um casal que permite que as pressões externas afetem o relacionamento construiu uma base sólida para este relacionamento?

BudaDesde que haja respeito, cooperação e a intenção de conversar sobre o que incomoda, colocando as cartas na mesa, creio que seja possível a convivência inter-religiosa numa família. E conheço exemplos que dão muito certo. Uma amiga, por exemplo, é espírita, o esposo é ateu, a mãe é evangélica e uma das irmãs é filha-de-santo de um Terreiro de Candomblé. Todos se dão bem, todos se respeitam e nenhum deles tenta converter o outro ou faz comentários intolerantes e ofensivos a outras religiões. Para mim, esse é o verdadeiro sentido de se ter uma crença.

CrucifixoFanatismo não tem relação com religião. E eu, particularmente, quero distância das pessoas fanáticas. Acredito que quem segue uma crença busca por algum tipo de equilíbrio, por paz interior, elevação espiritual. Não consigo encaixar o fanatismo nem em equilibrio, nem em paz interior e muito menos em elevação espiritual. Para mim, não existem eleitos, visto que, se existe um Deus que todas as religiões fazem questão de dizer que é a expressão da suprema bondade, a suprema bondade para mim não implica em escolher um povo ou um credo em detrimento de todos os outros.

Não sou especialista em religião, nunca estudei teologia e muito menos tenho a receita para os relacionamentos amorosos perfeitos. Aos que vivem uma relação inter-religiosa, só posso imaginar o que vocês passam e de que forma resolvem seus conflitos, mas não sei como é na prática. No entanto, acredito no diálogo, na tolerância e na negociação como bases para se resolver qualquer problema.

Minha intenção com este post é dividir com os religiosos e os não-religiosos, ideias que me ocorreram após ver uma cena de novela, que na minha opinião, configura-se em desrespeito às individualidades. Um casal é sempre um conjunto, mas jamais podemos esquecer que antes de ser conjunto, cada parte envolvida na relação é um indivíduo único, que merece respeito como tal.

*Andreia Santana, 37 anos, jornalista, natural de Salvador e aspirante a escritora. Fundou o blog Conversa de Menina em dezembro de 2008, junto com Alane Virgínia, e deixou o projeto em 20/09/2011, para dedicar-se aos projetos pessoais em literatura.

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