Relacionamento ou parceria? O que você está vivendo?

relacionamento Ter um relacionamento não é o mesmo que ter uma parceria. São duas coisas bem diferentes. Você até pode ter um relacionamento e uma parceria simultaneamente, mas tem muita gente aí ostentando relacionamento sem viver uma parceria de fato. Há quem prefira estar com alguém para dar uma resposta à sociedade, para dizer por aí que está comprometido, sem se preocupar com o que aquela relação representa em sua vida, se existe uma troca, se está feliz. Há quem aceite ficar com alguém só para não ficar só, porque não aprendeu a amar a própria companhia, porque não aprendeu que a pior solidão é estar com alguém de corpo, mas não estar de alma.

Sobre a solteirice

Existe toda uma teoria a respeito da solteirice. A sociedade julga, as pessoas julgam? É como se estar solteiro fosse um carimbo de qualquer coisa muito ruim. Ou ninguém te quer, ou você deve ser muito difícil de lidar, vira um coitado ou coitada. Mas ninguém pensa que você pode estar solteiro por opção, simplesmente porque não encontrou alguém que mereça você. Não encontrou alguém com quem valha a pena dividir uma vida e criar uma parceria.

Isso quando você mesmo não é seu próprio inquisidor. Porque, sim, são muitas as pessoas que acham que precisam ter alguém de qualquer jeito, que querem ter alguém, não importa que alguém seja esse. Acabam se submetendo a relações nocivas (já falamos sobre relações nocivas aqui), aceitando conviver diariamente com a dor, o sofrimento e a infelicidade só para não ficarem solteiros. Vendendo para a sociedade a imagem de uma relação saudável, quando por dentro você está adoecendo. estampando risos falsos, contando aos amigos e familiares versões de histórias a dois que na realidade você não vive. Triste isso.

Melhor liberdade

A melhor liberdade que você pode cultivar é a liberdade emocional! Não depender de ninguém para ser feliz, não entregar a responsabilidade por sua felicidade a outras mãos. Entender que você é um ser completo e não uma metade atrás de outra metade. Que você está em busca de outro ser completo, para que as suas completudes conjuguem juntas os verbos amar, somar, compartilhar, compreender, respeitar, valorizar, ceder e tantos outros verbos tão importantes na vida a dois.

Não é qualquer relacionamento que te cabe, que é seu número. Aceite isso que dói menos. E se não te cabe, doe! Se liberte, se dê a oportunidade de reorganizar sua casa interior para receber um novo integrante. Se permita ter a possibilidade de conhecer outro alguém, de tentar de novo. De tentar quantas vezes forem necessárias até que encontre uma pessoa que caiba direitinho na sua vida, na sua rotina, no seu jeito de viver e de ver o mundo. Não aceite menos do que isso. Não aceite uma relação sem parceria. Não vista o que não cabe em você. Você não merece.

Relacionamento ou parceria?

Ninguém nasceu pra ser infeliz. E permitir que sua infelicidade seja causada por alguma coisa sobre a qual você tem o poder de escolha e decisão é burrice. E a gente sempre sabe se aquela relação está nos fazendo bem ou mal! No fundinho da alma e do coração, a gente consegue fazer uma avaliação mais realista sobre a relação que estamos construindo a dois. E mais do que ninguém, a gente é quem mais sabe se está feliz ou infeliz dentro daquele relacionamento.

Relacionamento qualquer casal tem. Mas parceria, meus queridos, aí  já é outra história. Porque a parceria pressupõe doação, cessão, dá trabalho. Porque um parceiro pensa em sua felicidade também, não apenas na dele. Um parceiro valoriza as suas necessidades, não apenas as dele. Relação parceira é aquela em que o diálogo prevalece pelo bem da relação. Ela acontece quando vocês têm o entendimento de que se relacionar não é fácil e exige dedicação. Parceria precisa de entrega. Se você tem um parceiro, ele entende suas limitações, entende sua TPM, se esforça para abafar seus medos, para evitar novas dores.

relacionamento Um relacionamento com parceria não é perfeito. Nenhum relacionamento vai ser. Mas quando existe parceria, quando existe amor, vocês se esforçam para fazer a relação dar certo diariamente. Você aprende a conviver com os defeitos (porque as qualidades são ainda maiores), você aprende a lidar com as falhas (porque os acertos são mais frequentes e constantes), você aprende a lidar com o outro (porque o outro te faz bem, te faz feliz), vocês amadurecem juntos, crescem juntos, lutam juntos em prol da relação.

Avalie. Ainda dá tempo

Se você hoje tem um relacionamento, avalie. Pare nesse exato momento e se pergunte se você tem ao seu lado um parceiro. Se a resposta for sim, abra um sorriso e agradeça. Se a resposta for não, não precisa abaixar a cabeça. Sorria também, por ter identificado isso nesse momento e por ter aberto uma janelinha em sua vida para dar uma velha e gostosa escapada. Se você não tem um parceiro e acabou de descobrir isso, respire fundo, assuma o controle de sua vida, se liberte e vá ser feliz. Nunca é tarde para recomeçar, especialmente se sua felicidade está em jogo. Não se conforme com um relacionamento. Não se acomode. Se não for parceiro, não vale a pena se relacionar.

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Relações nocivas: liberte-se do que não te faz bem

Todo mundo deve concordar que precisamos nos afastar das pessoas que não nos fazem bem. Acho que é unânime. Numa conversa informal, tenho quase que absoluta certeza de que as pessoas se posicionariam nesse sentido. Engraçado que na teoria é mais fácil, né? Falar sobre isso, aconselhar alguém, julgar, tudo é muito mais simples do que viver a situação em si e tentar pensar de forma “fria” sobre ela. Aliás, às vezes, o difícil mesmo é simplesmente se afastar de fato da pessoa que não nos faz bem. Eu diria que algumas relações nocivas exercem um poder sobre as pessoas tão grande, que sair delas é como escalar um abismo.

relações nocivas Existem algumas relações nocivas das quais sequer conseguimos nos libertar. E podemos exemplificar com uma relação profissional. Nesses casos é complicado chutar o pau da barraca. Nesses casos, somos obrigados a conviver e até a manter uma aproximação que sequer gostaríamos que existisse. Certa vez, li um texto falando dessas relações que nos fazem mal, e o autor orientava a, toda vez que aquela pessoa chegasse perto da gente, que a gente concentrasse todas as nossas energias em pensamentos positivos, em coisas boas, para barrar a energia negativa que estava vindo do outro lado. Tenho adotado isso e funciona bem!

relações nocivasO problema maior é quando nós podemos nos afastar daquela pessoa que nos faz mal, mas não conseguimos. Parece loucura, mas isso é vida real. Sim, nem sempre conseguimos nos livrar de relações nocivas, e sabe-se lá por que cargas d´água. Não consigo visualizar uma razão única que consiga explicar a dificuldade de se livrar destas relações. Claro, é óbvio que ninguém entra em um relacionamento para ser infeliz. Mas ficar preso a algo que nos faz mal pode sinalizar uma série de questões, que vão desde a baixa autoestima, até a insegurança, passando pela dependência emocional, pelo medo, pela falta de amor próprio. Isso só para exemplificar.

Fato é que no fundo, no fundo, as pessoas conseguem reconhecer uma relação que não é saudável. Elas não conseguem é se libertar. E o que fazer? Pois é. Se você não consegue resolver essa questão sozinha, pode pedir ajuda profissional. Ir a um psicólogo é uma opção. Dar início a uma terapia, tentar entender o que acontece com você e a razão de não conseguir sair de uma relação que não está te fazendo bem. Eu já fiz terapia, por cerca de um ano, e foi maravilhoso.Me ajudou muito a evoluir e compreender algumas situações por que passei, a forma que agi, enfim.

O que eu não gosto em relação à terapia é quando ela cria uma dependência, sabem? Quando a pessoa acaba se tornando dependente da terapia e não mais consegue solucionar seus dilemas pessoais sem ajuda, mesmo os mais simples. Acho que em algum momento a gente precisa encontrar nosso caminho e seguir. Voltar a enfrentar os problemas com a cara e a coragem. E só retomar uma terapia, se por acaso surgir uma nova situação que não conseguimos resolver sem ajuda.

relações nocivasClaro que nesse post eu não me refiro a relações baseadas em agressões e violência física. Nesses casos, o buraco é bem mais embaixo. Estou me referindo apenas às relações que não nos fazem bem, que nos fazem sofrer, que nos causam infelicidade, dor e tristeza, apesar de também ter lá seus momentos de felicidade e alegrias.

E, sim, relações assim existem e não são raras. Para quem nunca viveu algo do gênero chega a ser difícil conseguir compreender. Mas relações nocivas existem em abundância e podem minar a autoestima, destruir a vida de alguém. E se você conhece alguém que esteja passando por isso, que tal dar aquela forcinha, incentivando a pessoa a buscar ajuda e se libertar?

Comportamentos que indicam relações nocivas

Acenda o alerta se algum desses fatos estão acontecendo com você, você pode estar sendo vítima de uma relação nociva. Lembrando que são só alguns exemplos do que pode acontecer.

1.Ele faz comentários ofensivos em público, conta a familiares e amigos situações que te deixam constrangida, cria apelidos humilhantes ou que te causam desconforto.

2.Vive comparando você aos relacionamentos anteriores dele, sempre te colocando numa situação de inferioridade, criticando seus comportamentos e criando padrões que são impossíveis de ser alcançados.

3.Justifica tudo o que faz contigo em relacionamentos ou fatos vividos no passado. Não consegue dissociar o que viveu do que está vivendo e te faz de alvo para suas histerias, estresses e gritos.

4.Você vive tensa, angustiada, tem poucos momentos de felicidade ao lado dele.

5.Ele te xinga e te ofende. Além disso, te faz críticas desmedidas, tentando te diminuir ou te rebaixar.

6.Acumula os motivos das discussões e sempre traz tudo à tona em cada nova briguinha.

7.A energia dele é pesada e negativa. Quando ele se aproxima, você tem uma sensação ruim ou fica de alguma forma incomodada.

8.Você não consegue ser você mesma na relação e precisa ficar pensando o tempo inteiro como deveria agir para ele não se chatear.

9.A relação é baseada em crises exacerbadas de ciúmes e cobranças exageradas.

10.Você não está mais feliz dentro da relação.

Liberte-se e seja feliz

liberdadeEstamos nesse mundo pra ser feliz. E se não for pra fazer a gente feliz, não vale a pena permanecer em uma relação. Aprenda a se amar, a amar sua companhia, a se livrar de dependências emocionais. Você não precisa estar envolvida em uma relação apenas para dar uma resposta à sociedade sobre seu estado civil.

Aliás, você não precisa estar com alguém. Só esteja com alguém se for pra sorrir, se for pra ter prazer, pra dividir momentos alegres, pra criar uma parceria. Permaneça com alguém apenas se esse alguém consegue te transformar numa pessoa melhor, se consegue arrancar um riso fácil do seu rosto, se faz seu coração pulsar mais forte. Se for pra chorar pelos cantos e viver dias de angústia e dor, liberte-se. Se dê a chance de voltar a ser feliz de novo. A responsabilidade pela sua felicidade é só sua, retome ela pra você e vá ser feliz. Você merece!

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Noivas de sapatos coloridos

A noiva entra na igreja com o clássico vestido branco, de véu, grinalda e lindos sapatos COLORIDOS! Pois é, meninas, pelo e-mail que recebi da assessoria de comunicação da estilista Marli Peres, proprietária do Atelier Marly Noivas & Noivos, esta deve ser a tendência em muito pouco tempo.

Algumas noivas já têm buscado informações sobre como usar cores nos pés sem parecer exagero. Confesso que ainda não consegui imaginar uma noiva de sapatos azuis, por exemplo. Porém, só vendo ao vivo e a cores, para conseguir analisar. Vocês já foram a um casamento em que a noiva optou por abusar de cores nos pés? Aprovam a ideia?

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Breve digressão sobre casamento-relâmpago

Nas últimas conversas que tive sobre relacionamento surgiu o assunto do casamento precipitado, e por isso decidi abrir espaço para o assunto aqui. Ultimamente vivenciamos uma era em que todo mundo que inicia uma relação a dois acaba “casando” rapidamente. Não falo aqui do matrimônio no sentido literal da palavra, de uma união legal civil ou de uma união estável. Falo de casamento no sentido de um convívio intenso em que dormir junto e dividir as escovas deixa de ser uma exceção e vira regra. Seja na casa dele, na casa dela ou num motel qualquer.

Por um tempo fiquei analisando essa situação. As pessoas deixaram de namorar, de se encontrar de vez em quando, de ter saudade, sentir falta. Porque hoje, dormir junto quase todo dia é normal. As relações atuais começam em um casamento. Talvez por isso acabem se desgastando muito velozmente também. Não dá tempo de conhecer o outro. Vamos conhecer o outro dentro do contexto de um quase casamento. A possibilidade de a relação ser estragada ainda no início é grande. Porque nem temos tempo de nos adaptar aos defeitos e manias, antes de encarar a responsabilidade do compromisso.

Era o que pensava, quando uma outra teoria começou a nascer em minha mente. Isso por causa de uma experiência pessoal que me fez reavaliar tudo isso. Não temos mais tempo. Andamos tão cheios de deveres e obrigações que não nos resta tempo para namorar. Digo isso depois de viver uma experiência assim. Entrei numa rotina em que o dia começava às 6h, quando acordava, e se encerrava a partir das 23h, ao chegar em casa. No meio do caminho, estudos, trabalho, academia e obrigações diárias. Simplesmente não tinha tempo para me relacionar. Não tinha tempo para namorar.

Passei a namorar por mensagens de celular. Eu não podia ir ao cinema por falta de tempo, não dava para jantar fora, porque sempre estava tarde. O dia a dia era tão cansativo que não tinha ânimo para fazer farrinhas. Percebi que, por isso talvez, as pessoas “casem” tão rápido. É a hora que têm de ver um o outro. Depois de tudo, à noite, na madrugada, é o horário livre para “namorar”. E a relação ganha uma seriedade, um peso muito grande antes da hora. Por não querer entrar nesta rotina, perdi o namorado. Fui acusada de negligência e falta de interesse.

Entendi os questionamentos dele. E entendi também que se não fosse para encarar uma relação-casamento, não ficaria com ninguém. Alguns dirão, e nos finais de semana? Pois é, eu trabalhava nos finais de semana e também nos feriados. E as folgas tão aguardadas eram período de descanso necessário, afinal no dia seguinte a correria seria reiniciada. Alguns dirão que faltou sentimento, e eu respondo que não. Outros pensarão que foi egoísmo. Cada um julga como quer uma situação assim. Eu confesso que priorizei a mim. E confesso que passei a pensar nos casamentos-relâmpagos como uma “exigência” da sociedade moderna.

Continuarei pensando, tentando encontrar a minha fórmula. E aguardando a opinião de vocês para amadurecer as ideias.

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Kate & William: Um conto de fadas moderno

*Texto da jornalista Giovanna Castro

Uma semana após o anúncio do noivado do príncipe William com a bela plebéia Kate Middleton, a Família Real inglesa anuncia que o casório acontecerá no dia 29 de abril de 2011. A festa, como todas as festas da realeza, já está revestida por camadas e mais camadas de expectativa e, desde o vestido – que já se especula seja feito pela estilista brasileira Daniela Issa, tudo porque o wrapping dress azul cobalto do anúncio do compromisso foi dela; até o anel com uma generosa safira azul rodeada de diamantes, que pertenceu à Lady Di; até o palco da cerimônia, a Catedral de Westminster – onde os reis e rainhas ingleses sempre são coroados – tudo contribui para reeditar o conto de fadas que quase parou o mundo em 1981, quando Charles e Diana se casaram. Só que, nestes tempos de novas tecnologias da comunicação, as coisas vão acontecer em escala mega-planetária. Um doce para quem adivinhar o trending topic do Twitter no dia da boda…

O casamento do pai e da mãe de William foi visto pela televisão por cerca de 28,4 milhões de pessoas, em tempos em que a internet não era o que é hoje, não havia celular e o Twitter não era nem mesmo um sonho dos mais dourados de quem quer que fosse. Agora, a expectativa é que o casório de Kate e William atraia cinco vezes mais público do que a boda de 29 anos atrás. Mas eu desconfio que o fator multiplicador seja maior ainda, tendo em vista que a cultura do entretenimento também mudou muito e a vida das celebridades, reais ou plebéias, virou alvo de curiosidade em proporções jamais vistas.

Getty Images
Kate Middleton e o príncipe William formam o estereótipo do casal perfeito: lindos, ricos, bem-sucedidos, cheios de amigos, descontraídos e apaixonados

Hoje em dia, quase todo mundo quer saber da vida dos outros, principalmente se os outros são lindos, jovens, milionários, cultos, até onde se sabe apaixonados há oito anos, e o noivo é um príncipe – segundo na linha sucessória do trono inglês – e a noiva, uma quase cinderela. E é aí que reside o mote do meu post: a Cinderela. O mito da Kate-Cinderela moderna que estudou nas melhores escolas – o casal se conheceu na faculdade – tem fama de ser independente, de personalidade forte e habilidosa com a imprensa.

Aparentemente, Kate é uma mulher moderna, mas vai entrar numa roda viva de tradicionalismo, formalidades e ritos que capturou e quase engolfou Lady Di, que se safou por ser simpática, habilidosa e mesmo ardilosa, até por que, diz-se que a meiga Lady Di, usava e abusava da imprensa para atingir seus propósitos. Então, ela dava à imprensa infindáveis libras de lucros materializadas em fotos em páginas de tablóides e revistas, e conseguia dar visibilidade ao que achava importante como suas ações sociais que ganhavam repercussão com o mesmo peso e impacto.

No começo, Di era uma mocinha ingênua que não sabia que estava entrando num ninho de cobras e nem que seu marido sonhava em ser o Tampax da mulher com quem se casaria depois da morte trágica da primeira esposa. Reinventou-se inteligentemente e entrou para a história como mito, como a Princesa do Povo e como a mulher responsável por obrigar a Rainha Elizabeth II a se pronunciar respeitosamente em relação à morte da ex-nora, quebrando o orgulho da realeza que nunca entendeu o carisma da English Rose. Mais detalhes sobre isso, você pode encontrar no filme A Rainha, estrelado pela atriz Helen Mirren e dirigido por Stephen Frears (veja aqui o trailler).

Foto retirada do link: http://tribes.tribe.net/performingartistsboutique/photos/862e5f0e-0e8d-4a0e-90dd-b263ac3b3e31
A Princesa do Povo, ou English Rose, Lady Di, começou tímida mas, aos poucos, desenvolveu habilidade de lidar com a resistência da Família Real e a curiosidade da imprensa mundial

Eu não acompanho exatamente a trajetória de Kate Middleton, mas pelo que andei vendo e lendo nesses dias de emotividade internacional devido ao casamento, ela já caiu nas graças da Família Real e também da mídia, o que é um trunfo, em se tratando da sanha por notícias dos tablóides sensacionalistas ingleses. A moça não parece ter ficado exatamente em casa esperando a chegada do príncipe com o sapatinho de cristal perdido depois que sua carruagem virou abóbora. Kate é filha de um empresário, ex-piloto de avião e de uma aeromoça.

Educada nas melhores escolas, fez o curso superior na Universidade de St. Andrews, a mesma de William. Por algum tempo, os dois dividiram o mesmo apartamento com mais três amigos, terminaram a faculdade e se separaram por um tempo em 2007. Correu à boca pequena que ela estava insatisfeita com alguns sassaricos do agora noivo. Voltaram a ficar juntos e o destino agora é o altar.

Foto retirada do link: http://sdealice.blogspot.com/2010/11/finalmente-william-e-kate.html
Conto de fadas, moderno ou não, que se preze, tem que ter um anel de responsa e o de Kate é assim: ouro branco, safira e diamantes, com o peso simbólico de ter sido o mesmo anel de noivado dado por Charles a Diana há quase 30 anos

Agora, me pergunto, o que motiva tanta fascinação pelo conto de fadas de Kate e William? O que poderá atrair mais de 100 milhões de pessoas para a frente da TV, do monitor do computador, do celular? Acredito que seja porque ainda é muito forte o mito do príncipe encantado que chega a bordo de um cavalo branco vindo de um mundo perfeito e muito distante para resgatar sua amada e levá-la para viverem juntos para sempre no paraíso do amor infinito. Ufa!

Pois é, por mais que as mulheres tenham se inserido no mercado de trabalho, ocupando espaço no mundo com voz ativa, a maioria delas ainda guarda lá dentro de si aquele sonho de viver uma história de amor perfeita que vai terminar no altar numa festa magnífica e com promessa de felicidade sem fim. Acredito que muitos homens também alimentem este sonho de levar sua princesa encantada pelo corredor da igreja e fazer dela o único, inatingível e imaculado objeto de desejo. Não vamos falar aqui na tão propalada alergia masculina aos casamentos, até porque sobre isso há controvérsias…

Foto retirada do link: http://sdealice.blogspot.com/2010/11/finalmente-william-e-kate.html
Logo após o anúncio do noivado de Kate e William, que se casam em abril de 2011, já foram lançadas peças de porcelana com a imagem dos noivos. Quem comprar, vai ter um conjunto que pode virar relíquia de família

Fato é que a festa de casamento, qualquer que seja, já provoca encantamento na maioria das pessoas – e eu sou uma delas – com seus detalhes dos mais singelos aos mais sofisticados, o vestido da noiva, o bolo da festa enfeitado com o casalzinho de biscuit no topo, flores, bem-casados, os convites, as madrinhas, daminhas de honra, pagens, doces e tudo mais… Imagina o casamento de um príncipe e uma futura princesa, que deve custar os olhos da cara e dinheiro é o que não falta para eles.

Mas como conto de fada não existe e nada é totalmente um mar de rosas, já começaram a surgir informações negativas dando conta de que a festança vai causar um impacto negativo na economia britânica. Isto porque o evento, sim, porque é um evento, deve durar 11 dias. Como o enlace vai acontecer em uma sexta-feira, deve gerar um feriado prolongado já que a segunda-feira logo depois é feriado por lá. E detalhe, o final de semana anterior é da Páscoa, o que pode fazer os britânicos ficarem um tempão sem trabalhar. Mal posso esperar para acompanhar mais este super acontecimento midiático dos nossos pós-modernosos tempos!

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Vivire reúne simpatias para encontrar um amor

Sabe aquela receita infalível para atrair um amor, reatar namoro, arrumar ou conservar marido? Pois é, os céticos não levam muita fé, mas quem faz uso, costuma garantir o sucesso da empreitada. De qualquer forma, acreditando ou não nas superstições, vale a diversão da troca de “dicas milagrosas”.

Pois para incentivar a brincadeira, ainda mais que estamos pertinho do Dia dos Namorados, a marca Vivire, especializada em moda balneário, lançou uma campanha no seu blog, batizado com o sugestivo nome de Quero Muito (acesse em: www.vivire.com.br/blog).

O blog da Vivire, traz diversas novidades sobre moda, cultura, lazer e ações sociais

Para participar, as leitoras do Conversa de Menina que tenham uma boa dica de simpatia para espantar a solidão, devem entrar no blog da Vivire e deixar a sua sugestão para a Promoção Quero Muito Uma Simpatia de Amor. Vale receita para arrumar namorado ou levar o rapaz ao altar sem vacilo. A simpatia mais divertida e criativa (receita do bem tá pessoal, nada de botar Santo Antonio de ponta-cabeça, por exemplo), vai ganhar um kit da marca, com uma bolsa para notebook e um voucher com desconto em produtos da grife.

Aah, e não esqueçam de indicar o blog onde vocês leram a respeito da campanha. A ideia é estreitar laços na blogosfera, criando uma rede de pessoas antenadas com a moda. Mas atenção moças, para a sua participação valer, tem de deixar a dica no blog da Vivire. Comentários deixados aqui neste post não valem.

E para inspirar as casadoiras, relembrem aqui um post que escrevi ano passado, com a história de Santo Antonio, o padroeiro dos enamorados.

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Como é que o amor chega ao fim?

Quantas vezes você repetiu um “eu te amo” na vida? E a quantas pessoas já falou isso? Aliás, em quantas oportunidades você achou que havia encontrado o(a) parceiro(a) ideal e chegou a ter certeza de que, daquela vez, seria para sempre? A vida é engraçada, não é? Hoje, remexendo na papelada do guarda-roupa, encontrei uma pastinha surrada em que guardei uma série de cartões que recebi em dois relacionamentos longos que mantive. Não resisti e abri, como uma criança pequena ansiosa por descobrir alguma coisa. No meu caso, relembrar o passado.

Li os cartões e pensei: “nossa, eu fui muito amada”. No mesmo momento, lembrei dos cartões que escrevi, das surpresinhas que já fiz, das juras de amor, da vez em que achei que seria eterno. Fiquei algumas horas distraída, relembrando, analisando… Eu tambem já amei demais. E como é que um amor daquele tamanho pode acabar? Escorrer como água pelos dedos e desaparecer? Aí você passa a conviver com a pessoa com quem você dividiu a mesma cama por tanto tempo como se nada tivesse acontecido, como se uma borrachinha mágica tivesse apagado tudo.

O que leva as relações ao fim? Que pergunta difícil. Hoje, eu diria que a impaciência e a intolerância são algumas das causas. As pessoas perderam a paciência de se conhecer, de dar um tempo até se adaptarem uma à outra. Transformam as relações em casamento em questão de segundos e vão começar a conhecer os defeitos do outro já envolvidas numa rotina um tanto difícil que é a de dividir o mesmo teto. Não eu nunca casei. Mas posso afirmar, sem qualquer receio, que vivi uma relação que podia ser perfeitamente entendida como um casamento.

O que me motivou a escrever isso foram os textos nos cartões. Declarações lindas de amor, sentimentos intensos traduzidos em palavras. Nossa… Eu não revivia estas coisas há muito tempo. Há muito tempo que aqueles cartões deveriam estar ali, empoeirando meu passado, agora enclausurado em uma pasta plástica envelhecida… Hoje, um pouquinho mais madura, com um pouquinho mais de experiência, percebo que compreensão é fundamental. E mais fundamental ainda é a aceitação e a disposição a conhecer o outro e a entender que esse outro não mudará para te agradar.

Lembro que, quando chegou ao fim a minha relação, fiquei imaginando como seria ter de encontrar outra pessoa, me adaptar a outro estilo, me acostumar a outras manias. Achava que não conseguiria. Não me lembrei que já havia passado por tudo isso antes. Simplesmente parecia que aquele era o primeiro amor da minha vida, o primeiro com quem pensei em dividir uma vida inteira. É que foram tantos anos de relação, que eu já sabia na ponta da língua tudo o que significava cada uma das caras dele, cada um dos gestos… Eu imaginava como seria chegar a este estágio com outra pessoa.

Hoje, eu dediquei várias horas às memórias. Depois de reler, olhei algumas fotos, me lembrei de coisas engraçadas, de como nos dávamos bem. E mais uma vez me perguntei como é que as relações acabam e ficam esquecidas no passado. Pois é. Vou continuar sem saber. Tenho minhas teorias, algumas coloquei logo acima. Vocês devem ter as teorias de vocês. Mas como já frisei diversas vezes ao falar da vida a dois, não há fórmula mágica. Se as coisas começam e acabam, a responsabilidade é toda de cada um dos envolvidos, que não soube superar as crises.

Claro que estou falando das relações sólidas, não daquelas furtivas, efêmeras. Uma vez encontrei um amigo em comum e ao contar que a minha relação havia acabado, lembro de ele ter ficado meio atordoado e ter dito que pra ele nunca chegaria ao fim, que ele não conseguia imaginar um sem o outro de tanto tempo que estávamos juntos. Mas, sim, tinha acabado. Por que as relações acabam? Não sei, repito. Só sei que nem sempre é por falta de amor. Afinal o amor, por si só, não é capaz de sustentar uma relação. Às vezes você ainda ama, até. Mas alguma coisa pesou mais na hora de você decidir dizer adeus.

Toda vez que ouço alguém comentar sobre mais uma relação que chegou ao fim, me reservo o direito de alimentar a certeza de que cada dia é mais difícil manter um relacionamento com alguém. Hoje, portanto, venho aqui só pra dizer uma coisinha que talvez faça diferença na hora que você ler: se você acha que aquela pessoa vale à pena, que vocês formam uma dupla bacana, parceira e amiga, pensa nisso antes de tomar alguma decisão baseada em um momento difícil, em uma fase crítica, ou no meio de uma crise. Não há relações perfeitas, as discussões acontecerão sempre. Mas eu me permito dizer que há pessoas perfeitas para uma relação. E estas, queridos amigos, façam questão de segurar.

Certa vez, um amigo conversava com outro sobre a namorada dele. Ela é estressada, sempre brigavam no meio do trânsito, e ele ali, paciente.  Esse outro amigo pegou carona com o casal, e acabou presenciando mais uma discussão boba, um estresse dela, por causa de um caminho errado. Alguns dias depois, os dois trocavam ideias e ele tocou no assunto, perguntando como ele aguentava aquilo, que ele tinha ficado impaciente no fundo do carro com toda a situação, enfim. O outro respondeu que amava aquela mulher, com os defeitos que ela tinha. Porque as qualidades dela eram tão maiores, que ele tinha aprendido a lidar com a parte ruim.

Disse ele que brigar no trânsito era pouco, sim, e que, por ele, não seria assim. Mas que ele sabia que ela não ia mudar, e que ele tinha decidido aceitá-la daquele jeito, porque em milhões de outras situações mais importantes, ela se mostrava a mulher que ele sempre quis ter ao lado. Acho que é isso. Uma história real de uma relação em que as pessoas decidiram se aceitar, aprenderam a conviver com os defeitos alheios, em que um conseguiu enxergar o quão fundamental é ter o outro do lado.  Decidiram que querem ficar juntos.

Se eles vão mesmo ficar juntos, eu não sei. Não os conheço. O que sei é que esse é um passo. Um passo muito importante. No dia em que fiquei noiva (sim, eu já fui noiva), o tio do meu ex-noivo chamou a gente em um canto e nos disse: “a partir de agora vocês precisarão ser muito tolerantes um com outro se quiserem ficar juntos. A palavra agora é tolerância, porque amor vocês já têm”. Nós não soubemos ser tolerantes, mas ainda dá tempo de você aprender, se achar que vale à pena. É isso.

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Depois do filho, como fica a relação do casal?

A sugestão foi de um amigo. Escrever sobre a relação homem x mulher após o nascimento do filho. Achei a ideia ótima, um assunto interessante principalmente depois de ouvir as percepções dele sobre as mudanças que acabam acontecendo na relação do casal depois que os filhos nascem. Eu não tinha pensado nisso. Talvez porque não tenha filhos ainda, porque não tenha experienciado essa situação na prática. Mas aqui é um espaço para debates e é isso o que faremos, debater o assunto. E o mais importante vai ser a troca de experiências, a opinião de vocês.

Uma coisa não há como negar: sim, muita coisa muda depois que o casal decide ter filhos. A partir deste momento, não são apenas vocês dois. Há uma terceira pessoa que vai precisar de toda a dedicação para crescer em um ambiente saudável. E “toda a dedicação” sempre quer dizer mais do que esperamos. Em uma entrevista à Revista Cláudia, o ator Rodrigo Hilbert, que tem um casal de gêmeos com a apresentadora e modelo Fernanda Lima,  fala justamente da mudança de rotina, da logística que precisam organizar quando querem sair os dois e do esforço para manter o romantismo.

É difícil administrar a chegada de um bebê. Até porque as atenções mudam de direção. Sentimentos como a falta do desejo sexual, o ciúme, o descuido da mulher (que muitas vezes fica relapsa consigo mesmo em prol da criança) podem surgir e, inclusive, destruir a relação. Não é à toa que o assunto já virou tema de livro. “Casamento à Prova de Bebês”, por exemplo, trata da crise no casamento após a chegada dos bebês. O enredo traz a história de três mulheres que trocam confidências sobre suas próprias experiências pessoais, ressaltando as dificuldades dos primeiros dias com o bebê, a divisão de tarefas, a influência das famílias do casal, a importância que cada um dá ao sexo.

Um dos principais problemas é o aumento da tensão em casa. Um bebê muda completamente os papeis de cada um. É preciso rever, reformular, adaptar, mudar. Se formos pensar direitinho, todos são verbos que exercem uma pressão muito grande no nosso dia a dia. O trabalho aumenta, as tarefas de casa também (agora tem fraldas a lavar, uma criança a cuidar, consultas médicas rotineiras etc), os gastos crescem bastante, o tempo parece ficar cada vez mais curto… Segundo o depoimento desse amigo, aí é que está o problema: administrar tudo isso com a rotina de cada um dos dois e, em meio a tudo isso, manter a relação em evidência, se cuidar pro outro, garantir momentos a dois, manter o tesão.

Eu não me sinto apta a discutir a questão, afinal nunca vivenciei coisa parecida. Porém, achei muito válida essa iniciativa de meu amigo, em sugerir que colocasse a questão no blog para debate. Nestas situações, muito mais bacana do que dizem as teorias científicas é ouvir as experiências de cada um e ver se funcionam para você as alternativas sugeridas por alguém que também sente na pele os efeitos da chegada de um bebê à relação. A palavra é de vocês: quem já passou por isso ou já assistiu de perto à experiência de alguém, divide aí com a gente!

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Felicidade, coragem e auto-conhecimento no divã do cinema

Mercedes é muito feliz com o marido, mas sente que nem tudo está perfeito

*Texto da jornalista Giovanna Castro

Confesso logo de cara que a chancela Globo Filmes acompanhada da chancela da produtora Lereby não são exatamente referências de bom cinema para mim. É comum eu ter uma certa má vontade quando vejo essa dupla nos créditos de algum filme. Só que me surpreendi esta semana quando, na minha zapeação diária, encontrei o anúncio do filme “Divã” em um canal fechado. Na verdade, minha curiosidade foi despertada pela atriz principal, Lília Cabral, que eu gosto bastante e que, apesar de quase nunca protagonizar as novelas globais, volta e meia rouba a cena de novatas. Aquelas que, por sua fotogenia e beleza, acabam ocupando posições que nem sempre merecem. Pensei comigo mesma: “Vamos ver o que esse filme pode me oferecer…”

Pois é, “Divã”. Eu assisti a peça quando ela esteve em cartaz aqui em Salvador há alguns anos e gostei bastante porque eu me interesso muito por essa coisa de terapia, análise, psicologia. Não sou profunda entendedora, mas consigo me virar um pouco com minhas próprias inquietações. Quanto ao filme, ele conta a história de uma mulher que já chegou à casa dos 50, se considera feliz, bem casada, com filhos encaminhados, bem resolvida e que costuma repetir que “se tivesse algum problema na vida não seria por falta de felicidade”.

Mas é exatamente este o pulo do gato da peça e que foi tão bem traduzido no filme. Não estamos falando aqui de uma obra de arte, mas de um filme eficiente e despretensioso que cumpre sua proposta, importante ressaltar. A felicidade de Mercedes é uma felicidade do costume, da acomodação. A satisfação de estar com o homem (José Mayer é o marido Gustavo) que ela um dia amou e com quem construiu a vida, mas com quem não desfruta mais de momentos apaixonados e empolgantes. Mercedes, no entanto, só vai se dar conta disso quando começa a frequentar a terapia. No primeiro dia frente a frente com o analista ela revela que não sabe porque está ali sentada naquele divã. O que a levou até lá, ela vai descobrindo aos poucos.

Incomodada com o marasmo do casamento, Mercedes se lança em novas aventuras

Mercedes começa a se incomodar com as esquisitices do marido, a indiferença, a falta de atenção, o comodismo, a falta de tato, até o velho futebolzinho com cerveja em frente à TV. Ela percebe e divide com a melhor amiga que o marido a está traindo e leva isso como uma coisa natural, aparentemente, até que resolve começar uma história com um rapaz bem mais jovem, interpretado pelo gato Reinaldo Gianechinni. Mercedes se sente renovada, viva outra vez e se depara com o marasmo que é sua feliz vida de casada. Ela diz que não foi amor o que sentiu pelo moço, mas fica devastada depois que ele decide acabar com o namoro porque quer ter filhos, uma família e encontrou uma “menina jovem que está louca para ter um filho”.

Voltei então a um pensamento que me assalta quase cotidianamente, que é “o que é felicidade?”. Acredito que cada pessoa tem a sua própria definição, é lógico, mas o conceito de felicidade anda tão deturpado, que já não se sabe onde se quer chegar. Quanto mais o tempo passa, confio mais um pouco naquele ditado que diz que não existe felicidade, existem, sim, momentos felizes que a gente deve aproveitar ao máximo até que outro momento igual apareça.

A felicidade contemporânea anda muito ancorada nas posses e não nas relações pessoais que acabam se mostrando a maior riqueza que um ser humano pode ter. Um dos motivos que me levaram a frequentar a terapia foi exatamente esse, a constatação de que se relacionar com as pessoas pode ser uma fonte muito farta de momentos bons e felizes.

À medida que o filme se desenvolve, é como se Mercedes se transformasse. Mais do que repicar o cabelo – simbologia usada pelo diretor para mostrar as mudanças da personagem – ela evolui internamente e se fortalece, até se separar do marido, atitude da qual ela parece não se arrepender, mas que a faz sofrer muito.

Como muitas mulheres, Mercedes cristaliza suas mudanças internas com um novo corte de cabelo

Fiquei pensando, poxa, recomeçar a vida aos 50, sair de um casamento longo, encarar os filhos indo passar temporadas com o pai ou viajar com ele, voltar ao mercado dos relacionamentos amorosos (Mercedes volta a se apaixonar, desta vez por um garoto de 19 anos, intepretado pelo gatinho Cauã Reymond). É preciso mesmo muita coragem e vontade de viver para se expor a todas essas mudanças que são naturais ao longo da vida. Ela consegue se reerguer, sempre tentando temperar o sofrimento com um pouco de humor e seguindo em frente.

É uma forma positiva de encarar a vida e fica ainda mais tocante quando é interpretada por uma bela atriz. Me emocionei várias vezes com a atuação de Lília e me transportei para aquela situação me perguntando se se eu estivesse naquela posição, conseguiria lidar tão bem com tantas emoções e sentimentos e ainda sair forte e segura do outro lado. É uma dica minha para quem gosta de pensar na sua subjetividade, nas coisas que realmente importam na vida, o nosso desenvolvimento pessoal e auto-conhecimento. Mas vá preparado para se divertir, não para sofrer.

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Implicações legais da traição virtual

O texto publicado abaixo trata da traição virtual e suas implicações judiciais. O conceito de fidelidade conjugal na nossa sociedade ainda é muito pautado em uma cultura machista e patriarcalista, incluindo a existência de um “direito natural” do homem ser infiel e uma “obrigação moral e social” da mulher ser casta. Em outros posts aqui no blog (veja os links mais abaixo) já escrevemos sobre a origem histórica do adultério e sobre o conceito social e antropológico para infidelidade. Nossa intenção ao publicar o material – que tem como fonte a advogada Juliana Marcondes Vianna – não é fazer juízo de valor sobre o que é e o que não é traição, ou ditar regras sobre como os casais devem pautar sua vida afetiva. A intenção é esclarecer um fato de acordo com o que dizem as leis atualmente em vigência no Brasil. Para quem tem dúvidas sobre se a paquera virtual é motivo para divórcio ou não, Juliana esclarece os detalhes. Confiram:

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traicao virtual

*Infidelidade na era da internet
Traição virtual pode representar a quebra do dever de fidelidade e justificar o pedido de separação judicial

A internet, uma das principais invenções tecnológicas do século 20, contribuiu diretamente para o grande avanço nos processos de comunicação e, também, para o acesso à informação. Mas ao mesmo tempo que “diminuiu” as distâncias globais e aproximou pessoas de diversas partes do mundo, a internet facilitou, no âmbito das relações conjugais, a traição. Segundo o Art. 1566 do Código Civil Brasileiro, a troca de mensagens virtuais que revelem um envolvimento amoroso com terceiro evidencia a quebra do dever de fidelidade.

De acordo com a advogada Juliana Marcondes Vianna, associada ao Escritório Katzwinkel e Advogados Associados, a fidelidade remete à lealdade de um dos cônjuges para com o outro e o descumprimento deste dever ocorre, genericamente, de duas formas: por meio da conjunção carnal de um dos cônjuges com um terceiro (adultério) ou de atos que não revelem, a primeira vista, a existência de contato físico, mas que demonstrem a intenção de um comprometimento amoroso fora da sociedade conjugal (quase-adultério). “O simples descumprimento do dever de fidelidade, seja pelo adultério ou pelo quase-adultério, é suficiente para embasar um pedido de separação judicial litigiosa, conforme regulamenta o Art. 1572 do Código Civil”, explica.

foto imprensa
Juliana Marcondes Filho, advogada esclarece sobre infidelidade virtual

A infidelidade virtual pode ser comprovada pelas cópias de e-mails e mensagens em sites de relacionamento que estejam gravadas e disponíveis em um computador que seja de uso comum da família e que não exija senha de uso pessoal para o acesso das informações. “Se o computador é de uso pessoal de um dos cônjuges e se para acessar as mensagens se faz necessária a inserção de senha, é preciso que o outro cônjuge autorize o acesso, sob pena de estar configurado ofensa à garantia constitucional da intimidade e vida privada e a prova ser invalidada. Seguindo estas regulamentações, a apresentação desse material em Juízo é legal e válida”, completa a especialista.

Consequências da traição

Segundo a advogada Juliana Marcondes Vianna, após a comprovação da infidelidade de um dos cônjuges em um pedido de separação judicial litigiosa, os Art. 1578 e 1704 do Código Civil estabelecem que o cônjuge traidor pode perder o direito de uma o sobrenome do outro e se precisar, receberá pensão alimentícia apenas em valor indispensável para sua sobrevivência, isso se não tiver aptidão para o trabalho e nem parentes em condições de auxiliá-lo. Além disso, ela explica que as referidas consequências da traição são analisadas pelo Judiciário independentemente da aferição da culpa do cônjuge traidor pela separação. “O entendimento de grande parte dos tribunais brasileiros e da doutrina contemporânea de direito de família é no sentido de não declarar a culpa na separação. A idéia é que discutir a culpa nestes casos significa abrir espaço para um debate inócuo, desconsiderando que o rompimento da relação é resultado de uma sucessão de acontecimentos e desencontros próprios do convívio e das fragilidades pessoais de cada cônjuge”, detalha.

Apesar dos cuidados ao tratar da possível culpa, nos casos em que a infidelidade não foi apenas causa da ruptura do casamento, mas também, motivo de aniquilação da honra do cônjuge ofendido, que implique para ele em dificuldades e abalos psíquicos consideráveis, será possível a reparação pelo dano moral sofrido. “O cônjuge traidor não será declarado culpado pelo fim do casamento e nem sofrerá sanções específicas na separação por seu comportamento. No entanto, isto não quer dizer que quem sofre com a traição deva amargurá-la para sempre. Se o dano sofrido foi substancial, sua reparação, no âmbito da responsabilidade civil, pode ser avaliada”, finaliza Juliana Marcondes Vianna.

*Material encaminhado ao blog pela Lide Multimidia, empresa de comunicação.

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Outros posts sobre adultério, traição e infidelidade:

>>De onde vem a família moderna

>>Traição, infidelidade e afins

>>Histórias da infidelidade humana

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