Na segunda-feira, 21 de setembro, uma ação da Campanha Nacional de Alzheimer acontece no 1º piso do Shopping Barra. Além da distribuição de panfletos sobre a doença e da apresentação de vídeos, uma equipe de médicos estará no local para tirar as dúvidas da população. Vamos aproveitar para dar uma passadinha por lá e tentar entender o desenvolvimento da enfermidade, que atualmente é considerada a maior causa de demência em idosos. A iniciativa é da Academia Brasileira de Neurologia.
O que é o Mal de Alzheimer?
É a mais frequente doença neurodegenerativa na espécie humana. Trata-se de uma doença que acarreta alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de auto-cuidado. O quadro clínico descrito caracteriza o que em Medicina é denominado “demência”.
A doença de Alzheimer não é: uma consequência do envelhecimento; endurecimento das artérias e das veias do cérebro; falta de oxigênio no cérebro; causada por estresse, por trauma psicológico ou por depressão; retardo mental; preguiça mental. Ela manifesta-se através de uma demência progressiva, isto é, que aumenta sua gravidade com o tempo. Os sintomas iniciam lentamente e se intensificam ao longo dos meses e anos subsequentes. Muitos sintomas não ocorrem no início, mas surgem ao longo da evolução da doença.
Quais os Sintomas da doença?
Na grande maioria dos casos o primeiro sintoma é a perda de memória para fatos recentes. É importante salientar que esta perda de memória deve representar um declínio em relação ao funcionamento anterior e que também deve ser de intensidade suficiente para interferir no desempenho do indivíduo em suas atividades diárias. Ou seja, uma perda de memória leve e ocasional não deve ser valorizada da mesma forma.
*Perda progressiva da memória, principalmente para eventos recentes;
*Dificuldade de linguagem, tanto para compreender quanto para expressar-se (ex: dificuldade para encontrar palavras);
*Dificuldade para realizar tarefas habituais;
*Dificuldade de planejamento;
*Desorientação no tempo e no espaço;
*Dificuldade de raciocínio, juízo e crítica;
*Em fases mais avançadas, dificuldade para lembrar-se de familiares e de amigos e para reconhecê-los;
*Depressão;
*Apatia;
*Ansiedade;
*Agitação, inquietação, às vezes, agressividade; muitas vezes com piora no final do dia;
*Problemas de sono: troca o dia pela noite;
*Delírios (pensamentos anormais, ideias de ciúme, perseguição, roubo, etc);
*Alucinações (alterações do pensamento e dos sentidos, como ver coisas que não existem);
*Problemas motores, nas fases avançadas: dificuldade de locomoção, etc;
*Perda do controle das necessidades fisiológicas, nas fases avançadas.
*Dificuldade para deglutição, nas fases avançadas.
Como se prevenir contra o Alzheimer?
Há medidas gerais que ajudam a preservar a saúde mental e que diminuem o risco de a pessoa ter doença de Alzheimer.
*Atividade mental regular e diversificada;
*Atividade física regular;
*Boa alimentação;
*Bom sono;
*Lazer;
*Evitar maus hábitos: não fumar, beber com moderação;
*Cuidados com a saúde física geral: tomar os medicamentos corretamente, ir ao médico regularmente.
Quando devo procurar o médico, ou levar meu familiar?
Os 10 sinais de alerta para doença de Alzheimer são:
*Problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho;
*Dificuldade para realizar tarefas habituais;
*Dificuldade para comunicar-se;
*Desorientação no tempo e no espaço;
*Diminuição da capacidade de juízo e de crítica;
*Dificuldade de raciocínio;
*Colocar coisas no lugar errado, muito frequentemente;
*Alterações frequentes do humor e do comportamento;
*Mudanças na personalidade;
*Perda da iniciativa para fazer as coisas.
Diagnóstico da doença de Alzheimer
Não há, até o momento, nenhum método que isoladamente permita o diagnóstico de doença de Alzheimer com absoluta precisão. Avanços substanciais têm ocorrido nesta área, com alguns exames mais específicos e promissores em fase de pesquisa. No entanto, o diagnóstico ainda é feito pela identificação de quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, por meio dos exames complementares (laboratoriais e de imagem).
Quando é seguido roteiro diagnóstico apropriado, baseado em recomendações e consensos internacionais e também nacionais, a identificação da doença fica em torno de 85% nas fases iniciais, aumentando de forma expressiva com o acompanhamento do paciente. Alguns casos, no entanto, podem apresentar manifestações clínicas atípicas ou, em fases muito iniciais, oferecer maiores dificuldades para sua correta identificação, necessitando de avaliação mais especializada.
É muito importante o diagnóstico ser feito o mais cedo possível, porque, nas fases iniciais da doença, o médico tem melhores condições de intervir em benefício da pessoa com doença de Alzheimer.
Tratamento
O tratamento da doença de Alzheimer inclui intervenções farmacológicas (medicamentosas) e não farmacológicas. Dentre as primeiras, há dois grupos de medicamentos: o primeiro representado por compostos que atuam aumentando os níveis do neurotransmissor acetilcolina no cérebro; e o segundo, por uma outra medicação que age sobre o neurotransmissor glutamato. Do primeiro grupo fazem parte a donepezila, a galantamina e a rivastigmina, todas indicadas para o tratamento das fases inicial e intermediária (correspondendo à sintomatologia leve a moderada) da doença. O segundo grupo é representado pela memantina, aprovada para o tratamento das fases intermediária e avançada da doença (correspondendo à sintomatologia moderada a grave).
É importante ressaltar que estas medicações têm efeito sintomático e eficácia modesta, embora beneficiando uma parcela significativa dos pacientes. Como podem ter efeitos colaterais, o tratamento deve ser iniciado sempre com doses baixas que serão aumentadas gradativamente, procedimento este que deve ser acompanhado por um médico.
O tratamento não medicamentoso da doença de Alzheimer é dirigido não apenas ao paciente, como também aos seus familiares e cuidadores. Orientações sobre a natureza e a evolução da doença, sobre como lidar com eventuais comportamentos inadequados ou mesmo agressivos, além de adaptações e modificações necessárias no ambiente, e programas de atividades específicas para os pacientes, são exemplos de tais medidas. A participação de outros profissionais de saúde, particularmente aqueles que trabalham no campo da reabilitação, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, além de profissionais de enfermagem, é de grande importância,
Os objetivos do tratamento são:
*Melhorar a memória e as outras funções mentais;
*Controlar os transtornos de comportamento;
*Retardar a progressão da doença;
*Melhorar a qualidade de vida da pessoa doente;
*Melhorar a qualidade de vida dos familiares e dos cuidadores;
OBS: A pesquisa sobre a doença, sintomas e tratamento nos foi enviada pela Trixe Comunicação Empresarial, responsável pela divulgação da campanha aqui em Salvador.
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