Equilibrando o hoje e o amanhã

Eu sei que é clichê propagar a ideia de que a vida é uma caixinha se surpresas. Mas fato é que realmente o é. Você pode planejar, projetar detalhadamente cada passo e, no próximo milésimo de segundo, tudo pode mudar. Não que a gente não deva planejar. Com o tempo aprendi que é preciso ter equilíbrio entre o viver o hoje e o projetar o amanhã. Porque o único tempo que existe para se viver é o agora, mas há objetivos que jamais se realizarão sem planejamento.

Equilíbrio

Há alguns anos, me preocupava tanto com o amanhã, que esquecia de viver o hoje. Passava os dias planejando, projetando, pensando no que conquistar. Não era algo pensado, era simplesmente a forma que eu vivia. Não refletia sobre o assunto, não julgava. Até que a gente aprende, com o passar dos anos e com as experiências alheias, que nada na vida funciona sem equilíbrio. É preciso ter firmeza e fazer as compensações necessárias, para que os sonhos de amanhã não impeçam as realizações do hoje e vice-versa!

É isso, meninas e meninos.

Um final de semana lindo pra vocês!

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Artigo: “Galera” pé no chão

O artigo selecionado para esta quarta-feira explica um pouco da função do coach (o termo vem da palavra em inglês para treinador desportivo – técnico -, mas no mundo corporativo é aplicada aos “treinadores” de pessoas, que auxiliam os profissionais a eleger prioridades e traçar metas na realização de projetos pessoais e/ou de carreira). No texto abaixo, a administradora Joanna D´Arc Carneiro P. Sales também dá dicas de como buscar a realização dos sonhos sem tirar os pés do chão, mas mantendo a criatividade. Confiram!

**“Galera” pé no chão

*Joanna d´Arc Carneiro P. Sales

Após a fase de adolescência, caracterizada pela irreverência, conflitos, emergência da consciência de si mesmo, paixão e amor, surge uma nova necessidade de suporte aos jovens para encontrar o caminho do adulto comprometido com a vida, com a profissão, consigo mesmo e com a preservação de valores essenciais da conduta humana. Nesta nova etapa de descoberta e amadurecimento, surgem os sonhos em especial da futura carreira profissional, que precisam ser planejados e estruturados de forma que possam ser viabilizados dentro do contexto da autoresponsabilidade pessoal e da experiência da ordem como princípio universal, para que possam trilhar com os próprios recursos.

A “galera” pé no chão, é aquela que vai aprender a definir sonhos utilizando a bússola que indica a direção baseada em valores e propósito, recorrendo sempre aos seus talentos e uma boa dose de organização, disciplina, planejamento e a sabedoria para administrar o tempo. Assim, o velho ditado será bem vindo: devemos pensar bem alto indo até as estrelas, porém com os pés no chão.

Assim como o "treinador" traça estratégias e mantém o foco do time, o coach ajuda os profissionais a traçar metas e eleger prioridades e passos que vão ajudá-los na realização de projetos

O trabalho pessoal começa com a identificação por parte do jovem de quais os líderes passados ou presentes que admira e quais suas qualidades e qual é o impacto na sua concepção de vida. Relacione em seguida quais as qualidades que já possui e outras que você gostaria de desenvolver. Aprofunde na descoberta do seu autêntico Eu, conhecendo suas principais forças, fraquezas e áreas pouco desenvolvidas, ampliando o seu nível de percepção e compreensão dos pontos cegos e área de vulnerabilidade. Faça sua lista de valores, elegendo os cinco valores mais significativos, seus princípios e limites éticos.

Com estes elementos, você pode traçar as metas que vão viabilizar seus sonhos, lembrando  que nesta definição devem ser considerados alguns critérios para facilitar a obtenção dos resultados esperados: as metas deverão ser específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e  com  prazos estabelecidos. A partir daí, a “galera” pode iniciar       o Plano de Ação Pessoal(PAP), que vai funcionar como um roteiro detalhado  contendo o como fazer nas diversas etapas  e o prazo  estimado para cada uma delas, acrescido de muita disciplina e determinação.

Como a maioria das pessoas não está acostumada a planejar suas próprias vidas, torna-se necessária uma assessoria pessoal para que o foco seja mantido, e aí está o papel do coach, como um profissional que leva o cliente a adotar ferramentas para ampliar o nível de realização das pessoas pelo aprendizado em transformar sonhos em realizações.

*Joanna d´Arc Carneiro P. Sales é administradora, coach, psicodramatista, facilitadora do Pathwork, terapeuta e consultora organizacional.

**Material enviado por email pela jornalista Najara Souza e publicado com autorização, mediante citação da autoria e respeito a integridade do texto.

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Mais promessas e agradecimentos

Este é o meu último post de 2009. Vou descansar um pouco, recarregar as baterias, me preparar para os desafios que me aguardam em 2010. Fiquei pensando no que escrever, que palavras deixar a vocês… E hoje, ao sair para dar uma caminhada no Dique do Tororó, voltei a pensar nas promessas e decidi tratar, mais uma vez, delas aqui. Como muitos já devem ter lido no meu post anterior, não sou muito fã das promessas, não acredito na sua força, e prefiro que as atitudes sejam tomadas. Mas durante a minha caminhada parei para avaliar essa questão das promessas e posso dizer que, de certa forma, consigo, agora, compreender um dos seus possíveis sentidos.

Eu continuo contrária às promessas, mas percebo que elas podem exercer um papel importante na vida das pessoas. Prometer pode nos fazer enxergar que somos capazes de promover mudanças, de conquistar objetivos diversos, de seguir um novo caminho. A promessa pode renovar a crença em nossa própria capacidade de agir, de ser agente atuante na construção de um futuro melhor. Prometer alguma coisa para nós mesmos pode ter o poder de nos fazer repensar, de nos fazer perceber que, parafraseando o Obama, “yes, we can” (sim, nós podemos). Não sei se esse vértice que eu encontrei faz algum sentido, mas pelo menos amenizou a minha aversão às promessas.

De qualquer forma, meus queridos leitores, meninas e meninos, reitero a importância de agirmos mais. Vamos colocar em prática nossos sonhos, nossos objetivos, vamos abrir aquelas caixas velhas que estão guardadas no armário há meses. Vamos rasgar papéis velhos, reorganizar nossas fotos, organizar nossos planos. Talvez seja este o simbolismo da virada de ano. De alguma forma, experimentamos a sensação de um começar novamente. Seja continuando os passos que estamos dando, seja promovendo alterações nas trilhas que andamos seguindo, seja simplesmente deixando o ano que passou pra trás e tentando reconstruir um novo futuro.

Quero agradecer imensamente pelo carinho de vocês, pela presença no blog. Aos leitores frequentes, que entram na net e sempre lembram de dar uma passadinha,ainda que super rápida, no Conversa de Menina. Aos leitores casuais, que por acaso caem em nossa página, seja por indicação de alguém, pelas listas de  blogs dos amigos, pelos sistemas de busca. Aos que comentam constantemente e participam das discussões. Aos que leem calados, mas absorvem nossas palavras. Sem vocês este blog não faria o menor sentido. Muito obrigada mesmo, pelas palavras de incentivo, pelos elogios, pelas críticas que nos fizeram amadurecer bastante.

O que desejo é muito tudo de bom em 2010. Que vocês busquem mais, sonhem mais, lutem mais. Que tenham forças para levantar das quedas, que sempre lembrem de guardar um lencinho para enxugar as lágrimas. Que multipliquem-se os motivos para rir. E que vivam, diariamente, tentando dar o melhor de cada um de vocês. Que todos nós aprendamos a conviver melhor com as diferenças, a respeitar o outro. Que sejamos intensa e imensamente felizes. E nunca esqueçam que, para um motivo ou outro, as meninas estarão sempre aqui. Para trocarmos experiências, conversar. Esse cantinho é muito mais de vocês do que nosso. Sejam sempre bem-vindos.

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Porque o importante é ser feliz

felicidadeHoje eu tentei escrever sobre tanta coisa. Comecei diversos posts, sobre diversos assuntos. Apaguei, recomecei, apaguei. Às vezes o assunto chama por nós. Acho que quem escreve sempre passa por isso, aquela sensação de que hoje o tema será aquele especificamente. É por isso que hoje eu vou falar de felicidade, das pequenas coisas, dos detalhes. A correria cotidiana fecha nossos olhos à beleza da simplicidade. Nos envolvemos em rotinas tão cansativas que muitas vezes nem o riso dá as caras em nosso rosto. O semblante cansado começa o dia pouco dormido, as olheiras saltitam dos olhos. Dormimos e acordamos como máquinas programadas. Mas somos humanos. Podem até nos tirar a paciência, o humor, mas não podem nos tirar a condição de humanos. E isso não é pouco, não.

Resolvi falar de felicidade ao perceber o quanto a felicidade tem-se tornado mera palavra listada em dicionário. Sinto as pessoas mais fechadas, mais tristonhas, emburradas. A gente não consegue mais dar conta de tudo o que é preciso. Trabalhar, estudar, cuidar de casa, da família… É muita obrigação para uma pessoa só. No final, a sensação de que não deu tempo de fazer tudo é avassaladora. Quem nunca passou por isso, não é? E no meio disso tudo, o namorado, noivo, marido, paquera… Eu sei que não é fácil. Vivo isso diariamente, nessa correria insana em busca de um lugar ao sol. Mas aprendi a olhar ao redor. E embora as perspectivas não sejam as melhores, ainda assim é possível ser feliz. Porque a felicidade, gente, é feita de momentos. São pequenos momentos que fazem tudo valer à pena.

A gente não sabe como vai ser o amanhã. Vivemos na espectativa de que vamos realizar sonhos que parecem nunca acontecer. E o presente vai passando despercebido, na busca frenética pelo tal do futuro, o salvador, a luz no fim do túnel, a meta. Claro que isso é importante. Mas é tão importante quanto aproveitar os momentos presentes. Sabe aquele amigo com quem você nunca mais falou? Vocês viveram tanta coisa juntos e agora quase não se encontram. Por que não transformar em presente as boas lembranças do passado? Por que não viver essa coisa boa agora, por que não lutar pra tê-lo de volta? FelicidadeAndamos tão entretidos com os futuros projetos que estamos esquecendo de ser felizes agora. O agora é importante. O agora é o futuro do ontem.  É o passo do amanhã. É o presente do hoje.

A felicidade não é um bichinho que anda escondido por aí. É uma construção. Uma construção pessoal de cada um. Às vezes nos basta tão pouco para um riso despretensioso, para um abraço apertado… Mas andamos sempre tão envolvidos com as tarefas diárias que esquecemos disso. Esquecemos de olhar para o lado, de dar um abraço apertado, de rir do acaso… Esquecemos de olhar para o caminho, de cumprimentar as pessoas, de construir novos laços. Deixamos de lado os momentos singelos, aqueles em que nada fazíamos, apenas éramos felizes. Momentos dedicados a não fazer nada, a sentar na areia da praia, a caminhar por aí, a fotografar o mundo, a cantar em voz alta, a ligar para alguém especial… Remoemos acontecimentos ruins, guardamos rancor, incentivamos a angústia…

As exigências da sociedade moderna são assustadoras. Individualismo, egoísmo, competição cruel… O capital virou o senhor de chicote na mão punindo um escravo fujão. É desleal a concorrência. Mas, como comecei dizendo nesse post, somos humanos. E a felicidade faz parte disso. E ela está sempre dentro de nós, doidinha para rasgar nosso peito e se mostrar ao mundo. A felicidade individual pode fazer milagres às convivência social. É só você sorrir mais, tratar bem às pessoas, pedir por favor e obrigada…  É só você se descobrir merecedor dessa felicidade, compreender a importância do riso, acreditar que os momentos mais simples podem estar recheados de belas surpresas. E quando a felicidade tentar brincar de se esconder, é só lembrar que só cabe a você a responsabilidade por tê-la de volta. Ser feliz é responsabilidade sua. E assim será, sempre!

Vamos então nos esforçar um pouquinho mais. Vamos ser felizes!

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