*Texto e reflexões de Andreia Santana
Esta semana uma cena me chamou atenção na novela Caras & Bocas, exibida no horário das 19 horas pela Rede Globo. O personagem Benjamim, judeu ortodoxo, sugeriu à Tatiana, sua namorada na trama, que se convertesse à religião dele para que a moça seja aceita por sua família. No horário das 21h, a novela Caminho das Índias dá exemplos diários das dificuldades vividas pela personagem Camila, brasileira, para de adaptar aos costumes e religião da família do marido Ravi, indiano. Exageros da ficção à parte, o envolvimento de pessoas de religiões e culturas diferentes faz parte do contexto social tanto pelo fato de sermos seres gregários, que buscam sempre um grupo onde se encaixar; quanto porque com a globalização, com a internet, as fronteiras que separavam uma cultura da outra foram dissolvidas e reconfiguradas.
O ser humano necessita relacionar-se na essência. Parece chavão, mas a verdade é que nenhum de nós pode viver sozinho. O diálogo, a comunicação, o interesse, a curiosidade pelo que é diferente está na maioria de nós. Só os muito intolerantes não admitem que precisam conhecer e entender o outro. Só os preconceituosos não aceitam o diferente e não buscam aprender com essas diferenças. E existe uma quantidade de intolerância e preconceito suficientes no mundo para provocar uma série de problemas. Vide as guerras e atentados que explodem de um lado a outro do globo.
A cena entre Benjamim e a namorada me chamou tanta atenção na novela porque fiquei pensando até que ponto alguém tem o direito de pedir a outra pessoa que altere seu modo de vida para ser aceito em determinado grupo. Também penso até que ponto alguém deve ceder e alterar suas crenças por amor. Me perguntei porque Tatiana não poderia ser aceita pela família do namorado mesmo sem ser judia ortodoxa. Nem torço pelos dois personagens e nem gosto muito de Tatiana, acho uma personagem cabecinha oca, como muitas que existem nas novelas. Mas, a situação vivida por ela pode muito bem ser a situação de qualquer rapaz ou moça.
Casais de religiões diferentes devem tentar converter um ao outro? Minha opinião é não, porque a escolha religiosa de alguém tem de ser algo ditado por uma necessidade pessoal e não por conveniência. A opção por esta ou aquela religião, ou até a opção por não ter nenhuma religião deve ser respeitada.
Acredito que deva ser difícil para um casal de religiões diferentes, ou em que um é religioso e o outro ateu, negociar a convivência. Mas negociação e diálogo são a base de qualquer relacionamento. Então, que os acertos com relação aos credos de cada um sejam estabelecidos no início do relacionamento, sem preconceitos e sem intolerância.
Se o marido é evangélico e se sente bem na sua crença e se a esposa é católica e se sente bem assim, por que tentar mudar? O ideal é que um respeite a religião do outro. Se é preciso acompanhar o marido até sua congregacão evangélica, porque não fazer isso de forma respeitosa. Não é preciso se envolver no culto, ou tomar parte dele. Se a esposa católica quer ir a missa e o marido é de outra crença, há duas opções. Ir com ela e respeitar aquele momento, sem necessariamente precisar tomar parte dele; ou deixá-la ir sozinha, respeitando esse momento que ela precisa para manifestar sua comunhão com Deus ou com a divindidade que ela cultua.
As pessoas falam tanto em liberdade de expressão, mas por que tentar alterar o credo de um namorado ou namorada? Isso não seria ferir a liberdade de expressão e justo da pessoa que dizemos amar? É preciso que ela mude por pressões familiares? Em pleno século XXI, as pessoas ainda sucumbem a esse tipo de coisa ao invés de tentar ser aceito da forma que é? Por que vai ser inconveniente levar uma namorada não evangélica, ou não católica, ou não budista a um evento da sua igreja? Sinceramente não consigo entender que alguém diga que ama outra pessoa, mas com ressalvas: “Eu te amo, mas você precisa se converter antes ao meu credo para ser aceita na minha comunidade”. Não consigo ver esse tipo de coisa como amor. Para mim, amor pressupõe compreensão e aceitação, independente de credo, cor, posição social.
Lógico que vai precisar haver muita maturidade no relacionamento para que um entenda o credo do outro e aceite que, em um determinado momento, o seu par precisará cumprir os seus ritos religiosos, isso no caso daqueles que seguem todos os preceitos de sua religião. Também não sou ingênua a ponto de achar que ao escolher o caminho da não conversão, a pessoa vai ser recebida de braços abertos logo de primeira. Infelizmente não, o caminho do desafio às normas vigentes é sempre pedregoso. Mas é possível percorrer um caminho assim de forma serena, sem partir para a agressão, desde que haja o mínimo de predisposição em tentar entender o outro, o que é diferente.
Por que não aceitar? Por que impor regras como o tamanho do cumprimento da saia da namorada? Ou preceitos que não faziam parte da realidade dela ou dele antes de se conhecerem? Sinceramente, creio que forçar alguém a aparentar o que não sente, a ser como não é de fato, seja ainda mais árduo do que tentar fazer com que a família e a comunidade aceitem aquele membro que é diferente, mas que respeita as crenças dos outros. Ele é evangélico, mas ela não é. Ou vice-versa. Mas desde que haja respeito de um com o outro e respeito próprio, que mal há nela usar batom ou um vestido acima dos joelhos porque se sente bem assim? Ou que mal há nele gostar de festas e de pular Carnaval mesmo que a religião dela não permita?
As pessoas não gostam do que dá trabalho. E dá trabalho conviver com alguém de credo diferente porque as cobranças dos outros são muitas e exercem grande pressão. Mas será que um casal que permite que as pressões externas afetem o relacionamento construiu uma base sólida para este relacionamento?
Desde que haja respeito, cooperação e a intenção de conversar sobre o que incomoda, colocando as cartas na mesa, creio que seja possível a convivência inter-religiosa numa família. E conheço exemplos que dão muito certo. Uma amiga, por exemplo, é espírita, o esposo é ateu, a mãe é evangélica e uma das irmãs é filha-de-santo de um Terreiro de Candomblé. Todos se dão bem, todos se respeitam e nenhum deles tenta converter o outro ou faz comentários intolerantes e ofensivos a outras religiões. Para mim, esse é o verdadeiro sentido de se ter uma crença.
Fanatismo não tem relação com religião. E eu, particularmente, quero distância das pessoas fanáticas. Acredito que quem segue uma crença busca por algum tipo de equilíbrio, por paz interior, elevação espiritual. Não consigo encaixar o fanatismo nem em equilibrio, nem em paz interior e muito menos em elevação espiritual. Para mim, não existem eleitos, visto que, se existe um Deus que todas as religiões fazem questão de dizer que é a expressão da suprema bondade, a suprema bondade para mim não implica em escolher um povo ou um credo em detrimento de todos os outros.
Não sou especialista em religião, nunca estudei teologia e muito menos tenho a receita para os relacionamentos amorosos perfeitos. Aos que vivem uma relação inter-religiosa, só posso imaginar o que vocês passam e de que forma resolvem seus conflitos, mas não sei como é na prática. No entanto, acredito no diálogo, na tolerância e na negociação como bases para se resolver qualquer problema.
Minha intenção com este post é dividir com os religiosos e os não-religiosos, ideias que me ocorreram após ver uma cena de novela, que na minha opinião, configura-se em desrespeito às individualidades. Um casal é sempre um conjunto, mas jamais podemos esquecer que antes de ser conjunto, cada parte envolvida na relação é um indivíduo único, que merece respeito como tal.
*Andreia Santana, 37 anos, jornalista, natural de Salvador e aspirante a escritora. Fundou o blog Conversa de Menina em dezembro de 2008, junto com Alane Virgínia, e deixou o projeto em 20/09/2011, para dedicar-se aos projetos pessoais em literatura.
Olá Andréia!
Só posso dizer que vc expressou exatamente e de forma muito coerente sobre este assunto tão delicado, mas que pode ser levado de uma forma tão leve e natural quando se tem amor entre as partes!
Eu estou iniciando um namoro com um rapaz evangélico, sou católica, e espero realmente que possamos superar esta diferença, sendo que o importante mesmo é o amor que sentimos um pelo outro, se for realmente verdadeiro, vamos saber lidar com isso, um respeitando a crença do outro.
Obrigada, este texto realmente expressou tudo que eu tenho sentido à respeito do assunto.
Oi Lú,
Nós aqui do blog desejamos boa sorte ao seu romance!
um abraço
nossa, tbm namoro há 1 ano e 8 meses um evangélico, e eu sou católica, tem sido um pouco difícil já qua não nos acostumamos a ir um na igreja do outro, mas eu peço a Deus para que nos msotre o caminho para a convivência e não permita que nos separemos por isso! já que acreditamos no mesmo Deus e no mesmo Jesus. Estamos procurando respeitar um ao outro, é difícil, mas vamos conseguir com a Graça de Deus! Obrigada! gostei do post..
Estou noiva de Ubandista estou preocupada se devo ou não continuar o relacionamento.Eu e minha família somos católicos.Já li algo sobre a religião espírita,mas mesmo assim não sei qual será minha reação quando vê meu noivo incorporando espírito.E minha família não sabe…Gosto muito dele mas tem esse probleminha.Se alguém quiser comentar algo…
Oi Selma,
Primeiro vamos só esclarecer uma coisinha: Ubanda não é espiritismo. O espiritismo é uma doutrina criada pelo francês Alan Kardec e que visa a compreensão da vida após a morte. A Umbanda é uma criação brasileira, que mistura principios do Candomblé com alguns conhecimentos do espiritismo. Bom, agora quanto ao seu relacionamento: se você e seu noivo se amam, precisam respeitar a crença um do outro. Você não é obrigada a participar dos rituais da umbanda e nem seu noivo é obrigado a participar dos rituais católicos.Caso decidam participar, cabe a vocês conversar bastante antes e combinar em que grau vai ser essa participação. Se não é do seu interesse aderir à umbanda e nem do dele aderir ao catolicismo, vocês serão apenas convidados que assistirão os rituais um do outro de forma respeitosa, mas sem se envolver. Caso um dos dois manifeste curiosidade e interesse em conhecer mais a fundo a religião do outro, vale uma pesquisa séria antes de tomar uma decisão. O que não pode acontecer é o preconceito, o conceito prévio que o senso comum faz das religiões, colocando hierarquia entre elas, desmerecendo algumas religiões e exaltando outras. A crença religiosa é livre no Brasil e essa liberdade pressupõe respeito e o respeito é a base de todo relacionamento, sobretudo o que envolve um casal. Tenho certeza de que se você conversar com seu noivo sobre a umbanda, vai entender que muito do que atribuem a esta religião é preconceito, da mesma forma que se ele conversar com você sobre o catolicismo, poderá esclarecer alguma ideia errada que ele faça desta religião. Espero que vocês encontrem um caminho de sabedoria para o relacionamento, não importando o credo que cada um segue. Um abraço e obrigada pela visita ao blog!
Estou com o mesmo problema de religião, só que o problema é a mãe do meu namorado, ela é evangélica e ele não segue a religião, já tem alguns meses que ele esta indo na igreja católica comigo, mas não fala se esta gostando de ir, não opinião nenhuma, agora a minha sogrinha resolveu intervir, quer que ele passe a frequentar a igreja evangélica igual ela e o pior é que ela tbm quer que eu frequente a igreja, não vou mudar de religião para fazer a vontade de ninguém apesar de não ir muito a igreja, mas eu sou catolica e tenho minhas crenças, não sei como vai ficar meu namoro…Não sei se meu namorado ira seguir os conselhos da mãe…Me ajudem não como resolver…Amo muito ele, mas se por acaso ele me criticar pela minha religião ñ vou conseguir levar meu namoro adiante…
Ana, religião é sempre um assuto muito complicado. Cada um tem suas crenças, defende seus pontos de vista e é difícil tentar entranr em um consenso sobre esse assunto. O que eu sugiro é que você, primeiramente, sente com seu namorado para conversar sobre o assunto. O diálogo é a base de qualquer relação. Portanto, senta com ele, conversa, explica como você está se sentindo. Sem brigas, sem exigências, apenas uma conversa de casal. Daí você vai poder compreender o que se passa na cabeça dele. Não tem coisa pior do que ficarmos tentando imaginar o que o outro está pensando sem ao menos tentar esclarecer. Quem sabe com este diálogo as coisas não se resolvam? Daí você toma a decisão que achar mais conveniente a vocês dois. E boa sorte!
Obrigada pelo conselho Alane…
Conversei com ele, e ele não esta ligando com o que a mãe dele acha sobre a minha
religião, mas ela persiste no assunto, não falo nada com ela pq não quero brigas, não gosto de brigar com quem vou ter que conviver sempre, tenho que trata-la muito bem, pois ele considera demais a minha mãe, mas paciência tem limites neh…
Meu problema também não é muito diferente, namoro a quase 3 anos com um evangélico e sou católica. Sempre nos respeitamos, estamos decididos em nos casar, mas a familia dele, e em especial a mãe, nao aprova nosso namoro, ja me ligou fazendo desaforos, mas como o amo muito deixei pra la…e sempre quando a encontro ela diz que tenho que me casar na igreja dela. Esta sendo muito difícil, nao sei como vai ser depois do casamento, a criação dos filhos e o convívio com a familia dele, pois me preocupo muito com isso. Nos amamos muito, mas fico pensando como vai ser daqui pra frente.
Espero que me dêem uma luz, pois acredito que Deus é um só, e tenho certeza que ele nao quer nossa separação..
Obrigada desde já!!!
Abraçosss…
Lary,
Se você e o seu noivo se amam, a família dele irá compreender. Afinal, seu amor e o dele nada tem a ver com a opção religiosa dos dois. Acredito que, com o tempo, as pessoas contrárias irão perceber que atitudes intolerantes nada tem a ver com Deus. Não vale a pena discutir com a mãe do rapaz e nem retribuir os possíveis desaforos ouvidos, o melhor é manter uma atitude diplomática e dar tempo ao tempo. Quanto aos filhos, o ideal é que eles mesmos possam escolher que caminho seguir não é? Quando tiverem idade suficiente para entender os fundamentos tanto da sua religião quanto da religião do pai e optar se querem seguir uma ou outra, ou ainda, se querem seguir uma totalmente diferente. Uma sugestão: para evitar conflitos familiares que podem minar a relação de amor de vocês, porque vc e o seu noivo não optam por um casamento ecumênico? Daí, receberiam a benção tanto do padre católico quanto de um pastor evangélico, deixando as duas famílias contentes e mostrando tanto à sua família quanto a dele que o amor de vocês é inter-religioso e é acima de tudo respeitoso e tolerante com as crenças e a individualidade um do outro. A base do amor é o respeito, sempre, e se vocês se respeitam, vão vencer! Um abraço e boa sorte.
Estou com um problema semelhante…
Mas, no meu caso, apesar de estarmos apaixonados, não estamos namorando. Ele é envangélico e eu, católica.Percebo o quanto ele gosta de mim e ao mesmo tempo, se esquiva, e foi enfático: Ele me quer, mas não pode, pois estamos em niveis espirituais diferentes, e diz que a bíblia não aconselha tal união. Fica por um tempo afastado de mim, e logo, diz que sente minha falta. Percebo que ele esta muito confuso em relação a nossa situação. Já conversamos muito, e eu concordei em nos afastarmos de vez então, pois esta imprecisão acaba comigo, estamos tão perto e de repente,ele diz que é errado. Ele pediu para conversarmos sobre o assunto novamente, mas eu afirmei: Juntos, não estamos nos ajudando, primeiro, reflita sobre isso. Voces podem me ajudar? Adoro ele e quero viver este amor, não estou brincando com nada, só quero ser feliz com ele.
Lena,
Seu caso é mais complexo mesmo, porque vocês não estão juntos, apenas você sente e pelo que relata, acredita que o rapaz parece corresponder ao seu interesse. Mas, se o rapaz não quer ficar com você porque dentro da cabeça dele a questão religiosa não está resolvida, então não há muito o que fazer, a não ser dar o tempo que ele precisa para enxergar a situação e para decidir se quer ficar com você ou não. A bíblia não impõe crenças religiosas a ninguém, mas cada pessoa que a lê, interpreta o que tem escrito nela da forma que mais pareça reforçar os fundamentos da sua religião. Então, se o rapaz de quem você gosta diz que a bíblia indica ser errado vocês se relacionarem, é porque ele vê o erro, entende? Talvez ele goste de você, mas se ele quiser que você se converta à religião dele, então falta respeito, porque ele não estará respeitando a sua vontade e tentará fazer de você uma coisa que você não é. Na minha opinião, você fez muito bem em dizer que ele deve refletir sobre a situação longe de você. Uma vez que você já deu o passo de dizer a ele que gosta dele e de aceitá-lo com a religião que ele escolheu para seguir, agora é a vez dele de fazer a escolha não é? Você não tem como impor a ele que te aceite e ele não tem como te impor que se converta a crença dele, se você não quiser realmente isso, pois seria desrespeito de um para com o outro. Tente não sofrer muito e nem transformar esse amor que diz sentir em obsessão, porque dessa forma, deixará de ver as coisas com clareza. Vale também você se questionar se, caso vocês decidam tentar ficar juntos, se é uma relação complicada, com um namorado que parece achar errado gostar de você apenas por serem de religiões diferentes que você quer? Franqueza e diálogo também são importantes. Caso decidam tentar viver esse amor inter-religioso, vocês terão sempre de ser sinceros e dialogarem toda vez que algum conflito surgir. Boa sorte!
Andreia muito obrigada!!!
Abraço enorme pra vcs!!!
… texto mto interessante, reflete o q tenho passado;
conheci uma garota, gostei muito dela, temos tantas coisas em comum, .. , entretanto tive que terminar tudo, pelo fato de termos religiões diferentes e pressão da minha familia,…,
tive de terminar tudo …
sei que fiz ela sofrer muito, mas espero que ela me perdoe um dia …
… enquanto isso fico do outro lado do rio, na solidão, na lembrança de um passado que …
É este o problema!Por que voce gerou expectativas dentro dela? Há coisas que não se pode controlar, mas temos que respeitar o sentimento dos outros. Foi isto que me fez mal. Sei que me iludi, mas ele deveria ter pensado nisso antes, se afastado logo de mim. Acho muito fácil fugir porque não pode e pedir desculpas depois. Penso que o problema não está apenas na religião, e sim no medo de enfrentar a sua familia. Porque todo casal pode se acertar. Voce como evangelico deve saber que as pessoas podem mudar. Não acredita que Deus pode fazer isso?
Olá. Me identifiquei com alguns posts, e quero dividir um pouco da minha insegurança com vocês.
Eu sou católica, apesar de não praticante, e namoro há 2 anos e meio com um evangélico, e o amo muito. Nós sempre falamos em casamento e nossas famílias sabem disso, mas ainda sim, às vezes me bate um medo, uma angústia. Como não frequento às missas normalmente, sempre deixei claro que nossos filhos seriam criados na igreja dele, até que atinjam a idade de poder escolher que religião seguir. Quanto ao cerimônia, eu gostaria que fosse ecumênica, mas não é muito comum casamentos assim (pelo menos eu nunca vi), eu aceito me casar sob o ritual evangélico. Meu grande dilema é como será a convivência, a rotina. Pra ser sincera, eu gostaria muito de me tornar uma pessoa mais próxima da igreja, mas eu não consigo. Sempre que frequento os cultos, me sinto por fora, não consigo cantar. Fora que eu não me imagino indo todos os domingos à igreja, de manhã e à noite. E eu tenho uma ideia de casamento repleto de companherismo, tenho medo de terminar me sentindo infeliz por ter que compartilhar de um ritual pelo resto da minha vida por obrigação. Queria muito que isso entrasse em meu coração e que eu fizesse com prazer, mas tenho muito medo de não ser assim e eu o amo muito. Muito mesmo.
Me identifiquei bastante com os posts!
Sou católico e meu namorado evangélico, co começo da relação disse a ele qual era minha religião, mas ele garantiu qe não havia problema. Porém agora ele disse que quer que eu faça parte da religião dele, o problema é que ele nãoa ceita o fato de mudar pra mim apenas eu tenho que ceder. Não sei o que fazer pois gosto muito dele. Acredito que este é o nosso unico problema.
humm……………… dificil essa questão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
mas estou vivendo ela nesse momento.
sou de familia catolica, nunca tive problema com minha religião ate agora…
conheci um rapaz que e assenbleiano, e não pode assumir um namoro comigo porque a igreja dele tem o costume de que so podem namorar ou casar membros da mesma igreja (assembleia de deus) ñ pensaria em mudar de religião, em qualquer outra situação não acho isso certo, nem condiz com o que foi ensinado, mas pra ficar com ele so ha um jeito!!!!!
me responda!! por favor
Oi Paula,
É meio difícil te indicar uma solução, porque não te conheço pessoalmente, não conheço o rapaz por quem você está apaixonada e nem a família dele. Pessoalmente, eu não mudaria minha religião apenas para satisfazer o rapaz e a família, eu só mudaria se sentisse que essa nova religião “me chamou”, se me sentisse inclinada a uma nova crença, que também significa uma nova postura de vida, abrir mão de diversas coisas que faço atualmente, pois os assembleianos tem um código de comportamento específico e que só vale a pena abraçar se for por vontade própria, por fé e por inclinação, nunca pela imposição de outra pessoa. Caso você resolva mudar de crença, só te recomendo que jamais use isso como moeda de barganha na relação, cobrando do seu namorado por uma atitude que foi você mesma quem tomou. De minha parte, eu tentaria fazer o rapaz me aceitar da forma que eu sou, mas se fosse impossível, avaliaria não se vale a pena mudar para agradar o outro, mas se vale a pena manter um relacionamento em que o outro exige de mim uma mudança, enquanto ele mesmo não está disposto a mudar também. Enfim, é o que eu penso e você deve tomar sua decisão sozinha, pois ela irá repercutir na sua vida. Boa sorte, querida! E obrigada pela visita ao nosso blog.
Nossa amei o blog e principalmente esse assunto que está tratando nessa página. Pois passo pela mesma situação, meu namorado é evangélico da Assembleia de Deus e eu sou católica. Antes de começarmos o namoro deixei bem claro que somos de religiões diferentes e que sempre teria que me respeitar quanto a isso, e vice vesa, e ele aceitou. Estamos bem até agora graças a Deus, um respeitando o outro sempre. Só fico preocupada porque o amo muito e pretendo me casar com ele, ter filhos, mas nunca pretendo mudar de religião e nem ele, já entramos no acordo que eu posso frequentar a igreja dele por visita mesmo e ele na minha, mas nunca envolver como voces disseram.
Então é isso, só estou preocupada como todas as outras de que há sim um certo receio de sofrer nesse relacionamento, pois o amo muito, e ele também, pois só queremos viver juntos e felizes indepedente de qualquer religião!
Parabéns pelo o blog, sempre irei visitá-lo a partir de agora!
Sucesso.
Olhaa gente gostaria de uma ajudaa …….
Eu tenho um relacionamento com um rapaz evangelico muitooo religioso, ele diz que me ama sempre procura estar perto mais nao pode me pedir em namoro pois a Igreja nao permite namorar com uma pessoa nao envangelica, eu nao tenho Religiao definidaa acredito em Deus acima de tudo, entao olhando paraa o fato de nao ter nao seria dificil eu passar a ser da Igreja dele, mais eu nao consigo me imaginar indo a igreja todos os finais de semana, e viver em torno disso !!!
Ele meio que me passo a responsabilidade de escolher, ele nao chega a me obrigar, mais sei q se nao for da religiao dele, nao tem chance, pois eles sao muito rigorosos em relaçao a isso !!!
o que fazer?
É o tipo de decisão que você terá de tomar sozinha Diana, pois diz respeito a sua vida, seu futuro. Só não me agrada muito o fato dele deixar a responsabilidade da escolha nas suas mãos, como se a única forma de vocês ficarem juntos fosse você aceitar a religião dele, quando sabemos que o oposto também funcionaria: ele te aceitar como você é. Acontece que, ao que parece, ele não está disposto a fazer “o sacrifício”. Não gosto de relacionamentos que começam com imposições, o futuro desse tipo de relação (ao menos comigo) não é promissor. Mas volto a dizer, é você quem terá de refletir e decidir o caminho que pretende traçar. Boa sorte! E obrigada por comentar no blog.
Diana!
É interessante que a situação que voce esta vivendo seja enxergada de outra forma. voce nao deve se sentir obrigada a frequentar a igreja. Mas vou te contar a minha historia, para que voce compreenda o que quero dizer. Estava na mesma situação que voce, e detestava a ideia de ter que seguir algo ao qual eu nao estava acostumada e nao pretendia seguir fielmente. Deixei isso claro a pessoa e o que aconteceu foi que decidimos nos distanciar, cada um seguir sua vida e deixar que as coisas acontecessem naturalmente. Mas o fato foi que o tempo foi passando e eu que nao tinha o habito de frequentar a igreja, passei a estudar religioes e a descobrir um novo mundo, o qual hoje lhe garanto que me tornou alguem melhor, e o que para mim era um sacrificio (ir a igreja) , hoje é algo fantastico, e sinto falta quando nao estou la dentro. O rapaz assmbleiano hoje vive em outro Estado, e nao temos nenhm relacionamento, mas me ensinou a valorizar a a amar a Deus profundamente. Serei eternamente grata a ele e a Deus por isso, independente de algum dia ter algum relacionamento com ele ou nao. Hoje estou tranquila em relação a essa historia, graças a Deus.
… Reencontrei um amigo que havia estudado comigo durante a 8ª série, e percebi que ele continuava sendo a mesma pessoa, muito carinhoso, simpático mas com uma diferença ele está seguindo uma crença a Evangélica. Conversamos bastante marcamos de nós encontrar e ficamos juntos…Foi ótimo mas um dia depois de nos encontrarmos ele me liga e diz que precisa conversar algo comigo… No dia seguinte como não iriamos conseguir se encontrar pedi a ele que me falasse ao telefone o que estava acontecendo e assim ele me explicou… Ele está com a intenção de se batizar na Igreja Evangélica onde ele está frequentando mas conversando com o pastor sobre isso ele comentou que havia me conhecido e que tinha intenções de ter um relacionamento sério comigo… e o pastor perguntou se eu era da mesma religião… Aí está o problema, sou Católica e me sinto muito bem na comunidade onde estou. Ele não me pediu para que eu mudasse de religião mas esse assunto me deixou pofundamente chatiada…
Disse a ele que eu poderia conhecer a religião dele e ver como me sinto e tbm me coloquei a disposição para apresentar a ele a minha religião…
O complicado disso tudo é que estamos passando por uma prova dessas sem nem saber ao certo se amamos um ao outro… Bom se alguém souber me ajudar…
Agradeço o espaço…
Ola Mayara!
Como escrevi acima do seu post, a minha situação é parecida com a sua, no sentido de ter me sentido “a prova” com tudo o que ocorreu. Também fui batizada na católica, e te digo que foi muito dificil para mim essa situação, porque antes de passar pelo que você está passando, eu já sabia que queria ele muito, não havia duvida. Isso já faz um ano, e, como citei acima, ele está morando em outro Estado há três meses. Não veja a situação desta maneira, não pense (como eu pensava) que isso era uma prova de fogo, que eu tinha aminha religião e de repente vinha alguém para remexer em meus conceitos que eram (pareciam) tão bem formulados. Conhece a religião dele por ti mesma, para vivenciar uma nova experiência, perceber uma nova realidade. Conhimento nunca é demais, e vai servir para você se conhecer melhor, fazer alguns questionamentos. Talvez, voc~e não se identifique com a religião, ou talvez, perceba o porquê desta preferência dele. Estou numa fase em que não sei definir de fato de que religiâo sou, pois frequento a católica e a evangélica hoje (mais a evangélica), justo eu que até pouco tempo nunca havia entrado em uma,,, Jsuto eu que não concordava com determinados conceitos, agora estou compreendendo a essênica destes. Creio que algumas pessoas criticam esta religião porque nunca a estudaram, não tem conhecimento suficiente para compreender o porque de suas normas, ao menos era o que acontecia comigo. Por isso, creio que deve conhecer antes, sem preocupar-se se isto será essencial no relacionamento futuro de vocês, não há porque apressar as coisas. Como citei acima, não tenho relacionamento com esta pessoa, apenas conversamos por e-mail, e nem sei se um dia terei, mas aprendi muito com ele, e esta aprendizagem foi muito importante na minha vida.
Olá pessoal
Meu nome é Murilo tenho 22 anos de idade e trabalho numa empresa aqui da minha cidade e eu estava trabalhando quando uma menina apareceu na minha sessão seu nome é Taísa ela tem 17 anos e sou loucamente apaixonado por ela so que mal a conheço e não consigo conquista-la eu nao quero desistir dela..
Cada dia que passa meu amor por ela aumenta de mais .. ela é evangelica muitissimo religiosa e eu sou catolico e quase nao frequento a igreja.
E agora o que faço?
Desculpe nao vi que era de menina.. foi mal ..
Oi Murilo,
Nosso blog se chama Conversa de Menina porque é feito por três meninas, três jornalistas que são do sexo feminino, e porque a proposta principal é discutir temas gerais e diversos assuntos sob a ótica das mulheres (não podemos falar sobre o ponto de vista masculino, porque a experiência de vida que temos é como mulheres e não como homens), mas os meninos são bem-vindos ao blog e temos vários leitores homens, inclusive também publicamos artigos de homens. Quanto a questão que vc levantou no comentário anterior, minha dica é que primeiro você converse com a moça de quem gosta, para ver se ela também gosta de você e depois, os dois juntos, analisem a questão religiosa e vejam o quanto ela poderia pesar ou não na relação de vocês. Porque se os dois estiverem dispostos a ficar juntos e manter suas religiões, cada um respeitando o espaço do outro, não tem como não dar certo. Na minha opinião, só vai dar errado se um começar a impor ao outro uma mudança radical de vida. Boa sorte e obrigada pela visita!
Olá meninas,
Gostei mto do blog e principalmente do tema, pois estou passando por isso. Há 2 semanas meu ex-namorado tomou conhecimento q sou Umbandista (ficamos num impasse desde a descoberta, mas como não chegamos a um denominador comum, decidimos terminar). Ele é de criação evangélica, mas não segue a risca (até ingere bebida alcóolica de vez em qdo), mas é um homem mto decidido e de opinião formada, eu só queria q ele me aceitasse, pedi várias x p ele escutar uma explicação sobre o q é a minha religião, de uma pessoa altamente gabaritada, pois eu não consigo explicar a ele, pois me faz mtos questionamentos, q eu realmente não sei explicar. Continuamos nos falando por telefone, mas as x acabamos nos chateando, pq nem eu e nem ele cedemos ao desejo um do outro (ele: q eu abandone / eu: q ele me aceite). Ele diz q me ama, q sou a mulher q ele queria p ficar até o fim da vida, mas q não pode aceitar pq a família dele não vai me aceitar. Tô mto triste pq eu o amo, tb achei q ele fosse o homem q seria meu companheiro até o fim da vida! Q pena q não me aceita (namoramos por 4 meses).
Estou passando por esta mesma siuação, recentemente iniciei um namoro com um rapaz, onde eu sou católica e ele evangélico, logo no início ficou claro que nehum dos dois mudaria de religião, mas infelizmente quando iniciamos uma conversa sobre a religião do outro, logo discutimos, e não concordamos com nada.
O que faço? Gosto muito dele, não quero mudar de religião, mas também não quero me separar dele..
Por favor me ajudem…
Ola Lucelia! Bem dificil a sua situação e digo que passei por isso. Sabe o que aconteceu? Estamos separados por que ele não aceita essa situação(ele é evangélico). Já faz um ano e não consigo namorar ninguém, só penso nele. Ele está morando em outro Estado é nós nos falamos quase todos os dias. Sinto muita falta dele, a cada dia mais e não sei como tirar este sentimento de mim!
Saberemos quem fala a verdade apartir do momento q morrermos , só digo que quando Jesus voltar tem naçoes e povos que se arrependeram pelos seus atos , e digo nao só por motivos religiosos e sim por atitudes , dizer que uma pessoa que ama a outra tenta ajudar e convidar para ir a outra religiao e errado , entao nao sei oq é certo mais nessa terra, o povo evangelico ja foi comparado a um pobre sitiante que nao entende de nada só daquele mundinho ao seu redor , ja mudou pois o evangelio evolui com Cristo e Deus , e Deus tamem fes do futuro a evoluçao para ser vivida tamem , porém o ser humano a usa para o mal e sempre para o mal, espero que todos que comentaram e pediram ajuda , revesse um pouco as perguntas e se pergunta-se”Poxa eu estou falando ou fasendo certo ? tenho uma pessoa que me ama e procura meu bem , por apenas ele ter tentado me convenser que sua religiao é a que nos salvaria , e que por ser um servo de Deus eu estaria mais segura em meu futuro ” bom cada um tem sua opiniao espero que nao tenham me entendido errado , pois estou vivendo com minha noiva a mesma coisa e concordo no que vc disse sobre cada um ter seus ideais e suas crenças porém o modo que o mundo se encontra hj em dia vc poderia refletir um pouco mais , pois Deus deixou bem claro na biblia ,(pra quem acredita ne ) que ele voltaria quando todas as naçoes ouvirá falar do “EVANGELIO” hj em dia muita igreja fala da “RELIGIAO” e concordo q tenha muita coisa a mudar , mas ponha-se ao dia de hj , pais matando filho , filho matando pai, pedofilos abusando de crianças de 2 anos , isso tudo ja tava escrito e tudo oq o evangelio propoe para a melhoria do mundo , o povo deveria da mais valor e refletir mais , bom como eu disse eu e minha noiva estamos nesse mesmo assunto , sobre religiao e credos , e descutimos muito porém no dia de hj como ja discutimos essa semana eu parei e tentei olhar mais adiante , eu posso seguir minha reigiao e ela a dela , pois salvaçao e individual , e sei q só Deus tem motivos para mudar ou deixar de mudar a religiao e o pensamento de uma pessoa , entao o concelho como homem que dou para todos e todas as pessoas evangelicas que aqui estão lendo é q deixe Deus trabalhar e que nunca se oponha a sua noiva , esposa , namorada, pois isso é coisa q com o tempo em si ja mostra a verdade e a sabedoria , td de bom pra todos e que Deus ilumine todos e conforte seus coraçoes
Me chamo Wesley Godoy Testa sou da igreja Congregaçao Crista Do Brasil , muitos a aman muitos a julgam porém hj em dia tem crente que tem sabedoria e entende qualque tpw de religiao e nao descontraria e sim tenta entender tamem qualque uma .
Minha noiva se chama Bruna Buoro e eu estou tentando me adaptar a suas crenças e credos e espero q Deus me ajude , pois amo muito ela tamem e nao quero a perder por motivos evangelicos .
Td de bom pra todos de coraçao mesmo e desculpa se nao souber se explicar e ou deixei alguma coisa em branco ou até mesmo prejudiquei alguem em palavras , mas tudo que falei e para refletirem e mudarem as opinioes , abraço!
Oi Wesley,
Obrigada por participar do fórum e você não desrespeitou ninguém, muito pelo contrário, expôs suas opiniões com muita educação, mostrando que independente da religião que segue, você exercita a tolerância. Não existe apenas uma verdade ou uma religião que levam a Deus, existem vários caminhos à ele, desde que quem o siga, tenha amor no coração. As religiões são tão diversas quanto são diversas as opiniões e se conseguimos compreender que opinião cada um tem a sua, deveríamos também compreender que religião é um caminho individual e que as pessoas tem o direito de escolher que caminho querem seguir e até, tem o direito de não seguir caminho nenhum. Quando digo que não acho justo alguém impor sua religião para o parceiro (a) é justamente por isso, porque ao impor, acredito que a pessoa está tirando a liberdade da outra em encontrar sua iluminação. Se alguem quiser abraçar o credo do marido ou esposa, que faça isso por vontade própria, mas não porque foi obrigado, coagido ou chantageado sob a ameaça do relacionamento acabar. Você sabe tanto quanto eu, que não basta ostentar o titulo de evangelico, ou catolico, ou budista para ser uma boa pessoa não é? Existem pessoas boas, e pessoas equivocadas, em qualquer religião. Não são só os evangelicos que impõem condições, a intolerância é algo da natureza humana contra a qual todos temos de lutar e não de um credo especifico. Quanto a violencia do mundo, ela não aumentou, ela apenas é mais divulgada, mas lembro de ouvir pessoas bem idosas da familia, falando de crimes bárbaros que chocavam no início do século. A diferença é que a sociedade evolui e os meios de comunicação hoje em dia difundem bem mais o que acontece em qualquer lugar do mundo. Além disso, a evolução da sociedade faz com que práticas antes socialmente aceitas – como as meninas do tempo das nossas avós casarem aos 12 anos e parirem aos 13 – hoje em dia não sejam mais. Muita gente teve antepassados, bisavó ou tataravó que casou na infância, com 12 ou 13 anos, mas hoje em dia isso é considerado crime, chama-se pedofilia. Naquela época, já era cruel, roubavam a infância das meninas, mal elas menstruavam, tinham de largar as bonecas, largar a escola, e cuidar de marido e filhos. Era cruel, mas era aceito. Hoje, com a evolução da sociedade, como não é mais aceito, então divulga-se os casos para que haja punição. Mas abuso sexual, estupro, uso de drogas, tudo isso já existe desde que o mundo é mundo. Infelizmente, a natureza humana é selvagem e as religiões são tentativas de controlar essa barbárie, assim como as leis o são. Mas, também infelizmente, quem cria religiões são os seres humanos e muitas pessoas de má fé utilizam-se desse mecanismo não para ajudar ou levar as pessoas a ter mais amor no coração e compreensão, mas apenas para levar vantagem e dominar os demais. Para pensar no que estou argumentando, você não precisa abrir mão do seu credo. Mas mesmo quanto temos uma religião e a seguimos, jamais podemos abrir mão da nossa razão e da capacidade de julgar criticamente o mundo que nos cerca. Abraços e mais uma vez, obrigada por participar do debate aqui no blog!
Nossa…
Andreia eu sou catolica e estou apaixonada por um rapaz que se converteu no final do ano passado pra religião evangelica por motivos de envolvimentos de coisas erradas, ele diz gostar de mim. Nunca conheci ninguem que fosse tão boa pessoa, mas como sempre á obistaculos, ele diz ter ouvido a palavra de deus e a palavra dizia que ele deveria se afastar de mim por que ele caira em tentação uma coisa assim, a verdade é que ele é tão religioso que ta mesmo se afastando de mim. A religião ta mesmo afastando nos dois … vc poderia me dar um conselho?
Oi Julia,
Já respondi algumas pessoas aqui nesse fórum com base em experiência de vida e no que eu acredito, porque não sou psicóloga e nem terapeuta. Não tenho nenhum treinamento em psicanálise, nunca estudei teologia. E o artigo que escrevi no blog e que gerou o fórum foi feito de forma intuitiva, com base nas minhas crenças pessoais e no meu bom senso. Sou uma jornalista curiosa sobre o comportamento humano e uma pessoa que já viveu um pouquinho e que tira dos próprios erros e acertos alguma lição. Você me diz que o rapaz te falou que ouviu uma “mensagem de Deus” para se afastar de você? Olha, eu respeito muito a crença das pessoas e não duvido que ele tenha se sentido inspirado a apenas se envolver com gente da religião dele, até porque a pressão é menor e sem pressão é mais fácil amar e viver. Não posso atestar o que Deus disse a ele, em seu coração, mas se ele acredita nisso, então é um direito dele comportar-se de acordo com as suas inclinações. Mas eu, pessoalmente, veria essa fala como uma tentativa de me convencer a mudar de religião. E não gosto da ideia de que tentem me convencer de algo apelando aos meus sentimentos. Eu, pessoalmente, não mudaria minhas crenças por conta de ninguém, mesmo que amasse a pessoa, primeiro amo a mim mesma. Não me violento, não me anulo, não deixo de ser eu para ser o que as pessoas querem de mim. Mas isso, sou eu e eu não sou você. Só quem tem de saber o que é melhor para você, é você mesma. É você que terá de pensar os prós e contras de lutar por esse amor, se vale a pena ou não. Você que terá de avaliar até onde caberá negociar com o rapaz para que ele aceite sua crença e você a dele e os dois vivem um amor que não tenha relação com religião. Tanto na sua crença quanto na dele, Deus é um só, só que cultuado de forma diferente. Pessoalmente, acho que as pessoas usam a religião como instrumento de poder e numa relação, se existe a tendência a um predominar sobre o outro, não existe amor, porque só acredito no amor em forma de parceria. Recomendo que você converse francamente com o rapaz e avalie os seus próprios sentimentos. Até onde vc está disposta a ir em nome desse amor? Você quer mudar de religião? Você não quer mudar e terá de abrir mão do rapaz? Só você pode escolher seu caminho porque só você é responsável pela sua própria felicidade. São sempre as nossas escolhas que nos levam onde queremos ir. Abraços e boa sorte
Obrigadaaa Andreia .
haha que lindo Andréia…
Se eles são de religiões diferentes e um respeitar o outro tudo vai dar certo…
Agora me explique, como foi esse casamento?
Me desculpe, mas vc quis agradar a gregos e troianos :/
Oi Lígia,
Como disse no texto, conheço pessoas de religiões diferentes que vivem bons casamentos. Mas sei que infelizmente existem os que não vivem. São as minhas opiniões e impressões, é a forma como eu vejo o ser humano, se é lindo, que bom que minha visão da humanidade é linda. Ficaria muito triste é se eu tivesse uma visão distorcida, segregada, preconceituosa e fanática. Acho que os gregos e troianos são pessoas como eu ou você, merecem ser agradados, aceitos e compreendidos tanto quanto. O resto é ignorância disfarçada em fé cega e intransigência. Beijos e obrigada por vir ao meu blog, ter tido o trabalho de ler um texto meu e ainda comentar. É muita gentileza da sua parte, mesmo discordando das minhas opiniões.
Sou católica, não muito praticante, e conheci um rapaz da Igreja Universal do Reino de Deus. Nos damos muito bem, conversamos muito, temos idéias e ideais parecidos. Aceito a religião dele, não discuto sobre religião. Porém, a religião dele não aceita relacionamento com pessoas de outras religiões. Sinto que ele gosta de mim, mas para ele respeitar as regras da igreja é acima de tudo. Ainda temos um conflito, sobre carinhos e carícias… Para ele, se beijarmos pode levar a outros desejos que não é permitido, considerado pecado em um namoro. Assim é difícil namorar… gosto dele e ele quer continuar a me encontrar, mas acho que vou acabar saindo magoada dessa relação…
Oi Karen,
Obrigada por compartilhar essa experiência com os demais leitores do blog. Abraços!
Olá. Meu nome é Arisclébia.
Vivi uma situação assim, pois me envolvi com uma pessoa evangélica e eu sou católica, no começo enfrentamos muitos problemas por causa da religião, pois ele quer alguém que esteja no mesmo caminho que ele. Enfim, terminamos 2x e depois da 2 vez ele pediu pra voltar, pq queria lutar, pois me amava muito e sentia a minha falta… Até então tudo bem… Voltamos e foi tudo perfeito, mágico!
Mas depois de 5 meses ele simplesmente terminou comigo dizendo que pensava em casar, construir uma família, ter filhos… Porém não sabia como seria se estivesse comigo, pois somos de religiões diferentes… Sofri muito e ainda sofro, pois o tempo que passamos juntos (11 meses), foi mágico, aprendi muito com ele e hoje sei que de nada vale ser orgulhosa, pois eu tinha ido à igreja com ele 1 vez… E eu precisei perdê-lo pra aprender que quando a gente ama de verdade, tem que abrir mão… Talvez se eu tivesse ido com ele aos cultos tivesse me envolvido e realmente gostado…
Atualmente não estamos juntos, mas tenho aprendido a cada dia com ele, pois eu me aproximei mais de Deus, sei que o Senhor tem o melhor pra mim, independente de estar com ele ou não!
Ainda acredito que o amor é capaz de superar tudo, todos os problemas e adversidades que a vida nos mostra.
Todos os dias que acordo, a primeira pessoa que me vem na cabeça é ele, durante o dia, e antes de dormir… Em todos os lugares que vou lembro dele… Talvez isso um dia passe… Ou talvez seja algo que precisamos passar pra ver se realmente é pra ficarmos juntos…
Bom à vocês que estão namorando, a única coisa que tenho a dizer é que aproveitem ao máximo, pois a pior coisa é amar alguém e não estar mais com essa pessoa… Mas como nada é por acaso… Deus sabe de todas as coisas e de todas as situações temos que ver o lado bom… Hoje sou uma pessoa melhor, mais compreensiva, busco mais a Deus e sei que ele está ao meu lado em todas as situações…
Fiquem com Deus!!!
Oi Arisclébia,
Obrigada por deixar este depoimento no post. Tenho certeza que as leitoras vão gostar e tirar muitas lições. Lendo o que você escreveu, lembrei da história de uma conhecida, uma triste história, infelizmente. Essa moça conheceu um rapaz no local de trabalho, ela não tinha religião definida, mas praticava o bem, um princípio de todas as religiões. Já o rapaz era adventista. Esse rapaz, sem o menor pudor, iludiu essa conhecida, namorava com ela, fazia pressão para eles transarem, falava que não tinha problema ela não ser da crença dele, a única regra era que os dois não se viam aos sábados, porque os adventistas “guardam os sábados”. Depois de quase dois anos de namoro, minha amiga já achando que iria se casar, nós amigas dela empolgadas com a sua felicidade. Um belo dia, o rapaz chega para ela e diz que o relacionamento deles não poderia mais ser mantido, porque o fato dela não ser da crença dele atrapalhava (sendo que em dois anos, nunca ele havia sinalizado isso e de uma hora para outra passou a atrapalhar). Eles terminaram e minha amiga ficou arrasada, nós que acompanhamos, tivemos de ajudá-la a superar essa crise. Algum tempo depois, uma outra amiga em comum descobriu que este rapaz havia se casado com uma moça da sua igreja, adventista também, de quem ele era noivo há cinco anos! Ou seja, durente dois anos, esse rapaz manteve a noiva evangélica, com todo o respeito e preceito da sua religião, e ao mesmo tempo, namorou minha amiga, aproveitando-se do fato dela não ter tabus religiosos com relação ao sexo, para usá-la de maneira mesquinha e egoista. Essa amiga, apesar de tudo, superou e hoje vive super feliz, casada com uma pessoa maravilhosa, é mãe de duas crianças lindas. Do rapaz, não sei o destino. Não estou dizendo com isso que todos os evangélicos são pessoas ruins e tampouco afirmo que todos são boas pessoas. Infelizmente, o caráter das pessoas não se molda a partir das religiões – qualquer religião – e este rapaz é um exemplo de alguém mau cárater, mesquinho e egoista, que de maneira conveniente para si mesmo, usava sua religião para abusar de uma moça super gente boa e depois descartá-la, alegando que sua crença não permitia que ele namorasse jovens que não fossem adventistas. Lamentável!
Oi Andreia,
Estou passando por uma situação complicada quanto a isso também. Minha religião é Deus e Jesus Cristo, que é o principal na minha opinião. Minha namorada é evangélica e nesses 8 meses de relacionamento, tem me pressionado algumas vezes a frenquentar os cultos, participar dos eventos da igreja, tebtabdi ne converter e seguir a religião dela. Já expliquei várias vezes que respeito muito a opinião dela de ter essa religião, assim como respeito todas as outras, mas não consigo fazer com que ela respeite minha opção. Ontem ela disse que não daremos certo por conta disso, porque ela se sente sozinha quando está na igreja e não quer sentir isso o resto da vida depois que nos casarmos. Nunca questionei a opção dela de passar os domingos na igreja, nos ensaios do coral, nos cultos e nos trabalhos que ela presta lá mas não consigo fazer que ela compreenda minha opção. Já abri mão de algumas coisas que eu gostava de fazer, como frequentar alguns lugares, porque sei que ela não poderia ir e não me sentiria bem indo sozinho, deixando ela em casa. Eu a amo demais e não gostaria que esse sentimento tão bonito que temos terminasse por conta disso, mas me doi o coração toda vez que ela me chama para ir para a igreja (que já fui algumas vezes), eu recuso e percebo que ela ficou chateada.
Estou aceitando sugestões de quem já passou por uma situação dessas.
Obrigado menias.
Oi Sparks, obrigada por comentar no blog e por dividir sua história com nossas leitoras. Acho que você e sua namorada precisam afinar mais o diálogo. Da sua parte, conforme diz no texto, já abriu mão de ir a lugares que gostava apenas para ela não se sentir incomodada. Talvez, ela precise também abrir mão de alguma coisa, não da religião dela, se ela se sente bem, claro, mas talvez, precise compreender que o fato de você não ir à igreja com ela aos domingos não significa que não a ama. De repente também, você pode ser mais flexivel, não ir aos cultos, já que não se identifica com eles, mas ajudá-la nos trabalhos sociais, já que fazer o bem a um semelhante independente de uma religião específica. No fim das contas, se existe amor verdadeiro dos dois lados, o diálogo vai mostrar a vocês um caminho em comum, um ponto de intersecção em que os dois caminhem juntos, mas sem que cada um precise abrir mão das próprias vontades o tempo todo. O amor é um jogo de perde e ganha, cada um cede de um lado para equilibrar a balança, mas nunca pode tornar-se uma exigência unilateral, senão deixa de ser amor e vira dominação. Abraços e boa sorte!
Nunca pedi e nunca vou pedir que ela abra mão da religião dela, porque não acho isso certo, pode ter certeza. Até me disponibilizei a ajudar na cozinha numa festa que vai ter lá, mas daí a seguir uma religião é um salto muito grande. É justamente isso que não consigo fazer com que ela compreenda, que, como voce disse em outro post, cada um escolhe um caminho para a iluminação. Eu já escolhi o meu e ela o dela, mas o respeito a essa opção tem que ser mútuo, ou as duas partes acabam se machucando.
Exatamente! E quando um dos lados sai machucado significa que a relação está desequilibrada, desigual, que ao invés de uma parceria e de compreensão, existe a predominância de um sobre o outro e ninguém vive feliz se estiver subjugado. Espero que vocês encontrem um ponto de equilíbrio 🙂
O negócio é conversar. Já coloquei para ela minha posição e ela a dela. Ela se sentiu ferida pq eu não vou mudar minha opção, mas também não é certo eu fazer isso se não cobro isso dela. Pedi para ela pensar no que conversamos e vou deixar ela decidir, desde que isso faça ela feliz.
Bjos e obrigado.
Depende muito de como a crença da pessoa interfere na vida dela.Conheço muitos cristãos que só mostram a religião mesmo se perguntados ou rezando/orando em algum momento do dia,e conheço outros que realmente vivem o dia inteiro em torno da religião,seja em grupos da igreja ou internet,tentando converter os outros,etc.
Se a pessoa for mais “fanática” a convivência fica mais dificil.Eu sou ateia e respeito qualquer crença(quando não machuca ninguém)e respeito a todos,mas não suporto fanatismo religioso.Uma coisa que me deixa maluca são pessoas que batem de porta em porta para anunciar a religião deles,ou então pessoas que vão no meio da rua começar a gritar sobre sua religião de modo fanático,não gosto de musica gospel também.
Tem um cara que eu conheço,no dia a dia ele eh super normal,mas ele gosta de gospel,vai em grupo da igreja,segue grupos da igreja e ate quotes da bíblia nas redes sociais,responde algumas coisas se baseando em religião ou na bíblia(bem poucas vezes).Por tudo isso,ele ainda eh um cara que respeita os outros,mas ainda assim tem umas “recaídas”.
Depende mesmo de como a pessoa reage a outras crenças e como ela vive com as suas próprias.