Instituto Avon apresenta pesquisa sobre violência doméstica

Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Desse total, 63% tomaram alguma atitude, o que demonstra a mobilização de grande parte da sociedade para enfrentar o problema. 27% das mulheres entrevistadas declararam já ter sido vítimas de violência doméstica, enquanto apenas 15% dos homens admitiram ter praticado esse crime.

Esses são alguns dados da pesquisa Instituto Avon/Ipsos – Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, em que 1,8 mil pessoas de cinco regiões brasileiras foram entrevistadas.

Uma das grandes conquistas do estudo é a ampliação do espaço seguro para homens e mulheres se comunicarem, segundo avaliação da especialista em pesquisa de opinião Fátima Pacheco Jordão, conselheira do Instituto Patrícia Galvão, um dos parceiros da Avon na iniciativa: “Uma técnica sofisticada foi utilizada pela primeira vez nas pesquisas sobre violência contra mulheres no Brasil, com o objetivo de obter respostas mais fidedignas para um assunto tão complexo. No capítulo relativo à violência vivenciada por homens e mulheres, os entrevistados preencheram o questionário em sigilo (sem nenhuma indicação de dados pessoais), e o colocaram em um envelope. Dessa forma, evitou-se que o entrevistado se sentisse inibido ou influenciado a dar respostas padrão e aceitas pelo costume”.

59% CONHECEM UMA MULHER QUE SOFREU VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

“Com esse estudo, a Avon e o Instituto Avon esperam contribuir para a reflexão e maior compreensão deste desafio e oferecer subsídios para fundamentar o trabalho dos envolvidos – organismos públicos e privados, associações de bairro, lideranças comunitárias, acadêmicos e leigos – em encontrar saídas para a erradicação da violência doméstica” afirma Luis Felipe Miranda, presidente da Avon Brasil. “Teremos cumprido nossa missão se conseguirmos ampliar a discussão do tema, pautando-a na construção de relações baseadas na cooperação, no respeito e na convivência pacífica.”

62% RECONHECEM VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

“A pesquisa demonstra, com números contundentes, que a percepção de homens e mulheres sobre a gravidade da violência contra a mulher avança na sociedade brasileira. Hoje, 62% da população já reconhece a violência psicológica como uma forma de violência doméstica, por exemplo,” afirma Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão, ícone na análise da violência doméstica. Os resultados revelam que há ainda um longo trabalho a ser realizado em disseminação de informação, já que os números sobre a percepção da definição do que é violência diferem pouco do estudo anterior.

94% CONHECEM A LEI MARIA DA PENHA e 13% SABEM O SEU CONTEÚDO

Outro parceiro na pesquisa, a Associação Palas Athena, contribuiu com a reflexão sobre a invisibilidade das atitudes violentas no cotidiano, como também preparou uma lista que relaciona diversos recursos à disposição dos interessados no assunto – de livros a organizações e profissionais especializados em tratar os conflitos familiares com ferramentas pacificadoras.

Outros dados importantes do estudo:

* Falta de condições econômicas e preocupação com a criação dos filhos: percebidas como as principais razões para manter as mulheres atadas a um relacionamento abusivo.

* Delegacias e conversa com amigos e familiares: as ajudas que as mulheres mais indicam para as vítimas.

*A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.

A íntegra da pesquisa está disponível no site do Instituto Avon, acesse aqui.

**Material produzido pela assessoria de comunicação da Avon BR.

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*Pesquisa: 74% dos cidadãos globais não acreditam que “lugar de mulher é em casa”

Típica dona-de-casa clássica, dos anos 50, perde espaço no imaginário coletivo global

Uma notícia boa para comemorarmos nesta Semana da Mulher. Uma pesquisa recente da Reuters, conduzida pela Ipsos, mostra que em 23 países, que juntos representam 75% do PIB mundial, 74% dos adultos (entre homens e mulheres) não concordam com a velha máxima machista de que “lugar de mulher é em casa”. Infelizmente, ainda existem 26% de pessoas, em um total de 24 mil entrevistados, que acreditam que as mulheres não devem ocupar tanto espaço na sociedade!

Entre os países onde o machismo ainda impera estão Índia, Turquia, Japão, China, Rússia, Hungria e Coreia do Sul. Historicamente tem explicação, embora não se justifique mais nos dias de hoje, mas estes países possuem culturas mais fechadas, muito antigas, calcadas no patriarcalismo e um forte apego a tradições milenares que colocam a mulher em posições sociais inferiores em relação aos homens e portanto, subordinadas a eles. No entanto é bacana perceber que os chineses estão mais avançados nesse quesito do que os japoneses (comparando as duas culturas milenares). Conforme os dados da Reuters/Ipsos, enquanto 66% dos chineses já discordam desse tipo de postura, os japoneses somam apenas 52% contra a máxima machista, com 48% a favor.

Já entre os países onde acredita-se que essa herança patriarcal já devia ter sido superada há muito tempo estão Argentina, França, México, Suécia e Brasil. No entanto, nota-se uma inclinação maior no discurso do que em atitudes práticas no dia a dia. No Brasil, por exemplo, 10% dos entrevistados ainda acham que as mulheres merecem da vida apenas panelas e fraldas. Felizmente, outros 90% não concordam.

Confiram a lista dos países onde boa parte da população acredita que: “lugar de mulher é em casa”

Índia                     54% concordam /46% discordam

Turquia                52% concordam /48% discordam

Japão                   48% concordam /52% discordam

China                 34% concordam /66% discordam

Rússia                 34% concordam /66% discordam

Hungria               34% concordam /66% discordam

Coreia do Sul     33% concordam /67% discordam

Agora vejam a lista dos que discordam da pérola do machismo

Rep.Tcheca        28% concordam /72% discordam

Austrália             25% concordam /75% discordam

EUA                     25% concordam /75% discordam

Grã-Bretanha     22% concordam /78% discordam

Holanda              20% concordam /80% discordam

Canadá               20% concordam /80% discordam

Itália                     19% concordam /81% discordam

Polônia                18% concordam /82% discordam

Bélgica                16% concordam /84% discordam

Alemanha          14% concordam /86% discordam

Espanha             12% concordam /88% discordam

Brasil                  10% concordam /90% discordam

Suécia                 10% concordam /90% discordam

México                 9% concordam /91% discordam

França                 9% concordam /91% discordam

Argentina            9% concordam /91% discordam

>>Clique aqui e confira a integra da pesquisa da Reuters/Ipsos (em inglês)

*Os dados da pesquisa foram encaminhados ao blog pela assessoria da Ipsos, referência mundial em pesquisa de mercado e interpretação de dados. Criada em 1975 na França, presente no Brasil desde 1997, consolidou-se como uma das maiores empresas de pesquisa do mundo.

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