Gregory lança Verão 2012 nesta terça

A Gregory comemora 7 anos de presença em Salvador com o lançamento da sua coleção Verão 2012, nesta terça-feira, dia 16, na loja do Shopping Barra (2º piso). O blog recebeu um preview e antecipa para vocês as tendências exploradas nesta temporada pela marca. Os looks, conceitualmente, vão do retrô ao moderno, transitando por várias referências do universo da moda. Vejam abaixo um resuminho de cada tendência e algumas fotos. O material foi elaborado pela Como Comunicação Integrada.

>>Jardim

A linha ressalta a delicadeza de tecidos como rendas, cambraias e tules. Realça o frescor  da estação em cores pastéis e estampas de inspiração romântica e primaveril.

– Peças chaves: vestidos e blusas com aplicações de rendas, guipures, babados, saias plissadas e jeans delavé;

– Estampas: florais, borboletas, listras finas e xadrezes delicados;

– Materiais: chiffon, sarja, cambraia, algodão com seda, tules e rendas

#Favoritei!

>>Belíssima

Releitura da moda e design contemporâneo dos anos 50. Mistura cores luminosas, como o coral. As peças vêm com corte de linhas retas com inspiração geométrica. As listras vêm na horizontal de forma romântica e feminina. Em destaque, as estampas florais e os poás.

– Peças chaves: vestidos, saias, bermudas de cintura alta e cardigans.

– Estampas: buquês de florais, pois, listras e estampas figurativas.

– Materiais: piquet, rendas, laise, tweeds e jacquards.

– Acessórios: sapatilhas, scarpins, bolsas matelassê e cintos de lacinhos.

>>70’s – Anos Setenta

O espírito livre e atmosfera hippie acentuam a sensualidade da mulher 70. Utiliza uma cartela de beges pontuados com laranjas. São enriquecidas pelas estampas e aplicações de materiais artesanais como passamanarias de renda, tressés e crochês. A calça flare e as peças desestruturadas e fluidas inovam as proporções do tema.

– Peças chaves: túnicas, macacões, coletes e calças flares.

– Estampas: bichos e cashemeres.

– Materiais: transparências, algodões, crochês, passamanarias.

– Acessórios: salto anabela e cinto tressé.

>>Hi-Lo – Bloco de Cores

Inspirado no design contemporâneo e minimalista, o tema é marcado pela ousadia das cores vibrantes em peças e acessórios. As peças coloridas, o que chamamos de Bloco de cores, vêm combinadas com cores como o preto e o branco.

– Peças chaves: Vestido Box , blusas em crepe, acessórios com cores vibrantes.

– Estampas: maxi listras e grafismos estilizados.

– Materiais: jersey, cetim e crepe

>>Urbano

Inspirado no estilo urbano das metrópoles, os looks deste tema são cleans com um ar despojado e um toque futurista. Os tecidos naturais são combinados com os tecnológicos e as peças vem em cores neutras de fácil coordenação.

– Peças chaves: blazers no formato box, calça skinny, blusa com sobreposição, jaqueta com zíper aparente.

– Estampas: abstratos

– Materiais: sarja, nylon memory e visco linho.

Tropical

Com inspiração na Riviera Francesa, o tema tropical traz o glamour do Resort. Cores exuberantes como verde e amarelo vem em estampas de folhagens e de frutas tropicais. As peças fluidas vêm em chiffon e linho com detalhes de dourado.

– Peças chaves: vestido longo, macacão, calça pantalona e lenço.

– Estampas: folhagem e frutas tropicais

– Materiais: chiffon, linho e cetim.

Leia Mais

Reportagem: Participação da mulher na chefia das famílias

A reportagem abaixo foi enviada para mim via email pela assessoria da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe). Vale muito a pena a leitura, pois trata de uma questão interessante, o aumento do número de mulheres que chefiam famílias em países que possuem programas sociais como o bolsa família brasileiro. São citados exemplos do Brasil e do México, bem como traçado um rápido panorama da América Latina. Não faço aqui apologia aos programas sociais do governo federal e nem tampouco os critico. O interesse em divulgar o assunto é apenas convidar nossos leitores à reflexão. É no mínimo sintomático esse fenômeno. Confiram:

=====================

*Participação da mulher como chefe de família aumenta 10 pontos  percentuais em 10 anos

Brasília – Pelo menos 17% da população da América Latina e do Caribe vivem hoje às custas de programas de transferência de renda como o Bolsa Família. Um levantamento da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), mostrou que em função destes programas, o percentual de mulheres que eram chefes de família subiu de 22% na década de 1990 para 32% no ano passado. Entre os 17 países pesquisados, o Brasil e o México são os que mais comprometem recursos orçamentários nos respectivos programas, o equivalente a 0,41% e 0,43% do PIB.

XI Conferência Regional da Mulher da América Latina e do Caribe. Crédito da imagem: Elza Fiúza / Agência Brasil

– As mulheres canalizam melhor os benefícios dos programas sociais”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro que teve com as representantes da Cepal  no Centro Cultural do Banco do Brasil.

Os dados fazem parte do documento Que tipo de Estado? Que tipo de igualdade? divulgado em Brasília na XI Conferência Regional da Mulher da América Latina e do Caribe. O encontro, que começou no último dia 13, foi encerrado na sexta-feira (16) com a divulgação da Carta de Brasília. Mesmo que os governos privilegiem as mulheres para fazerem o repasse dos recursos dos programas sociais, a pobreza das mulheres em relação aos homens só tem aumentado. Na década de 1990 para cada 100 homens pobres havia 108 mulheres. Em 2008 este número saltou para 115 mulheres. As indigentes saltaram de 118 para 130.

– O aspecto mais visível da falta de autonomia econômica das mulheres é a pobreza. Ela vem acompanhada da falta de liberdade e de tempo para deslocar-se. Assim como da exclusão da proteção social, que converte as mulheres em sujeitos de assistência e com menor disponibilidade de recursos para exercer seus direitos dentro da família e da comunidade”, disse a secretária-Executiva da Cepal, Alícia Barcena.

Participantes da XI Conferência Regional da Mulher da América Latina e do Caribe, em Brasília, na semana passada. Crédito da foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

O principal tema das discussões no último dia 14, foi o efeito “devastador” das catástrofes (terremotos) naturais ocorridas no Haiti no início deste ano. A Cepal lembrou que no desastre morreram 222 pessoas, 311 ficaram feridas e 1,5 milhão de pessoas sofreram alguns tipo de dano material. A secretária Executiva da Cepal lembrou que o Brasil e o Chile foram os países que mostraram maior solidariedade com o povo haitiano, participando ativamente da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH).

“A reconstrução do Haiti e Chile requer que se coloque a mulher no centro do desenvolvimento econômico”, concluíram as participantes da XI Conferência da Mulher.

CONTRIBUIÇÃO DA MULHERES – O documento Que tipo de Estado? Que tipo de igualdade? ressalta ainda, que mesmo mais pobres que os homens, sem a contribuição da mulher na economia a pobreza nos países aumentaria em 10% no perímetro urbano e em 6% na zona rural. O documento recomenda que, a exemplo da Venezuela, o trabalho doméstico das mulheres seja de alguma forma remunerado, para reduzir o nível de pobreza na região.

Mulheres de várias etnias indígenas da América Latina também participaram do evento. Crédito da foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

Dados de 2008 mostram que 31,6% das mulheres de 15 anos ou mais na região não tinham renda própria, enquanto que somente 10,4% dos homens estavam nessa condição. Ainda assim, as mulheres superam os homens em termos de desemprego (8,3% contra 5,7%). E, embora a brecha salarial entre os gêneros tenha diminuído – a renda média das mulheres passou de 69% da dos homens em 1990 para 79% em 2008 –, as mulheres continuam tendo maior representação em ocupações com menor nível de remuneração, sub-representadas em posições de alto nível hierárquico e ainda recebem salários menores para um trabalho de igual valor que o dos homens.

O documento da CEPAL acentua que o trabalho é a base da igualdade entre os gêneros e para isto é fundamental a conquista da autonomia econômica, física e política das mulheres. A autonomia econômica implica ter o controle sobre os bens materiais e recursos intelectuais, e a capacidade de decidir sobre a renda e os ativos familiares.

*Material encaminhado ao blog pela CDN

Leia Mais

“Minha Casa, Minha Vida” dá posse do imóvel à mulher

O Programa Habitacional do Governo Federal, Minha Casa, Minha Vida, abrirá inscrições em Salvador a partir desta segunda-feira, dia 04. A iniciativa é do Governo Estadual, que pretende gerar um cadastro único para conhecer a demanda por moradia social (para a população de baixa renda) na capital e interior. Até aí, é a mesma informação divulgada largamente há um mês em todo país. Cada estado irá fazer um cadastro, organizar a implantação do programa federal de acordo com sua realidade. Mas o que chamou minha atenção nesta iniciativa, tanto como jornalista, quanto como mulher, é uma condicionante que os autores do projeto colocaram para o registro dos imóveis. Para os mutuários até três salários mínimos, os financiamentos das casas populares só serão permitidos em nome da mulher, da chefe da família. Essa cláusula está na cartilha do programa, elaborada pela Caixa Econômica Federal e que os interessandos podem baixar em pdf nos links abaixo.

Vocês podem estar pensando: o que isso tem demais? Já que, boa parte das pessoas da nossa geração está acostumada a ver mulheres na posição de comando central dos núcleos familiares. Na verdade, na antiguidade foi assim, ainda existem sociedades africanas que funcionam como matriarcados, o próprio Candomblé é um matriarcado. No entanto, durante séculos, houve uma suscessiva desvalorização da figura feminina na sociedade. Nos dias de hoje, um programa federal que reconhece nas mulheres o perfil adequado para assumir um compromisso tão importante quanto o financiamento da casa própria é um resgate, o pagamento de uma dívida histórica, principalmente porque nessa faixa de renda, até três salários mínimos, concentra-se a maior parte da população feminina pobre e negra. Trata-se de um resgate duplo de cidadania.

Nenhuma de nós, atualmente, precisa ser a Mulher Maravilha, a guerreira amazona da série de TV dos anos 70; mas a figura de uma heroína até que simboliza muitas chefes de família.
Nenhuma de nós, atualmente, precisa ser a Mulher Maravilha, a guerreira amazona da série de TV dos anos 70; mas a figura de uma heroína até que simboliza muitas chefes de família.

Com certeza, no seu bairro, ou na sua casa, existe uma mulher que assume a chefia da família. Seja a sua própria mãe, ou você mesma ou até a empregada doméstica que te presta serviços. Mesmo que não seja na sua casa, você, no seu ciclo de relações, conhece ao menos uma família que funciona dessa forma. Em todas as esferas da sociedade, em todas as faixas de renda, as mulheres, cada vez com mais frequência, retomam o comando financeiro e administrativo de suas famílias. Seja porque optaram por criar os filhos sozinhas, ou porque são separadas e detém a guarda das crianças, ou são viúvas, ou ainda porque os pais abandonaram o lar. Em última instância, porque é moda ser multitarefas (mãe, profissional, mulher, bem resolvida, independente e tudo mais). De qualquer forma, é uma reconquista meninas. O lançamento deste programa, nestes termos, colocando as mulheres como protagonistas, para mim é um alento. Uma prova de que estamos evoluindo e reparando os desmandos passados com relação a importância do feminino na construção social.

Mais responsáveis, mais estáveis

A decisão do Governo Federal em colocar a mulher como titular do financiamento imobiliário no programa Minha Casa, Minha Vida, não é mera benevolência e ultrapassa até o resgate de uma dívida histórica. Na prática, além de reconhecer o lugar de importância da mulher na sociedade, equiparadando-a aos homens em relação a direitos e deveres, essa decisão é sensata e evita prejuízos. Apesar da fama de consumistas e gastadeiras, as mulheres são mais responsáveis na hora de honrar dívidas como financiamentos e contas mensais. Segundo pesquisa da Fecomercio-SP, em 2007, usando dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres, embora ainda ganhem até 39,8% menos que os homens (em números absolutos significa que se ele ganha R$ 1.300, a renda dela não ultrapassa R$ 930), elas são mais preocupadas com questões que envolvem moradia, alimentação, educação dos filhos, sendo mais equilibradas no orçamento doméstico. Logo, para uma família de baixa renda, com ganhos até três salários mínimos, colocar a  mulher como titular do financiamento significa uma garantia maior de pagamento das prestações.

O próprio IBGE, também em 2007 (estes são os dados mais recentes), através da SIS (Síntese de Indicadores Sociais) mostra que entre 1996 e 2006, período portanto de 10 anos, o número de mulheres chefes de família no Brasil teve aumento de 79%, pulando de 10,3 para 18,5 milhões. A faixa etária dessas mulheres também é um dado interessante: entre 25 e 39 anos (faixa onde se encontram a maioria das mães solteiras) ou acima dos 60 anos (viúvas ou aposentadas que ajudam filhos e netos). No quesito rendimentos, a SIS mostra ainda que 31% das famílias chefiadas por mulheres em 2007, tinham renda de R$ 175,00 (metado do salário mínimo na época).

==========================

Links úteis:

>>Baixe a cartilha que explica o funionamento do programa habitacional

>>Visite o site oficial do Minha Casa, Minha Vida

>>Leia artigo científico sobre sociedades matriarcais

>>Governo da Bahia abre cadastro único para programa habitacional

==========================

Leia Mais