Por que tanto interesse na vagina alheia?

A mania nacional é se meter na vida dos outros, principalmente das outras. E ditar regras de comportamento. E determinar o que é certo ou errado até na vagina alheia. Presenciei uma conversa em que os interlocutores torciam o nariz para a ginecologia estética. Um dos alarmados com a prática era um homem cheio de ‘boas intenções’. Ele defendia que uma feminista que se preocupa com a estética da vagina está traindo o movimento.

Bom esclarecer que não se tratava de trair movimento nenhum, porque as feministas defendem todos os movimentos baseados no respeito e na dignidade. Se alguém, principalmente homem, explica que o feminismo é sobre proibições, não entende nada do assunto. Feminismo é sobre liberdade, sobre ter o direito de ser e fazer o que quiser, sendo respeitada pelas próprias escolhas.

É sobre igualdade de direitos e de oportunidades. Sobre autonomia, autoconfiança, autoestima. Sobre não ceder às pressões ditadas por quem insiste em rotular, enquadrar e ditar regras de comportamento para as mulheres, como se elas fossem coisas sem vontade, propriedade, objeto inanimado. Como se suas vaginas, embora estejam em seus corpos, pertencessem ao coletivo e todo mundo pudesse palpitar!

Vênus de Urbino (Ticiano, 1538)

Vários movimentos em um só

O que se chama de movimento feminista teve muitas fases desde a sua origem. E cada fase dessas fez jus ao tempo histórico onde esteve inserido e deu sua contribuição para que nós chegássemos onde estamos. Daí para a frente é com a gente e com as gerações que vão nos suceder, porque ainda existe muita coisa a ser conquistada.

De alguns anos para cá, o feminismo deu mais saltos evolutivos. E, cada dia mais, vem se tornando não um, mas diversos movimentos que se apoiam e conectam, porque existem muitas formas de vivenciar o feminino. E, por isso, há quem prefira agora dizer feminismos, no plural, para incluir todas as vertentes, ao invés de incentivar clubinhos.

Mulher não é ‘tudo igual’. Vagina não é ‘tudo igual’, como pensam os machistas de plantão. E tem mulheres que vivem experiências e opressões específicas, como as trans, as negras, as lésbicas, as gordas, etc.

Os feminismos vêm buscando se abrir para essa diversidade de vivências do feminino porque o mundo vem buscando se abrir para a diversidade das pessoas. O caminho ainda é longo, cheio de avanços e recuos, mas a gente chega lá, tem de continuar caminhando e superando os obstáculos.

Voltando a focar na vagina

Esclarecidos, rapidamente, o que são os feminismos deste século XXI onde vivemos, quero falar da vagina, porque é esse determinado aspecto da anatomia de determinados corpos femininos que as pessoas querem controlar.

Vamos filosofar sobre o que significa alguém, especificamente se for homem, abrir a boca para criticar quem fez plástica na vagina. Entender o que leva alguém a estabelecer se é feminista ‘raiz’ ou ‘nutella’ quem fala sobre o assunto sem pré-julgamentos e preconceitos.  

Até porque, de verdade, gente, se a vagina não é sua, para que mesmo interessa se A, B ou C operou, cortou, esticou, lipoaspirou, rejuvenesceu, apertou, elasteceu?

Para ser justa, não são só os homens que não têm direito de criticar quem faz o que quiser e bem entender com a própria vagina. Mulheres não tem o direito de ditar regras e estabelecer normas sobre o corpo das coleguinhas.

Vênus Capitolina (Séc. IV A.C.)

Nem ranking, nem medalha

Ainda existem moças que não perceberam que o feminismo não se trata de estabelecer as suas normas para enquadrar as outras, tirando do clube as mulheres que alguém considera não serem dignas de pertencer ou carregar o título de feministas. Ainda tem mulher querendo determinar quem deve ou não ser considerada ‘mulher de verdade’. Leiam Simone de Beauvoir, revisar os clássicos sempre ajuda.

Não tem carteirinha. Não tem essa de raiz ou nutella. Não existe mulher de verdade ou de mentira. Tem inclusão. Não é para fazer ranking entre os muitos feminismos, é para ter respeito. Solidariedade entre mulheres que se unem pelos pontos em comum e se respeitam nas diferenças e apoiam as lutas umas das outras. Porque se eu não sei o que significa ser mulher trans, lésbica ou negra, tenho de dar um passo atrás e deixar as trans, lésbicas e negras serem protagonistas de suas lutas.

Por também ser mulher, dou o meu apoio, me solidarizo com a dor de quem tem uma realidade diferente da minha. Mas não estabeleço hierarquia entre minhas necessidades e as das outras mulheres. E nem digo que a bandeira que carrego é mais ou menos pesada ou importante, apenas tem diferenças. No dia em que todas as mulheres entenderem isso, o machismo estará ferrado de vez!

De boas intenções…

É preciso cuidado com as boas intenções e os infernos que elas trazem. Criticar algo que não se gosta, concorda ou faria é um direito. Mas desmerecer quem faz uma escolha diferente da nossa é desrespeito.

Da mesma forma, é desonestidade rotular de melhor ou pior feminista quem respeita a decisão alheia de operar a própria vagina. É desonesto porque padroniza e estimula a competição entre as mulheres. Uma mulher não pode ditar regras sobre os corpos e as vontades de outra, porque uma não é a outra. Para decidir, é preciso vestir a pele da colega no sentido literal e isso não existe. Eu visto meu corpo, você veste o seu.

Empatia é entender a dimensão da dor do outro, fazendo um exercício de se colocar no lugar da pessoa ferida, mas isso só é possível metaforicamente. Por mais empatia que se tenha, nunca seremos capazes de sentir exatamente o que o outro sente. Porque os corpos e os espíritos são diferentes. O bonito é compreender o outro mesmo na diferença.

As três graças (Rafael, 1504)

A vagina no meio do debate

O problema com técnicas para rejuvenescer ou remodelar vaginas, para mim, não é a medicina, ou estética, em si, mas o conceito por trás da intervenção. O serviço foi criado em algum momento por existir demanda. Assim como ocorre em outras intervenções – como a lipoescultura, lifting facial, redução ou aumento de seios -, no caso das vaginas remodeladas, existe sim um certo modelo opressivo vendido como ‘a mulher ideal’. É preciso alimentar a indústria que existe à custa da nossa insatisfação.

O ponto é descobrir porque as insatisfações se tornam insatisfações. O desafio é expandir cada vez mais esse círculo que restringe a um determinado tipo de padrão, de corpo, de pele, de cabelo, de tamanho, e ir incluindo o máximo de gente. Até que um dia todo mundo entenda que a pluralidade é boa e as belezas são diferentes, nem melhores, nem piores.

Essa demanda foi gerada por quê? Por que tem mulheres que se sentem inseguras com seus corpos apontados e vigiados? Por que tem mulheres que se sentem humilhadas pelos parceiros que, quando elas envelhecem, costumam fazer comentários maldosos sobre o aspecto de suas vaginas, como se eles também não ficassem mais velhos e flácidos? Por que existe uma cultura secular que desmerece as vaginas, que odeia vaginas, que despreza, diz que são feias, que fedem, que estão largas de tanto transar? Por que existe um culto à juventude, que muitas vezes beira à pedofilia, que enaltece as ‘novinhas’? Por que existe um fetiche cruel de que quanto mais apertada for a mulher, mais o homem terá prazer, mesmo que durante o sexo ela sinta dor e incômodo? E como se o prazer dela não fosse tão importante quanto o dele? A resposta é sim para todas essas perguntas acima e para outras que não couberam aqui.

Existe uma lógica perversa por trás dos ideais de beleza e sensualidade femininas? Existe. Mas existe também um discurso que se pretende em defesa das mulheres, mas no fundo, é só mais uma caixa que tenta nos aprisionar, etiquetar e desconhecer nosso direito mais básico e humano de decidir ‘sem ser julgadas’ o destino de nossos próprios corpos, vontades, sexualidade…

Sem falar, também, no tanto de homem por aí que se acha no direito de nos explicar o que são os movimentos feministas e como uma feminista deve ser ou se comportar. Sério, rapazes? Vocês querem mesmo explicar para as mulheres como é ser mulher e lutar por direitos e reconhecimento em um mundo ainda dominado por homens?

Sim, e daí?

A conclusão desta longa reflexão é bem simples: a mulher que decide se submeter a uma intervenção na vagina ou em outra parte do próprio corpo por estética, e não por necessidade da saúde do órgão, tem seus motivos e só ela sabe quais são ou porque cederá a eles.

Pode questionar se é por ela mesma que faz a cirurgia, se para favorecer a própria autoestima, ou se vai encarar o risco de um procedimento invasivo e um processo de recuperação, às vezes incômodo, só para agradar alguém ou obedecer aos padrões da sociedade?  Até pode. Mas pode, e deve, principalmente e sempre, respeitar a decisão que ela tomar, porque só ela sabe o que carrega no corpo.

Às vezes, dá aquela vontade de ter varinha de condão e sair por aí fazendo abracadabra e botando juízo e bom senso na cabeça de quem a gente acha que está precisando. Mas, se as pessoas tivessem esse poder, já imaginaram como o mundo seria assustador?

Sejamos mais educadores e aprendizes uns dos outros enquanto pessoas. E menos juízes e algozes de quem pensa ou age diferente de nós. Nem toda mulher que faz plástica em qualquer parte do corpo tem a autoestima baixa ou é teleguiada. A lógica perversa existe, as demandas sugeridas também, tem muita gente que ainda se ilude ou deixa abalar por críticas negativas e por pressões de companheiros, é verdade.

Mas é preciso reconhecer e respeitar a liberdade de cada pessoa, principalmente de cada mulher, fazer o que deseja com o próprio corpo e a própria vida. Desde que nossas decisões individuais digam respeito apenas a nós mesmas e não prejudiquem aos outros, ninguém tem direito de interferir, mesmo com ‘boas intenções’.

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Cronicamente (In)viável: “Meu corpo me pertence. Tire suas mãos de mim”

O corpo feminino ainda é tratado como objeto coletivo

Meu corpo me pertence. Só eu posso autorizar que toquem nele. A frase parece óbvia, mas precisa ser repetida como um mantra. Para que nunca mais nos esqueçamos que quem manda nas nossas vontades somos nós. Para nunca mais termos receio de ser quem somos. Para não cairmos no conto do “é só uma brincadeira”. Porque não é brincadeira. É violência! Para nunca mais sentirmos aquele medo ou a vergonha que nos silencia.

O mantra vale para todo mundo, porque todas as pessoas, independente do gênero, da orientação sexual, do comprimento da roupa, da cor da pele ou do tamanho da conta bancária, têm direito à privacidade e ao respeito. Só que, na maioria esmagadora das situações, são os corpos femininos que são tratados como propriedade coletiva, como coisa pública, objeto sem valor. Então, é fundamental que as mulheres fortaleçam a certeza de que não são culpadas, não são responsáveis pelo descontrole, pela falta de caráter, pelo machismo alheio.

Também na maioria das vezes, a invasão do corpo feminino acontece com os homens avançando o sinal sem permissão para apalpar, violando direitos básicos. Então, vale sugerir que eles pratiquem outra frase: “não devo tocar o corpo de nenhuma mulher sem consentimento”. Talvez, se os homens repetirem à exaustão, absorvam de forma orgânica e consciente a certeza de que todas as mulheres têm direito ao respeito.

Vale também eles praticarem outras verdades, aqui listo algumas sugestões:

“Não sou o dono do corpo e nem da vontade de nenhuma mulher.”

“Nenhuma mulher é obrigada a transar comigo”.

“Nenhuma mulher é obrigada a corresponder meus sentimentos por ela”.

“As mulheres são tão livres quanto eu para escolherem ser e fazer o que quiserem”.

Objetificar é tirar das mulheres as decisões sobre o próprio corpo

Maldição antiga sobre o corpo feminino

A ideia de que os corpos femininos são propriedade masculina é antiga. Vem das origens do patriarcado, quando os homens perceberam que não bastava apenas ter poder sobre a terra, era preciso controlar também a descendência. Vem da ideia equivocada de que o corpo das mulheres é o depósito da semente masculina, que ela nada mais é do que um vaso, sem vontade própria, um ventre oco, que quando semeado, gera um herdeiro, o filho do homem. Assim, mulheres passaram séculos sendo vistas como propriedade, tal qual o gado, o arado, o celereiro de grãos. Só mais um dos itens listados no feudo como pertencentes ao ‘grande senhor’.

Romper com séculos desse equívoco, incentivado inclusive por muitas religiões, é bem difícil, ninguém nega isso. Mas, convenhamos, estamos no século XXI e não no XII. Já passou da hora dos homens admitirem a culpa de perpetuarem o machismo, que nada mais é do que um exercício sórdido de poder. A conversa de que o problema está na ‘educação que eu recebi’ já não convence diante de tantos avanços atuais. Diante da possibilidade real que todas as pessoas têm hoje, graças ao acesso ilimitado a informação, de desconstruir seus preconceitos.

Apenas melhorem, rapazes, parem de inverter a equação. E, uma vez confrontados com seus erros, parem de se colocar na defensiva e culpar seus bisavôs pelos discursos e atitudes que vocês reproduzem por conveniência e por apego aos privilégios.

Ao abusarem dos nossos corpos, a intenção também é quebrar nossos espíritos

O xis da questão

É importante parar de apontar o dedo para as mulheres que reproduzem o discurso machista. Toda mulher é vítima do machismo, mesmo quando ela dissemina mensagens e comportamentos machistas. O que acontece é que toda vez que homens são confrontados com seus erros e a forma perversa e assassina de tratar o feminino, aparece alguém para bradar: ‘mas também existe mulher machista’.

Não existe! Existem é mulheres que não conseguem enxergar a própria opressão. Ou, mesmo quando a enxergam, agem como carcereiras de outras mulheres, repassam a opressão sofrida para as irmãs. E não adianta xingar essas mulheres, é preciso dar a elas os mecanismos que tornem possível que enxerguem com clareza. É um processo de aprendizado e de descoberta.

Esse processo de educação feminina, que para umas acontece mais rápido e para outras mais devagar, não diminui em nada a responsabilidade e a culpa dos homens. Vamos olhar para o lugar certo. Ao invés de tentar encontrar justificativas para culpabilizar as vítimas pelos abusos que elas sofrem; ou de culpar outras mulheres pela manutenção do machismo, vamos olhar para o machismo que mata milhares de nós diariamente no mundo.

Vamos apontar nossos dedos para a direção certa: machismo é criação de homens. É abuso de poder de homens para com mulheres. É majoritariamente violência física, moral e psicológica de homens contra mulheres. É culturalmente disseminado, em primeiro lugar, entre os homens, de pai para filho. Para que não percam o poder absoluto que alguns tem a cara de pau de atribuir à vontade divina! Mesmo quando as mães colaboram, ao educar filhos e filhas de forma diferente, ajudando a manter a crença de que meninas nunca podem e meninos podem tudo, essa mãe não é a inventora e nem o sujeito ativo principal da estrutura machista da sociedade.

Autonomia sobre o próprio corpo não é uma concessão, mas nosso direito

Canalhas não passarão

Nem todo homem comete abuso, mata ou é do tipo machista mais torpe. Mas, ainda assim, os machistas light se beneficiam da estrutura desigual da nossa sociedade. O fato de serem homens, num mundo governado e pensado de e para homens, lhes confere privilégios. Felizmente, existem cada vez mais deles dispostos a exercitar a empatia, a ajudar no combate ao machismo, que como já foi dito muitas vezes, também os oprime.

Mesmo aqueles que inicialmente tentavam colocar-se como protagonistas da luta feminina por igualdade de direitos, falando em nome das mulheres, estão aos poucos entendendo que a participação mais importante deles é na educação dos seus pares. Homens podem ajudar a educar outros caras que ainda desrespeitam e abusam das minas.

Aos canalhas, aos abusivos, aos assassinos, cada vez mais eles perceberão que seu reinado acabou e o que existe agora são os estertores de quem já entendeu que o jogo virou. As mudanças sociais que vêm ocorrendo velozmente em todo o mundo, não têm mais volta. Nenhuma mulher vai voltar ao estágio de submissão, de medo e de vergonha. E juntas, cada vez mais, umas tirarão os grilhões das outras. As reações femininas para cada abuso masculino vão ser em tamanho e força igual à injúria sofrida, porque se tem um outro conceito que muitas de nós já absorveu como uma segunda camada super-protetora de nossos corpos violados, é o de que juntas somos sim muito mais fortes!

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Sobre viver confortável na própria pele

Todas as belezas, de todas as cores e tamanhos, merecem o mesmo respeito

Sentir-se confortável com o próprio corpo ainda é um desafio para as mulheres. Com tantos apelos na mídia, tantas receitas ‘milagrosas’, e os padrões que começam a ser construídos desde a infância; para algumas, olhar-se no espelho e gostar do que estão vendo é um exercício constante de construção e manutenção da autoestima. Falo das mulheres porque é sobre elas que ainda pesa a exigência por uma imagem impecável. É delas que ainda se exige que “existam para enfeitar o mundo”. É sobre o corpo feminino que existe toda uma pressão e controle. O que não significa que homens, ou qualquer outra pessoa dos gêneros para além do binarismo homem x mulher, também não sofram com padrões de beleza às vezes impossíveis de alcançar e insensatos.

O esforço diário para a construção e manutenção da autoestima é mais que necessário. E estar confortável na própria pele não significa acomodar-se aos ‘defeitos’. Até porque, onde está o manual que diz que tal característica é de fato um defeito? Pessoas não nascem com manuais e qualquer tentativa de enquadrá-las só serve para disseminar preconceitos e causar angústia. A beleza é uma construção social que se encaixa na cultura de cada época. Isso significa que ela é relativa e que algo considerado muito bonito hoje, pode não ter sido valorizado há vinte ou trinta anos. E vive-versa. E se os padrões de beleza mudam constantemente, porque não podemos fazer um exercício de aceitar todos os padrões? O que significa, de fato, que o bacana é não ter padrão.

Vale tudo sim!
“Será que vão gostar do meu cabelo pink?” “O que importa é que você gosta!”

Foi-se o tempo em que ser ‘diferente’ era algo negativo. Cada vez mais, o mundo – apesar das resistências acirradas de alguns – abre-se para a diversidade. E que coisa maravilhosa é essa tal de diversidade! Que libertador é olhar-se com amor e respeito pela história escrita nas rugas, nos fios brancos, nos quilos a mais ou em um nariz mais largo.

Vale cabelo liso? Vale. Cacheado? Vale. Crespo, volumoso, colorido, descolorido? Sim! Ser careca? Lógico! Ir ao salão toda semana? Se é possível pagar por isso, por que não? Não gostar de fazer as unhas, maquiar-se? O que tem de errado em não fazer as unhas ou pintar o rosto? Ser assíduo na academia e manter uma rotina de alimentação controlada? Se te faz bem, se é por você mesma que está fazendo o esforço de abrir mão do brigadeiro e não porque impuseram regras sobre o seu corpo e o seu existir, então faça seus exercícios e sua dieta e, principalmente seja feliz!

Saudável vestindo XL
“Amiga, tá me achando bochechuda na foto?”  “Que nada, você está linda!”

Vestir GG, XL ou qualquer outro manequim grande e ainda assim ser saudável? A ciência e a medicina estão revisando vários estudos e derrubando mitos sobre a relação peso e saúde. Já caiu por terra, por exemplo, a ideia de que o Índice de Massa Corporal (IMC) é o indicador supremo de que tudo vai bem no organismo. Na verdade, o IMC é só um dos muitos índices que precisam ser checados antes de apontar se uma pessoa considerada gorda é de fato doente. Ou se uma pessoa considerada magra é de fato saudável.

Junto com o IMC, exames precisam comprovar o estado do organismo do indivíduo. Há gordos com taxas de triglicérides, colesterol e glicemia normais e há magros com índices estratosféricos. Nem sempre, um corpo volumoso significa sedentarismo ou um corpo magro significa vida ativa. Nem sempre, um corpo maior é sinal de desleixo ou de voracidade à mesa. Estresse, descompassos hormonais, predisposição genética e uma infinidade de outros fatores podem levar alguém a engordar ou a emagrecer.

Além disso, nunca é demais lembrar que quem faz dieta e pega firme nos halteres de forma consciente e responsável, faz acompanhamento médico e nutricional, se submete a exames de rotina de acordo com as orientações desses profissionais e utiliza os serviços de preparadores físicos, fisioterapeutas, personal trainers, instrutores etc., para evitar lesões musculares e complicações às vezes difíceis de tratar.

E vale ainda lembrar que muitos gordos se exercitam sim, porque fazer exercícios não está diretamente relacionado a emagrecimento, mas a manter o corpo ativo, os músculos e articulações saudáveis para as atividades cotidianas.

Xô, gordofobia!

Saúde nem sempre é sinônimo de um corpo enxuto. A questão é sentir-se bem. E se você está bem internamente e se seu corpo está saudável vestindo 38/40, ótimo! Mas se está saudável e você se sente bem também vestindo 50/52/54…, não deixe ninguém dizer ou te fazer pensar o contrário. Empodere-se!

E aqui, ressalto, não estamos falando de extremos. Ninguém está fazendo apologia a anorexia ou a obesidade extrema. Não é bacana ser internada com desnutrição severa por privar o organismo de nutrientes essenciais à sobrevivência; ou pesando 300 quilos por algum piripaque severo no sistema endócrino. Mas também não é bacana julgar anoréxicos e obesos extremos como se fossem sub-pessoas. Antes de atirar pedras, faça um exercício de empatia e entenda que nesses casos é necessário ajudar porque a vida de alguém pode estar em risco. Mas essa ajuda precisa ser especializada, com tratamento médico e psicológico. E o apoio de quem não é especialista tem de ser oferecer compreensão e suporte emocional. Julgar, reclamar ou fazer pressão psicológica só agrava o problema.

Enfatizo que anorexia nervosa, bulimia, obesidade extrema ou qualquer outro transtorno alimentar requerem intervenções totalmente diferentes de simplesmente achar que toda pessoa que veste tamanhos extras-largos é uma ‘gorda sem força de vontade’ que tem de ser conscientizada porque está ou vai ficar doente se não emagrecer. Muitas vezes, o nosso comentário “bem intencionado” esconde preconceitos, camufla uma horrorosa gordofobia.

Beleza é um estado de espírito
“Acho que vou assumir os meus fios grisalhos” “E eu vou jogar umas mechas azuis no platinado” “Vou de vermelhão, que hoje eu quero causar!”

Gostar de se cuidar, seja da forma física ou da pele, dos cabelos, unhas, etc., é algo muito particular. Algumas pessoas são mais ligadas nessas rotinas de beleza, outras menos. A questão é ter em mente que a beleza precisa vir de dentro para fora e que padrões só servem para criar categorizações excludentes, que isolam e deprimem. Além disso, de nada adiantará ter um ‘corpo do verão’ e um ‘espírito de porco’.

Felizmente, vemos cada vez mais pessoas de todas as cores, todos os tamanhos, todas as idades, gêneros e orientações sexuais estampando capas de revistas, posando para ensaios, escrevendo blogs, postando vídeos cheios de autocuidado, autoestima e boas vibrações no Youtube. Essas iniciativas ainda são gotas no oceano de padronizações que muitas publicações, sites, redes sociais ou  programas de tv vendem como sendo ‘o modelo ideal’. Mas é um avanço e de avanço em avanço, construiremos um mundo decente. Fico feliz em ver que no mosaico das gentes maravilhosas que povoam esse nosso planeta, haverá cada vez mais espaço para as muitas belezas que existem e que ainda vão surgir!

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Pesquisa mostra relação das brasileiras com os cabelos

Segundo a pesquisa, o padrão de beleza ideal entre as brasileiras ainda é ser loira...

Uma pesquisa realizada em parceria pela Unilever (fabricante das marcas Dove e Seda, entre outras) e o Ibope mostra a relação das brasileiras e suas madeixas. O objetivo do estudo Brasileiras e os Cabelos é entender os hábitos e costumes das consumidoras e o resultado comprova o que o senso comum já sabe: os cabelos são a parte do corpo que merece mais tempo e esforço no ritual de beleza entre as brasileiras. Das práticas mais comuns adotadas estão o alisamento e a coloração.

De acordo com os dados prévios divulgados pela Unilever, mais da metade das mulheres entrevistadas (58%) está com o cabelo diferente do natural, principalmente as casadas. Ainda segundo a pesquisa, nove em cada dez mulheres dizem que se sentem mais confiantes se os cabelos estão em ordem. Das entrevistadas, 74% disseram que um cabelo bonito e bem tratado eleva a autoestima e 37% revelaram que quando o cabelo não está “bom” não têm vontade de sair de casa. Na pergunta sobre cuidados, 72% afirmam gostar de cuidar dos cabelos e para 37% delas, ir ao salão é uma necessidade.

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Transformações nos cabelos – Entre as principais constatações, a pesquisa aponta que as mulheres ainda buscam cada vez mais ter os cabelos lisos. Das entrevistadas que têm cabelos transformados, 45% disseram ter realizado algum tipo de procedimento para alisar os fios. E os alisamentos, como a escova progressiva, são feitos na maioria das vezes (93%) com cabeleireiros.

As mudanças de cor dos fios também são muito comuns, sendo que 86% das entrevistadas já tingiram os cabelos. Das que tingiram, 45% fazem o processo mensalmente, sendo a cor loira a mais procurada (74%).

A pesquisa Brasileiras e os Cabelos foi realizada com 400 mulheres, de 25 a 45 anos, das classes A, B e C, nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil.

Meu dedinho nesse angu – O resultado da pesquisa não me surpreende, dado o apelo midiático por um padrão que a meu ver não abre espaço nenhum às muitas formas de beleza existentes no Brasil, um país multiétnico. Fiz progressiva uma vez na vida e não gostei. Durante os três primeiros meses, ficou legal, mas depois de um tempo, senti falta de ser eu mesma. Prefiro meus cachos naturais, é fato. Quanto à pesquisa, ela é feita por amostragem, e dá uma ideia dos gostos e costumes das mulheres na faixa etária e classes sociais ouvidas, mas não significa que quem não tem cabelos lisos e loiros não seja igualmente deslumbrante e tampouco significa que todas as brasileiras pensam como as 400 moças ouvidas no estudo. Diversidade é a palavra da vez, não esqueçam!

*Os dados foram enviados ao blog pela assessoria da Unilever.

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Campanha incentiva autoestima em mulheres com câncer

No próximo dia 20, Salvador recebe a campanha Encontro com a Autoestima, que tem o objetivo de mostrar às pacientes do câncer de mama que a melhor forma de combate à doença é manter a autoconfiança e o astral elevados. Promovida pela AstraZeneca, a campanha acontecerá no Núcleo de Oncologia da Bahia. A ação, que existe desde 2009, já passou por diversas cidades brasileiras e 40 instituições, com a participação de cerca de 1250 pacientes e cuidadores.

Durante o encontro, as participantes vão assistir a uma palestra da pedagoga e artista plástica Claudia Vasconcellos, que enfrentou e superou o câncer de mama. Ela falará sobre resgate e manutenção da autoestima. A programação conta ainda com uma sessão de fotos, em que as participantes são incentivadas a usar adereços e posar para um fotógrafo profissional. A melhor foto é impressa e entregue às pacientes.

Em uma ação do encontro, as participantes responderão a um questionário de avaliação e um formulário de redação. A partir daí, as pacientes refletem sobre quais valores são importantes para a mulher que enfrenta o tratamento de um câncer. Ao final, as mulheres receberão três guias explicativos: um voltado para as próprias pacientes, outro para parceiros e familiares e um terceiro destinado a crianças e adolescentes. Os três guias explicam de forma distinta, de acordo com cada público, o que é o câncer de mama, tratamentos disponíveis, dicas para uma melhor qualidade de vida, autoestima e sexualidade, além de conselhos sobre como lidar com a doença.

Após as atividades, o Coral da Petrobras fará uma apresentação para as participantes.

A Campanha Encontro com a Autoestima é aberta ao público e gratuita, mas as vagas são limitadas. Quem tiver interesse em participar pode entrar em contato através do telefone (71) 4009-7059 ou email: [email protected].

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Arquiteta conta em livro como passou a própria vida à limpo

Símbolo universal da reciclagem

Tirei o dia para “filosofar” sobre a diferença entre mudança frequente (uma necessidade humana para espantar o tédio) e instabilidade, ao menos na minha visão. Acabei publicando o post no Mar de Histórias (quem quiser pode ler aqui). Depois, vasculhando os emails do Conversa, na garimpagem para selecionar entre as montanhas de releases diários as coisas bacanas para mostrar a vocês, me deparei com essa dica de leitura que vai abaixo. Por ser de um livro autobiográfico e que foca justamente em mudanças, divido com quem tiver interesse:

O livro se chama Mulheres Reciclando a Alma (Editora Grão), de autoria da arquiteta paulista Simone Romano. Tem 80 páginas, dá para ler de um só fôlego e a julgar pela sinopse enviada ao blog, parece dos tais de pegar e não largar.  Fiquei interessada e vou procurar pelas livrarias aqui de Salvador. Sou bibliófila, coleciono livros. Meu filho me chama de bibliofagos (“come livros”, numa referência ao nome científico da traça).

Mulheres Reciclando a Alma parte da experiência pessoal de Simone Romano. A sinopse da editora diz o seguinte: “Depois de 20 anos trabalhando dia e noite como arquiteta, se alimentando mal e sob alto nível de estresse, ela decidiu tirar um ano sabático para repensar toda sua vida e o rumo de suas decisões. O resultado pode ser conferido neste livro, onde a autora apresenta, em narrativa simples e bem-humorada, os desafios da mulher moderna, aquela que se vê na obrigação de ser a supermulher, supermãe, superbonita e superprofissional, tudo ao mesmo tempo”.

O tema parece batido, mas a abordagem pessoal é que promete ser a cereja do bolo. A experiência do feminino nunca é igual de uma mulher para outra, embora existam pontos de intersecção nas vivências e experiências de cada uma de nós. Eu penso assim.

Voltando ao material da editora, na obra, “as narrações incluem passagens divertidas e peculiares vividas pela personagem Tina, como o dia em que conheceu Silva, responsável pela limpeza da rua. No diálogo, Tina aprende sobre a importância da coleta seletiva e a separação correta dos materiais. O trecho faz uma analogia sobre a importância de cuidarmos bem de nós mesmos, assim como do planeta”.

Simone é também a autora dos desenhos do livro e o processo de criação foi feito a partir de uma espécie de diário, no qual anotava e desenhava livremente suas experiências diárias durante os períodos de maior reclusão, chamado pela autora de ‘fase ostra’.

E então, parece ou não promissor?

Ficha Técnica:

Mulheres Reciclando a Alma

Texto e ilustrações: Simone Romano

Editora Grão

80 páginas / Preço: R$ 38,00

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Eventos de fotografia agitam o mês de agosto em Salvador

Mais um post sobre mulheres que fazem a diferença no cenário cultural baiano e dessa vez, o foco é em fotografia. Dois eventos promovidos por fotógrafas marcam o mês de agosto (de finzinho de inverno) em Salvador. Um é o curso de teoria e prática fotográfica que Tássia Novaes (minha ex-repórter, eita orgulho!) e Fernanda Sanjuan vão promover no Ciranda Café. O outro evento é o workshop que precede o lançamento do livro de Alice Ramos. Citei esses eventos no Twitter no fim de semana, mas agora dou os detalhes:

Alice Ramos lançará o 1º livro autoral

Por ordem de data, começo com o evento da fotógrafa baiana Alice Ramos, que realiza, dia 12 (nesta sexta-feira), no Teatro Eva Herz, Livraria Cultura do Salvador Shopping, o workshop Fotografando gente – Como você olha e registra. Com duração de três horas, das 15h às 18h, o curso é voltado para iniciantes e profissionais de fotografia que não sabem como interagir com modelos ou que querem ampliar as suas possibilidades de direção de pessoas. Para participar, os interessados devem comparecer à Livraria Cultura do Salvador Shopping, a partir das 13h do dia 12, e trocar um quilo de alimento por uma senha. São só 200 vagas, a capacidade de lotação do teatro.

No mesmo dia, após o workshop, a partir das 18h, acontece o lançamento do livro Alice de Passagem, primeiro livro autoral de fotografias de Alice Ramos, que reúne registros de quatro anos em viagens por nove países: Bélgica, Brasil, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Panamá e Tailândia. A publicação foi vencedora de edital de incentivo à publicação de ensaios fotográficos, do Governo da Bahia.

E aqui algumas das fotos de Alice Ramos

Fotógrafa especializada em gente, cores e texturas, Alice recebeu o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte em 1997, com o projeto Redondamente Enganado, no qual desafiou padrões da moda mostrando a sensualidade dos corpos volumosos de gordinhas nuas. Além disso, em 2010, ela teve projeto aprovado pelo Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural (Sefic/MinC) e representou o Brasil na 4ª Bienal Internacional de Fotografia/Grid 2010, na Holanda. Suas fotografias foram ainda selecionadas para o acervo particular de Gilberto Chateaubriand, Coleção Pirelli/MASP, Museu Afro-Brasil e Museu da Fotografia da América Latina.

Curso de fotografia:

E agora, o segundo evento, o curso Teoria e prática fotográfica: Treinamento do olhar, ministrado pelas fotógrafas Fernanda Sanjuan e Tássia Novaes, que está com inscrições abertas. As aulas iniciam dia 25 de agosto, às 19h, no auditório do Ciranda Café Cultura & Artes (Rio Vermelho). A matrícula custa R$ 490 e dá direito a um módulo exclusivo.

Folder de divulgação do curso de fotografia

Ao todo, serão dez encontros de duas horas de duração (20 horas de aula). Desse total, quatro aulas serão destinadas a saídas fotográficas – prática em locais públicos, monitorada por um professor. É necessário ter equipamento próprio (analógico ou digital) para participar. Para saber informações completas sobre o conteúdo programático, objetivos, metodologia e perfil das fotógrafas, acesse: www.camarasolar.blogspot.com.

Serviços:

>>Workshop Fotografando gente – Como você olha e registra, com Alice Ramos
Dia 12 de agosto, das 15h às 18h
Teatro Eva Herz, Livraria Cultura – Salvador Shopping (Av. Tancredo Neves)
Entrada: Um quilo de alimento não perecível trocado a partir das 13h por uma senha

>>Lançamento do livro Alice de Passagem (Editora Romanegra, R$ 40)
Dia 12 de agosto, das 18h às 22h, com sessão de autógrafos
Livraria Cultura – Salvador Shopping (Av. Tancredo Neves)

>>Curso Teoria e prática fotográfica: Treinamento do olhar
De 25 de agosto a 24 de setembro
Carga horária: 20 horas
Encontros: quintas-feira (19h às 21) e sábados (8h às 10h)
Local: Auditório do Ciranda Café Cultura & Artes (R. Fonte do Boi, 131, Rio Vermelho)
Mais informações: (71) 9173-6500 – segunda a sexta, das 8h às 20h e sábado, 8 às 14h
E-mail: [email protected] / Site: www.camarasolar.blogspot.com

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Mostra de curtas revelará novos talentos

Carine Araújo, coordenadora da Mostra Curto Encontro

Abro um espaço entre as notícias de beauté e outras feminices do blog, para divulgar uma iniciativa cultural bem bacana que acontece em Salvador, agora em agosto e que, para não perder o vínculo com a proposta “universo feminino” desse espaço, é coordenada por uma mulher, uma realizadora da área de cinema  – um setor onde a participação feminina vem crescendo bastante -. Trata-se da Mostra Curto Encontro, que promoverá a exibição gratuita de curtas-metragem na capital e mais 12 cidades baianas, entre os dias 22 e 27 de agosto, e que também vai realizar um concurso para estudantes de cinema e realizadores da área audiovisual. O concurso se chama Um curta sobre curtas e o objetivo é a criação de um filme de aproximadamente 20 minutos sobre o evento, com foco nas atividades desenvolvidas em Salvador.

Os interessados em participar do concurso podem se inscrever, individualmente ou em grupo, até o dia 15 de agosto, no site: www.tabuleiroproducoes.com.br. Os candidatos passarão por uma entrevista, onde apresentarão suas ideias para elaboração do curta. As propostas serão analisadas pela equipe promotora do evento e  por Lázaro Faria, presidente da Casa de Cinema da Bahia e diretor do longa 2 de Julho, ainda em produção.

A proposta vencedora será divulgada na noite de 17 de agosto. O autor da proposta escolhida receberá um prêmio de R$ 1 mil, certificado de participação e terá seu filme exibido na TVE-Bahia, juntamente com os 10 mais votados do evento e os dois curtas produzidos durante as oficinas de capacitação de animação e documentário que também integram o evento.

A Mostra Curto Encontro é realizada pela Tabuleiro Produções, com patrocínio do Correios e apoio da Fundação Cultural do Estado (Funceb), Irdeb e Dimas.

Serviço:

Anote na agenda, para não perder: Mostra Curto Encontro, de 22 a 27 de agosto. Em Salvador, os filmes serão exibidos no circuito de salas da Biblioteca Pública dos Barris, no Centro da cidade, com entrada gratuita. O encerramento oficial do evento, com a festa de premiação, será no dia 28 de agosto, com shows de David Moraes e Lucas Santtana.

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Guia online para noivas

O grupo gaúcho de comunicação RBS, através do seu Núcleo de Conteúdos Tablets, lançou agora em julho o Diário da Noiva, um guia para iPad que traz o passo a passo para o casamento, desde o noivado até o sim diante do altar. O material engloba desde séries de reportagens até serviços especializados para quem vai casar, sem falar na parte de editorial de moda com as tendências para casamento em 2012. Com venda exclusiva por meio da App Store, o conteúdo mescla produção inédita e aproveitamento de material criado pelo site noiva.com, do portal ClicRBS, e por outras redações de veículos do grupo. #ficadica para as noivas que são leitoras aqui do blog e são também aficionadas por conteúdos em plataformas multímidia!

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Instituto Avon apresenta pesquisa sobre violência doméstica

Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Desse total, 63% tomaram alguma atitude, o que demonstra a mobilização de grande parte da sociedade para enfrentar o problema. 27% das mulheres entrevistadas declararam já ter sido vítimas de violência doméstica, enquanto apenas 15% dos homens admitiram ter praticado esse crime.

Esses são alguns dados da pesquisa Instituto Avon/Ipsos – Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, em que 1,8 mil pessoas de cinco regiões brasileiras foram entrevistadas.

Uma das grandes conquistas do estudo é a ampliação do espaço seguro para homens e mulheres se comunicarem, segundo avaliação da especialista em pesquisa de opinião Fátima Pacheco Jordão, conselheira do Instituto Patrícia Galvão, um dos parceiros da Avon na iniciativa: “Uma técnica sofisticada foi utilizada pela primeira vez nas pesquisas sobre violência contra mulheres no Brasil, com o objetivo de obter respostas mais fidedignas para um assunto tão complexo. No capítulo relativo à violência vivenciada por homens e mulheres, os entrevistados preencheram o questionário em sigilo (sem nenhuma indicação de dados pessoais), e o colocaram em um envelope. Dessa forma, evitou-se que o entrevistado se sentisse inibido ou influenciado a dar respostas padrão e aceitas pelo costume”.

59% CONHECEM UMA MULHER QUE SOFREU VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

“Com esse estudo, a Avon e o Instituto Avon esperam contribuir para a reflexão e maior compreensão deste desafio e oferecer subsídios para fundamentar o trabalho dos envolvidos – organismos públicos e privados, associações de bairro, lideranças comunitárias, acadêmicos e leigos – em encontrar saídas para a erradicação da violência doméstica” afirma Luis Felipe Miranda, presidente da Avon Brasil. “Teremos cumprido nossa missão se conseguirmos ampliar a discussão do tema, pautando-a na construção de relações baseadas na cooperação, no respeito e na convivência pacífica.”

62% RECONHECEM VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

“A pesquisa demonstra, com números contundentes, que a percepção de homens e mulheres sobre a gravidade da violência contra a mulher avança na sociedade brasileira. Hoje, 62% da população já reconhece a violência psicológica como uma forma de violência doméstica, por exemplo,” afirma Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão, ícone na análise da violência doméstica. Os resultados revelam que há ainda um longo trabalho a ser realizado em disseminação de informação, já que os números sobre a percepção da definição do que é violência diferem pouco do estudo anterior.

94% CONHECEM A LEI MARIA DA PENHA e 13% SABEM O SEU CONTEÚDO

Outro parceiro na pesquisa, a Associação Palas Athena, contribuiu com a reflexão sobre a invisibilidade das atitudes violentas no cotidiano, como também preparou uma lista que relaciona diversos recursos à disposição dos interessados no assunto – de livros a organizações e profissionais especializados em tratar os conflitos familiares com ferramentas pacificadoras.

Outros dados importantes do estudo:

* Falta de condições econômicas e preocupação com a criação dos filhos: percebidas como as principais razões para manter as mulheres atadas a um relacionamento abusivo.

* Delegacias e conversa com amigos e familiares: as ajudas que as mulheres mais indicam para as vítimas.

*A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.

A íntegra da pesquisa está disponível no site do Instituto Avon, acesse aqui.

**Material produzido pela assessoria de comunicação da Avon BR.

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