Mulheres ocupam postos do canteiro de obras ao alto escalão

Recebemos duas informações interessantes, de fontes diferentes, sobre o mercado de trabalho feminino no Brasil. Enquanto uma pesquisa revela que as meninas ocupam 36% dos cargos de liderança em empresas brasileiras, um projeto mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, voltado para capacitação técnica de profissionais na construção civil, mostra que 85% das turmas em cursos como pedreiro e eletricista são formadas por mulheres. Sem dúvida é o tipo de conhecimento que merece ser difundido, até para acabar com essa ideia ainda vigente de que existem profissões exclusivas para cada gênero. De jeito nenhum! Seja no alto escalão de uma multinacional ou como responsável técnica numa obra, estamos conquistando espaço e arduamente vencendo preconceitos. Profissional bom ou ruim, existe de qualquer sexo. O que vai determinar quem fica com a vaga é o talento, a iniciativa, o nível de conhecimento e a disposição para realizar a tarefa.  Confiram detalhes abaixo:

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Mulheres ocupam 36% dos cargos de liderança em empresas brasileiras

Estudo exclusivo conduzido pela Great Place to Work, com base na análise da pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil, mostra que 43% dos postos de trabalho das 100 empresas que integram a edição 2009 do ranking, são ocupados por mulheres, sendo 36% postos de liderança versus 64% de ocupação masculina. Essas empresas contam juntas com 403.587 profissionais, dos quais 174.902 são mulheres – 19.586 em postos de chefia.

Para se ter uma ideia da ascensão feminina no ambiente corporativo brasileiro, em 1997 apenas 11% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres. Nos Estados Unidos, em 2009, das 100 Melhores Empresas para Trabalhar, apenas quatro têm mulheres na presidência.

No Brasil, o estudo revela que nas empresas presididas por mulheres, o índice de confiança dos funcionários é maior: 83% versus 81% nas empresas lideradas por homens. Em contrapartida, as mulheres demonstram níveis de satisfação menores do que os homens: na média geral, o índice de satisfação é 83% contra 76% das mulheres. A análise mostra que apesar de todo o avanço da participação feminina no mercado de trabalho, ainda existem diferenças importantes – atuando em uma mesma posição profissional, a mulher ganha menos, leva mais tempo para atingir cargos de liderança e dedica mais tempo ao estudo, formação e aprimoramento profissional.

Segundo Ruy Shiozawa, CEO do Great Place to Work, as Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil buscam incorporar no modelo de gestão características femininas como maior capacidade de delegar; facilidade no relacionamento interpessoal; talento para gerir equipes; e poder de negociação. “A valorização dessas características por parte das empresas representa uma importante evolução, pois o cenário era outro quando iniciamos a pesquisa há mais de uma década. No passado, as mulheres selecionadas para cargos de liderança, dadas as enormes dificuldades para ocupar espaço, deixavam de lado as características femininas, pois precisavam apresentar um comportamento idêntico ao dos pares masculinos”, avalia o executivo.

Shiozawa acrescenta que em tempos de crise econômica mundial, as características presentes no perfil feminino de gestão são ainda mais valorizadas. “Não por acaso, registramos o aumento da presença das mulheres nas Melhores Empresas para Trabalhar, em 2009, tanto em cargos de chefia, quanto na presidência”, salienta.

Mulheres na presidência das Melhores Empresas para Trabalhar:

–  BRASILATA: Amélia Ramos Heleno

–  BYOFÓRMULA: Yukiko Eto

–  CULTURA INGLESA: Maria Lucia Willemsens

–  ERICSSON: Fatima Maria Queiroga Raimondi

–  INSTITUTO ITAÚ CULTURAL: Milu Vilella

–  LABORATÓRIO SABIN: Janete Ana Ribeiro Vaz e Sandra Santana

–  MAGAZINE LUIZA: Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues

–  PREZUNIC: Andrea Dias da Cunha

–  QUINTILES BRASIL: Marisa Sanvito

–  ZANZINI MÓVEIS: Palmyra Benevenuto Zanzini

Em 2008, das 100 Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil, oito contavam com mulheres na presidência: Byofórmula, Cultura Inglesa, Laboratório Sabin, Magazine Luiza, Okto, Prezunic, Quintiles Brasil e Zanzini Móveis.

A pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil é baseada em duas avaliações: uma com os funcionários, que respondem a um questionário composto de 57 itens e duas questões abertas, nas quais destacam os principais pontos fortes da empresa e as suas oportunidades de melhoria. A outra avaliação é realizada com a própria empresa, que detalha as práticas de gestão de pessoas.

Presença feminina também canteiros de obras – Na Associação de Apoio Comunitário à Educação, à Cultura e à Cidadania (ACAFAG), que ministra cursos gratuitos de formação técnica geral em Salvador e duas cidades da região metropolitana (Candeias e São Francisco do Conde), 85% das alunas dos cursos de pedreiro/azulejista, eletricista/encanador e carpinteiro/armador são mulheres. Tanto que a entidade, mantida pelo Programa de Formaçãop Profissional do Ministério do Trabalho e Emprego, abriu este ano uma turma só para as meninas. Em 2010 eles devem repetir a iniciativa. Para as interessadas, o endereço da ACAFAG é Estrada do Coqueiro Grande, 126, Cajazeiras. Telefone: (71) 3305-0935 e e-mail: [email protected]

*Material encaminhado ao blog pela assessoria de comunicação do Great Place to Work-Brasil e assessoria de comunicação da ACAFAG.

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