Eventos de fotografia agitam o mês de agosto em Salvador

Mais um post sobre mulheres que fazem a diferença no cenário cultural baiano e dessa vez, o foco é em fotografia. Dois eventos promovidos por fotógrafas marcam o mês de agosto (de finzinho de inverno) em Salvador. Um é o curso de teoria e prática fotográfica que Tássia Novaes (minha ex-repórter, eita orgulho!) e Fernanda Sanjuan vão promover no Ciranda Café. O outro evento é o workshop que precede o lançamento do livro de Alice Ramos. Citei esses eventos no Twitter no fim de semana, mas agora dou os detalhes:

Alice Ramos lançará o 1º livro autoral

Por ordem de data, começo com o evento da fotógrafa baiana Alice Ramos, que realiza, dia 12 (nesta sexta-feira), no Teatro Eva Herz, Livraria Cultura do Salvador Shopping, o workshop Fotografando gente – Como você olha e registra. Com duração de três horas, das 15h às 18h, o curso é voltado para iniciantes e profissionais de fotografia que não sabem como interagir com modelos ou que querem ampliar as suas possibilidades de direção de pessoas. Para participar, os interessados devem comparecer à Livraria Cultura do Salvador Shopping, a partir das 13h do dia 12, e trocar um quilo de alimento por uma senha. São só 200 vagas, a capacidade de lotação do teatro.

No mesmo dia, após o workshop, a partir das 18h, acontece o lançamento do livro Alice de Passagem, primeiro livro autoral de fotografias de Alice Ramos, que reúne registros de quatro anos em viagens por nove países: Bélgica, Brasil, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Panamá e Tailândia. A publicação foi vencedora de edital de incentivo à publicação de ensaios fotográficos, do Governo da Bahia.

E aqui algumas das fotos de Alice Ramos

Fotógrafa especializada em gente, cores e texturas, Alice recebeu o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte em 1997, com o projeto Redondamente Enganado, no qual desafiou padrões da moda mostrando a sensualidade dos corpos volumosos de gordinhas nuas. Além disso, em 2010, ela teve projeto aprovado pelo Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural (Sefic/MinC) e representou o Brasil na 4ª Bienal Internacional de Fotografia/Grid 2010, na Holanda. Suas fotografias foram ainda selecionadas para o acervo particular de Gilberto Chateaubriand, Coleção Pirelli/MASP, Museu Afro-Brasil e Museu da Fotografia da América Latina.

Curso de fotografia:

E agora, o segundo evento, o curso Teoria e prática fotográfica: Treinamento do olhar, ministrado pelas fotógrafas Fernanda Sanjuan e Tássia Novaes, que está com inscrições abertas. As aulas iniciam dia 25 de agosto, às 19h, no auditório do Ciranda Café Cultura & Artes (Rio Vermelho). A matrícula custa R$ 490 e dá direito a um módulo exclusivo.

Folder de divulgação do curso de fotografia

Ao todo, serão dez encontros de duas horas de duração (20 horas de aula). Desse total, quatro aulas serão destinadas a saídas fotográficas – prática em locais públicos, monitorada por um professor. É necessário ter equipamento próprio (analógico ou digital) para participar. Para saber informações completas sobre o conteúdo programático, objetivos, metodologia e perfil das fotógrafas, acesse: www.camarasolar.blogspot.com.

Serviços:

>>Workshop Fotografando gente – Como você olha e registra, com Alice Ramos
Dia 12 de agosto, das 15h às 18h
Teatro Eva Herz, Livraria Cultura – Salvador Shopping (Av. Tancredo Neves)
Entrada: Um quilo de alimento não perecível trocado a partir das 13h por uma senha

>>Lançamento do livro Alice de Passagem (Editora Romanegra, R$ 40)
Dia 12 de agosto, das 18h às 22h, com sessão de autógrafos
Livraria Cultura – Salvador Shopping (Av. Tancredo Neves)

>>Curso Teoria e prática fotográfica: Treinamento do olhar
De 25 de agosto a 24 de setembro
Carga horária: 20 horas
Encontros: quintas-feira (19h às 21) e sábados (8h às 10h)
Local: Auditório do Ciranda Café Cultura & Artes (R. Fonte do Boi, 131, Rio Vermelho)
Mais informações: (71) 9173-6500 – segunda a sexta, das 8h às 20h e sábado, 8 às 14h
E-mail: [email protected] / Site: www.camarasolar.blogspot.com

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Cultura: Exposição de imagens sobre festa do Bonfim

Baiana com jarra de flores. Ao fundo, as fitinhas do Bonfim que os fieis amarram no gradil da igreja com pedidos. Crédito: Ricardo Prado / Exposição Megumi

Nesta quinta-feira, dia 14, acontece a tradicional Lavagem do Bonfim, uma das festas populares mais antigas e importantes do calendário de Salvador. Mistura de rituais católicos e do candomblé com crenças populares, a lavagem acontece há quase 200 anos e é precedida de um cortejo de oito quilômetros, a pé ou em carroças, entre a igreja da Conceição da Praia (no bairro do Comércio) até a Colina Sagrada, onde fica a igreja do Bonfim. O fascínio pelas cenas que acontecem durante o cortejo e no ato da lavagem, quando as baianas despejam água de cheiro nas escadarias da igreja, é o tema da exposição de fotos do mineiro radicado na Bahia, Ricardo Prado.  Intitulada “Megumi”, expressão japonesa que significa “benção”, a exposição reúne sete olhares com registros peculiares da Festa do Bonfim e estará aberta ao público a partir desta quinta-feira. Entre as imagens que compõem a exposição, está o olhar sobre o Pagador de Promessas, que partiu do bairro de Brotas até a Colina Sagrada, seguindo à risca a máxima popular que diz que “quem tem fé vai a pé”. A mostra fotográfica fica em cartaz durante o mês de janeiro na Yorumaki – Temaki Bar.

S E R V I Ç O:
O quê: Exposição “Megumi”
Quando: Aberta ao público a partir de  quinta-feira, 14 de janeiro
Onde: Av. Octávio Mangabeira, Nº 1.709 – B,  Pituba, em frente ao antigo Clube Português
Horários: Dom – Quart, das 17h30 à 0h, Quint – Sáb, das 17h30 às 5h

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Um passeio pelo acervo do MAM-BA

O Vendedor de Passarinhos, Candido Portinari - Acervo do MAM-BA / Divulgação

O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), na Avenida Contorno, abriu desde a última sexta, dia 18, uma exposição especial, com parte do seu acervo que conta a história dos últimos 50 anos da arte brasileira. São 80 obras restauradas, em mostra que ocupa todos os espaços do Solar do Unhão, dividida em quatro núcleos: Modernistas, Fotografia, Rubem Valentim e Contemporâneos. Uma Linha do Tempo, construída na Galeria Subsolo, contextualiza a história do acervo e do museu, que funciona em um dos complexos coloniais mais bonitos da capital baiana. Quem quiser conferir a riqueza das obras, além de desfrutar da beleza do Solar do Unhão, tem até 28 de março de 2010. Para vocês terem uma ideia da diversidade de obras e das possibilidades de interação da mostra, segue um roteiro enviado ao blog pela assessoria do MAM-BA, detalhando o que ver em casa núcleo:

Cinco Pinturas Modernistas / Casarão (Primeiro Andar)

O primeiro andar do Casarão abriga obras dos cinco maiores modernistas brasileiros representados na coleção: O Touro (Boi na Floresta), 1928, de Tarsila do Amaral; Retrato de Oswald de Andrade e Julieta Bárbara (1939), de Flávio de Carvalho; Retrato (1941), de Di Cavalcanti; Casas (1957); de Alfredo Volpi; e Vendedor de Passarinhos (s/ data), de Cândido Portinari.

Fotografia / Casarão (Primeiro Andar)

A importante presença da fotografia no acervo do Museu é celebrada pelo núcleo que reúne imagens de nomes clássicos como Pierre Verger e Mario Cravo Neto, além de artistas contemporâneos que usam fotografia como Caetano Dias, Luís Braga, Pedro Motta, Milena Travassos e Danilo Barata.

Rubem Valentim / Capela

A Capela do MAM abriga obras da coleção Rubem Valentim, uma das maiores do Museu. Escultor, pintor e gravador, o artista baiano Valentim (1922-1991) criou uma poética única ao desconstruir e geometrizar elementos ligados aos rituais da religiosidade afro-brasileira, transformando-os em um vocabulário simbólico. Autodidata, ele participou do movimento de renovação das artes plásticas na Bahia com Mario Cravo Júnior, Carlos Bastos e outros. A Capela reunirá pinturas, esculturas e serigrafias do artista.

Contemporâneos / Casarão (Térreo)

A produção contemporânea é o foco do núcleo que ocupa o térreo do Casarão. Com pinturas, vídeos, instalações e esculturas de artistas como Efrain Almeida, Brígida Baltar, Regina Silveira, Iuri Sarmento, Vauluizo Bezerra, Gaio Matos, Tatiana Blass, Bené Fonteles, Tonico Portela, Marepe, Ayrson Heráclito, Pazé, Matheus Rocha Pitta, Leda Catunda, Rubens Mano e outros, a mostra ilumina vertentes importantes da arte contemporânea, como a tendência à pintura expandida, além da forma como os artistas locais lidam com referências nordestinas. A mostra é iluminada por trechos do texto em que a curadora pernambucana Cristiana Tejo analisa o núcleo contemporâneo da coleção do MAM.

Solar do Unhão, sede do MAM-BA / Crédito da imagem: Andreia Santana

Linha do Tempo / Galeria Subsolo

A Linha do Tempo reúne e organiza referências cronológicas, biográficas e visuais às histórias entrelaçadas do museu, de seu acervo, dos artistas representados nele e das transformações da arte ao longo do século 20. Mostra como se deu a ocupação do Solar do Unhão pelo projeto de Museu de Arte Moderna de Lina Bo Bardi, o processo descontínuo de formação do acervo, a expansão das ideias modernistas no Brasil e os encontros e bienais que foram construindo uma nova cena artística na Bahia e no país. Criada para contextualizar as obras da exposição e as grandes movimentações da arte no período, a Linha do Tempo poderá ser explorada pelos visitantes com ou sem o acompanhamento de mediadores, e também servirá como suporte a propostas práticas e reflexivas da curadoria educativa.

Arte em prol da educação

Além dos núcleos, o MAM também manterá uma Curadoria Educativa que realizará diversas atividades para o público que visitar a mostra Coleção MAM-BA – 50 Anos de Arte Brasileira. As atividades vão desde visitas mediadas com percursos temáticos, até um curso de histórias e leituras, previsto para começar em 02 de março próximo.

Aos sábados e domingos, a programação se volta para crianças e jovens, com as atividades Investigação MAM: Eu – Detetive, um percurso narrativo de exploração a partir de palavras e temas-chave e de pistas conduzidas por um mediador (aos domingos, 15h às 16h). Também aos domingos, o Pinte no MAM, projeto que promove a atividade da livre pintura entre não-iniciados, ganha uma ação ampliada, com artistas e arte-educadores convidados. Aos sábados, das 15h às 16h, a oficina Meu Museu propõe a construção de maquetes de um museu imaginário e a seleção de imagens de obras do acervo do MAM-BA para compor uma coleção.

Em feveriro, de 02 a 05, será realizada a Semana do Professor, com orientações sobre como trabalhar acervos de arte na prática pedagógica diária. E para completar, há ainda o projeto Zoom In Zoom Out, que busca estreitar as relações entre o museu e a cidade e estabelecer vínculos com comunidades de Salvador e Região Metropolitana. As comunidades participantes poderão integrar ações como visitas guiadas, conversas e oficinas, contando com transporte gratuito.

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Saiba mais:

Para conhecer detalhes da mostra e ficar por dentro de outras novidades do MAM, a dica é visitar o site do museu ou acompanhar o blog MAMBOX. E aqui no blog da Revista Muito, é possível ler um artigo do artista plástico Sante Scaldaferri e ver vídeo do também artista Mário Cravo, sobre Lina Bo Bardi, a fundadora do MAM.

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Traça de Biblioteca: Lançamentos em Salvador

Nos próximos dias, em Salvador, acontecem os lançamentos de três obras literárias, uma delas infanto-juvenil, outra ambientada no universo da capoeira e a terceira sobre a amizade do cantor e compositor Dorival Caymmi, do artista plástico Caribé e do fotógrafo Pierre Verger. Traça de Biblioteca desta sexta traz os detalhes dos eventos e das obras. Confiram:

CAPOEIRA NO FORTE

O livro Capoeira Angola: Educação Pluriétnica, Corporal e Ambiental, do professor Jorge Conceição,  será lançado nesta sexta, 27, às 18hs, no Forte de Santo Antônio Além do Carmo, o Forte da Capoeira, localizado na Rua Barão do Triunfo, s/n, mais conhecida como Largo de Santo Antônio. A obra é resultado de uma pesquisa sobre a relação da Capoeira Angola com o resgate da identidade africana. O autor é participante do curso de “Educação Ambiental para a Sustentabilidade”, promovido pelo Instituto de Gestão das Águas e Climas (INGA/Secretaria do Meio Ambiente) em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde pesquisa a capoeira angola em sua relação com a afroidentidade. O estudo tem como público interativo 30 jovens do Centro de Reabilitação de Portadores de Deficiência Física das Obras Sociais Irmã Dulce – OSID, meninos e meninas com paralisia cerebral, síndrome de Down e outros distúrbios, e adultos não portadores de neuro patologias.

ENTRE BICHOS E CRIANÇAS

Entre bichos e crianças, florestas e fantasias, eis que surpresas e sentimentos se resumem a uma só onomatopéia: MéméCorocócóPiupiu. Com esse nome, será lançado na próxima terça-feira, dia 1º, às 19h, na livraria Tom do Saber, o primeiro livro de contos e fábulas de Índia Torreão Herrera.  A nova escritora baiana faz sua estreia com uma coletânea de nove histórias de aventuras e poesias voltadas para o público infantil. O termo ‘MéméCorocócóPiupiu’ surge de um conto homônimo, a partir da união dos ‘cantos’ de um bode, uma galinha e um pintinho que, na história, surpreendem as personagens por conseguirem superar as diferenças e cantarem juntos músicas diferentes. No decorrer do livro, a expressão ganha significados próprios, tornando-se palavra mágica e parte de todos os eventos importantes. A obra conta com ilustrações do artista plástico Chico Liberato e nela destacam-se o espírito aventureiro das personagens – crianças, em sua maioria – e, principalmente, a paixão pelos animais e florestas, que encontra nas forças da natureza o poder para transformar vidas e o mundo. Outro aspecto que chama a atenção é a preferência da autora por corajosas protagonistas femininas.

Serviço:

O quê: Lançamento do livro infantil MéméCorocócóPiupiu

Autora: Índia Torreão Herrera

Quando: 01/12, terça-feira, às 19h

Onde: Livraria Tom do Saber (Rua João Gomes, 249, Pirâmide do Rio Vermelho)

Entrada franca

Informações: (71) 3311-3300

Preço do livro: R$25,00

AMIZADE À BEIRA-MAR

Carybé, Verger & Caymmi – Mar da Bahia trata da amizade dos três artistas e suas relações com o mar, cantado e pintado por Caymmi, fotografado por Verger e desenhado e pintado por Carybé. O evento de lançamento acontece no próximo dia 02 de dezembro, às 19h, no Palacete das Artes (bairro da Graça). O livro celebra a arte e, sobretudo, a grande amizade entre esses personagens e criadores do século XX que escolheram a Bahia e o jeito de viver de sua gente como motivo e cenário para suas obras.

Em Carybé, Verger & Caymmi – Mar da Bahia, o leitor percebe a riqueza das fotos em preto e branco da velha rolleiflex do gênio Verger, bem como a singularidade dos traços de Carybé, que retratam o cotidiano da época em que as velas dos saveiros enfeitavam o azul das águas da Baía de Todos os Santos e ainda se presenciava a pesca do xaréu nas praias do litoral norte da histórica Salvador. Tudo isso embalado pelas canções praieiras de Caymmi.

O texto, de autoria do jornalista José de Jesus Barreto, se fundamenta em pesquisas do acervo da Fundação Pierre Verger, da família Carybé, entrevistas e depoimentos. O diálogo das imagens captadas pela rolleiflex de Verger e pelos traços de Carybé, produzidos entre os anos 40 e 60 do século passado, está cerzido pelos poemas de Caymmi. O pescador cantado por Caymmi é ‘o mesmo’ fotografado por Verger, desenhado por Carybé. Os saveiros que chegam e saem do cais e rasgam as águas da baía, as festas para Iemanjá, o Bom Jesus dos Navegantes e Nossa Senhora da Conceição da Praia servem de inspiração para as canções-poemas, as pinturas e as fotos dos artistas.

Serviço:

O quê: Lançamento do livro Carybé, Verger & Caymmi – Mar da Bahia

Quando: 02 de dezembro, às 19h

Onde: Palacete das Artes Rodin Bahia – Graça

Valor: No lançamento, R$ 70, e nas livrarias, R$ 90

Editora: Solisluna

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Verger nos anos 30 em exposição

Abertura da mostra Verger anos 30 no Palacete das Artes. Crédito da Foto: Genilson Coutinho - Divulgação
Abertura da mostra Verger anos 30 no Palacete das Artes. Crédito da Foto: Genilson Coutinho - Divulgação

Uma boa dica para quem está em Salvador neste final de semana é conferir a exposição De um mundo ao outro – Pierre Verger nos Anos 30, no Palacete das Artes – Rodin Bahia. A exposição inédita trouxe para a capital baiana cerca de 180 fotos, 30 documentos originais, 11 reproduções e um audiovisual que mostram como era o ambiente cultural-artístico vivido por Verger naquela época, quando começou a fotografar.

Para que não sabe de quem se trata, Pierre Verger é um importante fotógrafo e etnólogo françês que fixou residência na Bahia em 1946, depois de 14 anos viajando pelo mundo e registrando costumes dos mais diversos povos. Com forte ligação à cultura africana e depois afro-baiana, Verger é autor de importantes obras como Fluxo e Refluxo e Notícias da Bahia – 1850, ambas referência nos estudos culturais sobre baianidade e afrodescendência. Leia a biografia completa de Verger aqui no site da Fundação que leva seu nome.

Crédito: Reprodução da foto do convite da mostra Verger 30 anosNos anos 30 Pierre Verger tem os primeiros contatos com a fotografia e descobre um outro modo de viver e ver o mundo, bem diferente da vida que levava junto à sua família, em Paris, onde nasceu em 1902. Esse contato se dá através de amigos engajados no meio cultural efervescente da época e de sua própria curiosidade.

Na exposição será possível ver as primeiras fotos das viagens à Polinésia, assim como a viagem ao redor do mundo, a primeira como fotógrafo profissional; além dos trabalhos realizados por ele em revistas e jornais e os materiais produzidos pelos seus amigos Pierre Boucher, René Zuber, Emeric Feher e Roger Parry. A exposição também apresenta um audiovisual com trechos da entrevista cedida por Verger ao programa Conexão Internacional, na década de 1980.

Reprodução do convite da mostra Verger 30 anosNa Aliança Francesa, onde também acontece uma outra etapa da mostra, são exibidas fotografias feitas em Paris por ocasião da Exposição Universal de 1937. Ainda na Aliança, No dia 24 de setembro, às 19:30h, os curadores da exposição conversarão com o público sobre Pierre Verger e os anos 30.

De um mundo ao outro – Pierre Verger nos anos 30 é uma realização da Aliança Francesa de Salvador, Fundação Pierre Verger e Palacete das Artes – Rodin Bahia, com apoio financeiro do Fundo de Cultura do Estado da Bahia e Cultures France. O evento faz parte da programação do Ano da França no Brasil.

Serviço:

De um Mundo ao Outro – Pierre Verger nos anos 30
DATA: 17/09 até 18/10
LOCAL: Palacete das Artes Rodin Bahia e na Aliança Francesa de Salvador
ENDEREÇO: Rua da Graça, n° 292 (Rodin Bahia) e Ladeira da Barra (Aliança Francesa)
HORÁRIO: terça a domingo das 10h às 18h (Palacete das Artes – Rodin Bahia) e segunda a sábado das 8h30 às 21h e domingos e feriados das 14h às 21h (Aliança Francesa de Salvador).
Entrada gratuita
MAIS INFORMAÇÕES: (71) 3117-6910
>>Visite o site da Fundação Pierre Verger

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Duas boas dicas de exposições em Salvador

Para quem quer aproveitar as férias de julho, Conversa de Menina indica duas boas exposições que aportam em Salvador este mês. Uma delas é a mostra fotográfica Um Caminho, Seis Olhares – Caminho de Santiago na Galícia, que como o nome já diz, traz imagens feitas por peregrinos, seja em busca de iluminação espiritual ou para fazer turismo, no Caminho de Santiago, região da Galícia – Espanha. A outra mostra se chama Código Negro e exibe treze paineis que contam a história da escravidão a partir de um conjunto de documentos raros chamado Code Noir, onde o cotidiano das escravos nas colônias francesas era minunciosamente registrado. Confiram abaixo os detalhes sobre as exposições e boa diversão!

Caminho de Santiago em fotos de peregrinos

Santiago-250Mais de 300 fotografias que retratam os peregrinos e paisagens ao longo do Caminho de Santiago de Compostela, na Galícia (Espanha), compõem a mostra internacional “Um Caminho, Seis Olhares – Caminho de Santiago na Galícia”. A mostra será aberta à visitação pública a partir desta segunda-feira, dia 6, e poderá ser conferida de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, até o fim do mês, na Câmara Municipal de Salvador – praça Tomé de Souza, Centro. A entrada é franca.

A rota de peregrinos foi retratada sob o olhar de seis fotógrafos galegos: Delmi Álvarez, Fernando Bellas, Tino Martínez, Javier Teniente, Xulio Villarino e Tino Viz.  Salvador é a terceira cidade brasileira, depois de Rio de Janeiro e São Paulo, a sediar a exposição, que também já percorreu cidades como Bergen (Noruega), Copenhagen (Dinamarca), Estocolmo (Suecia), Varsovia (Polônia), Praga (Rep. Checa), Helsinki (Finlandia) e Viena (Áustria).

Serviço:

Um Caminho, Seis Olhares – Caminho de Santiago na Galícia

Quando: de 06 a 31 de julho, de segunda à sexta,  das 8h às 18h

Onde: Câmara Municipal de Salvador, Praça Tomé de Souza – Centro

Quanto: Entrada Franca

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Códigos decifrados da escravidão

code_noir_Sepia_PtitreA exposição Código Negro exibe 13 painéis com uma grande parte da história que não está nos livros escolares, se baseando no “Code Noir”, um conjunto de artigos que regulava a vida dos escravos das colônias francesas. O Código Negro era aplicado em colônias como Antilhas, Guiana e Guadalupe, apoiando a prática massiva da escravidão e legalizando punições corporais. Em particular, merecem destaque sessenta artigos criados em 1685 por Luis XIV, que representavam os estatutos civil e penal.

A exposição foi elaborada pelas Edições Sépia a partir de documentos originais, sendo preservados os textos originais, com algumas anotações pontuais indispensáveis à compreensão das passagens selecionadas. Para melhorar o conforto de leitura, algumas palavras ganharam sua ortografia atual.

Serviço:

Exposição Código Negro

Quando: 16 de julho a 03 de agosto,de segunda à sábado, das 8h30 às 21h; domingos e feriados, das 14h às 21h

Onde: Galeria da Aliança Francesa – Ladeira da Barra

Quanto: Entrada Franca

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Chapada Diamantina em exposição

Essa é uma dica cultural que recebemos via email e que se adequa para quem pretende viajar para a região da Chapada Diamantina em período junino e das férias de julho.

Crédito da imagem: Rui Rezende / Divulgação
Crédito da imagem: Rui Rezende / Divulgação

A exposição itinerante Eu Também Sou da Chapada, de Rui Rezende, percorre até agosto, as cidades de Morro do Chapéu, Mucugê, Lençóis, Piatã e Rio de Contas. As imagens retratam as belezas, o povo, a fauna e a flora da região.

Ao todo, 67 fotos coloridas trazem imagens de flores silvestres, pássaros, borboletas, paisagens, pinturas rupestres, gente e cultura da Chapada Diamantina. Em cada cidade por onde a exposição passar, algumas das imagens irão destacar as belezas naturais do local.

Rui Rezende decidiu fazer uma exposição fotográfica itinerante para apresentar aos moradores da Chapada as belezas que circundam suas casas, e assim, estimular o interesse em conhecer e preservar as atrações naturais que trazem turistas do mundo inteiro até essa parte da Bahia.

As cidades que recebem a mostra foram escolhidas pela distribuição geográfica, com o objetivo de ter um amplo alcance na região.

O artista fotografa a Chapada Diamantina desde 1996. Rui Rezende já percorreu grande parte dessa região explorando recursos naturais e culturais pouco conhecidos. Registrou as paisagens e a sua degradação, assim como a cultura e o povo. Percorreu também os Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Pará, onde produziu fotos aéreas registrando o avanço do desmatamento na região amazônica.

A mostra é uma realização do Projeto Vencedor do Edital Matilde Matos/2008 da Fundação Cultural do Estado da Bahia – FUNCEB, unidade vinculada a Secretaria de Cultura do Estado.

Confira o roteiro da mostra e se você é ou está na Chapada, vá lá ver:

Junho – Mucugê

Quando: até 27 de junho

Local: Clube Social de Mucugê – Bahia

Julho e Agosto – Lençóis

Quando: de 04 a 18 de julho

Local: Mercado Cultural de Lençóis – Bahia

Julho e Agosto – Piatã

Quando: 25 de julho a 01 de agosto

Local: Clube Social de Piatã – Bahia

Agosto – Rio de Contas

Quando: de 08 a 22 de agosto

Local: Clube Rio-contense – Bahia

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Visite também o site Fotos da Chapada

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Exposição para Santo Antonio

Altar de Santo Antonio / Crédito: Genilson Coutinho
Altar de Santo Antonio / Crédito: Genilson Coutinho

O Conversa de Menina inicia neste sábado uma série de posts sobre as Festas Juninas. Vamos contar um pouquinho da história dos santos de junho. Por que será que Santo Antonio é casamenteiro se não era casado? E porque São Pedro é padroeiro das viúvas? São João tinha mesmo cabelinhos cacheados de anjo? Vamos desvendar juntas esses mistérios? E quem pensa que São João, São Pedro e Santo Antonio não tem nenhuma ligação com meninas, engana-se. Os três são considerados os santos mais populares do vasto panteão do cristianismo, principalmente entre as mulheres, e atire a primeira pedra a moça que nunca fez simpatia para arrumar marido em noite de lua antonina; quem nunca pensou em agarrar um amor saltando as fogueiras do compadre João e quem nunca associou São Pedro aos doces feitos nos tachos de cobre de vovó. Para começar a série, divulgamos uma exposição muito legal sobre Santo Antonio, o primeiro dos padroeiros de junho e das casadoiras:

TREZENA EM EXPOSIÇÃO

Altar de Santo Antonio / Crédito: Genilson Coutinho
Altar de Santo Antonio / Crédito: Genilson Coutinho

Para quem não entende nada de religião, nem de ouvir dizer, trezena é o nome de um conjunto de orações que duram 13 dias, feitos em honra de Santo Antonio. Começa dia 01 de junho e termina dia 13, data dedicada ao padroeiro. Pois o hábito de se rezar a trezena, trazido pelos colonizadores portugueses e adaptado ao jeito colorido dos brasileiros, serviu de inspiração para o fotógrafo Genilson Coutinho. A partir deste domingo, dia 07, as imagens captadas pelas lentes de Genilson podem ser vistas na exposição  Santo Antônio Além do Carmo. Tradição e Fé nas casas e janelas.

As imagens mostram a ornamentação das casas no bairro de Santo Antonio Além do Carmo, centro histórico de Salvador, que todos os anos se enche de devotos para orações que são um verdadeiro deleite em matéria de cultura popular.

A mostra acontece na Livraria Saraiva do Salvador Shopping e vai até o dia 21 de junho. Traz registros de longas caminhadas pelas ruas do Centro Histórico – Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo – no mês de junho do ano passado. O objetivo era descobrir e resgatar a tradição mantida por diversas famílias do bairro há mais de 50 anos.

Além das residências, foi descoberto também que as rezas aconteciam em algumas instituições públicas, como FUNDAC, Pelourinho Cultural, Instituto Mauá e pelo afoxé Filhos de Gandhy.  Isso mesmo, um afoxé reza o Santo Antonio em ritmo de ijexá, não é lindo isso? Estes lugares, assim como as casas das famílias, abrem suas portas para receber visitantes e moradores do centro histórico para rezar a trezena e agradecer os milagres alcançados ao longo do ano.

Conversa de Menina recomenda!

Serviço:

O quê: Santo Antônio Além do Carmo. Tradição e Fé nas casas e janelas

Quando: abertura 7 de junho, às 19 horas, e visitação de 8 a 21 de junho

Onde: Espaço Castro Alves da Livraria Saraiva – Salvador Shopping

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Saiba mais:

>>Acesse o blog do fotógrafo Genilson Coutinho para ver outras fotos

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