Quem ama liquidação de início do ano levante a mão! o/ o/ o/ o/ o/ Pois é, meninas, hoje vou mostrar pra vocês as camisetas que comprei neste saldão. Estava passando pelo Salvador Shopping e decidi entrar na C&A. Em uma das araras tinha uma etiqueta vermelha anunciando, acreditem, A PARTIR DE R$ 7,90. Isso mesmo que vocês estão lendo.
O que a louca aqui fez? Peguei todas as camisetas tamanho M que ainda restavam na arara para experimentar. Afinal, do jeito que roupa anda cara em Salvador, comprar camiseta a R$ 7,90 é um achado, néam? Pois bem, me joguei no provador e separei todas as camisetas que ficaram legais. Depois ainda me arrependi de não ter pego mais!!! Hahahaha…
No final das contas, comprei oito camisetas por R$ 63,20. 🙂 🙂 🙂 Nada mal, hein? Nas fotos está faltando uma, que usei na véspera do dia em que fiz o post e está lavando. Infelizmente, quando voltei lá no dia seguinte para verificar de novo, não achei nenhuma mais neste preço.
E desculpem por não ter guardado as etiquetas para mostrar, é que eu já usei todas!!!! Hehehe.
O que acharam? Curtiram? Conseguiram aproveitar também as promoções de início de ano? Beijocas, meninassss!
Se alguém me perguntar qual o meu estilo, não preciso hesitar em responder: excessivamente casual. Se a pergunta seguinte girar em torno de eu estar plenamente satisfeita com ele, vou parar uns instantes para pensar. Por certo, minha resposta será “não”. Pode parecer um pouco contraditório alguém se dizer casual e afirmar uma insatisfação com o próprio estilo. Mas, sim, este é o meu caso. Nunca fui muito exigente com roupas e só levava em consideração o conforto. Nunca me preocupei muito em aliar o conforto à beleza, eu assumo.
Esse formato super casual funcionou bem por muitos anos. Bermudas jeans, calças jeans, vestidinhos simples e sandálias rasteiras socaram meus armários. Mas o tempo passou e comecei a viver um dilema. Escolhi uma profissão que exige de mim um cuidado maior com a aparência, decidi dar início a este blog que também trata de beleza e moda, e mais que isso tudo, comecei a atravessar o olhar ao me ver no espelho. Cheguei ao momento de dizer para mim mesma que estava na hora de mudar alguma coisa. Este momento é agora.
Não é que eu queira me livrar definitivamente do casual e do conforto, não é isso. Minha intenção é adotar algumas mudanças no visual, acrescentar mais acessórios, aprender a escolher peças que caibam bem em mim, sejam funcionais e, ao mesmo tempo, criem um look mais elegante, com um ar “mais arrumado”. E, definitivamente, meu guarda-roupa não está me ajudando em nada neste momento. Até tento criar combinações, mas descobri que não tenho peças chaves e, pior, não sei fazer as tais combinações funcionarem!
Já sei que o mais importante para uma mudança é reconhecer a necessidade de colocá-la em prática. Isso eu já fiz. Mas a partir daí vem a pior parte. Achei que seria mais fácil, que chegaria às lojas e os olhos bateriam nas peças certas.. Que nada! Sou viciada no casual, tenho dificuldades em escolher peças diferentes para experimentar e julgo que vai ficar ruim algo que nem experimentei. Sim, meu caso é grave, amigos e amigas! Preciso de ajuda profissional ou da boa vontade de um entendedor de moda.
Nos últimos dias, fui a algumas lojas, tentando adquirir peças versáteis, mas que criem o tal visual elegante. Garimpei pouquíssima coisa, porque não conseguia combinar as peças, nem conseguia perceber o que ficava bem em mim. Não achei que seria uma missão tão complexa, mas estou disposta a encará-la de peito aberto. Precisarei muito de ajuda, e vou apelar a vocês também, que me sugiram peças bacanas para se ter, me indiquem sites bacanas que tratem de estilo, tudo o que vier de ajuda será bem vinda e eu já agradeço antecipadamente!!!
Também já decidi que a cada peça nova que comprar – aos poucos, claro, porque não tem dinheiro sobrando – doarei uma peça do meu atual guarda-roupa. A intenção é refazê-lo mesmo, manter apenas o que for bacana e ir trocando peças, reduzindo as peças iguais que acumulo no armário. Tentarei dividir com vocês meus avanços, fotografando as novidades e pedindo a opinião de vocês sobre o que de mais novo chegou ao meu guarda-roupa.
Um passo importante eu já dei, com a maquiagem. Para quem não sabia para onde ir com pincéis, tenho me virado bem e criado visuais bacanas para as ocasiões especiais. Nada profissional, mas dá para o gasto! Agora, é mudar o look! Rezem por mim!
Os looks românticos, um toque de casual chic, com aquele despojamento que inspira quase uma elevação espiritual (“olha como ela é desapegada e ao mesmo tempo #phina”) fazem a minha cabeça. Também gosto desse revivel 70´s que inspira as coleções de Verão 2012 e, claro, a ciganidade latente que igualmente povoa as vitrines nessa temporada, tem morada certa no meu coração e, na medida do po$$ível, no armário.
Mas hoje quero falar, ou melhor, mostrar, um toque de romantismo mezzo inspirado no ladylike, mezzo nos anos 20 (minha década de alma). Ao menos, é essa leitura que faço do look super simples, facinho de copiar e muito lindinho da atriz japonesa Fumi Nikaidou, usado na exibição do novo filme do diretor Siou Sono – Himizu – inspirado no pós-tsunami do Japão. Li a reportagem hoje cedo e me encantei com o look da atriz. Trouxe aqui para o blog, para mostrar para vocês um pouco da beleza da simplicidade, aliás, uma característica marcante da cultura japonesa.
As duas fotos abaixo, tirei da reportagem sobre o filme na Folha On Line (acesse aqui) e do site To Space. E o look, nada mais singelo e bonito: Um sapatinho romântico, preto básico, de salto e tirinha no peito do pé, um pouco abaixo do tornozelo, (ah, as melindrosas dos anos 20!), e um vestido leve, com um caimento que também lembra um leve perfume 20´s. Mas o conjunto da obra, como vocês verão na foto, é uma romântica releitura do ladylike. Inspirem-se, porque é bem simples de encontrar os adereços certos nas multimarcas, lojas de grife ou mesmo fast fashions desse Brasil. A make levinha e um nadinha de joias fecham com chave de ouro!
Ah, sim, já ía esquecendo, tem uma leve pegada minimalista aí nesse modelito. De fato, uma mistura harmoniosa de tendências e referências de moda. #Adorei!
Como vocês podem ver, a atriz é mion e o salto deu uma imponência ao porte, mas sem agressividade, mantendo a doçura da moça. O vestido é sem comentários, #favoritei, e ainda no tom hit da estação, tangerina, coral, vermelho-alaranjado (aí vocês decidem)E aqui em detalhes. Roupa confortável, para quem não abre mão, e ao mesmo tempo elegante. O detalhe do cintinho e os dois bolsinhos do vestido fazem toda a diferença!
Fiz uma seleção de alguns itens de vestuário da moda infanto-juvenil Outono-Inverno 2011, mas além de mostrar as peças para aquecer os petits, publico um artigo da personal stylist Rose Rios, que tem relação com o tema. As fotos estão intercaladas com trechos do artigo em que Rose detalha as tendências da baixa estação para a meninada. Leiam e regalem-se com as fofices para os mini fashionistas de plantão, mas sem aqueles exageros que transformam crianças em adultos fake.
Moda: como vestir as crianças durante o inverno?
*Rose Rios
As crianças também querem estar na moda e neste inverno contarão com blusas e camisetas em malhas naturais e confortáveis de algodão orgânico, que aparecem com toque aveludado, listrados de fio tinto e canelados mais leves.
Abrigos da Hering
As influências do estilo Folk são vistas em modelagens amplas. As padronagens aparecem clássicas, em vários tipos de listras e xadrezes, florais, além de pied-de-coq e pied-de-poule. Com as cores voltadas para os tons terrosos, as nuances ficam em torno do marrom, ferrugem, salmão, cinza, verde musgo, azul, vermelho, rosa, bege, e também preto e branco.Para proteger as crianças do frio, destacam-se as malhas matelassadas, as malhas dupla face com toque aveludado, os moletons, moletinhos, malhas estruturadas, cetim, musselina, veludo e o jeans. Os looks, em geral, são compostos por diversas camadas de roupa.
Casacos da coleção Outono-Inverno da Tigor. Para ver detalhes das peças, acesse: www.tigorttigre.com.br/inverno2011
Para as meninas, as peças são mais delicadas, como blusas e casacos com detalhes feitos a mão e padronagens étnicas. O tricô aparece mais trabalhado, com pontos mais largos. Já para os meninos, o estilo folk, em peças adultas e funcionais. Os casacos e bermudas de tweed dão um ar sofisticado aos garotos.
Camisetas da nova coleção da Hering. Para ver delalhes (www.heringkids.com.br)
Atualmente, as crianças são cada vez mais influenciadas pelo mundo globalizado, tornando as roupas funcionais e confortáveis. Aposte nas referências das tribos urbanas, moda étnica, peças delicadas, padronagens clássicas em looks modernos, estilo folk, metalizados e brilhos.
Coco Chanel inspira inverno da Kids Company
Os novos moletons trazem aspecto flame, botonê, e até índigo. Os blusões, calças e casacos infantis surgem não somente no estilo tradicional, mas também em formas mais estruturadas.
Prepare-se para encontrar garotos e garotas super fashion durante a estação.
*Rose Rios é personal stylist, estilista e produtora de moda. Visite o blog dela.
Adoro batom vermelho, tenho de vários tons. Já contei para vocês que coleciono batons, é uma das minhas manias. E a cor, que é must have do Outono-Inverno 2011, a depender das combinações, na roupa, acessórios ou make, pode revelar sensualidade, romantismo, ousadia, sofisticação, casualidade…. Vermelho é versátil. Por isso gosto tanto.
Mas, combinar batom vermelho nem sempre é fácil. Por isso, separei para dividir com vocês, algumas mini-dicas enviadas ao blog pela Patrícia Cordeiro, beauty stylist da marca Veridica it. Segundo ela, cada tom de pele tem um vermelho que cai melhor. E embora não seja uma regra rígida, em moda quase nada é lei marcial – ainda bem! -, vale ficar atenta para não exagerar. O charme do vermelho é ressaltar, mas sem agredir o olhar.
Tons de pele – “Para as brancas ou loiras o indicado são os tons de vermelho vibrantes, como o cereja. Já as morenas devem optar por um tom mais intenso ou alaranjado”, ensina Patrícia. Segundo a beauty, as negras são favorecidas pelos tons mais fechados como bordô e vinho e para as mulheres orientais, o mais recomendado é o vermelho rosado. Por último, para as ruivas, o ideal é buscar tons que puxem para a cor dos cabelos.
Dia e noite – Para o look dia, a dica de Patrícia é deixar o visual mais leve e natural. O indicado é passar um gloss pigmentado para conseguir uma cobertura suave. Para o look noite ou em ocasiões especiais, como uma festa ou um jantar, a cor pode ser mais intensa e os tons, mais vibrantes. A textura pode ser opaca ou acetinada. “Se quiser dar um charme a mais, passe no centro dos lábios gloss para dar um brilho”, ensina a especialista.
Já faz mais de dez anos que eu acompanho muito pouco a programação da TV aberta brasileira, isto por que tenho TV por assinatura em casa e, devo confessar, prefiro mil vezes assistir meus seriados, documentários, filmes, programas de debate, noticiário – muito noticiário (sou daquelas que ligam a TV no canal jornalístico e fico fazendo várias coisas enquanto ouço uma ou outra notícia) – além, é claro, dos programetes de beleza. Por isso, tive uma curiosidade muito grande quando o canal GNT divulgou a mudança de programação com acréscimo de novidades e programação visual diferenciada.
As alterações começaram na noite de anteontem e a primeira coisa que me chamou a atenção foi a estética blogueira que a programação do canal passa a assumir. Muitíssimo interessante mesmo. Se eles pretendiam cativar esse tipo de público, acredito que deram um tiro no alvo certeiro. Primeiro pela divisão dos programas por dias temáticos, como se fossem abas ou páginas de um blog. Segunda-feira é dia de Estilo; terça é dia de Estar Bem; quarta-feira, comportamento; quinta-feira, Casa e Cozinha; Sexta-feira, Sexta-livre e Domingo, Atualidades. Não entendi o que aconteceu com o sábado, que não está especificado na grade, mas enfim…
Blogueira Julia Petit bate-papo com a leitora como se estivesse em frente à penteadeira de casa
Achei muito interessante terem chamado a blogueira Julia Petit para apresentar um programa que tem tudo a ver com ela. O Base Aliada é um mix de maquiagem, dicas de moda, e cultura em geral. Mas o mais legal nem é isso, é que a atração tem um formato diferenciado, que ainda não tinha visto, que é basicamente um bate-papo curtinho, de 15 minutos, com a leitora, ou melhor espectadora. Me senti como se estivesse lendo um post do blog dela que, por sinal, é muito legal.
Como já acompanho Julia Petit há alguns anos, desde que ela apareceu nas TVs e revistas, sempre com aquele visual diferenciado, causando algum estranhamento, parei na frente da tela para conferir o que a TV havia feito dela. Mas me surpreendi quando percebi que foi ela que fez alguma coisa com a televisão. Explico. Não sei se vai ser sempre assim, mas o programa começou com ela se apresentando e passando a dica de uma maquiagem que ela viu no último desfile da Chanel. Confira aqui.
Surpresa! Ela começou a se maquiar aos poucos na frente da câmera, ao mesmo tempo em que ia conversando com a gente e passando outras dicas de moda, como se nós duas – sim, eu e ela – estivéssemos sentadas num café mega charmoso da Oscar Freire e trocando ideias sobre feminices. A-mei! Virei fã dela na TV também. O programa foi rolando, ela passando sombra, depois rímel e tal, retocando o visual com o cabelo preso na hora por um rabo de cavalo enrolado meio displicentemente em um coque arrematado por um broche, dica que ela também pescou de um desfile internacional. Um luxo! Sem falar no cenário que parecia um quarto bem mocinha com penteadeira de espelhos ovalados… Sonho de consumo!
"Vamos Combinar" que levar para a TV a informalidade e a praticidade blogueiras é uma sacada muito interessante
Outra estreia da noite que me chamou a atenção foi o programa Vamos Combinar, apresentado pela ex-modelo e ex-repórter do GNT Fashion, Mariana Weickert. A proposta aqui foi diferente, mas também no mesmo esquema bate-papo com dicas de moda para homens e mulheres. Celso Kamura, atual cabelereiro e maquiador da presidente Dilma Rousseff estava lá. Ele contou um pouco das mudanças de estilo que anda tentando implementar no cotidiano da presidente e deu dicas para mulheres que têm cabelos cheios. Para ele, desbastar as laterais e o fundo, apostando no volume no topo da cabeça, é o ideal para alongar a silhueta e dar mais personalidade ao visual.
Enfim, eu adoro televisão! De uma forma ou de outra, na pré-história das babás eletrônicas, eu passei minha infância assistindo TV e imaginando coisas com minha cuca ou com minhas bonecas, já que minha mãe não permitia que eu saísse pra brincar com a gurizada na rua. Então, a telinha é parte da minha existência e quando há novidade ali dentro daquela caixinha, já me assanho toda e viro fã. É isso aí, existe vida interessante não muito longe das novelas globais ou mesmo das genéricas…
Tem novidade na C&A a partir do dia 23 de março. A estilista inglesa Stella McCartney montou uma coleção especial para a marca, que está à venda em 38 lojas da rede.
Aqui em Salvador, as peças estarão disponíveis nas unidades do Shopping Iguatemi, Salvador Shopping e Shopping Barra. Os modelos também estarão à venda no site oficial, que faz entregas em todo o País.
A linha é toda produzida com tecidos naturais, a partir dos modelos clássicos desenvolvidos pela estilista e adaptados para a silhueta das brasileiras, é o que promete o material de divulgação.
Vale dar uma olhadinha nos produtos. E nos preços também, claro, porque algumas lojas de departamento estão cobrando “o olho da cara” por peças que nem valem tanto a pena ter no armário.
Recebi o material abaixo, via email, da Restaura Jeans, uma empresa que oferece serviços de tingimento, costura, customização e limpeza de roupas; além de renovação e cuidados com peças de couro, calçados e bolsas. Segundo a assessoria, são cerca de 200 franqueados no país. O material é um passo a passo ensinando a customizar camisetas – minha irmã costuma fazer umas artes bem legais com as dela, já eu sou menos prendada -, por isso achei bem útil, daí trago para cá, para incentivar a veia artística de vocês. Divirtam-se!
Faça você mesma uma regata ou camiseta customizada Basta usar a criatividade e materiais acessíveis para você ter uma camiseta exclusiva
Você pode ter peças exclusivas em seu guarda-roupa se souber usar a criatividade e materiais acessíveis disponíveis em armarinhos.
Escolha elementos criativos e coloridos, como apliques e fitas, que vão deixar sua produção original e com a sua cara. Você poderá fazer esta receita utilizando dois processos: costura ou colagem.
Materiais:
>>1 camiseta ou regata;
>>Fitas, apliques, gliter para tecido, flores de tecido, fuxicos, retalhos de tecido… Tudo é permitido;
>>Cola de tecido, cola-glitter, pincel, linhas, agulhas e alfinetes, dependendo se você vai colar ou costurar os enfeites. Giz de costura e lápis para desenhar também são necessários.
Passo a passo:
1 – Comece com a disposição dos apliques. Escolha os materiais que você poderá utilizar: retalhos, fitas, adesivos variados. Assim ficará mais fácil.
2 – Cole um a um todos os apliques escolhidos.
3 – Para criar desenhos, utilize a cola-glitter em cima de desenhos que você fez com o lápis (basta contornar o desenho utilizando a cola).
Sugestões:
– Para fazer a colagem, coloque um papelão por dentro da peça. Isso evita que um lado da camiseta grude no outro;
– Após a aplicação da cola, espere 48 horas para lavar o tecido;
– Costure as extremidades para dar maior sustentação aos apliques;
– Se preferir, utilize termo-adesivos. Eles não necessitam de cola para fixação;
– Se souber costurar, substitua a colagem pela máquina ou agulha;
O que é sinônimo de feminilidade para você? Em uma discussão sobre o assunto com uma amiga, muitos pontos a respeito do conceito de ser feminina vieram à tona e achei bem interessante abrir espaço para a discussão aqui no blog. O lugar-comum da feminilidade é imposto socialmente. O ser feminino é vendido nas páginas de anúncios, nos comerciais de tv, nos folhetins. Hoje, há um conceito muito homogêneo em torno do tema. No bate-papo com essa amiga, chegamos a refletir sobre a pouca variedade de estilos femininos na tv, por exemplo. Da empregada doméstica à luxuosa integrante da alta sociedade, a feminilidade é descriminada em características bem semelhantes, eu diria até iguais.
O conjunto do moderno ser feminino reúne itens como o salto alto (servem as sapatilhas românticas e as sandalinhas delicadas também), a maquiagem (ainda que básica), os acessórios e a roupa incrementada (que não exige necessariamente brilhos e paetês). O cabelo também precisa estar em dia (sim, até os cachos desajeitados que surgem por aí são resultado de horas em salões de beleza). O desajeitado de descuido, de falta de tempo para pentear, esse não vale. E não é só no mostrar-se ao outro (= aparência) que encontramos a fórmula exata (???) da feminilidade. É preciso ter um certo comportamento também, que exige delicadeza nos gestos e nas palavras. A mim, me parece querer enfiar a mulher em uma caixinha e atarrachá-la, aprisionando-a em um universo de regras rígidas e descabidas.
O que penso da feminilidade vai além do negócio mercantilista que virou a expressão “ser feminina”. Para ser feminina, não é preciso se adequar a estes parâmetros que temos por aí. É possível esbaldar feminilidade dentro de cada estilo que a mulher decide adotar. Eu acredito que o problema da aceitação social fortalece ainda mais esse paradigma. O diferente é excluído, há sempre uma dificuldade maior de se entrosar em um grupo. E isso vale também para aquelas mulheres que optam por um visual mais alternativo, que está fora das páginas das revistas de moda. É importante transmitir a ideia de que não precisamos abrir mão do nosso estilo para que sejamos consideradas “mais mulher”. Se nós, mulheres, não entendermos a importância disso, vamos apenas propagar uma visão discriminatória do assunto.
O estilo é importante até para a moda. Dá um ar de individualidade dentro deste universo de “iguais”. O estilo é como uma digital, uma marca registrada. É o que nos dá identidade própria, que nos singulariza. Ele é fundamental. É importante respeitar o estilo, compreender cada mulher dentro do contexto em que se insere, pelo que ela defende e acredita. Isso é ser feminina, ainda que o batom (ou o gloss) não esteja colorindo o rosto, ainda que a sobrancelha esteja por fazer e que os cabelos não vejam o salão há algum tempo. Ainda que o tênis seja sua opção diária, combinado com uma calça jeans de corte comum e sem adornos. Ser feminina está acima de tudo isso. E nós não podemos permitir que deturpem também este conceito.
"Mulher em frente à janela", obra de Fernando Botero. O pintor se notabilizou por pintar a exuberância das meninas tamanho G
Sou uma menina tamanho G, como se diz por aí, e nunca tive sérios problemas com isso, com exceção da infância, quando os apelidos me faziam chorar na escola, ou quando a minha avó, costureira, dava bronca porque o vestido que ela havia terminado de fazer para mim já estava apertado. Meia hora depois da bronca, lá estava eu na cozinha atrás de uma merendinha. Mas, ainda na adolescência, desencanei com o meu corpo e passei a gostar de tudo o que é fora dos padrões em mim. Sempre tive atenção com o peso por questões de saúde, nunca porque queria ser a capa da revista. Obesidade é doença e por isso eu monitoro direitinho até onde termina meu “excesso de fofura” e começam os riscos cardio-vasculares. Minhas articulações e o fôlego para subir uma escada são os termômetros.
Mas a tendência atual é que outras meninas tamanho G encontrem seu espaço no mundo da moda e da beleza, pois a diversidade é uma das metas desse novo milênio em que as pessoas (pelo menos as sensatas), saturadas de máquinas e inventos, tentam reencontrar-se (reconciliar-se) com o que há de humano, de fato, em nós. E nada mais humano do que aceitar e admirar o outro, o diferente, o que foge aos padrões. Do contrário, sem essa capacidade de compreensão, tolerância e aceitação, não passamos de “macaquinhos falantes e enfeitados”, reunidos em “panelinhas” e isolados da verdadeira beleza que a diversidade proporciona. Pois agora, que os sensatos (viva!!), aos poucos, vão quebrando a rigidez da tal ditadura da moda, as meninas tamanho G podem e devem ser capa da revista…
Toda essa digressão é só para mostrar para vocês as fotos do making off de um editoral de moda plus size da modelo Fluvia Lacerda (menina tamanho G, como eu!). Assim, quem sabe, ajudo a “desencanar” outras mocinhas. Encaro as meninas tamanho G da seguinte forma, elas tem tudo sobrando sim! Sobra mais amor, mais charme, mais sensualidade, mais carinho para dar, mais colo onde se aconchegar… hummm, delícia!
Se você é menina tamanho G, não chore mais na hora do recreio, passe um batom bonito, vista uma roupa que te valorize, levante a cabeça, empine o nariz e faça como a Fluvia, brilhe! No mundo há sim, muito espaço para a sua beleza. E se a obesidade é doença, lembre que anorexia também é!
O editorial – Fluvia Lacerda já fotografou campanhas para as marcas americanas Igigi, Torrid, Monif, Eliza Parker, entre outras, e para a espanhola Biluzik. Pode ser vista também em revistas como Glamour, Latina e Pulse Magazine. Ou seja, verdadeira cover girl (garota da capa). Esse editorial das fotos abaixo tem styling assinado pela equipe CHIC, da Gloria Kalil, e as imagens são de Charles Naseh.
>>Veja mais imagens e leia sobre a Fluvia: o link é este.
Equipe de styling dá os últimos retoques no visual de Fluvia
Uma pose clássica e cheia de charme, como uma musa de Botero
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