Simpatias Juninas: não custa dar uma mão para a sorte!

Com uma ajudinha da Petrobras, que este ano patrocina o São João no Nordeste, publico abaixo algumas simpatias juninas para o Conversa de Menina entrar em clima de arrasta-pé e, claro, dar uma forcinha a quem espera encontrar a cara-metade nesta noite de fogueira e licor (para o povo do sul-sudeste, fogueira e quentão). Aprendam direitinho e se souberem mais algumas simpatias, a caixa de comentários do post é de vocês…

P.S.: Às céticas de plantão, ora deixem de ser mal-humoradas! Que se você não desencalhar, no mínimo vai rir muito do mico. De preferência, convida #azamigas.

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Mais Festas Juninas na história do blog:

>>Santos de Junho I – Antonio, “o casamenteiro”

>>Santos de junho II – Viva São João!

>>Santos de Junho III – Pedro, das viúvas e pescadores

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SOS PARA CAÇADORAS DE MARIDO JUNINAS:

1- Bananeira

Nesta noite de São João, de 23 para 24, a pessoa enfia uma faca virgem (nova) no tronco de uma bananeira. Depois disso, tem que voltar para casa sem olhar para trás. No dia seguinte, de manhã bem cedo, retira a faca que nela aparecerá o nome do(a) futuro(a) noivo(a). Se não tiver nada, paciência: não vai ter casamento.

2- Papéis mágicos

Na noite de São João, escreva em pequenos papéis o nome de vários (as) pretendentes. Enrole-os e jogue-os em uma bacia ou copo d’água. O papel que se desenrolar primeiro indicará o nome do(a) futuro(a) companheiro(a).

3- Fumaça

Você deve colocar um papel branco por cima da fogueira de São João, sem queimar. Enquanto reza uma “Salve Rainha”, gire o papel sobre o fogo. O desenho feito pela fumaça corresponde ao rosto do homem com quem você vai se casar.

4- Casar depois dos 40

Assista sete missas seguidas, uma a cada domingo, sempre às 7hs da manhã em uma igreja de Santo Antônio. Ofereça cada missa à Virgem Maria, mãe de Jesus, esposa de José. Após a última missa, acenda sete velas brancas aos pés de uma imagem de Santo Antônio e mentalize o desejo de se casar.

5- Manter a paixão acesa

Após o banho, sempre passe seu perfume preferido no corpo, formando uma cruz que vá da base do pescoço até o umbigo e abaixo do peito, da esquerda para a direita.

6- Saber se o marido será jovem ou velho

Passe um ramo de manjericão na fogueira e atire-o ao telhado. Se na manhã seguinte o manjericão ainda estiver verde, o casamento é com moço. Se murchar, é com velho.

7 – Água suja, água limpa

Separe três pratos: um sem água, outro com água limpa e outro com água suja. Quem faz a experiência aproxima-se com os olhos vendados e põe a mão sobre um deles; o prato sem água não dá casamento; o de água suja indica que o casamento será com um viúvo, e o de água limpa, com solteiro.

8 – Nome de mendigo

Ponha uma moeda de um real na fogueira. No dia seguinte, recolha a moeda e entregue ao primeiro pedinte que aparecer. O nome do pedinte é o nome do noivo.

9 – Aliança bate-bate

Passe sobre a fogueira um copo virgem contendo água. Depois amarre a aliança de uma mulher casada enrolada em um fio de cabelo. Reze uma Ave Maria. Tantas são as pancadas dadas pelo anel nas paredes do copo quanto os anos que a pessoa terá de esperar para se casar. Mas não vale balançar o fio, heim!

*As simpatias da sabedoria popular e tradição secular no Nordeste do Brasil citadas neste post foram reunidas pela assessoria de comunicação da Petrobras, como parte das ações de marketing cultural para o São João 2011.

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Artigo: Relações sadias, laços duradouros

Para começar a semana, divido com vocês o artigo abaixo, de autoria do escritor Dado Moura. O texto é muito interessante, sobre transparência nos relacionamentos. E embora o autor pertença a um movimento carismático religioso, fala de confiança, amor, compreensão, temas que transcendem os credos. Pessoalmente, busco afastar de mim todas as relações que de uma forma ou de outra deixaram de ser saudáveis. Aproveitem!

Relações sadias, laços duradouros
*Dado Moura

Em nossas experiências de convívio, encontramos pessoas com diferentes tipos de temperamento, os quais podem ser, algumas vezes, entraves para conciliar nossos objetivos, quando não sabemos lidar com essas particularidades.

Viver a harmonia em nossos relacionamentos é um desafio que nos capacita em nosso crescimento pessoal e na habilidade de equilibrar ou até mesmo de repreender nossos ímpetos em ocasiões em que nos sentimos contestados. Quer seja no trabalho, quer seja na escola ou na família, partilhamos os mesmos ambientes com pessoas de diferentes hábitos e comportamentos. À primeira vista, pode parecer impossível um convívio sadio se focarmos nossas atenções apenas nas diferenças.

Mas, para que em nossas convivências haja espaço para a paz e o crescimento dos laços da intimidade, precisamos também de empenho para nos tornarmos pessoas fáceis de lidar. A flexibilidade, a ponderação e, sobretudo, a boa educação devem permitir sempre a abertura para o diálogo, que é o começo de todo entendimento.

O relacionamento sadio acontece também quando conseguimos expressar  as nossas opiniões,  de modo claro e objetivo, sem ferir ou inferiorizar a outra pessoa. O extremismo nas atitudes e a prepotência em achar que não se comete erros podem colocar tal pessoa na posição de um ditador arrogante. Fazendo-se valer de sua decisão, essa pessoa se prende a seus argumentos, reafirmando somente os seus desejos sem, sequer, considerar as demais pessoas que a cercam.

Alcançar o bom relacionamento com as pessoas com as quais convivemos não significa nos anular completamente diante das divergências de opinião. Pessoas que se calam ou se anulam numa relação vivem a falsa tranquilidade gerada pelo medo. Elas preferem se omitir diante de questões ou situações com as quais não concordam, mesmo que isso venha lhes trazer sofrimentos. Alegam, por exemplo, que o seu silêncio é a melhor resposta para que não aconteçam as “costumeiras” brigas.

No entanto, ninguém poderá suportar um compromisso por anos, quando as suas verdades são asfixiadas!

Sabemos que não somos perfeitos. Muitas vezes somos tomados por aquela característica que mais marca o nosso temperamento. Para evitar que uma simples diferença de opinião se transforme numa guerra de nervos, precisamos considerar as razões que levam a outra pessoa a ter um parecer contrário ao nosso; ou entender que tipo de benefício ela espera obter na defesa dos pontos de vista dela e que ainda não conseguimos perceber e vice-versa. Diante dos desentendimentos, aprender a nos posicionar e a defender nossos argumentos torna o diálogo produtivo e eficaz.

A fim de evitarmos viver repetidamente e de maneira frustrante as mesmas situações em todas as esferas de nossos relacionamentos, precisamos, neste momento, assumir a verdade de que não estamos neste mundo simplesmente para nós mesmos ou para sermos só mais um nas pesquisas do senso demográfico. Temos um objetivo e uma meta a realizar naquilo que assumimos viver e isso poderá se tornar mais fácil ao nos abrirmos para a possibilidade de dar uma resposta diferente, de forma a favorecer relacionamentos duradouros.

As grandes conquistas em nossos convívios podem acontecer a partir de pequenas mudanças de comportamento. Que tal começar agora?

………….

*Dado Moura é webwriting do Portal Canção Nova (www.cancaonova.com) e autor do livro “Relações Sadias, Laços Duradouros”, pela Editora Canção Nova. O autor no twitter: @dadomoura e no blog: www.dadomoura.com

**Material enviado ao blog pela Ex-Libris Comunicação Integrada e publicado com autorização, mediante respeito à integridade do material e citação da autoria.

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Teste: Que tipo de mulher você é?

Quando era adolescente lia muito a revista Capricho e fazia todos os testes de personalidade e comportamento que eram publicados. Adorava! Talvez por essa reminiscência do passado, me encantei com essa brincadeira que a Onodera – rede de clínicas de estética facial e corporal – elaborou: um teste para saber o perfil das brasileiras e sua relação com a beleza. Ainda não fiz o teste, mas vou fazer e depois conto o resultado aqui, prometo! Como recebi o material no meu email, não resisti a publicar para quem quiser brincar também. Esse joguinho resultou de uma ampla – e séria (a seriedade pode e deve ser lúdica) – pesquisa realizada pela rede Onodera para comemorar seus 30 anos de existência, sobre as brasileiras e a relação com o corpo e a estética. Até divulguei uma parcial aqui no blog (relembrem o post). Os resultados dessa pesquisa definiram 6 perfis básicos de mulheres, de acordo com suas principais características: COMEDIDA, ATLETA, SONHADORA, VAIDOSA, DESENCANADA e PROFISSIONAL. Lógico que, trata-se de definição por amostragem e isso não impede que uma mulher tenha características de mais de um desses perfis. Abaixo, publico as perguntas, o gabarito e as definições dos perfis, para vocês entrarem na brincadeira. Ah, e as que quiserem, contem aqui no post  qual é seu perfil marcante e se gostaram da pesquisa. Boa brincadeira!

Teste: Que tipo de mulher você é?

Assinale a resposta que mais se identifica com você e descubra em que perfil de mulher você mais se encaixa.

1. No que se refere à beleza você acredita que:
a) Ser bonita é um processo que dá trabalho e é preciso muito esforço para alcançá-la.
b) Gostaria de fazer todos os tratamentos estéticos que existem, mas não tem dinheiro para isso.
c) Cada idade tem a sua beleza e procura extrair o melhor de cada fase.
d) Não considera importante viver sob padrões estéticos e deixa a vaidade em último lugar na lista de prioridades.
e) Faz tudo o que for preciso para se sentir bem e gasta um bom dinheiro com tratamentos de beleza.
f) Considera a beleza importante por causa do trabalho.

2. O que você faz quando está insatisfeita com o seu corpo?
a) Faz o que for preciso para corrigir e ficar com o corpo perfeito.
b) Usa o dinheiro que sobrou no mês para fazer algum tipo de tratamento, mas não gasta mais dinheiro do que pode.
c) Procura bons profissionais e bons produtos, pois o importante é se sentir bem.
d) Malha ainda mais e capricha na alimentação saudável.
e) Faz dietas por conta própria e compra revistas para saber o que as famosas fazem para manter a forma.
f) Não liga para isso, acredita que o mais importante é cuidar da família.

3. Qual é o seu segredo de beleza?
a) Malho bastante, cuido da alimentação e faço todo tipo de esforço para manter o corpo em dia.
b) Estou sempre fazendo as dietas que os famosos fazem.
c) Tento me alimentar bem e faço ginástica quando sobra um tempo livre.
d) Cuido da família e estou satisfeita com a minha profissão.
e) Cuido do corpo e acredito que esta é uma boa forma de fugir do estresse e dos problemas.
f) Faço tudo para estar bonita, já que a beleza é uma necessidade, por causa do meu trabalho.

4. Qual é a sua opinião sobre cirurgia plástica?
a) Acho desnecessária. Boa alimentação e exercícios físicos resolvem qualquer coisa.
b) Só penso em fazer cirurgia se for realmente necessário.
c) Gostaria de fazer várias cirurgias, mas não tenho dinheiro para isso.
d) Faria, se fosse importante para eu continuar bonita.
e) Não faria, nunca tive vontade.
f) Sou totalmente a favor.

5. Como você procura clínicas e tratamentos de beleza?
a) Se eu pudesse, iria a clínicas freqüentadas pelas celebridades. Afinal de contas, elas estão sempre bonitas.
b) Procuro locais indicados pelas amigas e, quando confio, sou fiel ao profissional.
c) Procuro lugares que aliem estética a exercícios físicos, pois busco saúde e bem estar.
d) Estou sempre atrás de novidades e quando gosto de um tratamento, indico para todas as minhas amigas.
e) Ouço a opinião de outras pessoas, mas não deixo de pesquisar as novidades disponíveis no mercado.
f) Não costumo gastar dinheiro com isso, estou sempre me dedicando à família.

GABARITO – Confira a sua pontuação:

1. A = 2; B = 3; C = 1; D = 5; E = 4; F = 6;
2. A = 6; B = 1; C = 4; D = 2; E = 3; F = 5;
3. A = 2; B = 3; C = 1; D = 5; E = 4; F = 6;
4. A = 2; B = 1; C = 3; D = 6; E = 5; F = 4;
5. A = 3; B = 1; C = 2; D = 4; E = 6; F = 5;

RESULTADO – Veja qual é o seu perfil:

Se você fez de 6 a 11 pontos , você é uma mulher COMEDIDA, que corresponde a 32% das mulheres brasileiras. Você é uma mulher “multi-tarefa”: trabalha, estuda, é dona de casa, muitas vezes mãe, se cuida, mas sem ter a busca da beleza como prioridade em sua vida. Procura cuidar da alimentação e fazer pequenas mudanças de hábito, como idas à ginástica ou parques para se exercitar, com a finalidade de manter e garantir o cuidado com o corpo. Só procura cirurgias plásticas quando é realmente é necessário.

Se você fez de 12 a 17 pontos, você é uma mulher ATLETA, que corresponde a 25% das mulheres brasileiras. Você é apaixonada por malhação e cuidados com o corpo. Acredita que para atingir a beleza é preciso esforço próprio, um processo que dá trabalho e é
geralmente uma conquista quando atinge esse objetivo. Por isso o esforço é
valorizado e você está sempre mantendo a forma. Geralmente não acredita muito em tratamentos estéticos.

Se você fez de 18 a 23 pontos, você é uma mulher SONHADORA, o que corresponde a 14% das mulheres brasileiras. Faz dietas por conta própria, compra revistas de moda, de TV, de fofoca, sabe tudo sobre os artistas e o que eles fazem para manter a boa forma. Está sempre se comparando com alguma artista, cria modelos ideais de beleza e é altamente influenciada por padrões de beleza estabelecidos na sociedade. Sabe o nome de muitas clínicas, nomes dos tratamentos mais comentados e sonha em poder um dia realizá-los. Quer parecer mais nova do que realmente é e valoriza roupas que rejuvenesçam e deixem o corpo em evidência.

Se você fez de 24 a 29 pontos, você é uma mulher VAIDOSA, que corresponde a 14% das mulheres brasileiras. Faz tudo que for preciso para se cuidar, se dá o direito de gastar boa quantidade de dinheiro consigo mesma, prioriza a si própria, seu bem estar, curte a feminilidade e acredita que tratar do corpo é o mesmo que tratar da alma. Para você, cuidar do corpo é uma forma de fugir do estresse do trabalho, da casa, do caos urbano e de qualquer problema. Ou seja, há sempre uma continuidade de tratamentos estéticos, serviços de beleza em geral e dos consumos por produtos de beleza e estética. Valoriza a beleza física e acredita nos tratamentos estéticos. Para você, não é somente a busca pela beleza que importa, mas, sobretudo, exige sempre um bom atendimento e um tratamento adequado.

Se você fez de 30 a 34 pontos, você é uma mulher DESENCANADA, que corresponde a 13% das mulheres brasileiras. Não considera importante viver sob padrões estéticos. Busca a valorização interior. Prioriza sempre sua família e filhos. Dificilmente terá gastos com beleza e estética e possivelmente se o fizesse, poderia se culpar. Felicidade para você tem a ver com altruísmo, conquistas coletivas, pessoais, ou profissionais. Só procuram lidar com beleza externa quando há eventos que não podem escapar (como casamentos, aniversários, solenidades…).

Se você fez 35 ou 36 pontos, você é uma mulher PROFISSIONAL, que corresponde a 2% das mulheres brasileiras. A beleza é fundamental para você, que faz de tudo para estar bem. É mais que prazer, é uma necessidade em função de trabalho. Acredita que aparência tem influência direta em como os outros (colegas, clientes, chefe) irão tratá-la. Você provavelmente exerce uma função que a faz ter contato direto com muita gente
durante o dia de trabalho.

*Material enviado ao blog pela Inédita Comunicação.

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Beleza selvagem

Ainda não comecei a ler, mas está na fila, o livro Mulheres que correm com os lobos, presente de aniversário de uma amiga querida. Atualmente, me dedico a leitura de Grito de guerra da mãe tigre (também por compromisso de trabalho). Mas, não é dos livros que quero falar agora, prometo resenha dos dois quando concluir a leitura. É só que, não podia deixar de abordar essa conexão: o mercado editorial busca animais selvagens que são símbolo de força e lealdade (o tigre e o lobo) para revalorizar o “puro instinto” da natureza feminina. E não são só autores e livreiros de olho nesse nicho. No mundo da moda, que é um perfeito espelho da sociedade (no que isso tem de bom e de ruim), estilistas se inspiram em wild live, wild feelings: é o animal print – apontado como tendência das tendências.

Me pergunto se esse novo apego à liberdade e a uma certa “agressividade” inerente ao bicho gente, mais especificamente às fêmeas, no sentido de garra para batalhar pelos objetivos e de resistência para sobreviver nesse mundo cão, não teria alguma relação com um tipo de “neo-neofeminismo”, que é diferente daquele clássico dos sutiãs queimados na praça em meados do século e daquele chamado de terceira onda, com a teoria queer e tudo mais. Será que essa nova revolução não estaria ocorrendo também a partir do até então considerado fútil universo da beleza? Humm, não tenho ainda uma ideia muito precisa a respeito, só esboços de ideias, mas quero me dedicar a pesquisar um pouco mais o tema. Talvez a leitura dos dois livros ajude, talvez tenha de ler outras coisinhas e bater papo com quem é mais especializado que eu na psiquê humana. Mas estou aberta a saber o que vocês acham do assunto, sempre! #Ficadica também para quem quiser teorizar. Se por acaso já escreveram, ou andaram lendo, algo parecido com esses meus esboços, compartilhem, por favor.

Para dar um exemplo, fiquei viajando nesses conceitos (que ainda não são bem conceitos, mas sementes), depois que vi as fotos do ensaio para a coleção Outono-Inverno 2011 da Di Sampaio, marca da estilista baiana Thiana Di Sampaio, que se chama justamente Animal Urbano. Muita “coincidência ” tanta vida selvagem ter caído no meu colo de uma vez, entre livros e fotos, em um intervalo de tempo de um mês! A beleza selvagem me chama, com toda certeza. Ainda mais que o aniversário da grife é um dia antes do meu, como fiquei sabendo há pouco tempo. Já que não acredito em coincidências, mas em misteriosas conexões profundas entre pessoas que não necessarimente precisam se conhecer (pessoalmente não conheço Thiana), ao invés de fazer o clássico post sobre a coleção, comecei a “filosofar” nas motivações das peças e dessa mulher fera que a criadora traduz.

A coleção da estilista, como vocês devem ter notado pelo nome, tem essa pegada animal print e as fotos (algumas ilustram o post), com esse cenário escolhido, a fluidez dos tecidos (algodão, seda, tule, renda, chiffon e etc), as estampas e o toque despojado, meio hippie, me deram a visão nítida do que acredito ser uma neo-neofeminista. Algo na linha: uma mulher bonita, mas de dentro para fora e sem neuras com idade, peso, altura e cia; romântica, mas destemida; gosta de sofisticação, mas sem abrir mão da liberdade e da beleza das coisas simples; tem atitude, mas sem aquela arrogância vazia, dos ignorantes; quer respeito e igualdade, mas não abre mão de delicadeza nas relações (homens que puxam a cadeira e abrem a porta do carro são bem-vindos, por que não?); tem um toque de exuberância primitiva, mas também é conectada; enfática, porém sutil… É nesse tipo de mulher que eu penso quando vejo as peças criadas por Thiana e associo com as coisas que leio e vejo em certos comportamentos femininos da atualidade.

Além disso, as pesquisas para a coleção aconteceram na Espanha e Itália. Não posso deixar de comentar outra “misteriosa conexão”, justamente com a Espanha, país pelo qual tenho um amor profundo e uma “ciganidade” latente na alma.

Para vocês verem como, infelizmente, algo considerado tão fútil para os de mente fechada, como a moda, pode nos trazer tantas reminiscências de uma só vez.

Serviço: E para quem quer conhecer a coleção ao vivo (algumas fotos ilustram o post), a Di Sampaio fica na rua Almirante Carlos Paraguassu de Sá, nº 02, 1º andar (próximo à Avenida Paulo VI, no bairro da Pituba).

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O dia em que ousei com as cores

Meninas, o texto abaixo foi escrito pela jornalista e amiga, Renata Moreira, depois de um encontro muito bacana de nossas mãos coloridas na redação do jornal em que trabalhamos. Divirtam-se com a narração de sua saga até adquirir a paixonite aguda pelas tendências esmaltísticas.

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O dia em que ousei com as cores

Renata Moreira*

A atual variedade de cores dos esmaltes tem me oferecido um “up” na autoestima e momentos bastante divertidos. Um deles gerou este post. Em um encontro casual com Alane Virgínia na redação, me dei conta de que ela estava usando um esmalte azul nas unhas (o Abusada, da Avon, que ela cita anteriormente no blog) e elogiei a cor. Ao mesmo tempo, ela comentou o meu esmalte Pink (o Penélope Charmosa, da linha de mesmo nome, da Risqué). O encontro gerou boas risadas sobre como os esmaltes coloridos têm feito a cabeça das mulheres e então surgiu a ideia de eu dividir com vocês a minha história.

Não faz muito tempo que uso esmaltes coloridos. Na realidade, sempre fui bastante discreta ao selecionar as cores que usaria nas unhas. Sempre optava pelos tons renda, quando eu estava mais “meiguinha”, ou pelo vinho (podendo ser também uma combinação de tonalidades que gerasse a cor), quando estava me sentindo mais “fatal”. Afinal, a forma com que nos sentimos faz toda a diferença na hora de escolher a cor do esmalte, a roupa ou o sapato não é mesmo? Para mim, é importantíssimo!

Bem, eu era mais básica nas cores do esmalte até que há uns quatro meses fui num salão de beleza próximo de casa, que costuma expor os vidrinhos em um mostruário compartilhado entre as manicures. Nesse dia, eu disse para a funcionária que queria pintar de alguma cor sem ser branco, mas estava tão “meiguinha” que cairia no tradicional renda. Foi então que ela me perguntou: “Por que não tenta um rosa? Ele também é meigo, mas é colorido, vai te dar mais vida”. Eis que a colocação foi como um estalo nos meus ouvidos e logo comecei a mexer no mostruário, testando as variações nas unhas. Eu sempre tive resistência a usar qualquer rosa, porque a depender do tom, ficava muito parecido com a cor da minha pele, que é morena. E, geralmente, as opções que eu testava deixavam as unhas um pouco “apagadas”.

Entretanto, fiquei impressionada com a variedade de cores novas, especialmente porque as achei bem bonitas e não são somente aquelas muito chamativas como se tinha no passado (amarelo e laranja “marca texto”), que apareciam principalmente em época de Carnaval. Creio que essa maior variedade de cores já exista há um tempo, mas o momento que descrevo aqui foi quando eu realmente passei a percebê-las. E é preciso destacar que respeito muito quem gosta das cores mais chamativas, mas como disse antes, eu sempre fui discreta e ainda não me sinto à vontade com as cores muito “cheguei”, até por isso eu tinha um pouco de resistência às novidades.

Mas, voltando… quando a manicure testou o Penélope Charmosa da Risqué, eu fiquei impressionada. Ficou um rosa forte, mas bonito (claro que isso depende também da cor da pele e do gosto de cada um). Nem preciso dizer que saí feliz e contente do salão, né? Fiquei super exibida, aproveitando qualquer circunstância para deixar as unhas à mostra. O mais interessante nessa história é que, a partir daquele dia, eu passei a observar e a usar mais cores. Passei a combinar a cor do esmalte com o tom da roupa que vou usar numa festa especial no fim de semana, por exemplo.

Isso se tornou divertido. Foi assim que eu conheci o Obsessão, também da Risqué. É um roxo não muito escuro – não confunde com o preto nem com o azul, após aplicado nas unhas – que fica forte, mas elegante. Se você usar roupas com tons de rosa e/ou de lilás, fica um charme! Não uso sempre, porque é escuro e pode enjoar, mas é ótimo para variar um pouco.

Diante da proposta do post, das inúmeras opções de cores e para não me restringir apenas ao meu gosto de esmalte, até aproveitei para registrar a variedade de cores, gostos e misturas que podem deixar as unhas das mulheres ainda mais bonitas e femininas num simples encontro de família no fim de semana.

E sabe que não são só as mulheres que reparam e gostam das unhas coloridas? O esmalte Pink, que rendeu a minha participação no blog, também me proporcionou alguns elogios de amigos. Isso mesmo, homens (assumidamente heterossexuais)!!

E aí, meninas, ousar um pouco com as cores de esmalte é ou não é uma maneira de se divertir e colocar a autoestima lá em cima???

*Jornalista e nova apaixonada pelas tendências esmaltísticas.

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Crianças e fashionismo: Um papo sobre a noção de limites

*Texto e reflexões de Andreia Santana

Já era para ter escrito esse post, mas o tempo nem sempre favorece a vida de blogagem. O tema porém, é daqueles que sempre vale a pena meter a colherzinha e, recentemente, dois bons “ganchos”, como se diz no jargão jornalístico, me fizeram pensar bastante sobre a relação das crianças com o universo da moda e a noção de limites que os adultos precisam estabelecer para evitar distorções na educação da meninada, principalmente das meninas.

Duas amigas acabaram favorecendo minha “filosofagem” sobre o assunto. Uma delas me enviou link do site do Estadão, com reportagem sobre as “mini socialites fashionistas” e uma outra, com a frase “para você, que milita na causa” (referindo-se ao meu interesse por educação infantil, embora eu não seja educadora, apenas mãe), me trouxe um exemplar da Folha de São Paulo do último dia 07 de abril, com reportagem sobre marcas de lingerie que estão fabricando sutiãs com enchimento para meninas de seis anos!

Na primeira reportagem, do Estadão, sobre as fashion kids, o leitor é apresentado a um grupo de meninas na faixa dos cinco aos dez anos, junto com suas respectivas mães. O texto mostra como essas meninas, devidamente estimuladas pelas mães, frequentam semanas de moda e consomem – ou ao menos desejam avidamente – marcas top de linha como Prada e Dior. Uma das mães chega a dizer, em tom casual, que não imagina a filha vestindo uma roupinha das lojas de fast fashion (ela cita a Renner) nem para dormir! Outra, empolgada com a matéria, diz que se considera uma pessoa bem humilde, pois dirige um Vectra, embora more em um apartamento de dois milhões de reais. Mais adiante, uma terceira mãe, questionada sobre de que forma o consumo de alto padrão é tratado na escola das crianças, responde, igualmente de forma casual, que este é um problema muito sério, que na escola discute-se “o que fazer com as crianças que não tem condições de viajar à Disney todo ano”!! Preciso dar mais exemplos?

Cena de concurso de beleza infantil no belo filme Pequena Miss Sunshine. A pequena Oliver (Abigail Breslin), é discriminada pelos organizadores do concurso por ser "fora do padrão"

O objetivo aqui não é criticar os ricos ou bancar uma Robin Hood de saias, porque seria hipocrisia e leviandade. Não tenho absolutamente nada com a vida alheia, não me considero palmatória do mundo e tampouco quero ensinar a quem tem dinheiro como gastá-lo. Só digo que esta não é a minha realidade e nem a de milhares de pessoas. Mas, se alguém tem cacife para pagar luxos, pequenos ou grandes, que os pague. Não sou contrária ao consumo dos itens do universo de beleza também, seria uma contradição, já que mantenho um blog feminino que fala entre outras coisas, de consumo e produtos de beleza, que eu uso, bastante. Também não sinto inveja das socialites que podem vestir as grifes internacionais. Pessoalmente, gostaria até de ter algumas peças que me falaram ao senso estético, mas como meu bolso não permite, sou bastante feliz garimpando peças nas fast fashions e demais lojas ou marcas que se adequam à minha realidade financeira, inclusive nos magazines e sacoleiras da vida. Isso não significa que não admire o trabalho dos deuses da moda. Mas para mim, por enquanto ao menos, é como admirar uma bela obra de arte em um museu: posso ver, desejar, mas não dá para levar para casa. Simples assim.

O que me leva a refletir aqui no blog sobre essa reportagem das mini fashionistas e a outra sobre os sutiãs com enchimento para meninas que sequer tem peitos ainda não é a questão de ter ou não roupa de grife, mas a noção de limite, da formação cidadã das crianças, do tipo de mundo que está sendo mostrado para elas e que só se sustenta dentro de uma bolha, do microuniverso onde elas gravitam, mas que, fatalmente, vai resultar em choque com a realidade aqui de fora. Até porque, em algum momento, as crianças crescem e saem da bolha. O choque é tanto para elas quanto para quem sofrerá o preconceito. Até porque, nem todo mundo vai circular na mesma rodinha. “O que fazer com as crianças que não podem ir à Disney todo ano”, lembram?

Foto tirada de reportagem sobre vaidade infantil no site da Abril

Exclusão, dificuldade em aceitar a diversidade do mundo, incapacidade de interferir em uma realidade desigual e divergente daquela da “bolha”. Isso é o que me assusta.

Me preocupa muito, por exemplo, que uma sociedade combata a pedofilia com tantas campanhas e ao mesmo incentive a sexualização precoce das meninas, vestindo-as como miniadultas, fazendo-as comportar-se como mulheres e consumir produtos que seriam mais adequados depois que elas tivessem maturidade suficiente para administrar as consequências. Não sou a favor que meninas de dois, cinco, sete anos de idade pintem as unhas, façam progressiva no cabelo, usem maquiagem. Me dá sempre a sensação de que estão roubando uma fase importante da vida dessas meninas, que estão abreviando suas infâncias e levando-as a parecer maduras, quando na verdade são apenas o simulacro de um adulto que, por amadurecer praticamente à força e antes da hora, acabará infantilizado.

A indústria da beleza quer vender e não importa para quem. E quanto mais cedo o consumo começar, melhor. Essa é a lógica do capitalismo, que é antropofágico, se alimenta de si mesmo. E isso aqui não é discurso político e nem fui eu quem inventou a roda. Séculos antes de eu meter minha colherzinha enxerida nesse angu, filósofos e teóricos da economia já haviam decifrado a lógica que rege a nossa sociedade. Principalmente no ocidente.

A pequena Sure Cruise se tornou celebridade badalada não apenas por ser filha do casal de astros de Hollywood Tom Cruise e Katie Holmes, mas por "ditar" moda para menininhas e até interferir no guarda-roupas da mãe

Portanto, lógico que donos de marcas de cosméticos e lingeries vão dizer que não tem nada demais vender seus produtos para meninas recém-saídas dos cueiros. E, ironia, vão jogar com os arquétipos da psicologia para empurrar cada vez mais produtos, para criar cada vez mais “necessidades” urgentes de ter algo que seria perfeitamente dispensável se a coisa fosse pensada de modo racional. Mas o consumo, e nós mulheres adultas que vez por outra caímos em tentação e compramos mais do que nossos cartões aguentam, bem sabemos, não é racional, mas emotivo. É a busca por prazer que nos leva a adquirir coisas que, racionalmente, não temos necessidade de possuir. É uma massagem no ego, um alento, um refinamento de gostos, ou de alma (cada um busca suas desculpas), cobiçar o belo, estar bela. É questão de autoestima – eu acredito nisso –  e de projeção: o que queremos mostrar aos outros? Nosso melhor lado, claro! Ninguém quer parecer mal na fita, nunca.

As crianças, tanto quanto nós, também querem a sensação de prazer. Se são ensinadas a tirá-la apenas do consumo, vão consumir como formigas saúvas na plantação, vorazmente. A diferença é que enquanto nós – na maioria das vezes – sabemos quando parar, nem que seja porque o limite do cartão acabou, elas não sabem. A menos que a gente ensine.

Freud e cia. explicam melhor que eu, inclusive, essa relação/necessidade que temos do prazer e da busca pela felicidade para dar sentido à vida, que a bem da verdade, ninguém descobriu ainda o que é.

Quando digo sexualização precoce, não estou falando nas teorias da psicologia que já demonstraram que as crianças possuem sexualidade latente, que o ato de mamar, por exemplo, é prazeroso e é preciso que seja assim, para que o bebê empregue a força necessária na sucção e com isso sobreviva, cresça, e a espécie garanta sua perpetuação. Se mamar fosse repugnante, os bebês fatalmente não vingariam. Se fosse um tormento indizível para as mães, o lado primitivo do ser humano, que foge da dor, iria impedi-las de alimentar suas crias. Então, tem componentes biológicos envolvidos aí, óbvio, e tem também toda uma construção de identidade, que é subjetiva e gradativa. Mas existe um ritmo próprio tanto para a natureza ancestral quanto para que a identidade atuem e se consolidem. Minha angústia é que esse ritmo natural vem sendo atropelado pelo consumo sem qualquer reflexão e consciência.

A personagem Mabi, da novela Ti Ti Ti. Aos 11/12 anos, era uma blogueirinha de moda super influente e um ícone de fashionismo. Mas revelava visão crítica tanto da moda quanto das posturas nada éticas que algumas pessoas adotam nesse meio

Quando éramos meninas, muitas vezes imitávamos nossas mães. As crianças aprendem por imitação – outra teoria científica já bem batida – e seus primeiros jogos e brincadeiras reproduzem o que veem no universo adulto. Brincam de escritório, brincam de mamãe, de papai, de guerra, de policia, de desfile, de salão de beleza e por aí vai… As meninas vestem as roupas das mães desde sempre. Vesti muito as da minha, suas camisolas de seda e renda eram as minhas preferidas, nas minhas brincadeiras elas viravam sempre vestido de princesa, lençóis viravam cabelos de sereia.

Mas há uma diferença – e essa é a noção de limite do título do post – entre uma criança espontaneamente reproduzir e interpretar o mundo adulto em jogos lúdicos e esse mundo ser empurrado para cima dela por meio de sutiãs, cintas ligas, estojos de make, concursos de beleza quase selvagens e que servem mais para satisfazer egos frustrados das mães do que de fato beneficiar as filhas. Há uma diferença gritante que está na inocência da criança que, aos cinco anos, olha maravilhada para o corpo da mãe e o dela própria, captando as mudanças de forma sutil; ou que veste um sutiã achando aquela peça engraçada; ou até o coloca na cabeça porque não sabe direito para que serve; e a malícia da indústria, que se apropria dos jogos infantis e os adapta a essa lógica muitas vezes perversa, que faz a roda do consumo girar e, fatalmente, excluir, segregar.

E quem pode dar um basta nisso? Provavelmente ninguém. A ideia não é estabelecer censura ou patrulha ideológica, abolir a indústria que gera empregos ou pregar o politicamente correto; mas apenas advertir que crianças que crescem depressa demais fatalmente vão se tornar adultos com problemas de autoestima. Não é uma regra, lógico, mas dados sobre anorexia nervosa ou dismorfia corporal em garotas de 14 anos, gravidez precoce por uma entrada na vida sexual antes da hora e sem preparo, índices de doenças sexualmente transmissiveis e Aids aumentando entre o público jovem, transtornos compulvisos, aumento no consumo de drogas pesadas (na maioria das vezes como muleta para aguentar a crueza do mundo), crises depressivas e uma infinidade dos chamados “males da civilização moderna” estão aí para provar que alguma coisa de grave está sendo feita com a formação das nossas crianças.

O sutiã infantil com enchimento está no centro da polêmica. Para especialistas em psicologia, o sutiã em si, que já foi símbolo de dominação machista, reconfigura-se em fetiche e erotização, símbolos esses que ainda não se adequam ao repertório das crianças de seis anos, mesmo num mundo de informação ultraveloz e ao alcance como o nosso

Não é preciso ter lido todos os psicanalistas para saber que quando se cria uma criança numa bolha, fazendo-a acreditar que o mundo se curvará ao seu desejo, não se está preparando essa criança para as frustrações da vida adulta, que de uma forma ou de outra sempre virão. A menina rica poderá comprar Dior e Prada a vida inteira, botar botox, morar em coberturas de milhões de dólares, ter todos os assessórios e cosméticos que seu dinheiro puder comprar, fazer lipo, botar silicone, mas nada disso irá livrá-la de uma possível rejeição, ou decepção amorosa, ou da solidão e da velhice. A tecnologia, até agora, só conseguiu retardar, mas parar o tempo ainda não é possível.

Me pergunto: as crianças erotizadas precocemente (porque tem diferença entre a sexualidade infantil latente e o erotismo adulto imposto às crianças), acostumadas a julgar as pessoas pelo ter e não pelo ser, criadas para cobiçar sempre as super marcas e desprezar os coleguinhas que não podem vestir Dior ou passar férias na Disney, essas crianças estarão preparadas para a vida e seu eterno jogo de ganha aqui, perde ali? Saberão lidar com a frustração? Conhecerão o que é respeito, solidariedade? Estarão livres dos preconceitos que vêm agregados à  essa ideia – excludente em si – de perfeição?

Me pergunto sempre no que essa fúria consumista que não poupa nem o curso natural da infância irá nos levar. Por que os pais perderam a capacidade de dizer não aos filhos, criando pequenos ditadores que se acham acima de tudo e de todos?

Não tenho as respostas e nem quero culpar a indústria da beleza pelas mazelas da sociedade, mas quando leio reportagens em que menininhas competem entre si para saber qual delas é a mais it girl dentre as its, com suas mães deslumbradas incentivando a voracidade infantil, confesso que tenho um certo medo do que está por baixo da ponta desse iceberg!

*Andreia Santana, 37 anos, jornalista, natural de Salvador e aspirante a escritora. Fundou o blog Conversa de Menina em dezembro de 2008, junto com Alane Virgínia, e deixou o projeto em 20/09/2011, para dedicar-se aos projetos pessoais em literatura.

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Artigo: Hormônios, chatices e chateações

Adoro os textos da jornalista Marli Gonçalves e fico bem feliz quando recebo email com um dos artigos dela. Me divirto demais lendo e paro para pensar em um monte de coisas legais que ela nos diz, de um jeito nada metido, super gostoso e informal. Claro que tinha de compartilhar com vocês 🙂 Esse de hoje tem bem cara de blog feminino, mas não significa que os meninos não devam ler. Recomendo que vocês leiam, viu moços, porque são tão movidos a hormônios quanto nós…

Hormônios, chatices e chateações

*Por Marli Gonçalves

Tem uns assuntos que são bem chatinhos, e a gente evita a todo custo até lembrar-se deles, quanto mais comentar ou tocar neles. Entre alguns, o de pensar e avaliar nossas próprias limitações, o que acontece no nosso organismo, ou admitir dores, fraquezas, cansaços e idiossincrasias, inclusive sexuais. Cobrar amigos também é um porre, igual aguentá-los quando eles estão de porre. A lista é enorme. E dependem de nossas descargas hormonais do dia. Descobri o culpado pelos males do mundo: os hormônios.

Prato do dia: hormônios efervescentes à Provençal. Oferta do dia: hormônios equilibrados, com baixas calorias e irritações. Na sobremesa, altas taxas de compreensão e, de quebra, um livrinho iogue qualquer, com exercícios para manter a cabeça no lugar quando o que se quer mesmo é arrancá-la do tronco, se não for a sua própria, especialmente aquela cabeçorra de quem está aborrecendo você.

Nos meus retiros espirituais, como diria Gilberto Gil, descubro certas coisas tão normais. Só que eu não tenho tempo para retiro algum, e ando vendo as coisas normais absolutamente anormais. Por exemplo, você faz uma compra pela internet justamente por causa da urgência que tem. Os caras não só não te entregam logo, como ainda cozinham seu galo em banho-maria. Só resolvem quando você ameaça, e mais, você precisa brigar e lutar via todos os canais competentes, com a boca no trombone e a mão na catapulta. Não seria mais fácil resolverem sem isso? Levei um mês para conseguir receber uma lavadora. Uma saga.

Hormônios? Isso é coisa da sua cabeça!

Nada mais se faz – me parece – de forma simples. Outro dia resolvi me libertar, em minha casa, do jugo da Telefonica. Gastava e pagava sem usar. Quando usava pagava mais do que gastei. Enfim, resolvi. Vocês já tentaram se livrar de uma operadora? Foram quase duas horas de puro desgaste, espere um momentinho, departamento x, para departamento y, perguntas, respostas, mesmas perguntas e, claro, as mesmas respostas. Parecia aula de jornalismo. Por que, quando, onde.

O melhor foi uma enorme e variada quantidade de coisas que me ofereceram tentando me demover da ideia, só faltou (uma pena) oferecerem um cruzeiro no Caribe. Se podiam me dar tudo isso, porque não deram antes? Juro: foi difícil demais da conta. As atendentes só faltaram me contar histórias de como elas seriam açoitadas caso me deixassem partir. Agiram como amantes abandonadas à própria sorte, grávidas, no meio do Congresso Nacional assistindo a discurso do Suplicy.

Eu, de minha parte, senti-me uma carrasca, com a no final, como está tanto na moda, a fria, a insensível por abandonar uma empresa tão “legal” depois de dezenas de anos de convivência. Deve ser mais fácil separar-se do marido do que desvencilhar-se das operadoras. Eu consegui, mas ando atormentada se algumas dessas atendentes não foram demitidas por minha causa. As pessoas do caso da máquina de lavar, ao contrário, não me comoveram. Por mim, desejei que todas elas e eles comprassem no mesmo lugar e tivessem o mesmo problema para ver como é bom para a tosse, e enfiassem aquelas respostas cretinas que me davam em um lugar bem legal.

A mim parece que o mundo todo está no limite, ou sendo levado até ele. O tempo. A política. A natureza. O bom senso. As relações humanas. Será que estamos recebendo descargas atômicas junto com todas essas chuvas? Será a nossa alimentação? Não há teses falando dos hormônios das carnes dos animais que comemos, e dos efeitos dos agrotóxicos, que nem barato dão? Será o ar que respiramos? Será culpa do governo? Do Obama?

Aí, saquei o que acontece. Os hormônios – verdade! – parece que têm, sim, boas partes de culpa no cartório. Eles estão na corrente sanguínea ou em outros fluídos corporais. Esses casos nervosos acabam envolvendo todos, os masculinos, os femininos, os vegetais (é, são fundamentais), os dos adolescentes. Sou a favor de penas mais leves, por exemplo, para mulheres que cometeram crimes durante o período de TPM.

Fui fazer uma pesquisa sobre isso, tentando entender o meu próprio organismo. Estou num tal de climatério, palavra bonita, mas que acaba irritando mais porque lembra calor e cemitério. Dizem por aí que o citado dá ondas de calor, suores noturnos, insônia, menor desejo sexual, irritabilidade, depressão, ressecamento vaginal, dor durante o ato sexual, diminuição da atenção e memória. Ufa! Não cheguei a tudo isso, mas pensei que se tem quem passa por metade, imagine pisar sem querer no calo dessa mulher.

É tudo culpa dos hormônios, sim! Só pode ser a falta ou excesso de estradiol, progesterona, testosterona, esterona, cortisol, melatonina, um bando a quatro, os culpados pelos males do mundo. Descobri até um que chama premarim, estrogênio artificial receitado com frequência, porque protegia pessoas com problemas cardíacos, mas também já contribuía para o aumento do câncer de mama e do endométrio (parte interna do útero). Os médicos tentaram melhorar a coisa, aliando-o ao provera (progesterona sintética), mas o risco de doenças cardíacas aumentou de novo. O pior vem agora: segundo consta, o premarim é feito com urina de éguas prenhas que são aprisionadas, tratadas estupidamente e sacrificadas para este fim. Socorro!. O que uma veggie, vegan, vegeta diria?

Não sei se estou certa ou não, mas fico mais tranquila em saber que não sou só eu que passa por tantos perrengues. Que esses hormônios atacam todo mundo, desde que nascemos até nossa morte. Nos adolescentes que quase piram, tantas transformações. Nas mulheres, por outro tanto. Nos homens, nos ossos, nos órgãos, nos acúmulos de gordura aqui e ali.

Por via das dúvidas já fui ao médico, fiz todos os exames e as coisas – por dentro – estão normais. O que me faz crer que, então, as chatices e chateações são da natureza.
São do dia-a-dia que temos que viver. Calma. Take it easy

São Paulo, o que ajuda na irritação, 2011

*Marli Gonçalves é jornalista e consultora de comunicação. Ela adora trocar uma ideia com novos amigos e é generosa para compartilhar seus textos, desde que a fonte original seja devidamente citada e a integridade do material respeitada. Grita quando pisam no seu calo. Ia esquecendo de contar que descobriu que existe um tal de hormônio estradiol, que os pesquisadores dizem que eleva a autoestima e faz com que as mulheres traiam porque acabam se sentindo menos satisfeitas com seus parceiros e menos comprometidas com eles, em um comportamento que chamaram de “monogamia oportunista em série”. Segundo os cientistas, isso se deve a um instinto de buscar parceiros com mais qualidades. Bonitinho esse desequilíbrio, não?

>>Para seguir a Marli no Twitter: www.twitter.com/MarliGo; para acessar esse e outros artigos dela na fonte original: www.brickmann.com.br ou no blog pessoal: marligo.wordpress.com. E ela também recebe emails em: [email protected] e [email protected].

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Outros textos de Marli Gonçalves aqui no blog:

>>Artigo: A vitória das ruas

>>Artigo: “Violência contra a mulher”

>>Artigo: Impaciências

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Para as meninas que adoram um saltão e um bolsão

O artigo selecionado para dar seguimento ao conteúdo da Semana da Mulher, neste sábado, foi elaborado pelo ortopedista Fabio Ravaglia e trata da vaidade feminina. O médico, dando mostras de entender bastante de fashionismo, pesquisou as tendências do Inverno 2011 e dá conselhos sobre uso correto de saltos altos e bolsões. O bacana é que ele analisa cada tipo de salto e mostra seus efeitos no corpo (coluna e pernas) e de que forma podemos ficar lindas, mas mantendo a saúde. Lendo o texto aprendi bastante e acredito que vocês também vão aproveitar as orientações do especialista. Confiram!

Sapatos e bolsas para conciliar moda e saúde

*Dr. Fabio Ravaglia

É um fato inegável que as mulheres adoram estar na moda e sei que quando o médico recomenda, por exemplo, “não use salto alto”, nem sempre é ouvido. Moda não é a minha especialidade, mas tenho o hábito reunir informações que possam facilitar minhas orientações às pacientes. Sites e revistas femininas, por exemplo, já indicam que o salto-tijolão e o bolsão serão destaque nas coleções de inverno 2011. O sapato da próxima estação, apresentado nos desfiles do último São Paulo Fashion Week, é aquele usado por Carmem Miranda – plataforma, meia pata ou anabela. E as bolsas têm que ser grandes para comportar tudo: maquiagem, agenda, celular… Já que moda é moda e não se discute, gostaria de fazer considerações sobre como seguir as tendências sem deixar que a saúde fique comprometida.

Salto agulha, sou frouxa, tenho coragem não! Essa imagem é do encontrodasjoaninhas.blogspot.com

Salto ideal – O salto-tijolão é o que dá mais conforto entre os saltos altos. Com plataforma conjugada o salto faz a mulher ganhar em altura e não prejudica tanto a saúde, por reduzir a inclinação entre o calcanhar e os dedos e distribuir mais uniformemente o peso do corpo por toda a sola do pé. Tem boa estabilidade ao pisar, porém, não deixa o pé com toda a flexibilidade para praticar o movimento de andar. É preciso ter cuidado para não virar o tornozelo. O meia pata, uma variação do plataforma, elevado na frente e com salto mais grosso independente, também tem boa estabilidade. O modelo anabela, inteiriço com plataforma e salto, é o que dá maior estabilidade e é um dos melhores para quem precisa ficar muitas horas em pé.

Salto anabela, adoro! Esse da foto é do blog sabrinasiqueiraa.blogspot.com

O salto agulha ou stiletto, considerado o mais elegante e sexy, e que pode chegar a dez centímetros de altura, dá a menor estabilidade. Muito fino, sua base de contato com o chão é mínima, sem contar que a ponteira muitas vezes provoca escorregões em piso liso ou entra em vãos e buracos de pisos irregulares, resultando em torções de tornozelos. Oferece risco à saúde de mulheres que ficam muito tempo em pé ou estão com sobrepeso, por forçar a coluna e os joelhos e obrigar o corpo a buscar um outro ponto de equilíbrio que não o natural. Associados ao bico fino, podem incentivar um joanete ou calosidades. O elegante salto Luís 15 ou carretel é mais confortável por causa da base mais larga. O salto quadrado é ainda mais confortável, por oferecer uma base de apoio maior para o calcanhar, diminuindo a pressão aos dois primeiros dedos dos pés e permitindo maior facilidade para os movimentos. Com ele, o ganho de altura pode ser grande, conferindo elegância à mulher. O salto cubano é uma opção, mais grosso no calcanhar e com a ponta fina. No geral, ele se apresenta como alternativa para o sapato social, delicado e com altura de cerca de três centímetros, o que não cansa tanto no dia a dia e dá a impressão de elegância. O salto vírgula também está presente em algumas coleções. Por ter uma curva, pode não apresentar uma boa estabilidade para o pé.

O meia pata eu já encaro. Essa equilibradinha na frente é fundamental para mim, que sou descordenada total! Esse maravilhoso da foto é do culturamix.com

Sei que há o consenso de que a pessoa usando salto alto parece mais magra e alta; emocionalmente, a mulher se sente mais atraente e “sexy”, melhorando a autoestima, mas não convém exagerar no tamanho do salto nem abusar do tempo de uso. Alterne o sapato e a altura do salto para não forçar apenas alguns músculos e não movimentar outros. Com salto alto, a mulher pisa na ponta dos pés, forçando os dois dedos maiores e a parte da frente da musculatura da canela. Lembre-se de fazer um alongamento, principalmente para movimentar a musculatura posterior. Outra dica interessante é levar um sapato mais confortável para andar na rua ou no shopping ou mesmo para dirigir, assim, o tempo de uso do salto alto fica reduzido apenas ao necessário.

Salto Plataforma também é bom para equilibrar o andar. Esse da foto é do blog sosmodaeestilo.zip.net

Sapato adequado – Pessoas que trabalham muito tempo em pé ou que caminham muito para chegar ao trabalho sabem que uma escolha errada de um sapato pode provocar dores nas costas, problemas nos joelhos e até chulé. Nem sempre o sapato mais caro ou o mais bonito é o adequado. O modelo ideal precisa ser confortável, o que significa permitir que os movimentos de pés e pernas sejam executados livremente, Também não deve ocasionar problemas ou dores. O andar deve ser realizado com naturalidade e sem impacto sobre as articulações. Precisa deixar que a pele respire. Recomendo que se faça um test drive na loja, isto é, antes de comprar um sapato, ande e fique um pouco com ele antes, dentro da loja. Verifique a estabilidade. Os reforços do calçado ajudam a firmar o pé, o que pode evitar entorses. O número precisa ser o seu, pois o sapato não deve ficar largo nem folgado. O certo é deixar um centímetro sobrando na ponta para os dedos se mexerem. Considere também o formato de seu pé, porque não adianta querer colocar um sapato bico fino em um pé largo ou bem alto. Neste caso, a opção seria o falso bico fino, largo o suficiente para caber o pé e só com uma ponta fina, que fica vazia. Os calçados de bico redondo ou quadrado são mais confortáveis. Conhecer a maneira como se pisa também é bom. Sabendo a maneira da pisada, você pode procurar por sapatos que deem apoio ao arco do pé ou que tenham reforço na lateral interna ou externa ou no calcanhar. Observe se o revestimento da sola e do salto é antiderrapante. Não custa lembrar também que, para atividades físicas, o tênis é sempre o ideal. É o calçado que menos faz sofrer com bolhas ou calos.

Os bolsões não precisam ser descartados, mas têm de conter menos quinquilharias se quisermos manter a saúde da coluna. Essa linda aí da foto é do brechonadella.blogspot.com

Bolsões – A bolsa grande não representa nenhum problema para a saúde. O problema é o peso que se carrega nela. A bolsa muito pesada pode provocar dores nos ombros, inflamação nas costas e – o pior – problemas na coluna. Um adulto pode carregar, no máximo, o equivalente a 10% do peso de seu corpo. As mulheres não largam suas bolsas e ficam horas seguidas carregando. Não estou falando de apenas cinco minutos entre o ponto do ônibus e o escritório, mas de um período de uma ou duas horas, quando as mulheres fazem compras em supermercados ou shoppings, por exemplo. E por mais que seja bonita, a “maxibolsa” sobrecarrega a coluna, sim! Entre os vários riscos destaco os problemas de postura e um possível processo inflamatório. O excesso de peso é responsável por doenças na coluna como escoliose (desvio da coluna vertebral, que pode ser cervical, toráxica ou lombar), lordose (aumento da curvatura lombar) e a sifose, conhecida popularmente como corcunda – quando a pessoa joga os ombros para frente. A degeneração da coluna é resultado de vários fatores como genética, hábitos de vida, atividade física, obesidade e sobrecarga, entre outros. A sobrecarrega na coluna lombar pode acelerar o processo degenerativo. Sabemos que alguns problemas podem ser evitados ao mudarmos nossos hábitos.

Mochila é indicada porque equilibra nos ombros, distribuindo o peso nas costas. Essa da foto é da Overend

A mochila é mais indicada para carregar peso, já que as alças ficam equilibradas nos dois ombros – evitando incliná-los para um dos lados – e o peso permanece nas costas, a parte do corpo mais forte e mais apropriada para carregar peso. É importante lembrar que os problemas na coluna são a quinta causa responsável pelo afastamento de pessoas do trabalho, segundo o Ministério da Saúde. Para evitar esse transtorno é preciso manter a postura corporal correta e evitar o esforço desnecessário. Mas, o que fazer? As mulheres devem abrir mão da praticidade e beleza oferecidas pela “maxibolsa”? De forma alguma… até porque conheço as mulheres e sei que jamais vão abrir mão de um item que esteja na moda! Vencido por essa constatação, acredito que seja melhor oferecer algumas alternativas em prol da saúde ao invés de apenas alertar para os problemas.

Ilustrações que simulam Escoliose, Cifose e lordose. A imagem é do colunacomsaude.blogspot.com

Anote dez dicas básicas:

1. Deixe a bolsa mais leve! Tire da bolsa os livros, cadernos e papéis; opte por transportá-los em pastas.
2. Tire a nécessaire e carregue a maquiagem, absorventes e escovas em uma valise – que pode ficar, inclusive, no carro ou no escritório.
3. Deixe na bolsa somente o que é realmente necessário.
4. Leve uma sacola à parte com o lanche.
5. Faça uma “faxina” regularmente na bolsa para retirar o que não precisa mais.
6. Leve somente o que vai usar naquele dia!
7. Mude frequentemente a bolsa de ombro. Também pode segurá-la pela mão durante algum tempo.
8. Para deixar a coluna em ordem e fortalecida para carregar as maxibolsas, recomendo a prática de exercícios físicos, no mínimo três vezes por semana. Nunca esqueça de se alongar antes e depois da atividade. O aquecimento no início prepara o corpo para as tarefas e, no final, relaxa.
9. Atenção para quem está acima do peso. A obesidade – ou sobrepeso – são em si prejudiciais à coluna.
10. Não carregue peso desnecessário, além da bolsa.

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*Fabio Ravaglia é médico ortopedista graduado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), com especialização em coluna vertebral pelo Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho (Santa Casa de Misericórdia de São Paulo) e mestre em cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Atuou como cirurgião ortopédico em hospitais ligados à Universidade de Bristol, na Inglaterra e na Alemanha e é membro emérito da Academia de Medicina de São Paulo e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT. Desde 2005, preside o Instituto Ortopedia & Saúde, Ong que tem a missão de difundir informações sobre saúde e prevenção a doenças e que organiza o Projeto Cidadania – Caminhadas com Segurança.

>>Aqui no blog, vocês acessam outros artigos do especialista neste link.

**O artigo de Fabio Ravaglia foi enviado ao blog pela Printec Comunicação e publicado mediante a citação da autoria e respeito ao conteúdo. Como todo trabalho intelectual, está protegido por direitos autorais e pedimos que, caso tenha interesse no tema e queira usar dados desse artigo, entre em contato com o autor ou sua assessoria para pedir autorização.

P.S.: Como o Dia Internacional da Mulher este ano aconteceu em pleno Carnaval, quando tinhamos outros conteúdos para compartilhar com vocês, os textos, artigos e pesquisas recebidos referentes à data serão publicados ao longo dos próximos dias.

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Leia também no Especial Semana da Mulher 2011:

>>Mulheres ditam novos padrões de consumo on line

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Citação: “As meninas se cansam de usar o mesmo vestido esfarrapado…”

O vestidinho vintage é um dos modelos do blog Vestido Nosso de Cada Dia. E a citação, um trecho de que particularmente gostei no novo livro da Meg Cabot… Divirtam-se!

“- Como é que você ficou assim tão esperta? – pergunto, chorosa.

– Sou formada em psicologia, lembra?

Concordo. O novo emprego dela é fazer aconselhamento a mulheres em um programa sem fins lucrativos que ajuda vítimas de maus-tratos domésticos a encontrar moradia alternativa, conseguir mandados de proteção e assegurar benefícios públicos como vale-alimentação e auxílio financeiro para os filhos. Do ponto de vista salarial, não é lá grande coisa. Mas o que Sharie não recebe financeiramente, compensa por saber que está salvando vidas e ajudando as pessoas (principalmente mulheres) a conseguir uma vida melhor para si e para os filhos.

Mas, se você for pensar bem, nós que trabalhamos no ramo da moda fazemos a mesma coisa. Não salvamos vidas, necessariamente. Mas ajudamos a vida a ser melhor, do nosso jeitinho. É como diz a canção… as meninas se cansam de usar o mesmo vestido esfarrapado todos os dias.*

Nossa função é arrumar uma roupa nova para elas (ou pelo menos uma velha reformada), para que possam se sentir um pouco melhor com elas mesmas.”

*Da música Try a little tenderness, de Irving King e Harry M. Woods.

(in CABOT, Meg. A rainha da fofoca em Nova York, p. 48. Ed. Galera – Record, Rio de Janeiro, 2010.)

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