Açúcar é bom, mas em excesso faz mal

Tenho de confessar, sou viciada em doces. Desde criança também travo duelos épicos com a balança. Minha tara são os chocolates, oooh tentação. Mas, depois dos 30 anos, liguei a luzinha amarela e comecei a controlar a compulsão (gostosa compulsão) por sobremesas em geral. Na busca por qualidade de vida, descobri o prazer das frutas, são fresquinhas, suculentas, e no calorzão de Salvador, hummm, delícia! E claro, pesquisar é preciso. Todo viciado sabe que, antes de mais nada, é preciso admitir o vício para só então começar a trabalhar no seu controle. Com o açúcar não é diferente, é uma gostosura, mas é droga e causa muitos estragos no organismo, a começar pelos dentes, quando introduzidos na dieta desde cedo. E quando é mesmo que ele entra na nossa vida? Acertaram, naquelas mamadeiras tentadoras que mamãe fazia. Pesquiso muito sobre dieta, não no sentido de dieta da lua, dieta do calendário, dieta não sei de quem, essas eu nem levo a sério. Minhas pesquisas são na área de dietoterapia mesmo, terapia nutricional, equilíbrio do organismo adquirido a partir de alimentação balanceada. Outra confissão: amo nutricionistas, oooh povinho sabido! E como compartilhar também é preciso, abaixo publico mais uma daquelas materinhas esclarecedoras do CITEN (Centro Integrado de Terapia Nutricional). O tema da vez, açúcar, quem mais? Confiram:

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O poder arrebatador do açúcar

Cana-de-açúcar

Sempre nos perguntamos o porquê da esmagadora preferência das pessoas por alimentos doces… Enquanto ainda não temos respostas definitivas para tais questões, procuramos entender esta predileção. Sabemos, por exemplo, que os bebês demonstram instintivamente reações de prazer ao serem alimentados com alimentos adocicados e que se provermos uma gestante com grande quantidade de doces, seu bebê será mais predisposto a gostar das guloseimas do açúcar. Na Europa, há uma prática de se oferecer água adocicada aos bebês, quando eles vão tomar injeções, parece que o açúcar pode alterar o humor deles, além de conferir-lhes certa ação anestésica.

A intrincada via do açúcar até o cérebro

“A nossa percepção do sabor doce começa nas papilas da língua, mas os receptores cerebrais que codificam tal sabor prazeroso dos alimentos doces  são os mesmos que respondem ao álcool, ao tabaco e à cocaína. Isso poderia explicar a preferência das pessoas que comem doces compulsivamente, ou seja, que comem apenas pelo prazer de saborear determinados alimentos, ao invés de buscarem também o alimento quando sentem fome”, afirma a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen.

No cérebro, os alimentos doces aumentam os nossos níveis de serotonina, um neurotransmissor que desempenha um importante papel na regulação do humor, do sono, da sexualidade e do apetite.  Assim, alimentos doces, agindo direta ou indiretamente, através da serotonina, parecem  melhorar o humor das pessoas.

As estatísticas revelam que 60% das pessoas tem preferência pelos doces e a indústria dos alimentos intuitivamente, ou talvez mais sistematicamente,  entendeu isso muito bem, tanto é que milhares de alimentos nos supermercados são enriquecidos com sacarose, para atender à demanda dos paladares.

Muitos questionam o poder deletério dessa grande quantidade de alimentos doces. Outros discutem a “dependência” ou uma grande necessidade de consumi-los, a cada dia, em maior quantidade… “Mas o que sabemos é que dentre os três macronutrientes de que dispomos no cardápio – carboidratos, gorduras e proteínas – os carboidratos (que englobam também os doces) são os alimentos de mais rápida saciedade, ou seja, voltamos a sentir fome muito rapidamente quando nossa refeição é constituída basicamente deles”, explica a médica.

As diferentes formas do açúcar

Açúcar mascavo, rico em nutrientes

A sacarose é a responsável pelo sabor adocicado dos doces e alimentos industrializados que tanto agradam nosso paladar. Não existe diferença em sua concentração no mel, açúcar refinado, açúcar cristal, açúcar mascavo ou açúcar orgânico. Todos eles têm as mesmas quantidades de calorias, logo, as mesmas chances de engordar as pessoas. Conheça as principais características de cada um deles, antes de fazer sua escolha:

· O açúcar refinado é o resultado de um processo químico que retira da garapa a sacarose branca e adiciona produtos químicos como clarificantes, antiumectantes, precipitadores e conservantes;

· Os açúcares cristal e  mascavo são mais saudáveis do que o refinado por não conterem adição de produtos químicos utilizados no refino;

· O açúcar mascavo também contém micronutrientes, enquanto o açúcar refinado não contém nutriente algum;

· O açúcar light tem o diferencial de ser menos calórico, por incorporar um adoçante não calórico no seu preparo, na proporção de 50%;

· O açúcar orgânico é extraído da cana de açúcar em cujo plantio não são usados adubos, nem fertilizantes químicos;

· O processo de industrialização do açúcar orgânico é idêntico ao do açúcar cristal comum, ou seja, livre de cal, enxofre, ácido fosfórico, folímetro e outros elementos adicionados ao produto refinado. Não há, portanto, vantagens no açúcar orgânico em relação ao açúcar cristal comum.

A importância no controle do volume de açúcar ingerido

Açúcar cristal é mais saudável que o refinado

O grande problema da ingestão dos alimentos adocicados é que geralmente acabam por estimular a ingestão de grandes volumes de alimentos. Isso não seria problema se as pessoas conseguissem ingerir um bombom, uma bola de sorvete ou um pedaço de pudim.  “Mas, geralmente, elas comem muito mais que isso, sempre estimuladas pelo grande prazer que causam esses alimentos, pois nunca é a fome o estímulo para ingerir doces, mas a atração e o fascínio pelo prazer adocicado”, diz Ellen Paiva.

Nos últimos quinze anos, o tamanho das porções de refrigerantes aumentou  assustadoramente. Servem-se copos que cabem litros  de refrigerantes, baldes de sorvetes e promoções combinadas que, individualizadas, sairiam mais caras, induzindo ao maior consumo desses alimentos. “Com as grandes porções desses alimentos, compramos mais calorias por unidade de moeda de qualquer país e acabamos, erroneamente, por achar isso vantajoso. Compramos muito mais do que comeríamos e comemos muito mais do que deveríamos”, alerta a diretora do Citen.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o açúcar de adição não ultrapasse 10% das calorias de uma refeição. Apesar disso, nos Estados Unidos, as crianças consomem o dobro dessas recomendações. Os refrigerantes são os maiores contribuintes individuais dessa ingestão.   “O açúcar, incorporado na maioria dos alimentos industrializados, leva a um consumo expressivamente alto desse ingrediente, causando um aumento das calorias das dietas, com um poder de saciedade muito pequeno. O resultado dessa equação é sempre muito amargo e um dos responsáveis pela epidemia de obesidade e diabetes em todo o mundo, principalmente entre crianças e adolescentes”, diz a endocrinologista Ellen Paiva.

Para saber mais sobre nutrição:

CITEN – Centro Integrado de Terapia Nutricional
Site: www.citen.com.br
Contato: [email protected]
Rede social: http://twitter.com/Citensp

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Ano novo, novos hábitos alimentares

Vamos fazer um trato? Não mais uma daquelas promessas vazias de ano novo, que nunca se cumprem. Mas um compromisso assumido para valer. Um daqueles pactos inquebráveis. O trato é o seguinte: vamos nos cuidar mais em 2010. Cuidar principalmente da alimentação, que nestes primeiros anos do século XXI, deixou muito a desejar em termos de qualidade. Como nas festas de fim de ano a gente sempre exagera, vale se organizar para iniciar a desintoxicação alimentar logo no comecinho de 2010. Para estimular os mais céticos, eis uma reportagem elaborada pela equipe do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional), entidade que atua na prevenção à obesidade, em São Paulo. A fonte da reportagem é a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva, além de amplo material de pesquisa com Anvisa e FDA (Food and Drugs Assossiation) órgão americano que regula remédios e alimentos. Apesar de extensa, vale a leitura, para ajudar a compreender quanto ingerimos de porcaria no dia-a-dia. Gostosas, sem dúvida, isso ninguém nega. Mas a longo prazo, essas guloseimas cobram seu preço sobre a nossa saúde.

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Excesso de gordura, sal e açúcar são ameaças reais à saúde

No início do século 20, nossa maior preocupação em relação aos alimentos era com a contaminação e com as medidas sanitárias para garantir que eles não veiculassem doenças. Os Estados Unidos adotaram medidas sanitárias para garantir alimentos não contaminados, como a inspeção das carnes já em 1906. No Brasil, as primeiras resoluções sobre o assunto datam de 1929. Uma ênfase maior foi dada ao problema através de um decreto presidencial de 1952.

Atualmente, o maior risco alimentar, na maior parte do mundo, não são os micróbios, mas os excessos alimentares sob a forma de calorias, açúcares, sal e gorduras. Somos mais de 1,6 milhões de pessoas com sobrepeso em todo o mundo de acordo com o Dr. Barry Popkin, professor de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Carolina do Norte nos Estados Unidos.

De acordo com Popkin, esse número assustador já ultrapassou os 800 milhões de desnutridos espalhados pelo mundo, fazendo da obesidade uma pandemia, responsável direta ou indiretamente pela maior taxa de mortalidade imposta por qualquer fator de risco existente. Nos Estados Unidos, um terço da população adulta é obesa. No Brasil, de acordo com a última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE 2002-2003, num universo de 95,5 milhões de pessoas acima de 20 anos há 3,8 milhões de pessoas (4,0%) com déficit de peso e 38,8 milhões (40,6%) com excesso de peso, das quais 10,5 milhões são consideradas obesas.

Industrializados mais saudáveis – Um exemplo recente dos nossos equívocos na industrialização dos alimentos foi a produção da gordura hidrogenada para substituir a gordura saturada da manteiga. “Passamos a comercializar margarinas duras, ricas em gordura hidrogenada, que, grama por grama, causa um risco cardiovascular muito maior do que a gordura saturada da manteiga, uma vez que, além de aumentar o mau colesterol (LDL colesterol), a gordura hidrogenada ou trans ainda reduz o colesterol protetor (HDL colesterol), sendo duplamente prejudicial à saúde”, diz a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva.

Atualmente, são muitas as leis que obrigam a indústria de alimentos a declarar a quantidade de gordura hidrogenada de seus produtos em seus rótulos, como é o caso do Brasil. Exemplos muito bem sucedidos, como é o caso de Nova York, que conseguiu praticamente abolir a gordura trans de seus alimentos industrializados, inclusive nos alimentos servidos em bares, lanchonetes e restaurantes. O fato mereceu destaque numa das mais importantes revistas médicas dos Estados Unidos. O artigo, publicado em julho de 2009, não é um ensaio clínico, pesquisa ou revisão de literatura. Trata-se de cinco páginas com a descrição da metodologia usada por Nova York para conseguir mudar o perfil dos cardápios da cidade. A ação atingiu todos os estabelecimentos licenciados para comercializar alimentos, incluindo restaurantes, lanchonetes, cantinas escolares, cafeterias, empresas fornecedoras de alimentos e comércio ambulante.

“O fato inédito envolveu várias estratégias adotadas pelo órgão equivalente a uma secretaria municipal de Saúde e culminou na redução, a níveis muito baixos, do consumo de gordura hidrogenada pelos restaurantes da cidade de Nova York. Esse processo só foi possível graças a uma emenda ao Código de Saúde da Cidade, pois as várias tentativas anteriores, feitas através de campanhas educacionais, não obtiveram sucesso”, conta a médica.

O amargo sabor do açúcar – Sempre nos perguntamos o porquê da esmagadora preferência das pessoas por alimentos doces. A indústria de alimentos percebeu isso bem e milhares de alimentos nos supermercados são adoçados. “Muitas vezes, nos perguntamos se esse excesso de alimentos doces induziria a um quadro de grande necessidade deles e compulsão por doces, tão freqüente nas sociedades modernas. Enquanto ainda não temos respostas definitivas para tais questões, procuramos entender a predileção da maioria das pessoas pelos doces. Sabemos, por exemplo, que se provermos uma gestante com grande quantidade de doces, seu bebê será mais predisposto a gostar das guloseimas do açúcar”, conta Ellen Paiva.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o açúcar de adição não ultrapasse 10% das calorias de uma refeição. Apesar disso, nos Estados Unidos, as crianças consomem o dobro dessa recomendação. Os refrigerantes são os maiores contribuintes individuais dessa ingestão. “O açúcar, incorporado na maioria dos alimentos industrializados, leva a um consumo expressivamente alto desse ingrediente, causando um aumento das calorias das dietas com um poder de saciedade muito pequeno. O resultado dessa equação é sempre muito amargo e um dos responsáveis pela epidemia de obesidade e diabetes em todo o mundo, principalmente entre crianças e adolescentes”, diz a diretora do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional).

O desafio de reduzir o sal – Esse desafio é ainda maior, mas também muito importante. Alimentos muito salgados “tomam conta do nosso paladar”, induzindo-nos a preferir comidas mais temperadas e a recusar aquelas de sabor mais natural. “Comer muito sal é um hábito e um vício que se traduz pela sensação de que qualquer comida, com menor  teor desse ingrediente, pareça sem graça e sem sabor”, diz a endocrinologista.

Os americanos consomem quase duas vezes a recomendação máxima diária de 2300mg de sódio. Estima-se que a redução de 1300mg por dia na ingestão de sódio salvaria cerca de 150 mil vidas. Tal redução seria mais eficaz do que tratar todas as pessoas com hipertensão arterial, utilizando medicamentos específicos para isso. Os alimentos processados e aqueles consumidos em restaurantes respondem por 77% do sal ingerido, tornando muito difícil a redução deste ingrediente.

O reconhecimento da necessidade de redução do consumo de sal é bem antiga. Em 1981, o FDA já havia declarado sua intenção de reduzir o sal dos alimentos processados, mas até o momento pouca coisa mudou, além da obrigatoriedade da descrição da quantidade de sódio nos rótulos dos alimentos, medida também adotada pela ANVISA, no Brasil. E quanto ao consumo, nos últimos 30 anos, a ingestão de sódio aumentou 69% entre as mulheres e 48% entre os homens nos Estados Unidos.

“As necessidades diárias de sal estão relacionadas às necessidades de sódio. Elas são facilmente alcançadas sem a adição de sal no preparo dos alimentos, pois uma dieta normal já contempla os 500mg de sódio necessários ao organismo. Não quero dizer, no entanto, que devamos comer sem sal. Sabemos do maravilhoso sabor que ele incorpora aos alimentos… Mas é preciso tomar cuidado com os excessos”, diz a nutróloga Ellen Paiva.

O brasileiro também tem exagerado na ingestão de sal. De acordo com o Ministério da Saúde, em seu Guia Alimentar de 2006, estamos ingerindo cerca de 30 gramas de sal por dia (12gramas de sódio), quando deveríamos ingerir no máximo 12 gramas (5 gramas de sódio).

Praticamente, todos os alimentos industrializados contêm sódio. Do pão integral ao refrigerante… Até mesmo os sucos artificiais em pó contêm sal. “Mas os campeões são os embutidos (presunto, salame, mortadela, salsicha) e defumados, os caldos concentrados e temperos prontos, as sopas instantâneas, os salgadinhos industrializados em pacotes, os queijos amarelos, os pratos prontos congelados e as conservas”, diz a médica.

Quem come fora de casa regularmente tem mais dificuldade para controlar o consumo de sal, mas sempre é possível fazê-lo. A melhor estratégia para conseguir isso ainda é evitar o saleiro, uma vez que os alimentos já são normalmente preparados com mais sal e as saladas podem ser consumidas utilizando apenas o azeite, fazendo com isso cair a média de ingestão de sal na refeição. “Embora todos se beneficiem com a redução do sal, pessoas com hipertensão arterial, doenças cardíacas e hepáticas que causam retenção de líquidos e insuficiência renal devem reduzir o sal como parte fundamental do seu tratamento, pois o excesso de sal causa maior retenção de água, o que pode agravar essas condições clínicas”, conta Ellen Paiva.

Políticas públicas equivocadas – Diante de um problema de tamanha proporção, a indústria de alimentos e os governos devem desenvolver ações em conjunto no sentido de produzir alimentos mais saudáveis e de menor custo. As agências reguladoras de alimentos devem se empenhar  em exigir rotulações exatas e de linguagem acessível ao público leigo. “E finalmente, os governos devem sobretaxar alimentos mais calóricos e subsidiar alimentos mais saudáveis, tornando vantajosa a compra desses, não somente do ponto de vista nutricional, mas também econômico. Todo e qualquer aumento excessivo no teor de açúcar e gordura dos alimentos deveria ser tributado e não o contrário, como ocorre na indústria de alimentos. Hoje, um litro de leite desnatado é muito mais caro do que um litro de leite integral. Chega ser ínfimo o preço de um pacote de bolachas recheadas em relação ao preço do pão integral”, sugere a endocrinologista.

De acordo com o Dr. Barry Popkin, da mesma forma que os governos têm programas de prevenção de saúde extremamente bem sucedidos, como os de uso dos cintos de segurança e de combate ao tabaco, eles também devem olhar com a mesma preocupação para o avanço da obesidade no mundo e lançar programas relacionados à prevenção da mesma. Essa política de prevenção parece ser a única forma eficaz e economicamente viável contra o avanço da obesidade no mundo, uma vez que o tratamento das comorbidades desta doença impõe intoleráveis gastos aos países em desenvolvimento.

“Enquanto nosso arsenal terapêutico tem se mostrado frágil, muitas vezes, deletério, precisamos contar com povos esclarecidos e motivados, uma indústria de alimentos engajada no mesmo esforço e governos responsáveis e interessados em declarar guerra contra a doença que vem desafiando pesquisadores e governantes”, defende Ellen Paiva.

Para saber mais sobre alimentação saudável, visite o site do Citen: www.citen.com.br
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