Preparação física na areia: minha experiência

preparação física na areia | foto: conversa de meninaEu faço preparação física na areia já há algum tempo. Comecei a fazer treinos na praia em 2010, mas, por força das circunstâncias, precisei interromper. Só consegui retomar os treinos ano passado (2016), e desde então tenho mantido a constância e frequência. Sempre posto fotos nas redes sociais e recebi uma grande quantidade de perguntas a respeito dos benefícios, indicações, contraindicações etc.

Decidi conversar com meu preparador físico, Igor Alisson, e reunir informações para escrever esse texto para vocês. Aliado a essa demanda, os treinos na praia me ajudaram muito a melhorar desempenho e condicionamento físico também nas outras atividades, então acho bem bacana compartilhar isso com vocês e, quem sabe, motivá-los a abraçar essa prática esportiva.

Treinar na areia é bem diferente de treinar em um academia, por exemplo. Tem todo um clima por trás do treino em si. Além de estarmos em um terreno diferente, que exige bastante da gente, conseguimos aliar o trabalho do corpo com o trabalho da mente. Ver o sol nascer, estar próximo do mar, colocar o pé no chão e tocar a areia ao mesmo tempo em que você exercita seu corpo não tem preço. Eu treino todos os sábados, às 6h, no Jardim de Alah, e costumo dizer que se você começa o sábado assim, com essa energia, não tem como nada dar errado no restante do final de semana. Ou seja, todo o ambiente é propício para incentivar o desempenho e performance. Imagine você correr em direção ao mar? Não tem como não dar aquele gás!

preparação física na areia | foto: conversa de menina

Preparação física na praia: escolha um bom profissional

O primeiro passo para começar a treinar na areia – e eu diria, o mais importante – é a escolha do profissional que vai orientar seu exercício. O meu preparador físico, Igor Alisson, além de ter sido um dos precursores desse tipo de treino por aqui, é Especialista em Fisiologia e Prescrição do Exercício, pela Gama Filho-RJ, é Avaliador de Aptidão Física e é ainda pós-graduando em Biomecânica e Treinamento de Força Adaptados às Atividades Motoras, pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

preparação física na praia | foto: conversa de meninaAgora vocês entendem por que eu sempre faço questão de ressaltar a qualidade do trabalho dele? O cara é bom mesmo. Aliás, ele foi o grande responsável pela minha mudança de vida em termos físicos. Só para exemplificar essa tal mudança, já se foram cerca de 20kg e uma transformação drástica no formato e composição corporal.  Digam aí se ele não manja dos paranauê? Faço propaganda mesmo. E se você quiser mudar de vida também, ligue pra ele e converse (vou deixar os contatos no final desse post). No primeiro bate-papo você vai concordar comigo, não tenho a menor dúvida disso.

preparação física na praia | foto: conversa de meninaPor que é importante?

Falo da importância da escolha do profissional por uma razão clara. Ao tempo em que o treino na areia auxilia a evolução do atleta, também exige cuidados. Um treinamento displicente pode jogar todo um planejamento no lixo. O profissional precisa avaliar sua atual condição, para te passar o treino adequado. Em um mesmo grupo, nem todos possuem o mesmo condicionamento. Isso deve ser levado em conta. É preciso ter a segurança de que você sendo orientado por um profissional de confiança, que sabe o que está fazendo. Como estamos vivendo uma fase de auge do estilo de vida saudável, não dá para vacilar e colocar sua saúde em risco nas mãos de qualquer um. Lá onde treino, cada pessoa que entra passa por uma avaliação, precisa conversar com ele antes de começar. Você se sente mais seguro e tranquilo. Isso pra mim é fundamental.

Riscos e benefícios

preparação física na praia | foto: conversa de meninaSão inúmeros os benefícios de uma preparação física na areia. Já falei aqui da questão do ambiente, que ajuda demais. O contato direto com a natureza nos deixa mais relaxados, mais à vontade, cria uma atmosfera mais gostosa de treino. A areia também diminui o impacto das articulações e é excelente para desenvolver força, já que exige bastante dos músculos. É um treino muito bom para tonificar os músculos, especialmente das pernas (fica daqui ó). Melhora muito o condicionamento físico e ainda ajuda a emagrecer (se seu objetivo for esse, claro).

Como estamos falando de uma superfície irregular, há risco de lesões. Pedras e objetos deixados na areia podem causar acidentes, já que muitas vezes ficam escondidos e o indivíduo só percebe o risco depois de ser atingido por ele. Embora esse seja um risco efetivo, eu nunca tive qualquer acidente nem lesão na areia em todo esse período de treino. Nem eu nem ninguém da turma que treina comigo. Acho importante também esclarecer isso. Um outro aspecto é que o treino constante na areia pode causa alteração biomecânica, ou seja, a pessoa perder o padrão do movimento, e pode reduzir a velocidade do indivíduo. preparação física na areia | foto: conversa de meninaMas isso vale muito mais para quem é atleta de corrida de asfalto. Não interfere tanto assim na vida de meros mortais como a gente. 🙂

Especificidades do meu treino

Como falei antes, treino com o preparador físico Igor Alisson, todos os sábados, 6h, no Jardim de Alah. Ele usa uma série de equipamentos e acessórios, para intensificar o treino e adaptá-lo a necessidades e objetivos específicos. Ninguém melhor do que ele, para explicar exatamente como funcionam os treinos: “Nos nossos treinamentos, valorizamos a capacidade aeróbia, dando ênfase em valências físicas, como agilidade e coordenação motora, fazendo uso de materiais diversos, como escada de agilidade, cones e barreirinhas. Exercícios estabilizadores do core e mobilidade articular são de fundamental importância para um trabalho seguro, e por isso também fazem parte do nosso trabalho”.

preparação física na areia | foto: conversa de meninaNa prática, é um treino bem intenso, bem forte. A intensidade do treino depende de sua condição física, mas Igor tem algo que eu valorizo demais em um profissional, que é o poder da motivação. Ele te motiva o tempo inteiro, então você passa por processos constantes de evolução. Você percebe sua melhora com o passar do tempo, é nítida. Fato que ele acredita na gente mais do que a gente mesmo. E, minha gente, se vocês soubessem o quanto isso nos dá um gás extra!!!! É um fator diferencial para quem faz preparação física na praia, eu diria.

E o melhor de tudo é que não existe competição no grupo que eu participo. É um motivando o outro, incentivando, chamando. Cada um dentro de suas possibilidades e limitações, vamos evoluindo. Sempre acreditei na vida no ditado que diz que gente boa se atrai. E no grupo de Igor é isso que eu vejo. E se você também despertou a vontade de participar, já é sinal de que sua energia também é boa, é só vir com a gente.

preparação física na praia | foto: conversa de meninaAula experimental + contatos

Combinei com meu instrutor de oferecer uma aula experimental gratuita de preparação física na areia a quem tiver curiosidade de conhecer o treino de perto, a quem se interessar em saber como é, testar. É uma forma de conhecer a atividade, de praticar e entender o que eu estou tentando passar nesse post, mas que é difícil de resumir em palavras.

Só sentindo o clima, só sentindo a energia, só sentindo os efeitos do treinamento, só sentindo as mudanças no corpo. Então, se você é de Salvador e tem interesse em conhecer a preparação física na areia, manda uma mensagem. Pode ser para mim ou entra em contato diretamente com Igor, para agendar o dia. E depois vocês me contam o que acharam, tá?

Seguem os contatos dele:
Tel: 71 99919-7110 (whatsapp)
Instagram: @igoralissonqf1

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Desafio beach cross: eu consegui vencer

beach cross 2017Sou movida por desafios. E falo tanto essa frase, que já virou clichê em minha vida. Mas é um clichê que eu sigo praticando. E hoje, meu assunto por aqui é mais um desafio vencido: a corrida beach cross 2017. Foram 5,5km de corrida na areia, no Jardim de Alah. Vocês me veem nas redes sociais, postando fotos de treino na praia e devem se perguntar por que cargas d´água essa prova seria um desafio para mim, que treino todo sábado na areia.

Pois bem, eu simplesmente não tenho fôlego! Tenho um desvio no septo que me atrapalha muito e me faz cansar demais em pouco tempo. Especialmente na areia. Por isso, todo o meu treino tinha um objetivo: chegar até o Aeroclube e voltar. Minha meta era apenas cumprir metade do percurso. Mas eu terminei! Sim, eu consegui!

Quem tem desvio no septo sabe do que estou falando. Chega uma hora em que o ar que entra pelo nariz já não é bastante, e a gente passa a respirar pela boca muito rapidamente. Respirando pela boca, parte do oxigênio é desviada no meio do caminho e não chega ao pulmão. Resultado: o fôlego se perde, a gente cansa muito mais rápido. É péssimo para quem quer evoluir na atividade física. Por isso, participar de uma prova de beach cross há algum tempo atrás era impensável para mim.

Mas daí que me bato com um instrutor maravilhoso, que conhece minhas limitações, mas me desafia o tempo inteiro, e que, mais importante que tudo, acredita em mim mais do que eu! O nome dele? Igor Alisson. A prova foi no domingo. No sábado tivemos treino, ele conversou muito sobre a prova de domingo.

No treino da véspera

Éramos um grupo. De todos os que treinam com ele aos sábados, umas oito pessoas, incluindo eu, decidiram encarar o desafio de fazer a prova. Eu era a única que não tinha o objetivo de completar os 5,5km. Mas na véspera, após ele passar todas as instruções necessárias para que realizássemos a prova, eu cheguei perto dele e perguntei sobre minha prova. Ele olhou pra mim e me disse: “Sua meta pessoal é até o Aeroclube, mas você está pronta para completar essa prova. Se você quiser, você consegue. Faça no seu ritmo, esqueça quem está a seu lado, quem está a sua frente, nem olhe para trás. Você está pronta para completar”. Quando cheguei domingo para a prova, já tinha internalizado a ideia de fazer a prova até o Aeroclube.

beach cross 2017Chegou a hora da largada do beach cross 2017. Coloquei o som no ouvido e parti. Quando dei o primeiro passo, pensei nas palavras de Igor na véspera. Não olhar para o lado, esquecer quem estava à minha frente ou atrás, fazer a minha prova, no meu ritmo. Me concentrei na música no ouvido e não olhei para a frente. Fiz a prova olhando para o chão o tempo inteiro, olhando cada passo que eu dava, concentrada na respiração e na música, no ritmo que eu achava que dava pra fazer, mais lenta que todos os meus amigos de treino, no meu ritmo.

Em um determinado momento, senti cansaço, as pernas pesaram, eu não sabia em que lugar exatamente estava, porque só olhava para o chão. Me deu vontade de parar de correr, de andar um pouco, mas só ouvia a voz de Igor me dizendo “você está preparada para completar. Você consegue”.

Decidi seguir e decidi olhar para a frente, queria saber se o Aeroclube já estava chegando. Foi quando me dei conta que já havia passado do Aeroclube há tempos. Eu já estava completando a primeira metade da prova. Agora era voltar. Já tinha batido minha meta, o que viesse dali pra frente era lucro. Peguei um copo com água no posto de hidratação e, sem parar de correr, joguei metade no pescoço, bebi uns goles e segui. Em vários momentos, me deu vontade de desistir. beach cross 2017Eu estava cansada, a respiração ofegante, as pernas estavam pesadas.

Mas sempre que me dava vontade de parar de correr e terminar a prova de beach cross andando eu lembrava que havia treinado para realizar aquilo ali e meu instrutor, que me acompanhou durante todo o processo, me disse que eu conseguia. Então, na minha cabeça, além da música que tocava no celular, só passava uma frase: eu consigo!

Os últimos 600m do beach cross

Foram sofridos, eu estava exausta, o sol incomodava, eu estava desidratando rápido, a água tinha acabado. Olhei para a frente de novo, ainda tinha um longo caminho, mas avistei Igor. Ele vinha em minha direção, com uma garrafa de água na mão. Quando chegou perto de mim, ele me disse “não pare, está terminando”. Eu estava esgotada. Bebi um pouco de água, tirei a camisa que estava encharcada de suor, entreguei a ele. E segui correndo. Os passos mais lentos, mas correndo.

Foram os 600m mais longos de minha vida. Até que acabou! Eu cheguei lá. Terminei a prova. Fiz 5,5km de corrida na areia. E não andei, corri todo o percurso. Foi desgastante, exaustivo, mas consegui. E fiquei tão feliz que vocês não imaginam. Foi uma realização. Comecei esse post dizendo que sou movida por desafios. E cada um que  supero, me deixa ainda mais empolgada para enfrentar o próximo.

beach crossPor que consegui terminar?

Mas eu só consegui terminar a prova por causa de Igor. Consegui terminar, porque tenho um treinador que acredita no meu potencial, que exige de mim aquilo que eu posso dar. Um treinador dedicado, minucioso, exigente. Um treinador observador e motivador. Que incentiva, que acredita, que usa as palavras certas nas horas certas. Que trabalha seu corpo e sua cabeça. Que faz uma releitura de nossas limitações e utiliza elas a nosso favor. Que entende e respeita as necessidades de nosso corpo. Ele sempre me diz que eu consigo evoluir porque eu sou disciplinada, porque eu sigo as orientações.

Sim eu sou disciplinada nos treinos e sigo as orientações, porque eu acredito e confio no profissional que me treina. Todo treino é uma parceria. O seu treinador e você precisam estar conectados com um objetivo. É uma relação de troca. E se ele for bom, os resultados vão aparecer. E o meu treinador é bom! Bom, não, ele é excepcional.

No final das contas, o que eu posso dizer é que independente do desafio a que você se propõe, o seu psicológico precisa trabalhar a seu favor. Além de trabalhar seu corpo, trabalhe sua mente. Ela vai ser determinante. Quanto a mim, que venham os próximos desafios. Sempre estarei pronta pra eles. E se eu não estiver pronta, vou ficar. Porque eu consigo, você consegue. A gente só precisa querer!

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Saúde & Fitness: Riscos nutricionais da mulher atleta

O texto selecionado esta semana para a série Saúde & Fitness foi elaborado pela jornalista Márcia Wirth, da MW Comunicação, responsável pelo atendimento do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional) e enviado para o blog via email. Trata-se de uma reportagem adequada às mulheres atletas ou para aquelas que, embora não sejam esportistas profissionais, praticam treinos intensivos com objetivos de saúde e/ou estética. No texto, especialistas do Citen esclarecem de que forma o abuso na prática esportiva pode desencadear problemas hormonais e de desenvolvimento, ainda mais em crianças e mulheres jovens. Confiram:

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Riscos nutricionais e hormonais da mulher atleta
As modalidades esportivas que mais comprometem o desenvolvimento das jovens atletas são a maratona e o atletismo

Apesar da idéia de saúde vinculada aos esportes, a prática intensiva e precoce de atividade física pela menina, pela adolescente e pela mulher jovem pode  trazer conseqüências graves à saúde das mesmas. “Tais alterações são verificadas com mais intensidade, quanto mais jovem for a atleta, e quanto mais prolongado for o tempo de vida da mesma em função de treinamentos intensivos e das exigências relacionadas a eles”, explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.

A concomitância do início dos treinos intensivos com a fase de transição da infância para a vida adulta interfere profundamente na dinâmica dos hormônios femininos e  tireoideanos, no  hormônio de crescimento e nos corticosteróides endógenos.  “Além disso, ciclos viciosos de perda excessiva de peso associados a comportamentos alimentares inadequados completam um arriscado quadro de desnutrição, desaceleração do crescimento e infantilismo hormonal, o que impede o desenvolvimento da puberdade normal e pode trazer seqüelas importantes para a saúde hormonal e metabólica da mulher”, diz a endocrinologista.

Comportamentos alimentares inadequados – As jovens atletas formam, juntamente com as modelos, o grupo de maior risco de desenvolver comportamentos alimentares inadequados e transtornos alimentares. Treinadores, pais e colegas esperam e até exigem delas um peso, muitas vezes, impossível de ser alcançado ou mantido. “Muitas, ainda meninas, passam a fazer dietas restritivas e jejuns prolongados, intercalados com episódios de compulsão alimentar, vômitos auto-induzidos, uso de laxantes, diuréticos e medicamentos para emagrecer, chegando a desenvolver transtornos alimentares propriamente ditos, como anorexia nervosa e bulimia nervosa. Esse tipo de cobrança é oposta àquela dirigida aos meninos, que são encorajados a ganhar massa muscular e peso, com a finalidade de melhorarem suas habilidades físicas para o esporte”, conta a médica, que também é especialista em Transtornos Alimentares.

Algumas atletas nem entendem os riscos envolvidos na decisão de comer tão pouco. “Na verdade, estas meninas precisam de um volume calórico muito maior para manterem suas atividades, sem comprometer seus estoques de glicogênio muscular, o que as predisporia a dores musculares, contusões, hipoglicemias e alterações eletrolíticas. Complicações que, na maioria das vezes, comprometem o próprio desempenho da atleta”, explica Ellen Paiva.

Complicações hormonais – A desnutrição crônica associada ao baixo peso corporal, ainda na infância, interfere na produção dos hormônios sexuais, na função tireoideana e no próprio hormônio de crescimento destas jovens. “O resultado desta fórmula é  atraso na puberdade e uma desaceleração do crescimento em sua mais importante fase da vida, o que resulta em baixa estatura. Já as atletas que iniciaram os treinos, após o início da puberdade, podem apresentar ausência de ovulação, irregularidade menstrual e até completa interrupção das menstruações”, diz a endocrinologista.

A prática excessiva de exercícios físicos é uma característica de muitas pacientes anoréxicas e bulímicas. “Ou seja, os transtornos alimentares também podem ser diagnosticados em pessoas que, de uma forma ou de outra, estão engajadas em práticas esportivas exigentes e rigorosas”, afirma a diretora do Citen.

“Encontramos também múltiplas alterações endócrinas em mulheres atletas. Há alteração nos hormônios tireoideanos – que, geralmente, estão abaixo do normal – alterações no hormônio de crescimento e na produção de cortisol. Todas elas, em conjunto com o quadro de desnutrição e baixo peso atuam impedindo uma puberdade normal e inviabilizando o equilíbrio hormonal da mulher adulta”, alerta a endocrinologista.

Uma ameça maior: a osteoporose – Durante a adolescência e início da vida adulta, as mulheres têm o chamado pico de formação óssea, quando uma reserva preciosa de cálcio define a quantidade e a qualidade da massa óssea durante a vida adulta. “Essa reserva mineral propicia a proteção necessária para a fase da vida onde a perda óssea supera em muito a formação óssea – o climatério – reduzindo o risco de fraturas, tão comum nessa fase”, diz a médica.

Esse processo harmonioso de balanço mineral positivo – onde a formação óssea supera em muito a perda – pode ser rompido por vários fatores, todos eles passíveis de ocorrer com a jovem atleta. “Peso corporal muito baixo, exercícios físicos extremos, desnutrição e alterações hormonais se associam e assinalam o risco de que o comprometimento desse balanço positivo pode facilmente ocorrer, causando osteoporose, em uma fase tão precoce da vida. Com a associação dos transtornos alimentares – principalmente anorexia nervosa – a este quadro, podemos nos deparar com jovens com massa óssea de mulheres de 80 anos”, alerta a endocrinologista Ellen Simone Paiva.

Orientação nutricional da mulher atleta – Quando pensamos que o esporte traz consigo a marca da saúde, ficamos surpresos ao constatar o contrário. “Para evitar os riscos das três principais complicações da jovem mulher atleta – transtornos alimentares,  interrupção das menstruações e  osteoporose –  é preciso  reduzir a pressão sobre estas jovens – elas não precisam ser extremamente magras –  e implantar, desde o início dos treinos, um acompanhamento nutricional de qualidade, que englobe cuidados para evitar a desnutrição crônica e o baixo peso, assim como suporte psicológico adequado para prevenir e tratar  e as alterações da imagem corporal”, recomenda a médica.

Ellen Paiva observa, ainda, que manter as menstruações através dos anticoncepcionais não previne a perda óssea. “Efeito realmente eficaz só conseguimos com intervenções nutricionais, que permitam pequeno ganho de peso nas atletas muito magras, que voltam a apresentar ovulação e menstruações normais, com a conseqüente recuperação da massa óssea”, informa.

Para saber mais sobre o assunto:

Visite o site: www.citen.com.br

Contato: [email protected]

Rede Social: twitter.com/Citensp

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Acompanhe os outros posts da série:

>>Saúde e Fitness: As vantagens da caminhada para a beleza

>>Saúde & Fitness: Atividade física para grávidas

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