Meninas e meninos, recebemos o alerta abaixo do Grupo Otimismo, que reúne pacientes e familiares dos portadores de Hepatite B. Trata-se de um assunto muito importante e de uma tentativa de acabar com o preconceito e os tabus em torno da doença, que não ajudam em nada no tratamento dos portadores, além de uma tentativa da sociedade civil organizada em cobrar do poder público que cumpra seu papel no desenvolvimento de políticas de saúde inclusivas e justas. Confiram:
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Hepatite B – Um problema de políticas públicas de saúde
Falar da hepatite B sem colocar números assustadores é tarefa impossível. Um terço da população mundial, dois bilhões de pessoas, já teve contato com o vírus B, sendo que 350 milhões estão doentes, infectados cronicamente com uma doença traiçoeira por ser silenciosa e que lentamente leva a cirrose ou ao câncer do fígado. Estima a Organização Mundial da saúde que mais de 1 milhão de pessoas morrem a cada ano por causas diretamente relacionadas à hepatite B.
No Brasil a situação também é dramática. O Ministério da Saúde estima que aproximadamente dois milhões de brasileiros estejam infectados cronicamente, o que representa um número três vezes maior que os infectados com HIV/AIDS, duas doenças muito parecidas já que ambas são de fácil transmissão sexual e os tratamentos não conseguem a cura, somente o controle da sua progressão, evitando ainda a transmissão a outros indivíduos.
Mas, diferentemente da AIDS, na hepatite B existem dois graves problemas. Noventa e cinco por cento dos doentes ainda não foram diagnosticados, os quais perambulam no Brasil evoluindo para a perda total da sua saúde, transmitindo a doença e, pior ainda, se diagnosticados enfrentam o problema de poucos locais especializados no tratamento e de medicamentos caros ainda não disponibilizados no sistema único de saúde.
Existem várias opções de tratamento aprovadas pela ANVISA para comercialização no Brasil, mas a Portaria que regulamenta o tratamento pelo SUS foi emitida no ano de 2002, não incluindo os quatro autorizados nos últimos sete anos. Quem pode pagar R$. 800,00 por mês por tempo indeterminado é tratado corretamente. Quem depende do SUS não pode dispor de medicamentos realmente efetivos no controle da doença. Temos assim cidadãos de primeira e de segunda classe em dissonância com a Constituição Federal.
Segundo Carlos Varaldo, presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, é grande a pressão da sociedade civil e das sociedades médicas nos últimos três anos para a publicação de uma portaria atualizada, recebendo inúmeras promessas nunca cumpridas. O ministro da saúde José Gomes Temporão afirmou que a mesma será publicada agora em setembro.
Varaldo não perde a esperança, mas espera não se sentir desiludido com mais uma promessa, afirmando que não é possível continuar perdendo tempo, já que durante a leitura desta matéria pelo menos duas pessoas infectadas com hepatite B acabam de falecer no mundo, inclusive no Brasil.
Contato:
Carlos Varaldo
Presidente do Grupo Otimismo
Rio de Janeiro (21) 4063.4567 – São Paulo (11) 3522.3154
[email protected]
Visite o site do grupo: www.hepato.com
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>>Saiba mais sobre a Hepatite B
>>Mais informações sobre Hepatite B no blog de Drauzio Varella
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