Mudar ou não mudar, eis a questão

mudancaFaz tempo que não escrevo um post mais pessoal, sem falar de cosméticos ou afins. E hoje, aqui na sala do escritório, dentre uma consulta processual e outra, deu vontade de falar sobre mudanças. Não escrever um tratado, mas tecer algumas palavras sobre o assunto apenas, sem qualquer ambição maior.

Pare alguns minutos do seu dia e se pergunte: você quer mudar alguma coisa em sua vida? E continue: e está fazendo o quê exatamante para promover esta mudança? Talvez estas sejam duas questões importantíssimas para fazermos a nós mesmos vez em quando. Vai acabar tornando-se um propulsor para dar uma sacodida no nosso comodismo.

Quem nunca esteve insatisfeito com alguma coisa, mas permaneceu na situação por pura comodidade? Ou até por medo de promover a tal mudança? Pois é. É importante a gente pensar de vez em quando que esta vida que estamos vivendo aqui, agora, é uma só. E, portanto, precisamos atuar pra que ela seja o mais prazerosa possível.

Se alguma coisa não está legal, que tal tentar dar o pontapé inicial da mudança? Pode ser aos poucos, começar por um projeto, por exemplo. E só executá-lo em seguida, quando as ideias estiverem claras e mais objetivas na mente. Certo é que toda mudança deve ser encarada como uma nova perspectiva de vida.

E valer a pena ou não [a mudança] pode depender de você!

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Comodismo e zona de conforto: uma reflexão

A gente demora a compreender algumas coisas. A gente demora a se adaptar a uma nova realidade. Tendemos a nos prender ao passado, mantemos determinadas situações apenas por medo da mudança. O comodismo é compreensível, porque são tantos os traumas ao longo da vida, que nos conformamos com as situações teoricamente estáveis.

É difícil mudar isso, é difícil recomeçar, deixar para trás, esquecer, ignorar. Mas o recomeço pode lhe trazer novas perspectivas. E, por isso, não desperdice a oportunidade de pelo menos pensar sobre a possibilidade de dar um novo rumo a sua vida, de mudar a direção.

Muitas vezes nos acomodamos sem nem mesmo perceber. O tempo é cruel, ele passa, não importa o que aconteça. Dia a dia ele continuará se arrastando e te arrastando junto com ele, ainda que você implore para que ele te conceda um pouco mais de tempo.

O comodismo pode se instalar em diversos setores de sua vida, tanto no lado pessoal quanto no profissional, e se caracteriza, muitas vezes, pela atitude mecânica que começamos a impor para cumprir determinadas rotinas. Deixamos de pensar, de analisar, de construir e ligamos o piloto automático.

No dicionário, o comodismo está ligado ao egoísmo, à atitude de cuidar apenas de si. No nosso cotidiano, demos um novo sentido a ele, mais voltado à atitude de aquietar-se, de se conformar com uma situação pelo simples receio da mudança. Costumamos resistir às mudanças, e esta resistência se transforma em um obstáculo à adaptação à nova realidade.

Alguns psicólogos explicam que as novas rotinas exigem uma re-estruturação da função cerebral. Como nosso cérebro costuma fazer as coisas do mesmo jeito sempre, a novidade exige dele a criação de um novo padrão funcional. É trabalhoso, claro, despende energia.

O comodismo muitas vezes reflete o ter uma situação estável e ser infeliz nesta situação. Aqui a infelicidade não precisa ser necessariamente exaustiva ou crônica. Pode ser apenas sistemática, por exemplo. Pode ser aquela infelicidade vislumbrada simplesmente porque não estamos felizes e realizados dentro daquele contexto.

Daí que nos acostumados a viver a vida daquele jeito. Não é uma infelicidade que imprescindivelmente traz lágrimas aos olhos, mas pode ser aquela que não leva o riso à boca. É o não estar plenamente feliz e aceitar passivamente esta condição. É a tal da zona de conforto ocupando espaço em nossas vidas.

A inquietação é essencial, os questionamentos idem. E a felicidade, meninos e meninas, a felicidade deve ser inalienável, direito fundamental de todo cidadão. E é pela busca deste estado de espírito que precisamos nos mexer mais, lutar mais e acreditar nas possibilidades.

Às vezes precisamos perceber melhor a tal zona de conforto. Talvez ela não seja tão confortável assim, e você esteja apenas com medo do que te espera lá fora. Tudo bem se você chegar à conclusão que prefere que seja assim. O importante é ter a iniciativa de pensar sobre isso a ponto de ter a chance de fazer uma opção, qualquer que seja ela.

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Um ensaio de retrospectiva para 2009

*Texto e reflexões de Andreia Santana

Se você pretende refrescar a memória, relembrando os fatos mais marcantes de 2009, lamento informar que este ensaio de retrospectiva é um pouco menos global do que deveria e não pretende tratar da morte de Michael Jackson, da eleição de Obama para a presidência dos EUA ou da crise econômica mundial. Embora sejam fatos marcantes,  não é disso que quero falar. Ainda assim, se atraído pelo título do post, você entrou aqui querendo saber como foram os 365 dias do ano que finda hoje, ao menos podemos te mostrar o que aconteceu em Salvador. Para isso, recomendo que leia o texto escrito pela nossa querida Giovanna Castro, e publicado no portal A TARDE On Line.

Este ensaio porém, é uma retrospectiva mais íntima, pessoal, pertencente às meninas deste blog. Em 2009, completamos um ano no ar. Em 2009, também conhecemos, através de comentários emocionantes, pessoas com histórias de vida incríveis. Este ano, batemos pela primeira vez a casa das 100 mil visitas e terminamos o ciclo alcançando quase 200 mil, tudo o que podemos dizer é muito obrigada! Em 2009, minha amizade com Giovanna, que tem mais de uma década, rendeu o fruto de trazê-la para o blog. Minha amizade com Alane, que tem quase meia década, fortaleceu e rendeu muitos sonhos de um futuro promissor, na rede e fora dela. Principalmente o de consolidar este filho virtual que geramos juntas. Somos três pessoas completamente diferentes, com visões de mundo particulares, que viveram altos e baixos em 2009, como boa parte dos nossos leitores, acredito, mas ainda assim, apesar das diferenças, nos completamos. O que falta em uma, sobra na outra e isso enriquece a todas nós.

Quantas pessoas novas vocês conheceram este ano? Quantas pessoas antigas que estavam afastadas, voltaram a se aproximar e o quanto da personalidade delas vocês descobriram e se fascinaram? Muitas vezes, pensamos em relembrar os fatos mais marcantes do ano que finda no mundo, mas esquecemos de olhar para os fatos marcantes da nossa vida que nos fez crescer, que nos fez caminhar para a frente. E esses fatos muitas vezes são simples, coisinhas que mudam de forma tão sutil, que, cegos, à espera das grandes mudanças, nem percebemos que nossa vida está moldando-se pouco a pouco, a partir das pequenas ações. Lembrei de um verso de Cecília Meirelles, “de tanto olhar para longe, não vejo o que passa perto”. E é pertinho da gente, no microcosmo formado pela família, amigos, pelo trajeto de casa até o trabalho, com os colegas da empresa, que as mudanças começam e da junção de todas as mudanças, de todos os microcosmos de todas as pessoas no mundo, aí sim, é que a realidade global é afetada. Acredito nisso, de verdade.

Em um ano cabe muita coisa. Pessoas nascem, outras nos deixam para viver outra realidade ou para fazer uma viagem que algum dia, todos iremos empreender, porque é do ciclo da natureza. Ganhamos dinheiro ou perdemos? Compramos a casa dos sonhos? Ainda moramos de aluguel? Fizemos mais amizades ou menos que o ano passado? Quantos livros você leu este ano? Foi ao cinema alguma vez? Caminhou na praia? Quantas vezes sorriu? É recomendável que sorria ao menos uma vez por dia. Riu das próprias mancadas ou ficou se maldizendo? Eu tentei rir bastante, mas em alguns momentos chorei, em outros ainda, me enfureci. Ainda assim, acredito que o saldo foi positivo. No mínimo, deu empate. Algumas frivolidades, que nem por isso deixam de ser importantes: Chequei aos 35, uau! Coloquei aparelho nos dentes para corrigir um defeito de infância. Engordei mais um pouco porque foi um ano de intensa atividade profissional e acadêmica, mas uma negação no quesito ginástica, me exercitei menos do que deveria, comi mais chocolate do que era necessário e começo o ano novo disposta a retomar a atividade física, não por obsessão de virar manequim, não é meu estilo, mas pelo prazer de movimentar-me, de mover a energia dentro e fora do meu corpo, ao meu redor.

Me tornei uma mãe um pouco mais orgulhosa em 2009 também, porque meu filho, aos 12 anos, é um garoto cheio de opiniões, que cresce para se tornar um rapazinho encantador. Tira boas notas, tem uma cabeça boa, como costumamos dizer, e tem um senso de humor que faz o sol brilhar na minha alma, principalmente nos dias que ameaçam chuva. Voltei a estudar em 2009, o que foi fantástico. Dez anos depois da graduação, cá estou eu às voltas com novos desafios.  Sempre fui meio CDF e isso é um dos pontos em comum com as parceiras do Conversa. Somos três traças de biblioteca, com muito orgulho por sinal. Rolaram algumas discussões familiares, claro, mas também ocorreram reconciliações daquelas que fazem  a relação fortalecer. Rolaram algumas discussões com amigos e as amizades que eram legítimas, sobreviveram às tempestades. No trabalho, houve momentos de realização plena e outros de quase frustração, o que também é normal. Com o passar do tempo aprendi, na verdade ainda estou aprendendo, que as frustrações não são causadas pelos outros, mas pelo nosso excesso de expectativa e idealização. Quando aprendemos a lidar com a realidade, não que para isso deixemos de sonhar ou projetar, mas quando aprendemos a jogar com os dados que a vida nos oferece (como sabiamente me diz minha mãe), nos tornamos mais protegidos contra a frustração.

Algumas vezes, damos dois passos para a frente e recuamos um, para logo mais à frente, avançarmos cinco passos de uma vez. Cest la vie, “é a vida”, como dizem os franceses. E quem disse que gostariamos mais dela se fosse fácil? Não é fácil, mas é bem menos difícil do que acreditamos. O bom de terminar um ano e começar outro é que temos a chance de seguir em frente, ou de recomeçar. E não há idade padrão para recomeçar, sempre podemos refazer um caminho ou trocar de estrada, se aquela que tomamos não estiver boa. Não é loucura, é busca. Todos nascemos com essa tarefinha inconsciente, buscar a felicidade. Muitas vezes, durante o trajeto, encontramos diversos momentos de alegria saudável, desses que fazem a busca valer a pena. Mesmo que essa FELICIDADE graúda, plena, seja só utopia, as pequenas felicidades, entremeadas de algumas tristezas, contribuem para equilibrar a balança.

E antes que eu comece a chorar, porque desde criança pertenço ao grupo das “manteigas derretidas”, me despeço de 2009 e de vocês todos, muito feliz por ter compartilhado tanto e por ter recebido tanto de volta, em frases de elogio, crítica, incentivo, em carinho anônimo, mas nem por isso menos importante. Que 2010,  o ano do tigre, que vem a ser o meu signo no horóscopo chinês, traga muita sorte, vida longa ao  Conversa de Menina e muitas oportunidades e surpresas agradáveis para vocês aqui no blog e nas suas vidas. Desejo-lhes muita paz, muito amor, saúde e um pouco mais de dinheiro no bolso, que não faz mal a ninguém. Mas principalmente, desejo que cada um que lê essas divagações, que Alane chama tão bem de “digressões”, tire daqui uma lição para viver plenamente e com sabedoria, seja nas pequenas coisas do dia-a-dia ou nas grandes conquistas que mudam a história do mundo.  Mesmo sem conhecer a todos que visitam esta página, amo vocês, por serem humanos, por serem lutadores, por serem belos ao seu modo e principalmente, por fazerem parte desse grande acorde universal e dessa canção criada por um Deus ou por diversos deuses,  que chamamos VIDA. Que venha 2010!

beijos no coração e na ponta do nariz!

*Andreia Santana, 37 anos, jornalista, natural de Salvador e aspirante a escritora. Fundou o blog Conversa de Menina em dezembro de 2008, junto com Alane Virgínia, e deixou o projeto em 20/09/2011, para dedicar-se aos projetos pessoais em literatura.

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Porque o importante é ser feliz

felicidadeHoje eu tentei escrever sobre tanta coisa. Comecei diversos posts, sobre diversos assuntos. Apaguei, recomecei, apaguei. Às vezes o assunto chama por nós. Acho que quem escreve sempre passa por isso, aquela sensação de que hoje o tema será aquele especificamente. É por isso que hoje eu vou falar de felicidade, das pequenas coisas, dos detalhes. A correria cotidiana fecha nossos olhos à beleza da simplicidade. Nos envolvemos em rotinas tão cansativas que muitas vezes nem o riso dá as caras em nosso rosto. O semblante cansado começa o dia pouco dormido, as olheiras saltitam dos olhos. Dormimos e acordamos como máquinas programadas. Mas somos humanos. Podem até nos tirar a paciência, o humor, mas não podem nos tirar a condição de humanos. E isso não é pouco, não.

Resolvi falar de felicidade ao perceber o quanto a felicidade tem-se tornado mera palavra listada em dicionário. Sinto as pessoas mais fechadas, mais tristonhas, emburradas. A gente não consegue mais dar conta de tudo o que é preciso. Trabalhar, estudar, cuidar de casa, da família… É muita obrigação para uma pessoa só. No final, a sensação de que não deu tempo de fazer tudo é avassaladora. Quem nunca passou por isso, não é? E no meio disso tudo, o namorado, noivo, marido, paquera… Eu sei que não é fácil. Vivo isso diariamente, nessa correria insana em busca de um lugar ao sol. Mas aprendi a olhar ao redor. E embora as perspectivas não sejam as melhores, ainda assim é possível ser feliz. Porque a felicidade, gente, é feita de momentos. São pequenos momentos que fazem tudo valer à pena.

A gente não sabe como vai ser o amanhã. Vivemos na espectativa de que vamos realizar sonhos que parecem nunca acontecer. E o presente vai passando despercebido, na busca frenética pelo tal do futuro, o salvador, a luz no fim do túnel, a meta. Claro que isso é importante. Mas é tão importante quanto aproveitar os momentos presentes. Sabe aquele amigo com quem você nunca mais falou? Vocês viveram tanta coisa juntos e agora quase não se encontram. Por que não transformar em presente as boas lembranças do passado? Por que não viver essa coisa boa agora, por que não lutar pra tê-lo de volta? FelicidadeAndamos tão entretidos com os futuros projetos que estamos esquecendo de ser felizes agora. O agora é importante. O agora é o futuro do ontem.  É o passo do amanhã. É o presente do hoje.

A felicidade não é um bichinho que anda escondido por aí. É uma construção. Uma construção pessoal de cada um. Às vezes nos basta tão pouco para um riso despretensioso, para um abraço apertado… Mas andamos sempre tão envolvidos com as tarefas diárias que esquecemos disso. Esquecemos de olhar para o lado, de dar um abraço apertado, de rir do acaso… Esquecemos de olhar para o caminho, de cumprimentar as pessoas, de construir novos laços. Deixamos de lado os momentos singelos, aqueles em que nada fazíamos, apenas éramos felizes. Momentos dedicados a não fazer nada, a sentar na areia da praia, a caminhar por aí, a fotografar o mundo, a cantar em voz alta, a ligar para alguém especial… Remoemos acontecimentos ruins, guardamos rancor, incentivamos a angústia…

As exigências da sociedade moderna são assustadoras. Individualismo, egoísmo, competição cruel… O capital virou o senhor de chicote na mão punindo um escravo fujão. É desleal a concorrência. Mas, como comecei dizendo nesse post, somos humanos. E a felicidade faz parte disso. E ela está sempre dentro de nós, doidinha para rasgar nosso peito e se mostrar ao mundo. A felicidade individual pode fazer milagres às convivência social. É só você sorrir mais, tratar bem às pessoas, pedir por favor e obrigada…  É só você se descobrir merecedor dessa felicidade, compreender a importância do riso, acreditar que os momentos mais simples podem estar recheados de belas surpresas. E quando a felicidade tentar brincar de se esconder, é só lembrar que só cabe a você a responsabilidade por tê-la de volta. Ser feliz é responsabilidade sua. E assim será, sempre!

Vamos então nos esforçar um pouquinho mais. Vamos ser felizes!

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Sobre o mundo, o tempo e a esperança

PensadorO  seu direito termina quando começa o do outro. Quem nunca ouviu isso? Que pena, no entanto, que as pessoas esquecem do ditadinho na vida cotidiana. O mundo anda individualista demais. A briga por um lugar ao sol tem feito os indivíduos deixarem ao relento o outro. Aliás, tudo virou motivo de guerra, encaramos verdadeiras disputas e o outro passou a ser um adversário. Não há lugar para todos no mercado de trabalho, também não há vagas universais na fila do SUS, nem nas instituições de ensino públicas.

Tenho andado preocupada com isso. O tempo deixou de ser relativo. Agora é absoluto, porque ninguém tem mais tempo pra nada. Aliás, falar em tempo provoca calafrios. Provavelmente deixou de fazer alguma coisa importante porque esqueceu, ou não teve tempo. Mas uma engrenagem do individualismo. Parece que tudo se vira contra nós. Os dias se seguem corridos e nós, tensos. Mal temos tempo de olhar o outro, bater um papinho descontraído, relaxar. É tanta coisa com que se preocupar que não nos sobra muito tempo.

Ainda acredito que o amor ao próximo e a solidariedade humana podem mudar nossas vidas. A partir do momento em que o outro se torna importante pra você, como pessoa, o inverso acontece espontaneamente. Me assusta um pouco o rumo que a humanidade está tomando. O capitalismo desenfreado, regimes autoritários, a impotência. Às vezes me sinto em uma roda-gigante, mas daquelas que não param. Sabe quando você já está meio zonzo, quer descer de qualquer forma, mas ela não para? É como tenho visto o mundo ultimamente.

Pode parecer uma visão romântica da sociedade. Muitos defendem que o ser humano é combativo por natureza, que guerrear é intrínseco à natureza humana. Talvez seja assim, mas ainda que seja assim, continuo acreditando em sentimentos mais fortPensandoes, que poderiam contornar a “razão”. Está aí outro conceito tão discutido. O que é mesmo ser racional, hein? Razão e emoção precisam ser equilibradas. Mas a teoria é simples, não é? Enfim. Embora as expectativas não sejam as melhores, eu prefiro manter as esperanças.

Um dia ouvi que esperança alimenta. Hoje eu compreendo melhor o que quiseram me dizer àquela época. Já andei mais descrente, até decidir respirar fundo e acreditar novamente. De uma forma diferente, mais real. Já criei uma série de teorias sobre a evolução humana nesse meio tempo. Uma delas, inclusive, que daqui a alguns milênios nasceremos com quatro braços para que possamos dar conta de tantas tarefas. Quem sabe nesse tempo cheguemos a pensar em usar um destes braços para fazer carinho no outro.

Acho que estou viajando um pouco. Falando de tanta coisa ao mesmo tempo, usando tão pouco espaço para discutir assuntos de tamanha grandiosidade. Mas o que eu mais gosto na ideia de fazer blogs é justamente essa possibilidade. A gente pensa tanto, divaga, desenha… Muita coisa fica a sete chaves, não sei dimensionar quanto dos nossos pensamentos exteriorizamos. Mas creio que seja muito pouco. Fato é que os pensadores mudaram o mundo ao longo do tempo. Dediquemos, então, um pouquinho desse tempo tão corrido a isso.

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Divagando sobre a vida

FelicidadeTem tanta coisa boa que é difícil definir o melhor da vida. Creio que o melhor seja a possibilidade de viver, de fazer escolhas, de construir um caminho, de ter a liberdade de tomar uma curva ou outra, de desistir ou de insistir. O melhor da vida é mesmo viver, com todos os amores e dissabores que há nisso. Algumas escolhas são acertadas, outras se tornam completos desastres. Há o que nos faça feliz, há o que nos faça triste. As contradições é que trazem beleza ao viver, embora esta beleza possa estar coberta de lágrimas e olheiras.

Costumamos associar a beleza ao riso no rosto, à alegria por uma notícia boa… mas há beleza na tristeza também. Uma beleza mascarada por acontecimentos ruins, mas que traz nas suas entrelinhas um aprendizado qualquer, que pode evitar novas lágrimas futuras. Acho que essa é uma maneira bacana, embora supérflua, de encarar a tristeza. É que a tristeza faz parte da vida, integra essa coisa maravilhosa que é seguir em frente, passo-a-passo. Não há como ter uma coisa sem ter outra. Como diriam alguns, é um tempero, um tanto salgado, apimentado demais, mas um tempero.

A vida é recheada de surpresas e talvez não fosse tão legal viver se a previsibilidade fizesse parte do nosso dia-a-dia. Nem todas as suas decisões serão as melhores, mas você não precisa se culpar tanto por isso. Afinal de contas, Felicidadeinúmeras são as vezes que precisamos decidir sem ter qualquer elemento fundamentador. E ainda assim, precisamos decidir. Isso faz parte também. Somos humanos, temos sentimentos, uma personalidade particular que é de cada um. O que é bom pra você, nem sempre é bom pro outro. A sua forma de enxergar o mundo não é a única, nem a melhor, nem a pior. É apenas mais uma.

É difícil conviver, enfrentar a contradição no outro, ter ponto de vista diferente daquele exposto por um alguém. É muito difícil lidar com os fracassos, ver sonhos morrerem, não conseguir realizar projetos. Tanta coisa que pode funcionar mal, que pode dar errado. Mas, por outro lado, há um tanto infinito de coisas que dão certo, que funcionam bem, que nos fazem ficar orgulhosos… É nisso que precisamos concentrar nossas energias. Precisamos olhar mais para o lado, aproveitar melhor as pequenas coisas que podem fazer uma grande diferença. Tem um colorido todo especial ao nosso redor, e simplesmente passamos inertes por ele. É mesmo difícil viver. Mas pode ser bem mais prazeroso do que normalmente pintamos.

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Conselhos para toda a vida

Escrevendo o post anterior, sobre a importância do uso do filtro solar, lembrei deste vídeo. Wear Sunscreen, ou Use Filtro Solar, foi produzido pela agência publicitária DM9 em 1999. O “comercial” teria nascido de um texto escrito em 1997 por um professor que estava com câncer, em uma cerimônia de formatura de uma universidade norte-americana. O texto foi parar na coluna da jornalista Mary Schmich, do The Chicago Tribune. De lá, os sócios da agência se inspiraram para produzir o filme, que virou sucesso mundial.

Sobre o que fala? Sobre vida. Sobre aproveitar a vida, cada segundo, cada minuto, cada momento, intensamente. Intensamente. Vocês podem assisti-lo logo abaixo (aconselho que aguardem carregar todo o vídeo antes de começar a vê-lo. Para isso, basta clicar no botão de play e quando começar a passar, você clica no pause. Daí é só aguardar a linha vermelha ficar toda preenchida e dar play novamente). Outra opção de ver o filme, talvez mais rápida, é clicar aqui.

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