A reportagem que publico abaixo é da Agência Sebrae. Achei bacana o tema e creio que pode servir de incentivo para muitas meninas que pensam em dar um passo rumo ao empreendedorismo. Não é fácil, mas tampouco é impossível. Vamos todas nos inspirar!
Mulheres representam 45% dos empreendedores individuais Levantamento mostra que 450 mil mulheres buscaram a formalização de seus negócios
Brasília – Historicamente uma das mais empreendedoras do mundo, as mulheres brasileiras também ocupam espaço importante entre os trabalhadores por conta própria formalizados. De cada 100 empreendedores individuais, 45 são mulheres, segundo um levantamento feito pelo Sebrae com dados do Serviço Federal de Processamento de dados (Serpro). No total, somam 450 mil formalizados.
E a tendência é que esse número aumente, uma vez que as brasileiras são mais empreendedoras que os homens – dos empreendedores no mercado nacional – incluindo micro e pequenos empresários -, 53% são mulheres, segundo a Pesquisa Empreendedorismo no Brasil 2009, dado mais recente do levantamento anual feito pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
No Piauí a participação das mulheres se igualou à dos homens. Algumas pela necessidade, mas também há muitas que enxergam uma oportunidade no empreendedorismo, caso da cabeleireira Maria da Guia do Carmo Santos, de 35 anos. Após cinco anos trabalhando como funcionária de salões de beleza de Teresina, ela pediu demissão para trabalhar por conta própria em 2008. No ano passado, Maria da Guia se formalizou como Empreendedora Individual. Agora se prepara para atender seus clientes em um espaço próprio, e não mais em sua casa, e contratar um funcionário.
A cabeleireira atende, em média, 30 pessoas por semana. Desde que passou a trabalhar por conta própria, sua renda mensal saltou de um salário mínimo para R$ 3 mil. A renda maior lhe permite não só se capacitar, já que vem fazendo cursos, como melhorar a qualidade do serviço oferecido. “Mas o mais importante é que estou conseguindo realizar meu grande sonho, que é comprar minha casa própria. Já dei a entrada e em breve finalmente vou sair do aluguel”, comemora.
Em outros oito estados, a igualdade entre homens e mulheres no universo de empreendedores também está próxima. Segundo o levantamento, no Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Roraima e Sergipe a participação feminina está acima de 48% do total de empreendedores por conta própria. A menor participação de mulheres no mercado total está na Bahia, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná e Tocantins, que possuem um percentual de mulheres inferior à média nacional – oscila entre 43% e 44%.
Ainda sem conseguir fazer das Curtinhas uma coluna diária 🙁 Vocês não imaginam a quantidade de emails que o blog recebe, para fazer triagem e separar coisas bacanas para mostrar por aqui, sem contar nos outros assuntos desse vasto “universo feminino”… Mas, nada de “muro das lamentações”, afinal é sábado! Para este fim de semana, separei algumas coisinhas variadas, para agradar todo tipo de leitor (a). Ainda tem notícias do Verão, mas o Inverno se insinua. Divirtam-se com a geleia geral do weekend:
RENNER ABRE 45 VAGAS PARA LOJAS DO NORDESTE
Começo com uma notinha de Utilidade Pública que até anunciei no Twitter essa semana. A rede de lojas Renner abriu processo de seleção de colaboradores para unidades em Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Recife e Salvador. Os interessados devem entregar o currículo em qualquer uma das lojas da rede nestas cidades entre os dias 07 (nesta segunda-feira) e 18 de fevereiro. São cerca de 45 vagas para assistente de vendas, fiscal de loja e caixa. Os candidatos à assistente de vendas e caixa devem ter o ensino médio completo. Para fiscal de loja é necessário o ensino fundamental completo. Os candidatos devem ter, no mínimo, 18 anos. A seleção é inclusiva e deficientes físicos também podem se candidatar para concorrer às vagas.
LINHA AVON CARE: PRODUTOS BASICS E NOVOS ITENS
Essa também adiantei no Twitter durante a semana, mostrando a foto dos itens que recebi para testar, da linha Avon Care, enviados para mim pela Santa Clara, assessoria da marca em Salvador. Alguns produtos da nova linha Care, na verdade, eu já usava desde os tempos da linha Basics, ou seja, de cuidados básicos e diários. De alguns até já falei por aqui, como a máscara de pepino, que resiste incólume ao tempo, desde os meus tempos de criança, quando minha mãe já usava. Outro dia li no Chick Fashion Trends, de Kelly Pinheiro, sobre o creme 3 em 1, que numa emergência ela usou como demaquilante. Essa nova linha Care, portanto, é a Basics repaginada e ampliada com outros itens como um creme hidratante e um sabonete em gel facial de pepino (indicados para peles oleosas – meu caso). Tem também outras modalidades de creme facial, como um nutritivo e um clareador, diversos tipos de hidrante corporal, creme para mãos (o bom e velho luvas de silicone – também dos tempos de mamãe) e um novo de glicerina e cálcio, que promete fortalecer as unhas (estou bem precisada), bastão de hidratação labial e outras coisinhas. Os resultados dos testes vou divulgando por aqui aos poucos. A vantagem inicial da linha Care é que ela mantém os precinhos camaradas da época do Avon Basics. Para comprar, apelem para aquela sua vizinha, amiga ou conhecida que vende Avon, ou veja aqui o folheto da loja virtual.
COLEÇÃO MECHAS BALAYAGE RIVIERA DE L´ORÉAL
E aqui uma notinha de interesse das loiras. A L’Oréal Professionnal lançou a linha Balayage Riviera, desenvolvida para atender a demanda das mulheres brasileiras que buscam clareamento natural, reproduzindo o efeito de dourado do sol nos fios. Para desenvolver os looks da campanha, feita 100% no Brasil, foram convidados quatro renomados hair stylists (Charles Veiyga, Rodrigo Antony, Hans e Célio Faria) que criaram quatro visuais exclusivos para a linha: mechas tridimensionais, que misturam a sobreposição de tons ao tom natural dos cabelos; mechas degradée, que realça a luminosidade, mantendo o degradée natural dos fios; mechas Califórnia Blush, que reproduz a luminosidade natural do Verão no comprimento dos fios e, mechas versátile, técnica especifica para cabelos crespos. As fotos do ensaio são de Marcos Serra Lima.
VERÃO COM ELEGÂNCIA XARMONIX
A Xarmonix está com nova coleção de objetos de decoração inspirados no universo marítimo e na cor azul. Trata-se de uma linha de acessórios para ambientes praieiros, piscina e barco; ou mesmo para dar um toque inusitado aos ambientes urbanos, numa cidade litorânea como Salvador até que combina. A marca possui loja virtual: www.xarmonix.com.br, com entrega em todo Brasil. E abaixo, os endereços em Salvador:
– Salvador Norte Shopping, L2, São Cristóvão. Tel.: 71.3365-6728.
– Salvador Shopping, L2. Tel.: 71 3878-2979
– Shopping Barra, L3: Tel.: 71 3267-2334.
– Shopping Iguatemi, L3. Tel.: 71 3450-5925
INVERNO 2011 BY SCALA
Vou falar de uma coisinha que eu adoro, underwear. A coleção Inverno 2011 da Scala, uma marca que também aprecio bastante no quesito lingerie, está cheia de peças lindas para a baixa estação. Há também uma coleção inteirinha de peças outerwear, com opções para todos os corpos e estilos. Na linha Underwear Básica, a marca desenvolveu uma ampla coleção de calcinhas e soutiens feitos com tecidos e acabamentos de última geração. Já a linha Underwear Fashion apresenta uma coleção inspirada nos temas Ilusion, Antique e Rustic, com estampas exclusivas, ampla cartela de cores e modelagens variadas. Há ainda a Underwear Luxury, calcinhas e soutiens com acabamentos especiais, em rendas e cristais. Para as adolescentes, a linha Teen underwear traz modelos básicos para serem usados no dia-a-dia. E a Underwear Masculina, oferece cuecas de tecido leve e secagem rápida. Na linha Básica Outerwear, as peças são desenvolvidas em fios como o bouclê, molinê ou microfibra e não têm costuras laterais, proporcionando conforto e ajuste perfeito ao corpo. Também são três coleções: Ilusion, Antique e Rustic. E para saber detalhes, visite o site: www.scalasemcostura.com.br.
PINCEL DIGITAL DUO FIBER DW1 DA KLASS VOUGH
E para fechar a série do dia, outra nota útil para maquiadores profissionais e para as moças que querem arrasar no quesito “faça você mesma”. Não esqueçam que o estilo ladylike, uma das tendências da próxima estação, pede pele impecável. A Klass Vough, renomada marca de pincéis profissionais e acessórios para beleza, trouxe para o Brasil o Pincel Digital Profissional Duo Fiber DW1, uma combinação de fibras naturais e sintéticas que prometem um acabamento mais uniforme e suave na pele. As cerdas de fibras ópticas da composição são indicadas para trabalhos em televisão, pois promovem melhor resultado no acabamento final da make, ainda mais que as câmeras são de altíssima resolução e qualquer imperfeição torna-se logo visível em rede nacional. Com cabo longo, pode ser utilizado tanto em aplicação de pós ou cremes, como também para bases líquidas, fazendo a aplicação e dando o polimento ao mesmo tempo. O preço sugerido é de R$ 49,90 cada. Para conferir fotos dos pinceis, saber onde tem pontos de venda e que tais, o SAC Klass Vough é através do telefone (11) 3276-2566 e o site da marca é o www.klassvough.com.
O artigo selecionado para esta quarta-feira fala sobre um projeto de lei que pretende criminalizar as mentiras contadas para “enfeitar” o currículo profissional. O problema da mentira no currículo, diz o autor do texto, o especialista Renato Grinberg, é que facilmente pode ser desmascarada quando a pessoa começa a trabalhar e demonstra inaptidão nas áreas em que afirmou ser especialista. O projeto em tramitação prevê cadeia se a mentira prejudicar alguém. Imaginem por exemplo, uma pessoa dizer que é médica, sem ser! Pode acabar matando ou deixar sequelas graves num paciente. Muito sério isso e como atualmente, por preguiça e também cara de pau, algumas pessoas já começam a carreira comprando TCCs, dissertões e teses ou fraudando o diploma, que dirá no mercado? Na minha opinião, a batalha por uma vaga e a competitividade acirrada e, muitas vezes, selvagem do mercado, não justificam a falta de caráter de quem plagia o conteúdo alheio, compra trabalhos prontos ou mente para conseguir um emprego. Vale ler com atenção!
**Mentir no currículo pode virar crime
*Renato Grinberg
Quem nunca aumentou alguma informação no currículo profissional só para parecer mais atraente ao mercado de trabalho? Como a possibilidade é real, recrutadores estão cada vez mais preparados para tirar todas as informações do candidato, inclusive, se ele está falando a verdade ou não. Até o momento, o máximo que podia acontecer com o candidato era ser desmascarado e passar vergonha perante a empresa e os demais concorrente, mas agora pode virar crime!
Um novo projeto de lei está em aprovação na Câmara dos Deputados e caracteriza mentiras no currículo como ação criminal, com detenção de dois meses a dois anos para os infratores. Segundo o autor do texto, o deputado Carlos Bezerra (PMDB/MT), caso seja aprovada, a punição será dada aos que falsificarem o documento integralmente ou em parte, uma vez que essa situação cause danos a terceiros ou permita que o infrator obtenha algum tipo de benefício.
Se a "síndrome de Pinóquio" já é um vexame em situações corriqueiras, imaginem numa situação delicada como uma qualificação profissional?
Isso mesmo, uma pequena mentira pode virar um grande problema. Então encare aquilo que falta no seu currículo como uma necessidade, e vá em busca de suprir essa deficiência. Afinal, agir dessa maneira é um meio de investir em você e na sua carreira. Abaixo listo algumas dicas de como montar o currículo ideal e por onde começar para que consiga obter destaque perante os demais – falando apenas a verdade!
1) Não possui essa qualificação? Busque-a! – Imagine que as vagas para as quais você concorre requeiram inglês fluente, mas você só sabe o básico. O que faz então? Colocar no currículo que possui conhecimento avançado não é uma boa idéia, pois será desmascarado facilmente pelo entrevistador quando ele aplicar um teste. Você não poderá colocar essa falsa informação a vida inteira, então encare isso como uma oportunidade que bate à sua porta. Faça o curso e dedique-se, porque ele não é um gasto a mais no seu planejamento, é o seu maior investimento!
2) Ressalte os pontos mais relevantes – Nada de soltar “spam” de currículo ou fazer dele um e-mail marketing. Isso quer dizer que não deve mandar o mesmo documento para todas as oportunidades, mas adaptá-lo a cada vaga. Caso o emprego seja para Vendas, por exemplo, e sua maior qualidade é relacionamento interpessoal ou habilidade de persuasão, essa é a primeira coisa que deve destacar no resumo profissional, abaixo dos dados pessoais. Mesmo que não tenha experiência, deixe claro que tem força de vontade e capacidade para tal. Em outras palavras, por que não tentar obter seu destaque desta forma?
3) Deixe o currículo bonito e fácil de ler – Isso não quer dizer que você deve “enfeitar” o documento, mas deixá-lo legível. É mais atraente ler algo bem estruturado do que uma bagunça na qual não é possível absorver nada. Então, separe os quadros de informações, não há uma ordem certa para elas aparecerem. Por exemplo: se acha que a sua pós-graduação é mais relevante para o cargo do que sua experiência em outra área, isso deve vir primeiro, após destacar no currículo o quadro “Formação profissional”. E não esqueça de padronizar os dados, sempre com o mesmo bullet ou sublinhado.
Para não cometer esse erro, saiba quais são as 12 inverdades mais comuns:
1- Formação acadêmica
2 – Fluência em idioma estrangeiro
3 – Falsa experiência na área em que deseja atuar
4 – Acréscimo de atribuições no cargo anterior
5 – Últimos cargos supervalorizados
6 – Salário anterior
7 – Maior tempo de permanência na antiga empresa
8 – Curso de informática
9 – Participação inexistente em trabalhos voluntários
10 – Garantia de mobilidade e flexibilidade
11 – Estado civil
12 – Idade
Fonte: Trabalhando.com
*Renato Grinberg é o diretor geral da rede Trabalhando.com.br e é especialista em mercado de trabalho.
**Texto encaminhado ao blog pela assessoria da Trabalhando.com.br
Esta semana li um texto que um colega de trabalho me mandou sobre motivação no ambiente de trabalho. Na verdade, é uma resposta do consultor Max Gehringer à pergunta de uma leitora em um jornal. Ela dizia que não suportava mais a pressão sofrida todo dia pela chefia e que estavam ela e os colegas, todos desmotivados. No final, questionava se existia uma fórmula mágica para evitar isso. Olhem a resposta dele:
“Sim, existe. A fórmula é M=R2-P.
Ou, traduzindo, motivação (M) é igual
à recompensa ao quadrado (R2) menos pressão (P).
Quando existe muita pressão no ambiente de trabalho sem nenhuma recompensa para a equipe,
a motivação é um número negativo.
É por isso que a motivação de vocês está abaixo de zero.
Existem muitas empresas no Brasil que exercem uma pressão enorme sobre seus funcionários.
O pessoal trabalha 12 horas por dia ou até mais, incluindo fins de semana,
e toma café falando ao telefone e digitando no computador,
tudo ao mesmo tempo. Mas também existe uma recompensa palpável por todo esse esforço,
na forma de um complemento salarial proporcional aos resultados obtidos.
E isso faz com que os funcionários enxerguem a pressão como um meio, e não como um fim.
Portanto, a fórmula da organização de nossa leitora ficou desbalanceada.
Está sobrando pressão e faltando recompensa nessa fórmula.
Se a corporação simplesmente criar um programa de premiação por resultados,
a mesma pressão que hoje parece intolerável passará a ser admissível.
A matemática é simples.
Quando uma empresa tenta montar uma equação de motivação
usando apenas uma variável, no caso a pressão,
o resultado será a depressão”.
O problema é que hoje a exigência por resultados normalmente não é acompanhada da tal recompensa que Gehringer menciona. O que o modelo capitalista defende é uma fórmula que exige uma conexão entre a contenção de custos e o aumento da produtividade. Por causa do medo do desemprego, nos submetemos a exigências desumanas. E o que ao meu ver é pior: o estresse no ambiente de trabalho passa a ser tamanho que começa a interferir inclusive na vida pessoal do funcionário.
É difícil dividir a vida em blocos e deixar no ambiente de trabalho os problemas surgidos por lá. Carregamos conosco todo o estresse e pressão sofridos. E isso não é saudável. Embora Gehringer tenha descoberto a fórmula mágica da felicidade no ambiente de trabalho, eu desconheço aquela que vai nos fazer aprender a conviver com esta sujeição cruel de maneira sadia. Cada um acaba aprendendo seu jeito de lidar com isso. O importante é compreender que o trabalho não é o fim, mas apenas o meio. Que tal pensarmos nisso?
Dando continuidade à série iniciada no domingo sobre o Dia Internacional da Mulher, publico hoje uma reportagem com o administrador de empresas Josias França Filho, em que ele comenta sobre as dificuldades que as mulheres ainda enfrentam no mercado de trabalho, principalmente na posição de líderes das organizações. A série continuará ao longo de toda a Semana da Mulher. Diariamente, um artigo ou reportagem será publicado em alusão ao centenário do 8 de Março. Confiram:
*Papel feminino nas organizações ainda é restrito
Especialista comenta atuação da mulher no ambiente empresarial e dá dicas de empregabilidade em tempos de crise
Cena do filme Uma secretaria de futuro. Segundo o especialista, "embora algumas áreas ainda sejam focadas no público feminino (recepcionista e secretária, por exemplo), as mulheres podem ocupar qualquer espaço na organização".
Um século após a instituição do Dia Internacional da Mulher, renovaram-se os pedidos por maiores condições de igualdade entre os gêneros. Segundo dados do governo federal, os efeitos da crise econômica mundial no mercado de trabalho afetaram mais as mulheres do que os homens. O estudo revela que as brasileiras perderam 3,1% do total de postos de trabalho nos últimos dois anos, contra 1,6% do público masculino, no mesmo período. Para o administrador e consultor de empresas, Josias França Filho, essa realidade evidencia o preconceito que ainda existe em algumas organizações. “É um equívoco colocar a mulher em segundo plano em relação ao homem, especialmente, desconsiderando habilidades femininas importantes para o desempenho profissional, como a conciliação de múltiplas tarefas e a sensibilidade nas relações interpessoais”, observa.
Entre as razões que podem motivar a postura discriminatória de algumas corporações o especialista destaca especificidades como a licença maternidade. “A conquista, que agora abrange seis meses, faz com que muitas empresas repensem a contratação feminina devido ao período extenso de afastamento e a oneração da empresa com um funcionário substituto”, afirma. Outro item é o fato de alguns homens não saberem lidar com mulheres em cargos de chefia. “Para alguns homens é difícil ser chefiado por mulheres. Por uma questão cultural, eles se sentem inferiorizados”, avalia o consultor, que, em contrapartida, destaca o equilíbrio emocional como grande diferencial feminino na liderança. “Para liderar é preciso entender de gente. Pesquisas mostram que a mulher tem maior habilidade para compreender emoções. E como a empresa não é uma máquina, e sim um organismo composto por pessoas que possuem valores, essa habilidade passa a ser um diferencial importante”, avalia.
Diante do contexto de desigualdade entre os gêneros, o consultor diz o que as mulheres devem fazer para conquistar mais espaço no mercado de trabalho. “Mostrar resultados mensuráveis trabalhando de forma alinhada com os objetivos da organização, reduzir gastos, aumentar a produtividade e estar comprometida são condições essenciais”, destaca o especialista, lembrando que as dicas de empregabilidade valem para os dois gêneros. “Liderança, criatividade, experiências múltiplas em outras organizações, perseverança e energia, controle emocional, são requisitos que fazem a diferença na hora da contratação e da conservação do emprego”, enfatiza e cita ainda entre os diferenciais competitivos, possuir sólida formação acadêmica e, dependendo da empresa, ter domínio de outro idioma.
Sobre quais áreas se mostram mais promissoras para o público feminino, o consultor é taxativo. “Todas. Embora algumas áreas ainda sejam focadas no público feminino (recepcionista e secretária, por exemplo), as mulheres podem ocupar qualquer espaço na organização. O que não pode é existir um tratamento diferenciado entre homens e mulheres que exercem a mesma função”, conclui Josias França, destacando que essa postura contribui para fortalecer a discriminação entre os gêneros.
…
*O material foi elaborado e encaminhado ao blog pela jornalista Aline Lobato, da assessoria do administrador Josias França Filho.
**Josias França Filho é administrador e consultor de empresas, mestre em Administração Estratégica, professor em cursos de pós-graduação nas disciplinas de Planejamento Estratégico e de Empreendedorismo e diretor da Êxito Consultoria Empresarial.
A dúvida pode trazer mais benefícios que a certeza. Quando duvidamos, tendemos a investigar e aprender mais. Quando temos certeza, nos fechamos para o conhecimento.
O artigo que publicamos nesta quinta foi escrito por Stefi Maerker, autora do livro Mulheres de Sucesso – Os segredos das mulheres que fizeram história. Embora o tom seja bem motivacional, não chega a lembrar as dinâmicas de grupo de RH, que algumas pessoas detestam. Também já tive o pé atrás com esse tipo de coisa, mas atualmente, revejo minha postura. Boa parte desse trabalho dos consultores de recursos humanos mexe com auto-estima e auto-confiança, cujas raízes estão na psicologia. Não recomendo a ninguém que se torne dependente de publicações que trazem fórmulas prontas para o sucesso, mas quem é que não gosta de ler sobre pessoas bem sucedidas? Embora condene a cultura norte-americana de loosers x winners (perdedores x vencedores), por acreditar que é excludente e desmotivadora, cada vez mais compreendo que atitude é importante, principalmente pensar positivo. Parece chavão, mas não é. No mínimo, manter a confiança ajuda a espantar o monstro da depressão. Tenho consciência de que muitas empresas aplicam estes conhecimentos de RH de forma negativa, até opressiva. Ao invés de motivar, pressionam ao limite, gerando estresse, frustração e uma geração de cardiopatas, pois levam o profissional a pensar que ele é o culpado por todos os fracassos, embora raras vezes reconheça a sua atuação nos sucessos da companhia. Mas, os conselhos de Stefi, longe de parecerem fórmulas mágicas, antes nos levam a pensar no que realmente queremos da vida e mais, no que fazemos para alcançar esses objetivos. Ninguém precisa ter como meta de vida ganhar o primeiro milhão aos 25, mas, mesmo que a sua felicidade esteja em vender coco na barraquinha da praia mais paradisíaca da sua cidade, pegando um bronze de preferência, é preciso fazer isso com convicção e com a certeza de que mudar de caminho (seja na barraquinha ou na fábrica de doentes cardíacos) não depende necessariamente do chefe “bonzinho” ou “carrasco”, mas de nós mesmos. Sempre, em todas as circunstâncias da vida, temos escolha, nem que seja para dizer apenas: “Isso aqui eu não quero para a minha vida”. O grande problema é que, tal qual as companhias que culpam seus empregados pelos fiascos, quando elas mesmas não cumprem sua parte do trato, nós também temos de aprender a lidar com as consequências das nossas escolhas.
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PASSADA A CRISE, É HORA DE MUDAR DE EMPREGO!
* Stefi Maerker
As mudanças que ocorrem no mercado de trabalho nos ensinam a ver a vida sob uma nova perspectiva. Quando o mundo inteiro enfrentou uma forte crise financeira, quem estava incerto sobre sua carreira profissional achou melhor não arriscar; quem estava infeliz, aprendeu a gostar do seu trabalho até que a maré melhorasse. Empresas reduziram quadros e custos. Agora é hora de investir! Enxutas e com foco redirecionado, as empresas entraram em 2010 com fôlego e energia para recrutar novos colaboradores e retomar seu crescimento!
Neste momento, o mercado está bastante competitivo mas, ao mesmo tempo, oferece grande oferta de empregos. Com um importante detalhe: espera-se muito mais deste profissional.
Quais são as habilidades e as competências que deve ter o colaborador que hoje é procurado pelas empresas?
Flexibilidade: para saber lidar com mudanças rápidas e repentinas e para aceitar a volatilidade do mercado e a incerteza da rotina
Coragem: para arriscar, apesar de não existirem respostas prontas
Resiliência: para encarar uma rotina de imprevistos, pressão e obstáculos e saber superá-los, mantendo sua essência e equilíbrio
Otimismo e Equilíbrio Emocional: ter a habilidade de se manter motivado e encarar a rotina de forma positiva, transformando pequenos problemas em grandes soluções
Criatividade: para pensar diferente, encantar com novas soluções e contribuir com o ambiente de trabalho
Comprometimento: vontade de fazer a diferença e se envolver com o trabalho que faz – vale lembrar que este envolvimento vem de dentro, e não deve ser ligado apenas ao salário
Capacidade de Aprendizagem: para buscar auto-conhecimento e aprendizado, crescendo sempre
Visão Generalista e Função de Especialista: é bom conhecer um pouco sobre tudo, pois ter informação é um diferencial desde que exista foco
Quais são os principais erros que devem ser evitados durante a busca por um emprego?
Buscar um emprego, e não um trabalho
O profissional não deve apenas procurar uma função onde possa ganhar dinheiro, mas sim uma empresa para onde ele terá orgulho de levar seu talento e onde tenha prazer e crescimento na função. Caso contrário, ele estará frustrado e procurando emprego novamente dentro de um curto espaço de tempo.
Falta de networking
Enviar currículo por e-mail não é a única forma de procurar emprego. Encontre as pessoas, crie e fortaleça os vínculos já existentes, participe de eventos, circule e seja notado.
Desânimo
A fase é difícil e de grande ansiedade, por isso procure algumas válvulas de escape e faça atividades nas quais sente prazer, como ginástica, leitura, cinema ou qualquer outro hobby, e que poderão ajudá-lo a se manter resiliente.
Despreparo
Ao fazer contatos, tenha clareza do que gosta, do que quer fazer e de como pode contribuir. Tenha suas experiências, habilidades e competências na ponta da língua!
Mais do que tudo, estamos vivendo a fase de paixão pelo que se faz. O trabalho deixa de ser um castigo e passa a ser um foco de satisfação. Quem não tiver esta visão está buscando um emprego, o que é muito difícil hoje em dia. Empregos não há muitos, mas oportunidades, sim! Para quem quer desafios, para quem pensa fora da caixa e para quem quer arriscar sabendo que vai chegar lá, várias oportunidades existem!
O profissional deve rever seus próprios conceitos e escolher suas prioridades. O que é mais importante: ser feliz ou ter razão? Cabe a cada um de nós escolher – se for ter razão, fazer apenas um bom trabalho, qualquer coisa serve, mas se for para ser feliz e realizado em busca de um objetivo que terá significado para sua vida profissional e pessoal, então, vale a pena arriscar. O resto é conseqüência!
* Stefi Maerker é diretora-presidente da SEC Talentos Humanos e é também autora dos livros Secretária – Uma parceira de sucesso e Mulheres de Sucesso – Os segredos das mulheres que fizeram história.
Recebemos duas informações interessantes, de fontes diferentes, sobre o mercado de trabalho feminino no Brasil. Enquanto uma pesquisa revela que as meninas ocupam 36% dos cargos de liderança em empresas brasileiras, um projeto mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, voltado para capacitação técnica de profissionais na construção civil, mostra que 85% das turmas em cursos como pedreiro e eletricista são formadas por mulheres. Sem dúvida é o tipo de conhecimento que merece ser difundido, até para acabar com essa ideia ainda vigente de que existem profissões exclusivas para cada gênero. De jeito nenhum! Seja no alto escalão de uma multinacional ou como responsável técnica numa obra, estamos conquistando espaço e arduamente vencendo preconceitos. Profissional bom ou ruim, existe de qualquer sexo. O que vai determinar quem fica com a vaga é o talento, a iniciativa, o nível de conhecimento e a disposição para realizar a tarefa. Confiram detalhes abaixo:
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Mulheres ocupam 36% dos cargos de liderança em empresas brasileiras
Estudo exclusivo conduzido pela Great Place to Work, com base na análise da pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil, mostra que 43% dos postos de trabalho das 100 empresas que integram a edição 2009 do ranking, são ocupados por mulheres, sendo 36% postos de liderança versus 64% de ocupação masculina. Essas empresas contam juntas com 403.587 profissionais, dos quais 174.902 são mulheres – 19.586 em postos de chefia.
Para se ter uma ideia da ascensão feminina no ambiente corporativo brasileiro, em 1997 apenas 11% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres. Nos Estados Unidos, em 2009, das 100 Melhores Empresas para Trabalhar, apenas quatro têm mulheres na presidência.
No Brasil, o estudo revela que nas empresas presididas por mulheres, o índice de confiança dos funcionários é maior: 83% versus 81% nas empresas lideradas por homens. Em contrapartida, as mulheres demonstram níveis de satisfação menores do que os homens: na média geral, o índice de satisfação é 83% contra 76% das mulheres. A análise mostra que apesar de todo o avanço da participação feminina no mercado de trabalho, ainda existem diferenças importantes – atuando em uma mesma posição profissional, a mulher ganha menos, leva mais tempo para atingir cargos de liderança e dedica mais tempo ao estudo, formação e aprimoramento profissional.
Segundo Ruy Shiozawa, CEO do Great Place to Work, as Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil buscam incorporar no modelo de gestão características femininas como maior capacidade de delegar; facilidade no relacionamento interpessoal; talento para gerir equipes; e poder de negociação. “A valorização dessas características por parte das empresas representa uma importante evolução, pois o cenário era outro quando iniciamos a pesquisa há mais de uma década. No passado, as mulheres selecionadas para cargos de liderança, dadas as enormes dificuldades para ocupar espaço, deixavam de lado as características femininas, pois precisavam apresentar um comportamento idêntico ao dos pares masculinos”, avalia o executivo.
Shiozawa acrescenta que em tempos de crise econômica mundial, as características presentes no perfil feminino de gestão são ainda mais valorizadas. “Não por acaso, registramos o aumento da presença das mulheres nas Melhores Empresas para Trabalhar, em 2009, tanto em cargos de chefia, quanto na presidência”, salienta.
Mulheres na presidência das Melhores Empresas para Trabalhar:
– BRASILATA: Amélia Ramos Heleno
– BYOFÓRMULA: Yukiko Eto
– CULTURA INGLESA: Maria Lucia Willemsens
– ERICSSON: Fatima Maria Queiroga Raimondi
– INSTITUTO ITAÚ CULTURAL: Milu Vilella
– LABORATÓRIO SABIN: Janete Ana Ribeiro Vaz e Sandra Santana
– MAGAZINE LUIZA: Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues
– PREZUNIC: Andrea Dias da Cunha
– QUINTILES BRASIL: Marisa Sanvito
– ZANZINI MÓVEIS: Palmyra Benevenuto Zanzini
Em 2008, das 100 Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil, oito contavam com mulheres na presidência: Byofórmula, Cultura Inglesa, Laboratório Sabin, Magazine Luiza, Okto, Prezunic, Quintiles Brasil e Zanzini Móveis.
A pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil é baseada em duas avaliações: uma com os funcionários, que respondem a um questionário composto de 57 itens e duas questões abertas, nas quais destacam os principais pontos fortes da empresa e as suas oportunidades de melhoria. A outra avaliação é realizada com a própria empresa, que detalha as práticas de gestão de pessoas.
Presença feminina também canteiros de obras – Na Associação de Apoio Comunitário à Educação, à Cultura e à Cidadania (ACAFAG), que ministra cursos gratuitos de formação técnica geral em Salvador e duas cidades da região metropolitana (Candeias e São Francisco do Conde), 85% das alunas dos cursos de pedreiro/azulejista, eletricista/encanador e carpinteiro/armador são mulheres. Tanto que a entidade, mantida pelo Programa de Formaçãop Profissional do Ministério do Trabalho e Emprego, abriu este ano uma turma só para as meninas. Em 2010 eles devem repetir a iniciativa. Para as interessadas, o endereço da ACAFAG é Estrada do Coqueiro Grande, 126, Cajazeiras. Telefone: (71) 3305-0935 e e-mail: [email protected]
*Material encaminhado ao blog pela assessoria de comunicação do Great Place to Work-Brasil e assessoria de comunicação da ACAFAG.
Quem pretende começar carreira na área de beleza, tem uma oportunidade em Salvador para entrar o ano novo já empregada. A rede Beleza Natural, de tratamento para cabelos crespos e ondulados, inicia processo seletivo para preencher 60 vagas em sua primeira unidade na Bahia, que iniciará atividades em janeiro, na capital baiana. Os currículos dos interessados podem ser entregues na Praça Luiz Gama, no 640, 3º Andar, sala 302, Largo do Tanque, ou enviados para o e-mail [email protected].
A maior parte dos postos de trabalho oferecidos (70%) é para auxiliar de cabeleireira e para consultoras de beleza. Há vagas também para supervisora, recepcionista, atendente, manicure e cabeleireira. As auxiliares de cabeleireira recebem R$ 550,00. Já as consultoras, ganham o mesmo salário, mas também recebem comissão, que pode triplicar a remuneração. Entre os benefícios, além do vale-transporte, vale-refeição e assistência médica, a empresa oferece uniforme e tratamento gratuito de beleza. Todos os contratados recebem, ainda, treinamento especial sobre as técnicas exclusivas de tratamento aplicadas na rede.
Atenção às exigências dos cargos:
• Supervisora – experiência/vivência em liderança;
• Recepcionistas – experiência em atendimento;
• Atendentes – vivência em atendimento ao cliente;
• Cabeleireiras – experiência prévia e curso profissionalizante;
• Manicures – experiência prévia e curso profissionalizante;
• Auxiliares de Cabeleireira – sem experiência prévia.
*Fonte: Assessoria de Comunicação da Rede Beleza Natural
**O blog está apenas divulgado a informação, por considerar serviço de utilidade pública.Não temos qualquer vínculo empregatício ou comercial com a Rede Beleza Natural e nem fazemos parte de agências de Recrutamento e Seleção. Os contatos para enviar seu currículo estão logo acima, no início do post. Boa sorte aos que tentarem uma vaga!
O mercado é ingrato com as mulheres que optam por serem trabalhadoras e mães. Pelo menos esta é a análise do advogado e professor do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas, Marcos Vinicius Poliszezuk, autor do artigo que publicamos abaixo. O texto traz dados do IBGE e da Catho On Line sobre a situação de empregabilidade das brasileiras. Sim, ainda ganhamos menos que os homens, embora isso seja inconstitucional. E ainda somos discriminadas na hora de disputar uma seleção – separadas em: com filhos e sem filhos – embora isso seja ilegal e imoral. O importante de divulgar esse tipo de análise é contribuir para conscientizar as mulheres e os homens sobre a importância de romper antigos tabus. Apesar de todo o avanço tecnológico da pós-modernidade e de toda a revolução dos costumes, o peso da tradição ainda é grande na nossa sociedade. Ainda há quem defenda, nos dias de hoje, que lugar de mulher é em casa lavando, passando, cozinhando e criando os filhos. Sem contar com aqueles que endossam afirmações absurdas como a de que as mulheres que tornam-se lideres e se destacam na profissão, masculinizam-se para competir de igual para igual com os homens! Talvez, diante de estatísticas como as apresentadas no artigo do professor Marcos, realmente existam mulheres que abrem mão da maternidade ou da feminilidade para mostrar que são tão capazes quanto os homens. No entanto, quem foi que disse que ser agressivo no mercado é prerrogativa masculina? E quem disse que a agressividade ou a competitividade não são também características das fêmeas? Onde está escrito que para ser feminina tem de ser mãe? O problema com o preconceito, qualquer que seja ele, é que cria categorias e rotula as pessoas, confinando-as aos estererótipos, sendo que a diversidade é cada vez mais a norma no mundo, graças a Deus! Eu, particularmente, não quero ser igual, melhor ou pior que nenhum homem. E espero que nenhum deles queira ser melhor, pior ou igual a mim. Quero respeito nas minhas diferenças.
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**Dificuldades das mulheres no mercado de trabalho
*Marcos Vinicius Poliszezuk
Todos são iguais perante a lei. É o que estabelece o artigo 5° da Constituição Federal. No entanto, deparamo-nos com realidades distantes daquela prevista pelo nosso constituinte. Prova disso é o tratamento dispensado às mulheres trabalhadoras, em que a discriminação ainda é notadamente patente.
Importante destacar que várias foram as legislações com o intuito de proteger o trabalho da mulher. Prerrogativas e direitos lhe foram assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que dedica um capítulo inteiro de medidas protetivas ao trabalho feminino. A nossa própria Constituição Federal também assegurou salário idêntico ao dos homens, além de outras benesses conferidas em razão da maternidade. Hodiernamente, observa-se que tais medidas são inócuas, uma vez que a própria sociedade desrespeita a legislação. Lei é lei, evidente, mas não somos educados a respeitar a dignidade do trabalho feminino. Isso sem enfocar a dupla jornada cumprida pelas mulheres, ou seja, o trabalho fora e o dentro de casa.
Saliente-se que o Brasil, seguindo a legislação e a tendência mundial, ratificou Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que tratam de forma direta ou indireta da desigualdade de gênero nas relações de trabalho, são elas, a nº 100 (Salário igual para trabalho de igual valor entre o Homem e a Mulher, ratificada em 25/04/1957, com vigência nacional em 25/04/58), a nº 103 (Amparo à Maternidade, ratificada em 18/06/65 e com vigência nacional em 18/06/66); a nº 111 (Discriminação em matéria de emprego e Ocupação, ratificada em 26/11/65, com vigência nacional em 26/11/66); e a de nº 117 (Objetivos e normas básicas da política social, ratificação em 24/03/69 e vigência nacional em 24/03/70).
Todavia, tornar-se mãe, período tido como o ápice da maturidade feminina, é o principal entrave na colocação dessas mulheres no mercado de trabalho. Aí, pouco importa a dupla jornada, a dedicação extrema, o salário defasado e o mister maternal. Infelizmente, o que mais pesa ao empresariado é o aumento do custo para manter essa trabalhadora e o seu filho. A matemática é simples: os empregadores calculam o aumento dos encargos (salário, convênio médico, creche, farmácia, etc.) e, com isso, perde-se o interesse na colaboração dessas candidatas. Além disso, outro empecilho, na visão dos empregadores, é a maior probabilidade de a mulher-mãe ter de ausentar-se do trabalho para cuidar das crianças.
Apesar de toda a mentalidade contrária a contratação de mulheres, pesquisas revelam que nos últimos anos a inserção da mulher no mercado de trabalho tem sido crescente e visível, assim como o percentual de mulheres em cargos de comando de grandes empresas.
Segundo dados do IBGE, em janeiro de 2008, havia aproximadamente 9,4 milhões de mulheres trabalhando nas seis regiões metropolitanas onde foi realizada a pesquisa: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre. Este número significa 43,1% das mulheres. Em 2003 esta proporção era de 40,1%. O que comprova o aumento da representatividade feminina no mercado de trabalho.
Entretanto, elas se encontravam em situação desfavorável à dos homens, pois não chegavam a atingir o percentual de 40% de mulheres trabalhando com carteira de trabalho assinada, sendo que entre os homens esta proporção ficou próxima de 50%. Além disso, o rendimento delas correspondia a 71,3% do rendimento dos homens.
Na visão machista ainda vigente, infelizmente, mulher só é multitarefas dentro de casa
A mesma pesquisa deixou claro que quando o contexto é mercado de trabalho, a maioria dos indicadores apresentados mostrou a mulher em condições menos adequadas que a dos homens. Outro ponto alarmante é a desigualdade na contribuição previdenciária, quando se constatou que mais de um terço das mulheres não contribuem. Isso de uma forma geral e não pontuando mulheres com filhos e menores de quatro anos. Com isso, torna-se mais notável que a dificuldade da mulher no mercado de trabalho existe independente de ser mãe, mas agrava ainda mais com a maternidade.
Neste patamar, já não importa as lutas de tantas Marias (da Penha), de Helenas (de Americana) e de todas aquelas engajadas na promoção da dignidade do trabalho da mulher para valerem os direitos conquistados com duras batalhas, uma vez que, repita-se, somos os primeiros a desrespeitar as leis que nós mesmos criamos.
Talvez por essa razão já não nos impressiona as pesquisas como a recentemente divulgada pela Catho on Line, empresa de recrutamento e seleção, segundo a qual mulheres com filhos de até quatro anos têm mais dificuldades para conseguir emprego. Fomos educados para aceitar essa realidade – diga-se de passagem, ilegal, com normalidade.
*Marcos Vinicius Poliszezuk é sócio-titular do Fortunato, Cunha, Zanão e Poliszezuk Advogados, especialista em Direito Empresarial pela Escola Superior de Advocacia da OAB-SP e em Direito do Trabalho pelo Centro de Extensão Universitária; além de professor do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas e integrante da Comissão dos Novos Advogados do Instituto dos Advogados de São Paulo.
**Artigo recebido por email pela assessoria de comunicação de Marcos Poliszezuk.
Para quem está interessado em morar na Europa e se aprimorar na sua área de pesquisa, a Universia, uma rede de cooperação que reúne quase 1.200 faculdades na América Latina e Península Ibérica (Portugal e Espanha) está oferecendo um programa de bolsas de estudos na Áustria. Abaixo, divulgamos material recebido através da assessoria de comunicação da Universia. Lembramos que este material é de inteira responsabilidade da entidade e que o blog não distribui bolsas de estudos, pois não coordenamos o programa. Divulgamos no nosso espaço por considerar um serviço de utilidade pública.
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Portal divulga oportunidades do governo austríaco para pesquisadores
O Governo Federal da Áustria, por meio do programa Ernst-Mach Stipendium, oferece bolsas para estudantes de graduação e pesquisadores interessados em complementar seus estudos no país europeu. As inscrições estão abertas até 1º de março de 2010 e as informações sobre como participar do processo seletivo estão disponíveis no portal Universia (acesse aqui).
Para participar do programa, os candidatos devem estar vinculados às áreas de Ciências Naturais, Tecnológicas, Sociais, Jurídicas, Humanas, Agronomia e Silvicultura, Medicina, Teologia e Estudos Artísticos. Conhecimentos dos idiomas alemão ou inglês estão entre os pré-requisitos para participação.
O Universia é uma rede de cooperação universitária que reúne 1.126 instituições de ensino superior na América Latina e Península Ibérica, e tem como parceiro financeiro-estratégico o Grupo Santander. A Rede Universia atua em quatro eixos estratégicos: fomento à empregabilidade (emprego), incentivo à formação (formação), desenvolvimento dos meios científico e acadêmico (observatório), e apoio às comunidades e eventos para o relacionamento universitário (redes sociais).
O objetivo é contribuir com serviços de valor agregado às universidades, apoiando o desenvolvimento de projetos comuns e a geração de novas oportunidades para a comunidade universitária, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento sustentável dos países onde o Universia está presente.
O principal elemento integrador desta rede é o portal Universia, que desenvolve conteúdo e serviços gratuitos para o meio acadêmico, em línguas portuguesa e espanhola. O Portal está presente em 18 países: Andorra, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, congregando 72% do público universitário, com 12,1 milhões de alunos e professores.
Lançado no Brasil em março de 2002, o portal Universia (www.universia.com.br) conquistou em sete anos, a parceria com 257 universidades, alcançou a marca de *2,4 milhões de usuários cadastrados e uma média mensal de 1,2 milhão de usuários únicos.
Os conteúdos e os serviços atendem aos pré-universitários, universitários, pós-universitários, docentes e gestores das instituições de ensino superior. Os serviços oferecidos são: estágios, cursos on-line, salas de aula virtuais, e informações sobre bolsas de estudo, intercâmbio, empreendedorismo, pesquisa científica e carreira, entre outros.
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