O perigo do mercado de cosméticos infantis

Alguém aí já parou para pensar nos prejuízos que podem causar o crescimento desenfreado do mercado de cosméticos infantis? Confesso que ainda não havia atentado para o assunto, até receber por e-mail um material da DeCastro Assessoria de Imprensa, falando sobre isso. Achei pertinente os questionamentos feitos pelos médicos no material e estou reproduzindo-os aqui no blog, para que nos conscientizemos da importância de se ter o máximo de cuidados com os pequenos.

Nos dias de hoje os pequenos, certamente, já têm poder de decisão na hora de escolher o que querem, seja no supermercado, na loja de brinquedos ou em um passeio ao shopping. É nesse contexto que os cosméticos infantis conquistam o mercado e caem no gosto dos baixinhos.

O setor, que anda em constante crescimento, tem no Brasil um dos maiores mercados do mundo, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse dado pode ser explicado por um simples fato: a criançada está ficando cada vez mais vaidosa. Porém, da mesma forma que o mercado prospera, aumentam também as dúvidas e preocupações dos pais, médicos e vigilantes. O que é seguro para uma pele tão delicada?

Para Marília Peixoto, gerente da Sther Cosméticos, que apresenta uma linha inteira só de produtos infantis, alguns cuidados são fundamentais na hora da elaboração: “Obrigatoriamente, antes do lançamento, é feito um teste de segurança e um teste de irritação dérmica e ocular, além disso, é necessária uma autorização do Ministério da Saúde”, relata.

O mais importante é ter cautela na hora de adquirir o produto. Sueli Marquesin, mãe da Beatriz, de apenas dois anos, passou por muitos apuros por causa disso. “Ela já chegou a gritar durante o banho e ficar com a pele toda empipocada por causa de um repelente”, conta.

De acordo com o Dr. João Henrique Abdel Massih, pediatra há 30 anos, “deve-se prestar muita atenção nas indicações contidas nas embalagens e comprar produtos de acordo com a idade da criança, jamais usar os de adultos”.

A pele infantil é mais sensível, tem uma absorção maior que a pele do adulto e a sudorese ainda não é eficiente. “É preciso escolher sempre produtos hipoalergênicos, com quantidades menores de ingredientes químicos e testados dermatologicamente”, explica a dermatologista Fernanda Herreros.

A especialista completa ainda que “a maioria dos produtos que causam irritação tem em sua composição o radical lauril. Se a criança apresentar sinais de irritação, primeiramente é preciso suspender o uso, dar um banho e lavar os olhos com soro fisiológico. Se os sintomas persistirem, um médico deve ser consultado”.

Fernanda explica que os casos mais frequentes que aparecem em seu consultório são os de alergia a esmalte e maquiagem. “Quanto mais nova for a criança, menos exposta ela deve ser a tantos tipos de produtos”, adverte.

Para as mamães que adoram uma novidade, o alerta da Anvisa é respeitar as características dos baixinhos e sempre optar por marcas idôneas.

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