O processo de amamentação é lindo. Doloroso, mas incrivelmente importante para a saúde do bebê e importante também para a saúde da mulher, pois auxilia na recuperação do parto e previne câncer de mama, dentre muitos outros benefícios. O fator mais importante, depois da alimentação propriamente dita, é o laço formado entre a mãe e o bebê. E é esse mesmo laço, essa ligação, que dificulta o momento do desmame.
As dúvidas são muitas: qual a melhor hora e a melhor forma de inserir novos alimentos na vida do bebê? Como parar de amamentar ou mesmo reduzir a amamentação sem grandes quebras e dores? Será que a criança vai sofrer muito? Será que a mãe vai aguentar? Será que o leite vai empedrar? Será, será, será?
O ideal é buscar o auxílio do pediatra e avaliar, junto com ele, a saúde e as necessidades do bebê, relacionando com as necessidades da mãe. A mulher hoje (infelizmente ou felizmente!) já não pode ficar exclusivamente amamentando. A Organização Mundial de Saúde recomenda a amamentação exclusiva até os 6 meses. Ok, mas a licença maternidade dura 4 meses (pra quem não consegue estendê-la). A ordenha pode funcionar, mas não é garantido.
Então, querida, sem culpa… A minha dica é: faça aquilo que é possível. Vá até onde seu coração achar que é certo. Com certeza o coração de mãe sabe a medida certa do sacrifício. Para quem pode sacrificar algumas horas de trabalho para amamentar – ótimo. Para quem não pode – ótimo também! Com o seu trabalho, você está garantindo o sustento do seu filho, o bem estar da família e, se você adora o seu trabalho e sentia um saudadezinha, mesmo que cheia de arrependimento, desencane!
Ter prazer de voltar ao trabalho não é um pecado. Você estudou, se esforçou, batalhou muito por uma boa ocupação profissional, e isso é maravilhoso. Com o tempo, as agendas vão se encontrando, seu filho vai se alimentar bem sem o seu peito e, sim, ele vai gostar de novos alimentos e esquecer completamente que mamava.
Essa é apenas mais uma etapa na vida de vocês. Uma etapa meio mágica, cheia de percalços e prazeres. E ela vai acabar, seja aos 6 meses, aos 9, aos 12 ou com 2 anos.
O Dia Internacional da Mulher em 2011 enfrenta a concorrência do Carnaval, uma festa que acredito cada vez mais se caracteriza por desrespeitar e desvalorizar o feminino. Independente da mídia criar factoides do tipo “A força delas na avenida”, o que vemos, na maioria das vezes, é agressão. E não falo só das letras pejorativas das músicas. Há todo um imaginário essencialmente machista construído por trás da festa, que em nada mais, nos dias de hoje, lembra os rituais antigos de celebração à fecundidade e ao “sagrado feminino”. Mas, a intenção desse post não é discutir feminismo e nem levantar bandeiras além daquela em nome do amor. Para quem ainda duvida da importância simbólica do 8 de Março, creio já ter falado bastante sobre o assunto aqui neste texto.
Para quem está sentindo falta dos artigos e textos especiais sobre o Dia Internacional da Mulher, que já é tradição aqui no blog, ao longo da semana abriremos espaço para esse material. Mas hoje, o que queremos é celebrar uma das facetas do feminino: a maternidade. Embora o blog seja feito só por uma mãe, temos três filhas blogando no Conversa e esse post é uma forma também de homenagear as nossas mães, com quem, acima de tudo (e independente dos erros e acertos) aprendemos a ser mulheres.
Quem nos acompanha diariamente sabe que fizemos um sorteio e pedimos para mães de meninas e meninos enviarem fotos de momentos de carinho com seus filhotes e filhotas. A promoção já foi encerrada e ao todo, sete mães atenderam ao nosso pedido e permitiram a publicação das imagens que vocês veem abaixo (veja o resultado do sorteio). São momentos de carinho, descontração e grande afetividade. E no semblante de cada uma dessas mães, mais modelos de feminino do que os ínfimos rótulos que tentam nos impor nas revistas. Esperamos que gostem de descobrir-se em uma dessas meninas, mães, mulheres…
Obrigada as mães, por compartilharem essa vivência delicada conosco e nossos leitores!
*E para terminar a série, as duas vencedoras do sorteio:
*Importante: As duas mães vencedoras foram escolhidas por sorteio eletrônico. Não houve qualquer julgamento sobre beleza ou qualidade das fotos ou cenas retratadas, porque é o tipo de coisa que não daria para julgarmos! Todas são lindas com seus meninos e meninas e só temos de agradecer mais uma vez às que concordaram em nos mostrar essas lições de amor materno e esses exemplos de beleza feminina que transcendem a ditadura do fashionismo vazio. Amamos moda, mas amamos principalmente, as pessoas!
Com o começo oficial do período eleitoral, a campanha começou no último dia 06 e este ano temos a responsabilidade de escolher o novo presidente, governadores, senadores e deputados, Conversa de Menina destaca um artigo muito interessante do advogado Eduardo Pragmácio Filho. No texto, ele trata da divisão dos papeis sociais, gênero e elaboração de políticas públicas de atenção à infância que favoreçam uma relação mais justa e igualitária entre pais e mães. Com certeza, é material bom para ler e confrontar com as plataformas de governo dos candidatos.
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Homem-provedor versus Mulher-cuidadora
*Eduardo Pragmácio Filho
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou, recentemente, as conclusões de um estudo que revela que a situação das mulheres brasileiras no mercado de trabalho está bem distante de uma condição de igualdade com os homens, devido às dificuldades que elas encontram para articular trabalho e família.
A noção de que a mulher constitui uma força de trabalho secundária e a lenta alteração da divisão sexual do trabalho doméstico são fatores que contribuem para a manutenção do modelo “homem-provedor” e “mulher-cuidadora”, ainda vigente. Com efeito, as mulheres continuam com o papel quase que unilateral e exclusivo de prestar os cuidados e a assistência necessários à família.
A OIT, através da Convenção 156 e da Recomendação 165, propõe aos Estados o desenvolvimento de mecanismos de assistência familiar e à infância, ressaltando a importância da ampliação de oferta de serviços de proteção social e da melhoria de sua infra-estrutura para garantir o bom desempenho da repartição das responsabilidades familiares.
Uma saída seria o maior acesso às creches e pré-escolas. Outra, a ampliação da licença-paternidade e a instituição de licenças parentais, para que os homens possam ter uma maior e efetiva participação nas atividades domésticas e na dinâmica familiar, reequilibrando e reorganizando o modelo “homem-provedor” e “mulher-cuidadora”, para sua superação, almejando uma maior igualdade de gênero.
Para a OIT, o equilíbrio entre trabalho, família e vida pessoal traz benefícios para a saúde das pessoas e contribui para o aumento de sua produtividade e, consequentemente, da produtividade da empresa.
É necessário fomentar um amplo diálogo social entre as várias instâncias governamentais, os sindicatos patronais e laborais e a sociedade civil, para uma maior compreensão e reflexão do tema, reconhecendo e partilhando responsabilidades para se alcançar uma maior igualdade de gênero. Esse diálogo não se restringe somente ao trabalho urbano, mas sobretudo àquele empreendido no agronegócio, em que se verifica uma crescente participação feminina em trabalhos que antes eram só dos homens.
*Eduardo Pragmácio Filho é mestrando em Direito do Trabalho pela PUC-SP, sócio de Furtado, Pragmácio Filho & Advogados Associados e professor da Faculdade Farias Brito. Para entrar em contato com o autor: [email protected]
**Texto encaminhado ao blog pela Ex-Libris Comunicação Integrada
A todas as mamães, desejamos um Dia das Mães maravilhoso. Muitas alegrias, bênçãos e luz no caminho, para que toda a dificuldade de colocar uma criança no mundo e criá-la vire um exercício diário de dedicação e amor. E aos filhos, nunca esqueçam de dar valor àquela que se desvela para vê-los felizes e realizados. Dediquem-se também, agradeçam diariamente e recompensem suas mamães por tudo o que ela tem feito por você!!!
Ano passado eu fiz uma homenagem a minha mãe, escrevi um post especial para ela. E se alguém tiver interesse de ler, basta acessar no link logo abaixo. Encontre você também a forma de homenagear a sua mãe e de fazê-la sentir-se recompensada em tê-los colocado no mundo.
E este ano preparamos um guia de presentes com sugestões que chegaram por e-mail. Caso o seu presente só seja escolhido depois da data, aproveite para checar o link abaixo.
Recebemos um artigo bem singelo do escritor Eder Roberto Dias. Trata-se de uma emocionada declaração de amor às mães. E como está próxima a data em homenagem a elas, nada mais justo que abrir espaço aqui neste cantinho feminino, para a palavra de um menino sobre a maternidade. Sim, eles também entendem do assunto, e por quê não?!
*Mães de todas as horas
**Por Eder Roberto Dias
Por todas as horas é tão bom sentir que nossas mães estão junto de nós! Com o cheirinho de seus perfumes, com a tranquilidade que nos protege ou com a sabedoria que nos ajuda. Mãe é para todos os momentos, mas por vários instantes na vida esquecemos de reconhecer o seu valor. Somente quando sentimos o desejo de uma comidinha saudável e saborosa é que buscamos o aconchego do nosso verdadeiro lar.
Não percebemos a dimensão que somente quem é mãe sabe entender. Quem somos ou seremos? Essa pergunta todas as mães saberão responder! Somos filhos perfeitos, pois na visão de nossas mães não cometemos erros. Na dimensão do amor de uma mãe, somos perdoados por nossas indiferenças, somente pelo poder de quem nos gerou.
Não há como exprimir tal sentimento, tamanho cuidado e proteção. Quem é filho nunca saberá entender a virtude de ser mãe, não saberá apreciar o valor de nosso crescimento, pois não terá em seu sentir o universo que só existirá na visão da mulher mãe. Mulher que cresce entre rosas, que se torna botão e no nascimento de um filho se torna a mais bela rosa mulher. Mulher que se consagra na virtude da continuidade, na exatidão do amor unilateral, na aceitação de que é a companhia perfeita a cada filho!
Quem somos ou seremos? Pergunte à mulher que é sua mãe, a mulher que se constitui na parceira de seu pai. Não importa a nós filhos impedir a felicidade de nossas mães mulheres. Temos dentro de nós o amor eterno que representará a nossa primeira ligação entre o conhecimento e o aperfeiçoamento.
Mãe não deve ser perfeita para os outros, pois a perfeição só será adequada a nós filhos apaixonados. Apaixonados por sua presença, por sua coragem, por seu amor e por tudo que realce a luz do amanhã.
Amanhã nos tornaremos homens e mulheres que formaremos novas famílias, novos lares compostos pelos poderes das crianças do hoje que amam nossas origens e apoiados seremos quando decidirmos aprender a sermos pais. Mulher que ressalta a vida!
Um viva as nossas mães heroínas de todos os nossos dias!
*Texto encaminhado ao blog pela Suggestiva Comunicação
**Eder Roberto Dias é autor do livro “O Amor Sempre Vence…”, publicado pela Editora Gente. Contato com o autor: [email protected]
O mercado é ingrato com as mulheres que optam por serem trabalhadoras e mães. Pelo menos esta é a análise do advogado e professor do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas, Marcos Vinicius Poliszezuk, autor do artigo que publicamos abaixo. O texto traz dados do IBGE e da Catho On Line sobre a situação de empregabilidade das brasileiras. Sim, ainda ganhamos menos que os homens, embora isso seja inconstitucional. E ainda somos discriminadas na hora de disputar uma seleção – separadas em: com filhos e sem filhos – embora isso seja ilegal e imoral. O importante de divulgar esse tipo de análise é contribuir para conscientizar as mulheres e os homens sobre a importância de romper antigos tabus. Apesar de todo o avanço tecnológico da pós-modernidade e de toda a revolução dos costumes, o peso da tradição ainda é grande na nossa sociedade. Ainda há quem defenda, nos dias de hoje, que lugar de mulher é em casa lavando, passando, cozinhando e criando os filhos. Sem contar com aqueles que endossam afirmações absurdas como a de que as mulheres que tornam-se lideres e se destacam na profissão, masculinizam-se para competir de igual para igual com os homens! Talvez, diante de estatísticas como as apresentadas no artigo do professor Marcos, realmente existam mulheres que abrem mão da maternidade ou da feminilidade para mostrar que são tão capazes quanto os homens. No entanto, quem foi que disse que ser agressivo no mercado é prerrogativa masculina? E quem disse que a agressividade ou a competitividade não são também características das fêmeas? Onde está escrito que para ser feminina tem de ser mãe? O problema com o preconceito, qualquer que seja ele, é que cria categorias e rotula as pessoas, confinando-as aos estererótipos, sendo que a diversidade é cada vez mais a norma no mundo, graças a Deus! Eu, particularmente, não quero ser igual, melhor ou pior que nenhum homem. E espero que nenhum deles queira ser melhor, pior ou igual a mim. Quero respeito nas minhas diferenças.
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**Dificuldades das mulheres no mercado de trabalho
*Marcos Vinicius Poliszezuk
Todos são iguais perante a lei. É o que estabelece o artigo 5° da Constituição Federal. No entanto, deparamo-nos com realidades distantes daquela prevista pelo nosso constituinte. Prova disso é o tratamento dispensado às mulheres trabalhadoras, em que a discriminação ainda é notadamente patente.
Importante destacar que várias foram as legislações com o intuito de proteger o trabalho da mulher. Prerrogativas e direitos lhe foram assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que dedica um capítulo inteiro de medidas protetivas ao trabalho feminino. A nossa própria Constituição Federal também assegurou salário idêntico ao dos homens, além de outras benesses conferidas em razão da maternidade. Hodiernamente, observa-se que tais medidas são inócuas, uma vez que a própria sociedade desrespeita a legislação. Lei é lei, evidente, mas não somos educados a respeitar a dignidade do trabalho feminino. Isso sem enfocar a dupla jornada cumprida pelas mulheres, ou seja, o trabalho fora e o dentro de casa.
Saliente-se que o Brasil, seguindo a legislação e a tendência mundial, ratificou Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que tratam de forma direta ou indireta da desigualdade de gênero nas relações de trabalho, são elas, a nº 100 (Salário igual para trabalho de igual valor entre o Homem e a Mulher, ratificada em 25/04/1957, com vigência nacional em 25/04/58), a nº 103 (Amparo à Maternidade, ratificada em 18/06/65 e com vigência nacional em 18/06/66); a nº 111 (Discriminação em matéria de emprego e Ocupação, ratificada em 26/11/65, com vigência nacional em 26/11/66); e a de nº 117 (Objetivos e normas básicas da política social, ratificação em 24/03/69 e vigência nacional em 24/03/70).
Todavia, tornar-se mãe, período tido como o ápice da maturidade feminina, é o principal entrave na colocação dessas mulheres no mercado de trabalho. Aí, pouco importa a dupla jornada, a dedicação extrema, o salário defasado e o mister maternal. Infelizmente, o que mais pesa ao empresariado é o aumento do custo para manter essa trabalhadora e o seu filho. A matemática é simples: os empregadores calculam o aumento dos encargos (salário, convênio médico, creche, farmácia, etc.) e, com isso, perde-se o interesse na colaboração dessas candidatas. Além disso, outro empecilho, na visão dos empregadores, é a maior probabilidade de a mulher-mãe ter de ausentar-se do trabalho para cuidar das crianças.
Apesar de toda a mentalidade contrária a contratação de mulheres, pesquisas revelam que nos últimos anos a inserção da mulher no mercado de trabalho tem sido crescente e visível, assim como o percentual de mulheres em cargos de comando de grandes empresas.
Segundo dados do IBGE, em janeiro de 2008, havia aproximadamente 9,4 milhões de mulheres trabalhando nas seis regiões metropolitanas onde foi realizada a pesquisa: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre. Este número significa 43,1% das mulheres. Em 2003 esta proporção era de 40,1%. O que comprova o aumento da representatividade feminina no mercado de trabalho.
Entretanto, elas se encontravam em situação desfavorável à dos homens, pois não chegavam a atingir o percentual de 40% de mulheres trabalhando com carteira de trabalho assinada, sendo que entre os homens esta proporção ficou próxima de 50%. Além disso, o rendimento delas correspondia a 71,3% do rendimento dos homens.
A mesma pesquisa deixou claro que quando o contexto é mercado de trabalho, a maioria dos indicadores apresentados mostrou a mulher em condições menos adequadas que a dos homens. Outro ponto alarmante é a desigualdade na contribuição previdenciária, quando se constatou que mais de um terço das mulheres não contribuem. Isso de uma forma geral e não pontuando mulheres com filhos e menores de quatro anos. Com isso, torna-se mais notável que a dificuldade da mulher no mercado de trabalho existe independente de ser mãe, mas agrava ainda mais com a maternidade.
Neste patamar, já não importa as lutas de tantas Marias (da Penha), de Helenas (de Americana) e de todas aquelas engajadas na promoção da dignidade do trabalho da mulher para valerem os direitos conquistados com duras batalhas, uma vez que, repita-se, somos os primeiros a desrespeitar as leis que nós mesmos criamos.
Talvez por essa razão já não nos impressiona as pesquisas como a recentemente divulgada pela Catho on Line, empresa de recrutamento e seleção, segundo a qual mulheres com filhos de até quatro anos têm mais dificuldades para conseguir emprego. Fomos educados para aceitar essa realidade – diga-se de passagem, ilegal, com normalidade.
*Marcos Vinicius Poliszezuk é sócio-titular do Fortunato, Cunha, Zanão e Poliszezuk Advogados, especialista em Direito Empresarial pela Escola Superior de Advocacia da OAB-SP e em Direito do Trabalho pelo Centro de Extensão Universitária; além de professor do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas e integrante da Comissão dos Novos Advogados do Instituto dos Advogados de São Paulo.
**Artigo recebido por email pela assessoria de comunicação de Marcos Poliszezuk.
Quem tem filhos pequenos vai apreciar essa dica. A escritora Roberta Palermo criou um manual de instruções para ajudar mães e babás, tanto do ponto de vista do relacionamento justo entre empregadora e colaboradora, quanto com informações sobre adaptação da babá à rotina familiar, conhecimento da legislação trabalhista para os dois lados, além das orientações sobre como lidar com conflitos.
Para a autora, a babá é hoje uma das profissionais mais importantes na vida das famílias. A relação entre mãe e babá, no entanto, nem sempre é equilibrada e harmoniosa. Muitas dúvidas permeiam o relacionamento, da falta de informações básicas sobre os direitos da babá até o que realmente deve ser delegado a ela. Para esclarecer o papel de cada uma, Roberta Palermo, que é terapeuta de família, idealizou o livro Babá/Mãe – Manual de instruções, lançamento da Mescla Editorial. A obra traz orientações tanto para a mãe quanto para a babá. Entrelaçados, os dois guias orientam e oferecem dicas essenciais que visam a educação e o bem-estar da criança.
Resultado de um trabalho de dois anos, incluindo uma longa pesquisa para a monografia da terapeuta e a experiência adquirida no curso de formação para babás que ela coordena há cinco anos, o livro esclarece dúvidas e aborda questões para aproximar mãe e babá.
A obra é dividida em duas partes, contemplando os dois lados. O “Guia para a babá” traz dicas eficazes para que as babás exerçam o seu trabalho de maneira produtiva e alegre. Entre os temas abordados estão os benefícios e as dificuldades da profissão; a melhor maneira de se adaptar à rotina da nova família; o que fazer quando não se concorda com as regras estabelecidas pela mãe da criança; e como transmitir aos pais segurança e responsabilidade.
Já no “Guia para a mãe”, a autora mostra o papel da babá na educação da criança, destacando o que as mães podem – e o que não podem – esperar e cobrar dela. O guia reúne dicas práticas para encontrar uma boa babá, ajudá-la a se adaptar ao trabalho, à rotina da casa e à família e mostra que a babá deve ser uma parceira da família nos cuidados com a criança.
A autora aborda também aspectos importantes da legislação trabalhista.
O prefácio da obra é assinado pelo pediatra Eduardo Juan Troster, médico coordenador do CTI Pediátrico do Hospital Albert Einstein.
Ficha técnica: Babá / Mãe – Manual de instruções – Guia para a mãe / Guia para a babá
Neste sábado, dia 01 de agosto, comemora-se o Dia Mundial da Amamentação. Como uma mãe que amamentou o filho por dois anos e três meses (A Organização Mundial de Saúde – OMS recomenda que os bebês mamem até os 24 meses, sendo que nos seis primeiros meses de vida devem apenas mamar, sem necessidade de outros alimentos), recomendo a prática. É uma prova de amor com o bebê e consigo mesma. Amamentar ajuda no desenvolvimento físico e mental da criança – é cientificamente comprovado que bebês que mamam no peito têm menos chances de contrair doenças e também tem um grande desenvolvimento intelectual – e é benéfico para a mãe, pois ajuda a diminuir o inchaço pós-gravidez, previne câncer de mama e, apesar de nunca ter lido nada sobre isso em nenhum lugar, acredito, por experiência própria, que ajuda a tornar a mulher muito mais bonita. Eu achava a minha pele radiante quando estava amamentando e nos olhos havia um brilho especial. Me sentia incrivelmente bem, sedutora, capaz de conquistar o mundo e atribuo isso a autoestima elevada proporcionada por um gesto de afeto e cumplicidade tão perfeita com o meu bebê. Detalhe: o bebê agora é um rapazinho de 11 anos que está quase da minha altura, sendo que não sou pequena, tenho um 1m70! Com amigas comprovei a mesma teoria. As que engordaram bastante, perderam peso mais depressa enquanto amamentavam. Sem contar na beleza da pele, luminosa, macia como um pêssego…
Para ajudar na conscientização da importância de amamentar, Conversa de Menina publica um artigo de autoria do pediatra Moises Chencinski, que ressalta a importância da amamentação para o recém-nascido. Confiram:
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*Amamentar – muito além de nutrir
Quando eu me formei em 1979, a orientação alimentar que era dada em consultas de puericultura incluía a introdução do suco com um mês de vida, a papa de frutas aos dois meses, o almoço aos três e o jantar aos quatro meses.
Após 30 anos, por uma série incontável de razões, a sociedade deve buscar dar condições para o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida e prolongado até os 2 anos como forma de promoção à saúde, propiciando o crescimento e desenvolvimento saudáveis de nossas crianças. Fatores relacionados à criança, à mãe, à família, à sociedade, à economia, entre outros, justificam essa transformação.
Mesmo cientes de todas as vantagens, no Brasil, de uma forma geral, ainda estamos muito aquém desse padrão. A média estimada atual do aleitamento materno exclusivo é de cerca de 3 meses e no total, até cerca de 6 meses. Esses números não são nada animadores.
Por outro lado, essa estatística nos mostra que podemos ainda trabalhar muito e temos muito a fazer para transformar essa realidade.
Informação: esse é apenas o começo desse caminho.
Não podemos assumir que todos saibam o óbvio. Precisamos informar. E essa é uma missão não apenas de médicos e profissionais de saúde. Todos somos responsáveis.
A família, a escola, os profissionais de saúde, a mídia, os órgãos governamentais são parte integrante dessa rede pró-aleitamento. Cada um tem seu papel a cumprir: informar, fiscalizar, propiciar condições econômicas, sociais, emocionais para que o bebê possa usufruir do leite materno, permitindo que ele cresça e se desenvolva dentro da totalidade de seu potencial.
Algumas informações básicas, fundamentais, óbvias:
– O leite materno é o alimento completo para o bebê até o sexto mês de vida, sem necessidade de introdução de água, chás, sucos, frutas, papinhas salgadas, fornecendo à criança todos os nutrientes necessários, em quantidades suficientes, na proporção e biodisponibilidade adequadas. Nem a mais e nem a menos.
– Nos primeiros dias de vida, o leite materno (colostro) pode aparecer em menor quantidade, é mais concentrado e é importantíssimo e fundamental na proteção do recém nascido.
– É muito importante que o bebê mame até esvaziar a mama, porque o leite do fim da mamada tem mais gordura, mata mais a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso. Após terminar o primeiro seio, ofereça o segundo seio para que ele mame o quanto for necessário até se saciar.
– Não há leite forte ou leite fraco. Existe muito leite ou pouco leite. E o pouco leite pode e deve ser estimulado, aumentando a freqüência das mamadas, oferecendo á mãe uma alimentação adequada, hidratação e condições de vida saudáveis que favoreçam a continuidade do aleitamento.
– O leite materno oferece proteção contra doenças diarréicas e respiratórias (anticorpos), contra alergia alimentar (cada vez mais comum, sendo o principal responsável, no Brasil, o leite de vaca), contra doenças de adultos cada vez mais comuns na infância (obesidade, problemas de triglicérides e colesterol).
– Evitar mamadeiras e chupetas que podem interferir na amamentação e não são apropriados para favorecer o desenvolvimento facial adequado das crianças, dificultando, assim, muitas vezes, o desenvolvimento sadio da respiração e da fala.
– A mamãe também se beneficia nesse processo, pois amamentar favorece a volta mais rápida do útero ao seu tamanho normal, diminuindo o sangramento pós-parto, prevenindo quadros de anemia (isso sem contar a perda mais rápida do peso acumulado durante a gestação). Além disso, o vínculo mamãe-bebê-papai se fortalece.
Muito mais pode e deve ser dito sobre o aleitamento materno. Mas, para concluir, quero aproveitar a informação da campanha do Ministério da Saúde, referente à Semana Mundial de Amamentação: Amamentar é muito mais do que alimentar a criança e, em situações de emergência, torna-se ainda mais importante, pois o bebê fica vulnerável a infecções intestinais e respiratórias. Dar o peito é muito mais que oferecer o melhor alimento que existe. É dar saúde, carinho e proteção, tão importantes em momentos difíceis como nas situações de emergência.
*Moises Chencinski é pediatra.
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Lembrete:
A Semana Mundial da Amamentação é de 1 a 7 de agosto. Se você acaba de ter um bebê, não deixe de amamentá-lo. Se você tem leite demais e seu bebê não dá conta, procure um banco de leite aí na sua cidade e doe leite para aqueles bebês que estão em hospitais.
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