Utilidade Pública: Mutirão contra cânceres de mama e útero

Abro espaço aqui no blog para divulgar uma nota de utilidade pública que recebi hoje da Secretaria Municipal de Saúde. Peço que quem puder twittar ou passar a informação adiante, faça isso, porque poderá ajudar muitas mulheres que não têm acesso a um acompanhamento rotineiro na ginecologista ou mastologista.

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Outros blogs que militam na causa:

A publicitária Paula Dutra, do blog Mulherzinha, também fez poste com um serviço muito bom para pacientes que estão em tratamento de câncer. Vale conferir aqui nesse link!

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Mutirão de preventivos do câncer de mama e útero acontece na sexta

Profissionais de Saúde da Unidade de Saúde da Família Alto do Peru, Distrito Sanitário São Caetano/Valéria, promovem nesta sexta-feira (08), um mutirão de exames preventivos do câncer de mama e útero, os dois tipos mais comuns entre as mulheres. O objetivo é estimular o diagnóstico precoce, aumentando as chances de cura das pacientes.

Câncer do colo do útero – Com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pela morte de 230 mil mulheres por ano. O surgimento do câncer do colo do útero está associado à infecção por um dos 15 tipos oncogênicos do HPV. Outros fatores de risco são: tabagismo, baixa ingestão de vitaminas, multiplicidade de parceiros sexuais, iniciação sexual precoce e o uso de contraceptivos orais.

Câncer de mama – O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo. Embora seja considerado um câncer de bom prognóstico, trata-se da maior causa de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente na faixa entre 40 e 69 anos, com mais de 11 mil mortes/ano (dados de 2007). Isso porque na maioria dos casos a doença é diagnosticada em estádios avançados.

Serviço:

O quê: Mutirão de diagnóstico de câncer de mama e colo do útero

Quando: sexta-feira, dia 08, durante todo o dia

Onde: Unidade de Saúde da Família do Alto do Peru (2º Travessa do Oriente, s/n, Alto do Peru, distrito sanitário São Caetano/Valéria)

Mais detalhes sobre ações da Secretaria Municipal de Saúde visite o site oficial, neste link.

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Saúde & Fitness: E por falar em dor…

Aproveito o tema do post recente sobre a moda de adotar mochilas como acessório fashion, evitando assim a sobrecarga nos ombros proporcionada pelas bolsas femininas, e publico na série Saúde & Fitness da semana, uma esclarecedora reportagem sobre a fibromialgia, síndrome caracterizada por dores generalizadas e, muitas vezes, incapacitantes. A fonte é o médico reumatologista Sergio Lanzotti (lá no final do post tem links para o twitter e o blog do especialista), diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Confiram:

*Fibromialgia: como conviver com uma dor que não passa?
No rol de combate à doença não podem faltar acompanhamento médico especializado, atividade física e uma boa alimentação

Dor nos ombros, nos braços, nas costas, nas pernas, na cabeça, nos pés. Quem tem fibromialgia conhece bem o corpo, pois todo ele reclama… Antigamente, as pessoas que apresentavam este quadro clínico sofriam duplamente, pois a doença demorou a ser reconhecida como um mal físico. “A fibromialgia já foi confundida com depressão e estresse. Por falta de informação — e diagnóstico —, os pacientes ainda tinham que sofrer na alma o transtorno que a dor já impingia ao corpo”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo (Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares).

A fibromialgia é classificada como uma síndrome porque se caracteriza por um conjunto de sintomas. “O que está presente em todos os quadros é a dor difusa pelo corpo inteiro, presente na maior parte do dia”, diz Sérgio Lanzotti. Em geral, a dor vem acompanhada de algumas outras manifestações como formigamento, irritabilidade, enxaqueca, cólon irritável, pernas inquietas e distúrbios do sono. “Os pacientes que apresentam  fibromialgia geralmente dormem mal, têm sono leve, entrecortado, não reparador. Ao despertar, a pessoa fica com a sensação de que não descansou”, explica o especialista em Reumatologia.

É comum ainda que os fibromiálgicos apresentem alterações de humor, com quadros de depressão ou de ansiedade. De acordo com pesquisas, 25% dos portadores apresentam sintomas de depressão junto com dores difusas, enquanto 50% relatam aos médicos que já tiveram crises depressivas, antes de surgir o quadro doloroso.

Com o avanço dos estudos e pesquisas sobre a doença, as evidências comprovam que a fibromialgia é uma doença física, sim. Não se trata de uma síndrome invisível. Há trabalhos científicos mostrando que o portador apresenta alterações na anatomia cerebral. Um desses estudos foi apresentado no final de 2008, na França. Graças a um exame por imagem chamado Spect –  tomografia computadorizada por emissão de fóton -, os médicos do Centro Hospitalar Universitário de La Timone, em Marselha, constataram que no cérebro de 20 mulheres com esse tipo de hipersensibilidade havia um fluxo maior de sangue em regiões que identificam a dor. Paralelamente, notaram uma queda de circulação na área destinada a controlar os estímulos dolorosos. Nas dez voluntárias saudáveis que participaram da pesquisa, nenhuma alteração foi detectada. Este trabalho soma-se a outros dados consagrados sobre a presença do distúrbio, como o aumento dos níveis de substância P, o neurotransmissor que dispara o alarme dolorido e a menor disponibilidade de serotonina, molécula que avisa ao sistema nervoso que a causa da dor já passou.

Confirmada que a fibromialgia está longe de ser uma doença psíquica, a pergunta que ainda não foi respondida é por que a doença surge. “Quando soubermos a sua origem, conseguiremos acabar com a causa e encontrar a cura”, diz o médico. Por enquanto, o que se conhece são os gatilhos do terrível incômodo — fatores que desencadeiam a crise, como o estresse pós-traumático —, além dos meios de minimizar o quadro e devolver qualidade de vida aos pacientes.

Para diagnosticar a doença  – Para diagnosticar adequadamente a fibromialgia é preciso estar atento aos seus vários sintomas. “O diagnóstico da doença é clínico, pois os exames complementares, na maioria das vezes, são absolutamente normais. É preciso basear-se na presença do quadro característico de dor e no reconhecimento de pontos pré-definidos que sejam dolorosos à pressão dos dedos do especialista”, explica Sérgio Lanzotti.

Para estabelecer o diagnóstico definitivo é preciso conhecer em detalhes a história do paciente, escutar suas queixas e procurar fatores emocionais ou quadros de depressão ou ansiedade. “Embora não sejam as causas diretas, as condições emocionais estão intimamente ligadas à enfermidade”, destaca o médico.

Tratamento melhora a qualidade de vida – Não existe uma terapêutica única para livrar o paciente de uma vez por todas das dores no corpo, problemas de sono, irritabilidade ou depressão associados. Mas a intensidade dolorosa poderá diminuir. Com a evolução do tratamento, a qualidade de vida pode melhorar. “O tratamento da fibromialgia precisa ser individualizado. Se houver alguma doença associada, ela deverá ser tratada para eliminar mais essa causa de sofrimento. E assim se procede com cada uma das doenças associadas. Procuramos equilibrar este paciente, sugerindo alterações no seu estilo de vida. Por exemplo, aconselhamos o paciente a não ficar parado. Atividades físicas aeróbicas e de baixo impacto, como uma caminhada; e/ou um trabalho de musculação bem dosado são benéficos, pois aumentam os níveis de endorfinas, melhoram o bem-estar e ajudam no relaxamento”, informa Lanzotti.

O médico destaca que, em alguns casos, juntamente com os exercícios, é necessário empregar medicamentos para manter a dor sob controle. “São prescritos medicamentos que atuam sobre os níveis de serotonina, melhorando o processo de inibição da dor e as mudanças de humor”, explica.

Os medicamentos utilizados no tratamento da fibromialgia abrangem desde analgésicos até anti-convulsivantes estabilizadores do Sistema Nervoso Central. “Dentre os tratamentos que estão sendo pesquisados para alívio das dores, destacamos a estimulação magnética transcraniana, que consiste na aplicação diária de  ondas elétricas em um local específico do crânio. O tratamento ainda é experimental, encontra-se em avaliação, tanto no Brasil, como em centros especializados do mundo, como o Centro de Neurociência da Universidade de Harvard, Boston, nos Estados Unidos”, informa Lanzotti.

Já as drogas como os opióides, com exceção do tramadol, não são muito eficazes no tratamento de pessoas fibromiálgicas. “O consenso é que no rol de cuidados não podem faltar remédios, atividade física aeróbica e uma boa alimentação. Um exemplo: caminhar de três a quatro vezes por semana, durante 30 minutos, libera substâncias prazerosas como as endorfinas e relaxa a musculatura. Alguns portadores de fibromialgia que seguem esse receituário chegam até a dispensar a medicação”, diz o reumatologista.

Por fim, Sérgio Lanzotti destaca que durante o tratamento, é preciso “ensinar ao paciente algumas artimanhas para evitar os fatores estressantes, que são gatilhos para a dor. Técnicas de respiração e de relaxamento podem ser caminhos para o alívio do sofrimento também”, defende.

Para saber mais:

Site: www.iredo.com.br

Blog: vivendosemdor.wordpress.com

Rede Social: twitter.com/sergiolanzotti

*Material elaborado e encaminhado ao blog para divulgação, pela jornalista Márcia With, da MW Comunicação.

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Saúde: O que é Síndrome dos Ovários Policísticos?

Selecionei para publicação nesta quinta aqui no blog, uma reportagem enviada para nós, via email, pela jornalista Márcia Wirth, da MW Consultoria – empresa especializada em assessoria na área de saúde -, sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos. O texto explica o que é a SOP, quais os sintomas mais comuns e quais as consequências para a mulher portadora deste problema. Faz ainda um alerta sobre a necessidade do diagnóstico e tratamento para a manutenção da qualidade de vida. Vale a pena conferir:
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*Síndrome dos Ovários Policísticos: Sintonia entre ginecologista e endocrinologista facilita diagnóstico e tratamento

Para muitas pacientes, não é nada esclarecedor quando elas são informadas que tem a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). A começar pelo nome, pois a Síndrome dos Ovários Policísticos pode ocorrer sem que o exame de ultra-sonografia revele cistos nos ovários. Além disso, 20% das mulheres normais podem apresentar ovários policísticos, sem nenhuma manifestação clínica ou alteração hormonal, não sendo classificadas como portadoras da Síndrome dos Ovários Policísticos. O diagnóstico da SOP é feito quando pelo menos 2, dos 3 critérios abaixo forem positivos em uma adolescente ou mulher adulta:

(1) infertilidade devido a falta de ovulação;
(2) evidências clínicas (acne, excesso de pelos corporais, seborréia, queda de cabelos) e/ou laboratoriais de excesso de hormônios masculinos;
(3) múltiplos pequenos cistos ovarianos vistos através da ultra-sonografia pélvica.

Sinais de alerta – Alterações menstruais constantes constituem-se num sinal de alerta para as mulheres, pois podem indicar a presença da Síndrome dos Ovários Policísticos ou de endometriose. “A mulher que apresenta a Síndrome dos Ovários Policísticos menstrua a cada dois ou três meses e, freqüentemente, tem apenas dois ou três episódios de menstruação por ano. Outros sintomas da doença são o hirsutismo (aumento de pelos no rosto, nos seios e na região do abdômen); a acne; a obesidade e uma dificuldade para engravidar”, explica o ginecologista Aléssio Calil Mathias, diretor da Clínica Genesis.

A Síndrome dos Ovários Policísticos surge, normalmente, na puberdade e vai até a menopausa. Geralmente, tudo começa por volta dos 10 ou 12 anos, quando os ovários da menina, até então inativos, passam a produzir hormônios em grande quantidade, desencadeando a puberdade e com ela a menarca, nome dado a primeira menstruação. “Nessa época, já se nota uma maior tendência ao ganho de peso. No rosto, os efeitos dos hormônios sob a forma de acne e seborréia, características que dão à pele da adolescente aquela aparência oleosa, se fazem notar. Tudo isso pode ser normal e desaparecer lentamente, assim que a turbulência hormonal dá lugar às secreções hormonais cíclicas e regulares da mulher adulta”, explica Silvia Mizue, endocrinologista da Clínica Genesis.

Mas em alguns casos, estes sintomas não desaparecem…  Por isso, é comum a mulher com ovários policísticos procurar vários especialistas, ao longo da vida, em busca de tratamento apropriado. Nos consultórios dos endocrinologistas e ginecologistas, elas se queixam de grande dificuldade de perder peso e das alterações clínicas secundárias ao excesso de hormônios masculinos que seus ovários fabricam.

Distúrbios hormonais – É importante dizer que todas as mulheres produzem fisiologicamente hormônios masculinos. Na mulher, uma importante função dos andrógenos é aumentar a libido. Mas, o principal problema que a Síndrome dos Ovários Policísticos provoca está relacionado com a ovulação. “A testosterona interfere nesse mecanismo e, ao mesmo tempo, aumenta a possibilidade da incidência de cistos. Os cistos representam a parada do desenvolvimento dos folículos para ovular. Nesta situação, a mulher não ovula porque lhe faltam condições endócrinas para tanto”, explica Silvia Mizue.

As queixas ginecológicas mais importantes das mulheres com SOP são a irregularidade menstrual e a infertilidade. “Além disso, várias complicações podem ocorrer com essas mulheres, quando elas conseguem engravidar, como maior índice de abortamentos, diabetes gestacional, hipertensão arterial na gestação e pré-eclâmpsia. Para todas estas complicações, o tratamento adequado reduz a incidência dessas complicações e quase as igualam às mulheres normais”, diz o ginecologista Aléssio Calil Mathias.

Possibilidades terapêuticas – O tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos depende essencialmente da fase de vida da mulher. O que é mais importante em determinado momento e qual o sintoma que mais  incomoda esta mulher são perguntas que os especialistas que assistem esta paciente devem se fazer. Como se trata de uma doença crônica, não há cura da síndrome, e sim, tratamento dos sintomas.  “Uma adolescente de 15/16 anos, obesa, com pelos, acne e perturbações menstruais, precisa tentar emagrecer. Às vezes, perder peso já pode ser suficiente para reverter o quadro, porque a obesidade gera resistência à insulina e essa resistência produz o aumento de andrógenos, os hormônios masculinos”, explica a endocrinologista da Clínica Genesis.

“Se ela não for obesa, torna-se necessário diminuir a produção dos hormônios masculinos e uma das maneiras mais simples de fazê-lo é por meio da pílula. O anticoncepcional atua também na unidade pilossebácea, reduzindo o crescimento dos pelos e a produção de sebo. Dessa forma, melhoram os quadros de hirsutismo, acne e as alterações menstruais, uma vez que a pílula regulariza os ciclos”, explica o ginecologista Aléssio Calil Mathias.

Infertilidade e SOP – Até os 23 anos de idade, mais ou menos, mulheres com a Síndrome podem ovular esporadicamente. Sabe-se que nem todas as menstruações que ocorrem espaçadamente são ovulatórias, mas algumas são, e a mulher consegue engravidar. “É muito comum a referência de que antes dos 23 anos, elas tiveram um ou dois filhos. Depois, não conseguiram mais engravidar. Essa é uma das patologias mais simples de serem tratadas porque as mulheres, em geral, respondem ao indutor da ovulação. Ele é administrado por via oral, cinco dias por ciclo, a partir do primeiro dia, e é capaz de corrigir as anomalias endócrinas e provocar ovulação. Grande parte das mulheres responde bem ao tratamento e engravida”, diz Mathias. Para as que não conseguem engravidar com o indutor de ovulação, resta, ainda, o estímulo dos ovários com gonadotrofinas, o que se faz normalmente na fertilização in vitro.

Obesidade x SOP – Apesar da obesidade não entrar nos critérios diagnósticos da SOP, ela é muito frequente. A grande maioria das pacientes tem sobrepeso, obesidade ou uma grande dificuldade de manter o peso ideal. “Além disso, a SOP se associa a um tipo especial de obesidade, aquela que se acumula no tronco, principalmente no abdômen. É a obesidade visceral, que traduz o excesso de insulina que acompanha essas pacientes e, muitas vezes, dificulta a perda de peso”, destaca Silvia Mizue, endocrinologista da Clínica Genesis.

O excesso de insulina no sangue é a marca de uma obesidade mais resistente à perda de peso. A insulina é um hormônio anabolizante e favorece o estoque de calorias, em detrimento da queima. “Logo, todas as formas de se reduzir o excesso de insulina são válidas, mas a mais importante é a melhora da sensibilidade à ação do hormônio. Assim que possibilitamos uma maior eficácia do hormônio, ele passa a ser produzido em menor quantidade e seus níveis sangüíneos caem. Isso pode ser conseguido com atividade física, dieta adequada, perda de peso e alguns medicamentos”, defende Silvia Mizue.

Para saber mais sobre a Síndrome:

Site: www.clinicagenesis.com.br

Rede Social: http://twitter.com/dralessio

Blog Gestação Saudável

*Material elaborado por Márcia Wirth, da MW Consultoria de Comunicação em Saúde

Um lembrete importante: O blog não prescreve tratamentos e nem faz diagnósticos. As fontes da reportagem acima, por exemplo, são dois médicos. Faço um alerta para que as leitoras que queiram mais esclarecimentos, que  busquem marcar consultas presenciais com as suas ginecologistas e endocrinologistas. As reportagens de saúde publicadas aqui no Conversa tem a função apenas de alertar, informar e disseminar uma cultura do cuidado de si. Sempre selecionamos com muito cuidado as fontes de pesquisa e também os textos prontos e os artigos enviados para nós e só publicamos material de boa procedência e elaborado por quem entende do assunto.  Batemos tanto na tecla da saúde, porque é um tema muito caro a nós mulheres, mas combatemos a auto-medicação e como não somos médicas, não fazemos diagnósticos e nem damos consultas ou indicamos remédios. Cuidem-se meninas, para si mesmas e para as pessoas que amam vocês!

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Vinte anos da descoberta do vírus da Hepatite C

Representação do vírus da Hepatite C
Representação do vírus da Hepatite C

A Hepatite C atinge cerca de três milhões de pessoas no país e infecta cinco vezes mais que a AIDS. Este ano, completam-se vinte anos da descoberta do VHC, vírus causador da Hepatite C, ocorrida em 1989. Recebemos um bom material, que esclarece algumas dúvidas sobre a chamada doença silenciosa, pois o vírus leva anos encubado, antes dos problemas de saúde se manifestarem. Abaixo, transcrevo o material recebido através da assessoria de comunicação do HC – FMUSP (Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo). No final do post, os interessados em saber mais sobre a doença encontram o link para o Portal da Hepatite, uma página na internet com informações completas sobre a doença e suas manifestações. No portal, há também os contatos dos grupos de apoio aos portadores em Salvador – BA e demais capitais.

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“A epidemia silenciosa faz 20 anos”

Na década de 70 e 80, a epidemia de Hepatice C se disseminou pelo mundo, atingindo de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 170 e 200 milhões de pessoas, equivalente a 3% da população mundial. Vinte anos mais tarde, os métodos de diagnóstico e tratamento avançaram muito, mas o cenário continua alarmante. A hepatite C é a maior causa de cirrose e câncer de fígado no mundo e se tornou o principal motivo de morte dos portadores de HIV.

A doença contamina cinco vezes mais brasileiros do que a AIDS. No País, existem 600 mil portadores do vírus da AIDS contra cerca de três milhões de pessoas infectadas com o vírus da hepatite C, segundo estimativas do Ministério da Saúde. De acordo com o infectologista Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, Coordenador do Comitê de Hepatites Virais da Sociedade Brasileira de Infectologia e Médico Assistente-Doutor da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do HC-FMUSP, a coinfecção HIV-Hepatite C, entre os usuários de drogas infectados pela AIDS, chega a quase 100%. “Morre-se pelas complicações do fígado e não pelas infecções associadas ao HIV”, explica. A proporção diminui se a pessoa adquiriu o HIV por via sexual. “Nesse caso, teremos ao redor de 15% de coinfecção HIV-Hepatite C”, completa.

Mapa de distribuição da Hepatite C no mundo. Fonte: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
Mapa de distribuição da Hepatite C no mundo. Fonte: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)

Segundo o especialista, desde a descoberta do vírus, os avanços foram muito expressivos, mas ainda há muito que melhorar. “Não temos só noticias ruins, a terapia para a hepatite C evoluiu muito. No início, com o uso apenas do interferon alfa, tínhamos ao redor de 6% de sucesso no tratamento”, explica o especialista. “Hoje saltamos para uma média de sucesso de 50% – dependendo do caso pode ser maior – e, em breve, com o advento de novas modalidades terapêuticas, devemos atingir ao redor de 75% de sucesso. Ainda não é 100%, mesmo por que não contamos com uma vacina preventiva”, completa.

O mais preocupante é que a maioria dos portadores, principalmente os mais idosos – em que a prevalência da doença chega a ser o dobro da população em geral – desconhece a sua condição. Isso ocorre, pois a hepatite C é uma doença que evolui silenciosamente sem apresentar nenhum sintoma. “Nesse cenário, tornou-se corriqueiro nos deparar com o diagnóstico tardio, quando as pessoas já apresentam o câncer de fígado ou uma doença hepática avançada” ressalta Dr. Evaldo Stanislau.

Diagnóstico e Tratamento da Hepatite C

A hepatite C crônica é uma doença de evolução lenta e que não causa sintomas por um longo tempo, mas nos estágios mais avançados o quadro sintomático pode ser bastante grave. A doença teve os primeiros casos diagnosticados em 1990, especialmente, em pacientes que receberam transfusão sanguínea antes de 1992. Transmitida, principalmente, pelo contato com o sangue, a hepatite C pode ser contraída por uso de material cortante não esterilizado adequadamente (manicure), compartilhamento de agulhas, hemodiálise, realização de tatuagem sem técnicas de esterilização adequadas ou de acupuntura sem agulhas descartáveis e ainda pelo uso endovenoso de drogas ilícitas. A evolução da doença crônica pode causar cirrose hepática em cerca de 20% dos pacientes em 10 anos, podendo desenvolver também câncer de fígado. Por esse motivo, o diagnóstico precoce é fundamental para a detecção rápida da doença e o estabelecimento de um tratamento adequado, que pode em muitos casos garantir a cura, evitando as complicações de longo prazo.   

Atualmente, os pacientes tratados com remédios de última geração para hepatite C, podem atingir altas taxas de resposta virológica sustentada (RVS), ou seja, a ausência do vírus após o tratamento, considerada como a cura para a Hepatite C. No entanto, especialistas alertam para o diagnóstico precoce e o início da terapia individualizada como o alvo principal para atingir as melhores taxas de resposta.

Locais de Tratamento

O Sistema Único de Saúde oferece tratamento para os pacientes com doenças hepáticas. Há também outros centros especializados, além deínicas privadas e dos postos do SUS no Brasil.

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>>Visite o Portal da Hepatite  e veja onde buscar apoio

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Mutirão para diagnóstico de glaucoma em Salvador

Conversa de Menina abre espaço para divulgar a 6ª Campanha Salvador Contra o Glaucoma, que acontece nestas quinta e sexta-feira, dias 9 e 10 de julho, e espera atender até duas mil pessoas com exames gratuitos para indivíduos acima de 45 anos.  Confiram as informações enviadas pela assessoria de comunicação da campanha e ajudem a divulgar a iniciativa.

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Glaucoma_2Segunda principal causa de cegueira no mundo, o glaucoma está no topo da lista quando se trata da população negra e parda, que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem mais tendência de desenvolver a doença. Daí a importância da campanha Salvador Contra o Glaucoma, que mobiliza médicos e hospitais em um grande mutirão para esclarecer dúvidas da população e oferece exames oftalmológicos para o grupo de risco. A campanha será nos dias 9 e 10 de julho, quinta e sexta-feira, no Largo do Bonfim, em frente à Igreja Nosso Senhor do Bonfim.

“De fato, numa cidade onde mais de 70% da população é formada por negros e pardos, campanhas dessa natureza são essenciais. Limitamos o atendimento a pessoas com mais de 45 anos pelo fato de a incidência ser maior a partir dessa idade, além de não termos estrutura para atender a todos. Mas fica o alerta para a população em geral sobre a importância da prevenção”, orienta a oftalmologista Cláudia Galvão, Presidente da Sociedade de Oftalmologia da Bahia (SOFBA), organizadora do evento.

Segundo ela, no que se que refere ao glaucoma, além dos afro-descendentes, devem consultar um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano pessoas que apresentem uma ou mais das seguintes características: ter mais de 45 anos, já ter constatado pressão ocular elevada, ter caso de glaucoma na família, diabetes, miopia, histórico de lesão nos olhos ou que façam uso prolongado e continuo de esteróides/cortisona.

Sobre a campanha

Trinta médicos voluntários irão aplicar dois exames preliminares – de pressão ocular e de fundo de olho -, que podem indicar suspeita de glaucoma. “Quando identificarmos risco real, iremos encaminhar o paciente para uma avaliação médica mais detalhada. Esses pacientes irão sair da triagem com uma consulta já agendada”, afirma Dra. Fabíola Mansur, oftalmologista conselheira da SOFBA. Nos últimos cinco anos de campanha, das 16 mil pessoas atendidas, 3,5 mil foram encaminhadas para a segunda consulta.

A campanha tem o apoio da Alcon Laboratórios do Brasil Ltda e de cinco instituições médicas: Hospital das Clínicas de Salvador, Hospital Roberto Santos, Hospital Santa Luzia, Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira – IBOPC e a Clinica de Olhos Oftalmodiagnose

O glaucoma

glaucomaFreqüentemente chamado de “inimigo oculto”, o glaucoma atinge mais 1 milhão de brasileiros. Trata-se de uma doença isolada multifatorial, que envolve danos ao nervo óptico, responsável por enviar sinais visuais ao cérebro. A doença não tem cura, mas o diagnóstico precoce pode evitar a perda da visão. Na maioria dos casos, um tratamento à base de colírios pode ser o suficiente para manter a enfermidade sobre controle. Mas medicamentos orais e intervenções cirúrgicas também podem ser necessários. “O tratamento requer uma rígida disciplina para funcionar. Muitos pacientes se esquecem de pingar o colírio ou não respeitam os horários de aplicação do medicamento, já que a doença é assintomática”, alerta Dra. Cláudia.

No passado, a pressão intra-ocular era controlada basicamente com o uso de colírios que apresentavam alguns efeitos colaterais sistêmicos e exigiam de duas a três aplicações por dia. Na última década, o advento de colírios de prostaglandinas no tratamento clínico do glaucoma foi um verdadeiro avanço, por serem mais seguros, eficazes e oferecerem maior comodidade posológica, pois, em muitos casos, podem ser aplicados apenas uma vez no dia.

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Links úteis:

>>O que é glaucoma? – Site do Instituto Benjamin Constant

>>Saiba mais sobre o glaucoma – Site Saúde Vida On Line

>>Site da Sociedade Brasileira de Glaucoma

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