Site dá dicas de como educar sem palmadas

O site da revista Crescer preparou um especial chamado Palmada, não! com respostas às dúvidas sobre o novo projeto de lei que proíbe o castigo físico, sugestões de como criar os filhos sem violência física, artigos e enquete. A Lei da Palmada foi encaminhada ao presidente Lula na semana passada e acrescenta um artigo ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que versa sobre os cuidados na infância e adolescência sem castigo corporal ou tratamento cruel.

A ideia do especial da Crescer é mostrar que existem outras formas de educar um filho que não seja usando a didática do chinelo. Segundo psicológos especializados no desenvolvimento infantil, ao contrário do que reza o senso comum, palmada não é educativa. Impor respeito a um filho e junto com o respeito, estabelecer limites, deve ser fruto de diálogo e do exercício de autoridade, mas que essa autoridade não seja ditatorial.

O problema, na minha opinião, é que os pais acabam não exercendo a autoridade e não mostrando para a criança quem é que está no comando, quem é que orienta e quem tem a última palavra nas decisões. Afinal, uma criança não pode decidir por si mesma o que é melhor para ela porque ainda é um ser em formação. O que essa pessoa vai se tornar no futuro é sim responsabilidade total dos pais ou responsáveis por sua criação. A escola ajuda, até oferece um suporte, mas o ônus é dos pais. Com os adolescentes a coisa complica ainda mais, porque nesse caso, é a maturidade que falta a eles para tomarem conta do próprio nariz. M as na hora de negociar, os pais simplesmente acham mais cômodo ceder.Ou então, ainda há os que acreditam que criar filho é pagar boa escola, oferecer conforto material e realizar todos os caprichos da criança ou do adolescente. Ledo engano!

Sempre digo que criar filhos dá trabalho, uma fórmula mágica ninguém tem. Na maioria das vezes é na base da tentativa e acerto. Mas há que se ter responsabilidade na hora de fazer as tentativas, usar o bom-sendo, sempre, e claro, estar aberto a negociação, mas dentro de um limite. Quem estabelece as regras da negociação são os pais, não as crianças. É um exercício de poder mesmo, mas esse poder tem de ser usado com sabedoria, senão vira repressão. A questão principal, ao meu ver, é decidir quanto do seu tempo você pretende entregar ao papel de mãe ou pai, porque filho é tempo integral, não duvide. Mesmo sem abrir mão de carreira, do lazer, dos momentos íntimos e afins, um filho preenche todo o espaço da nossa vida e cada ato passa a ser reflexivamente construído para garantir o bem-estar mínimo dessa criatura que botamos no mundo.

Voltando à reportagm da Crescer, a revista se antecipa às mudanças da Lei da Palmada e explica por exemplo, por que bater não educa? O que a criança sente quando está apanhando? Quais são as conseqüências da palmada para a vida da criança? O site traz ainda um artigo da psicóloga Rita Calegari e uma entrevista com o autor e psicólogo espanhol Guillermo Ballenato. Ou seja, leitura mais que recomendada.

Sobre a Crescer – A revista orienta mães e pais desde que planejam engravidar até que seus filhos completem 8 anos. Sempre traz reportagens intercaladas com histórias de vida e informações de especialistas para falar com os pais que desejam cuidar dos filhos da melhor maneira, sem deixar de lado o relacionamento afetivo, a profissão e a casa. O site Crescer – www.crescer.com.br – segue a mesma linha, com atualizações diárias e apresenta conteúdo seguro sobre temas de gravidez, saúde, nutrição, comportamento, educação e cultura.

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Leia mais no blog sobre a palmada:

>>Um tapinha dói mais do que a gente pensa

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Campanha “Mãe, lê pra mim?” entra no ar neste domingo

Matheus cresceu me ouvindo contar-lhe histórias – não só eu, mas a avó e a tia também contavam – e o resultado é que aos 12 anos, além de um leitor assíduo, também arrisca exercitar a imaginação criando as próprias aventuras e publicando em um blog. Corujices de mãe a parte, aproveito o exemplo doméstico para divulgar o lançamento da campanha “Mãe, lê pra mim?” do Instituto Pró-Livro, que ocorre neste domingo, dia 04.

Através de parceria com o Instituto Pró-Livro, o teaser de 30 segundos será veiculado na TV, pela Rede Globo, até o dia 31 de julho, com depoimentos de artistas, formadores de opinião e pessoas comuns, testemunhando como o incentivo à leitura dentro de casa influencia no processo de ler por prazer. O destaque é o ator Tony Ramos (protagonista de Passione) falando sobre a importância da leitura em sua vida.

O projeto do vídeo foi concebido durante a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Durante os dez dias do evento, foram recolhidos depoimentos dos visitantes falando sobre quais foram seus principais incentivadores da leitura.

Pessoalmente, meu incentivo veio da minha mãe, que é do tipo que conta histórias. Na infância, fazia sombras na parede quando faltava energia elétrica, para entreter a mim e a minha irmã mais nova. E, apesar de não ser rica, gastava o que podia e o que não podia em livros e na nossa educação. Lembro com saudade da coleção dos contos de Grimm e Perrault que trouxe para casa quando eu tinha uns 8 anos. Minha irmã até hoje guarda seu exemplar de A Galinha Ruiva. O mito em torno da figura do meu avô, poeta e meio anarquista, também ajudaram e muito na minha paixão pela palavra escrita.

Voltando a falar da campanha, para ampliar a ação da “Mãe, lê pra mim?”, além de divulgação na mídia,  o IPL, com os apoios do Ministério da Cultura (MinC) e o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), distribuirá os vídeos da campanha em Pontos de Leitura do Programa Mais Cultura do Minc, juntamente com mais de quatro mil obras de literatura infantil e juvenil que beneficiarão 600 famílias.

Conheça o Instituto Pró-Livro:

Fundado por entidades do setor editorial – Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros), CBL (Câmara Brasileira do Livro) e SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), o IPL é uma OSCIP, entidade do setor privado sem fins lucrativos, mantida por contribuições voluntárias de editoras. Criado em outubro de 2006, passou a funcionar em maio de 2007, orientando suas ações para o objetivo principal de estimular a leitura. O IPL elegeu essa missão como resposta institucional à preocupação de especialistas de diferentes segmentos dos setores público e privado com relação aos índices de leitura da população brasileira em geral e principalmente dos jovens – que são significativamente inferiores aos níveis dos países industrializados e em desenvolvimento. Em suas ações, o Instituto procura privilegiar como público alvo as crianças e os jovens, o que demanda mobilizar os principais responsáveis pela sua educação e hábitos de leitura: educadores, pais, bibliotecários, animadores e mediadores de leitura. Conheça mais sobre os projetos do IPL acessando: www.prolivro.org.br

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>>Artigo: Leitura é peça fundamental no desenvolvimento infantil

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