Artigo: “Galera” pé no chão

O artigo selecionado para esta quarta-feira explica um pouco da função do coach (o termo vem da palavra em inglês para treinador desportivo – técnico -, mas no mundo corporativo é aplicada aos “treinadores” de pessoas, que auxiliam os profissionais a eleger prioridades e traçar metas na realização de projetos pessoais e/ou de carreira). No texto abaixo, a administradora Joanna D´Arc Carneiro P. Sales também dá dicas de como buscar a realização dos sonhos sem tirar os pés do chão, mas mantendo a criatividade. Confiram!

**“Galera” pé no chão

*Joanna d´Arc Carneiro P. Sales

Após a fase de adolescência, caracterizada pela irreverência, conflitos, emergência da consciência de si mesmo, paixão e amor, surge uma nova necessidade de suporte aos jovens para encontrar o caminho do adulto comprometido com a vida, com a profissão, consigo mesmo e com a preservação de valores essenciais da conduta humana. Nesta nova etapa de descoberta e amadurecimento, surgem os sonhos em especial da futura carreira profissional, que precisam ser planejados e estruturados de forma que possam ser viabilizados dentro do contexto da autoresponsabilidade pessoal e da experiência da ordem como princípio universal, para que possam trilhar com os próprios recursos.

A “galera” pé no chão, é aquela que vai aprender a definir sonhos utilizando a bússola que indica a direção baseada em valores e propósito, recorrendo sempre aos seus talentos e uma boa dose de organização, disciplina, planejamento e a sabedoria para administrar o tempo. Assim, o velho ditado será bem vindo: devemos pensar bem alto indo até as estrelas, porém com os pés no chão.

Assim como o "treinador" traça estratégias e mantém o foco do time, o coach ajuda os profissionais a traçar metas e eleger prioridades e passos que vão ajudá-los na realização de projetos

O trabalho pessoal começa com a identificação por parte do jovem de quais os líderes passados ou presentes que admira e quais suas qualidades e qual é o impacto na sua concepção de vida. Relacione em seguida quais as qualidades que já possui e outras que você gostaria de desenvolver. Aprofunde na descoberta do seu autêntico Eu, conhecendo suas principais forças, fraquezas e áreas pouco desenvolvidas, ampliando o seu nível de percepção e compreensão dos pontos cegos e área de vulnerabilidade. Faça sua lista de valores, elegendo os cinco valores mais significativos, seus princípios e limites éticos.

Com estes elementos, você pode traçar as metas que vão viabilizar seus sonhos, lembrando  que nesta definição devem ser considerados alguns critérios para facilitar a obtenção dos resultados esperados: as metas deverão ser específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e  com  prazos estabelecidos. A partir daí, a “galera” pode iniciar       o Plano de Ação Pessoal(PAP), que vai funcionar como um roteiro detalhado  contendo o como fazer nas diversas etapas  e o prazo  estimado para cada uma delas, acrescido de muita disciplina e determinação.

Como a maioria das pessoas não está acostumada a planejar suas próprias vidas, torna-se necessária uma assessoria pessoal para que o foco seja mantido, e aí está o papel do coach, como um profissional que leva o cliente a adotar ferramentas para ampliar o nível de realização das pessoas pelo aprendizado em transformar sonhos em realizações.

*Joanna d´Arc Carneiro P. Sales é administradora, coach, psicodramatista, facilitadora do Pathwork, terapeuta e consultora organizacional.

**Material enviado por email pela jornalista Najara Souza e publicado com autorização, mediante citação da autoria e respeito a integridade do texto.

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Sobre o que está por vir

Mais um ano está chegando ao fim… A gente pode seguir o clichê e dizer que é momento de refletir, repensar, reconstruir metas, colocar na balança as conquistas e perdas etc. Podemos enumerar uma série de rotinas que renovamos anualmente quando vai se aproximando a “virada do ano”.

Só que hoje a minha intenção com este post é apenas fazê-los tentar prometer menos e agir mais. As anotações podem organizar as ideias, os sonhos, os objetivos. Mas projetos esquecidos em um caderninho guardado num canto qualquer não vão acontecer por si só. É preciso colocar a mão na massa.

Eu já escrevi em um outro blog sobre a minha descrença com relação às promessas. Não gosto de promessas, embora tenha o maior respeito por quem as faz. Pegunto-me para que servem: aliviar culpa? Alimentar esperanças? Iludir a si mesmo? Não consigo encontrar sentido em promessas.

Bem, voltando ao início da conversa, tentem praticar mais as suas teorias. Sair do lugar, caminhar. Andar sem precisar dizer que vai fazê-lo amanhã. Se matricular na academia, antes de anunciar a todos os amigos que isso será feito na segunda.

Mas se quiserem prometer, tudo bem também. São nossas diferenças que nos fazem seres únicos. É a diversidade de pensamento que faz da vida algo tão especial. Que venha 2010! Com ou sem promessas!

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Artigo: Sonhos de um profissional

O artigo que reproduzimos hoje foi escrito por Washington Kusabara, consultor empresarial na área de gestão de processos. No texto, ele analisa o papel dos profissionais contemporâneos e das empresas que visam otimização de processos. O interessante é que, embora a primeira vista pareça uma aula de administração, na verdade é uma aula de humanidade, pois empresas são feitas na essência por pessoas e as pessoas, como dizia o poeta, são feitas principalmente de sonhos. Vale a pena conferir:

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Sonhos de um profissional

* Washington Kusabara

O profissional pode ser entendido como uma pessoa em constante aperfeiçoamento. Em um fluxo de fabricação, onde há matéria-prima e produto acabado, o profissional deve ser como o material em processo, já que sempre há o que melhorar ou algum componente a ser acrescentado.

Estipular objetivos significa avançar pequenos passos em direção aos nossos sonhos. Ainda que para alcançar estes objetivos seja preciso passar por alguns “desvios”, ou até mesmo alguns “retrocessos”, o importante é perseverar e cuidar para que haja determinação e não obstinação, que pode nos “cegar” e fazer com que se perca o rumo.

Da mesma forma trabalham as empresas, já que as metas do mundo corporativo são referências circunstanciais que as companhias necessitam para sobreviver, crescer e evoluir. Diante não apenas da concorrência, mas das mudanças inesperadas dos cenários econômicos, a velocidade com que atingem estas metas é fator determinante para o seu êxito.

gestaoO alcance das metas empresariais é sempre fator de celebração e recompensa, mas a análise dos fracassos e sua divulgação, sem “caça às bruxas”, também deveria ser tema importante nas empresas.  Afinal, este tipo de comportamento evitaria muito desperdício de recursos, dinheiro, mão-de-obra e tempo, mas principalmente, evitaria que projetos e ações fossem arruinados e pudessem ter o seu rumo alterado. Mais que estar preparado para as oportunidades, o profissional necessita saber identificar as oportunidades e aceitar seus desafios inerentes. Focar no que é importante, definir um plano de ação e colocá-lo em prática.

Sonhos são como referências a médio e longo prazo, mas sonhar alto demais pode significar frustração e sonhar baixo demais é receita certa para acomodar-se com o “status quo”. Portanto, uma certa dose de desafio é essencial para mantermos acesa a chama que nos guiará na direção dos sonhos.

Os sonhos também podem ser mudados, afinal, crescemos e amadurecemos tanto pessoalmente como profissionalmente. Assim, na medida em que realizamos um sonho, outro deve tomar lugar para manter o nosso norte atualizado. O mesmo vale para os sonhos não realizados, sem esquecer que, se a substituição de sonhos não realizados tornar-se uma constante, tornamo-nos volúveis e vazios, sem rumo aparente.

Novos objetivos devem ser estabelecidos com vistas aos novos sonhos e o aprendizado com erros e acertos será muito bem vindo, o que nos poupará desperdício de tempo e energia.

Para um entendimento maior do assunto em questão, podemos fazer uma analogia dos sonhos de um profissional com as metas de melhoria contínua de uma empresa. Enquanto o profissional precisa se auto-avaliar e entender em que posição ele está quando traça um sonho, em um processo de melhoria contínua é preciso analisar os objetivos da empresa e compreender suas necessidades táticas e estratégicas.

Ao passo que, quando o executivo traça suas prioridades e determina suas ações para alcançar o sonho, a companhia mapeia a cadeia de valor (fluxos de materiais e de informações), identifica, classifica e prioriza suas oportunidades. No caso da empresa, pode-se utilizar uma metodologia de implementação rápida, como o projeto Kaizen da TBM, que leva em conta os princípios fundamentais do Sistema Lean de Manufatura. Já para o profissional, o conhecimento e a utilização dos princípios lean em sua vida pessoal e profissional, pode render resultados muito além das suas expectativas. Sem esquecer que apenas 20% destes princípios são técnicas e metodologias, ou seja, a “inspiração”. Os 80% restantes se referem à ação, mão na massa e mudança cultural (comportamental). Ou seja, a “transpiração”. Boa sorte, inspiração e, sobretudo, muita ação!

*Washington Kusabara é diretor da TBM Consulting, empresa especializada em consultorias de gestão de processos
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**O artigo foi enviado ao blog através da assessoria de comunicação da TBM Consulting.

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Porque o importante é ser feliz

felicidadeHoje eu tentei escrever sobre tanta coisa. Comecei diversos posts, sobre diversos assuntos. Apaguei, recomecei, apaguei. Às vezes o assunto chama por nós. Acho que quem escreve sempre passa por isso, aquela sensação de que hoje o tema será aquele especificamente. É por isso que hoje eu vou falar de felicidade, das pequenas coisas, dos detalhes. A correria cotidiana fecha nossos olhos à beleza da simplicidade. Nos envolvemos em rotinas tão cansativas que muitas vezes nem o riso dá as caras em nosso rosto. O semblante cansado começa o dia pouco dormido, as olheiras saltitam dos olhos. Dormimos e acordamos como máquinas programadas. Mas somos humanos. Podem até nos tirar a paciência, o humor, mas não podem nos tirar a condição de humanos. E isso não é pouco, não.

Resolvi falar de felicidade ao perceber o quanto a felicidade tem-se tornado mera palavra listada em dicionário. Sinto as pessoas mais fechadas, mais tristonhas, emburradas. A gente não consegue mais dar conta de tudo o que é preciso. Trabalhar, estudar, cuidar de casa, da família… É muita obrigação para uma pessoa só. No final, a sensação de que não deu tempo de fazer tudo é avassaladora. Quem nunca passou por isso, não é? E no meio disso tudo, o namorado, noivo, marido, paquera… Eu sei que não é fácil. Vivo isso diariamente, nessa correria insana em busca de um lugar ao sol. Mas aprendi a olhar ao redor. E embora as perspectivas não sejam as melhores, ainda assim é possível ser feliz. Porque a felicidade, gente, é feita de momentos. São pequenos momentos que fazem tudo valer à pena.

A gente não sabe como vai ser o amanhã. Vivemos na espectativa de que vamos realizar sonhos que parecem nunca acontecer. E o presente vai passando despercebido, na busca frenética pelo tal do futuro, o salvador, a luz no fim do túnel, a meta. Claro que isso é importante. Mas é tão importante quanto aproveitar os momentos presentes. Sabe aquele amigo com quem você nunca mais falou? Vocês viveram tanta coisa juntos e agora quase não se encontram. Por que não transformar em presente as boas lembranças do passado? Por que não viver essa coisa boa agora, por que não lutar pra tê-lo de volta? FelicidadeAndamos tão entretidos com os futuros projetos que estamos esquecendo de ser felizes agora. O agora é importante. O agora é o futuro do ontem.  É o passo do amanhã. É o presente do hoje.

A felicidade não é um bichinho que anda escondido por aí. É uma construção. Uma construção pessoal de cada um. Às vezes nos basta tão pouco para um riso despretensioso, para um abraço apertado… Mas andamos sempre tão envolvidos com as tarefas diárias que esquecemos disso. Esquecemos de olhar para o lado, de dar um abraço apertado, de rir do acaso… Esquecemos de olhar para o caminho, de cumprimentar as pessoas, de construir novos laços. Deixamos de lado os momentos singelos, aqueles em que nada fazíamos, apenas éramos felizes. Momentos dedicados a não fazer nada, a sentar na areia da praia, a caminhar por aí, a fotografar o mundo, a cantar em voz alta, a ligar para alguém especial… Remoemos acontecimentos ruins, guardamos rancor, incentivamos a angústia…

As exigências da sociedade moderna são assustadoras. Individualismo, egoísmo, competição cruel… O capital virou o senhor de chicote na mão punindo um escravo fujão. É desleal a concorrência. Mas, como comecei dizendo nesse post, somos humanos. E a felicidade faz parte disso. E ela está sempre dentro de nós, doidinha para rasgar nosso peito e se mostrar ao mundo. A felicidade individual pode fazer milagres às convivência social. É só você sorrir mais, tratar bem às pessoas, pedir por favor e obrigada…  É só você se descobrir merecedor dessa felicidade, compreender a importância do riso, acreditar que os momentos mais simples podem estar recheados de belas surpresas. E quando a felicidade tentar brincar de se esconder, é só lembrar que só cabe a você a responsabilidade por tê-la de volta. Ser feliz é responsabilidade sua. E assim será, sempre!

Vamos então nos esforçar um pouquinho mais. Vamos ser felizes!

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