Yoga do riso: terapia e ressignificação

yoga do risoA primeira vez que ouvi falar em yoga do riso eu não tinha ideia do que era exatamente. Foi numa postagem no facebook, em que uma menina oferecia algumas vagas para uma sessão. A oferta dizia que a terapia era indicada para quem estava a fim de relaxar, descontrair, desestressar e desfrutar dos benefícios do riso genuíno. E que diacho era riso genuíno mesmo? Curiosa que sou, corri para aceitar. No dia marcado, estávamos lá, várias meninas ansiosas por desvendar esse tal de yoga do riso. Fomos recebidas por Emille Cerqueira e Iône Santos, que são líderes de yoga do riso. E foi somente lá que descobri do que se tratava.

Foi uma tarde diferente. Trata-se de uma atividade lúdica, em que nós rimos durante todo o tempo. Mas aqui despertamos o riso enquanto terapia, sabem? Conhecendo os benefícios que o riso promove, aprendemos a utilizá-lo a nosso favor. “Mas Alane, que maluquice é essa de rir por rir?” E quem disse que precisa de motivo para rir? Pois esse foi um dos meus maiores aprendizados na sessão. O riso deve ser provocado sempre, de forma consciente até, eu diria. Sabe aquela história do “eu sei que me faz bem, então vou fazer tal coisa”. É bem por aí.

E que benefícios são esses?

São inúmeros os benefícios que o riso nos traz. Vou só colocar aqui alguns.

risos

1.Alivia o estresse.
2.Mexe com o diafragma, músculos abdominais, faciais e respiratórios.
3.Produz endorfina, provocando sensação de bem-estar.
4.Melhora nossa relação com os outros.

E aqui só estou falando dos benefícios. Nem entrei no mérito da diferença da quantidade de vezes que uma criança e um adulto ri. Então, com a prática do yoga do riso, até recuperamos um pouco desse nosso lado mais lúdico, alegre e divertido. Porque nos policiamos para rir mais vezes. Você já pensou em olhar pro espelho e dar uma risada bem gostosa e alta? Soltar o ha ha ha que está dentro de você, com firmeza? Já pensou em treinar o riso? Passar uns minutinho do seu dia em algum lugar apenas rindo intensamente sem qualquer motivo? Já pensou executar execícios capazes de mudar o seu estado de ânimo? Pois você encontrou a terapia certa.

Como surgiu o yoga do riso

O método foi criado por um médico indiano chamado Madan Kataria, com inspiração em técnicas do yoga, especialmente os pranayamas e os asanas. A partir daí, foram criadas sequências com o objetivo de simular gargalhadas intensas. Mas para que isso? Para que os participantes riam! É uma forma de induzir o riso de forma artificial. E depois disso, com a conscientização do processo, começamos a internalizar a importância do riso e fazê-lo de forma espontânea.

yoga do riso

No início o riso é induzido por meios artificiais, sendo que logo se transforma em algo absolutamente espontâneo. Segundo o Dr. Madan Kataria, duas sessões de yoga do riso por semana, de 15-20 minutos de duração, melhoram muito a produtividade de uma empresa, reduzindo o stress e aumentando a motivação e a eficiência. Agora, imagina fazer isso em grupo? Todo mundo gargalhando… Não tem como não rir, minha gente. E olhe que é uma técnica relativamente nova, porque foi criada em 1995.

yoga do riso Rir é o melhor remédio

Quem nunca ouviu essa máxima, não é? Pois bem! Com o yoga do riso, eu passei a utilizar o riso como remédio mesmo. Tanto que eu já percebo a influência disso no dia a dia, especialmente porque muitas pessoas comentam o tanto que eu rio, a forma leve como levo a vida. As pessoas passam a enxergar uma leveza maior em nossa companhia, e isso é bem bom.

A prática do Yoga do riso consiste em misturar exercícios de respiração e de riso. Além disso, há o contato visual intenso entre os participantes. Numa sessão, batemos palmas, dançamos, ficamos de pé, sentamos, deitamos, relaxamos, elogiamos o outro e rimos. Rimos muuuuito. A gente passa do riso simulado ao riso espontâneo muito rapidamente, e isso eu achei incrível. Como um exercício é capaz de despertar o riso genuíno, foi aí que eu entendi a lógica da coisa.

O que o Yoga do riso mudou em mim?

Bem, já falei ao longo do texto várias coisinhas que mudaram em mim com a prática. O riso constante aumentou a minha sensação de bem-estar, melhorou a forma como lido com as adversidades e pressões do dia a dia. E isso é R-E-A-L. Eu estou sempre rindo, e mesmo nos momentos não tão felizes, tenho procurado exercitar o riso, para que o meu organismo reaja a meu favor, produzindo a endorfina que preciso para aquele momento ruim vire algo menos sofrido.

yoga do riso Passei a encarar as questões da vida de outra forma. Os problema e as dificuldades persistem, mas eu mudei. E isso me fez muito bem. E percebi que o risso que damos muda completamente a reação das pessoas que estão a nosso lado. O riso desarma o outro, sabem? Isso é verídico. Deixa a gente muito mais alegre, mais de bem com a vida, é capaz até de evitar conflitos. E você aprende também a importância de rir sozinho!

É isso, minha gente, que tal a gente rir mais? Vamos exercitar isso diariamente? E qualquer dúvida, é só deixar um comentário, que respondo.

Beijocas e até mais! Ha ha ha!

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Lendo o riso

riso | conversa de meninaExistem formas diversas de rir. Cada riso tem um sentido, uma razão, um porquê. Às vezes rimos para cumprir tabela, simplesmente porque o momento requer.

Rimos porque estamos felizes, porque a situação é engraçada, porque o nervosismo pode provocar uma crise de risos…

Rimos quando estamos transbordando de alegria…

Gosto de prestar atenção nas risadas alheias. Gosto de tentar compreendê-las, ainda que isso não signifique nada em especial… Mania mesmo, sem nenhum objetivo específico.

É que eu gosto de risadas, e quando percebo que são elas que estão ali, isso me traz uma sensação muito boa.

 

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Porque o importante é ser feliz

felicidadeHoje eu tentei escrever sobre tanta coisa. Comecei diversos posts, sobre diversos assuntos. Apaguei, recomecei, apaguei. Às vezes o assunto chama por nós. Acho que quem escreve sempre passa por isso, aquela sensação de que hoje o tema será aquele especificamente. É por isso que hoje eu vou falar de felicidade, das pequenas coisas, dos detalhes. A correria cotidiana fecha nossos olhos à beleza da simplicidade. Nos envolvemos em rotinas tão cansativas que muitas vezes nem o riso dá as caras em nosso rosto. O semblante cansado começa o dia pouco dormido, as olheiras saltitam dos olhos. Dormimos e acordamos como máquinas programadas. Mas somos humanos. Podem até nos tirar a paciência, o humor, mas não podem nos tirar a condição de humanos. E isso não é pouco, não.

Resolvi falar de felicidade ao perceber o quanto a felicidade tem-se tornado mera palavra listada em dicionário. Sinto as pessoas mais fechadas, mais tristonhas, emburradas. A gente não consegue mais dar conta de tudo o que é preciso. Trabalhar, estudar, cuidar de casa, da família… É muita obrigação para uma pessoa só. No final, a sensação de que não deu tempo de fazer tudo é avassaladora. Quem nunca passou por isso, não é? E no meio disso tudo, o namorado, noivo, marido, paquera… Eu sei que não é fácil. Vivo isso diariamente, nessa correria insana em busca de um lugar ao sol. Mas aprendi a olhar ao redor. E embora as perspectivas não sejam as melhores, ainda assim é possível ser feliz. Porque a felicidade, gente, é feita de momentos. São pequenos momentos que fazem tudo valer à pena.

A gente não sabe como vai ser o amanhã. Vivemos na espectativa de que vamos realizar sonhos que parecem nunca acontecer. E o presente vai passando despercebido, na busca frenética pelo tal do futuro, o salvador, a luz no fim do túnel, a meta. Claro que isso é importante. Mas é tão importante quanto aproveitar os momentos presentes. Sabe aquele amigo com quem você nunca mais falou? Vocês viveram tanta coisa juntos e agora quase não se encontram. Por que não transformar em presente as boas lembranças do passado? Por que não viver essa coisa boa agora, por que não lutar pra tê-lo de volta? FelicidadeAndamos tão entretidos com os futuros projetos que estamos esquecendo de ser felizes agora. O agora é importante. O agora é o futuro do ontem.  É o passo do amanhã. É o presente do hoje.

A felicidade não é um bichinho que anda escondido por aí. É uma construção. Uma construção pessoal de cada um. Às vezes nos basta tão pouco para um riso despretensioso, para um abraço apertado… Mas andamos sempre tão envolvidos com as tarefas diárias que esquecemos disso. Esquecemos de olhar para o lado, de dar um abraço apertado, de rir do acaso… Esquecemos de olhar para o caminho, de cumprimentar as pessoas, de construir novos laços. Deixamos de lado os momentos singelos, aqueles em que nada fazíamos, apenas éramos felizes. Momentos dedicados a não fazer nada, a sentar na areia da praia, a caminhar por aí, a fotografar o mundo, a cantar em voz alta, a ligar para alguém especial… Remoemos acontecimentos ruins, guardamos rancor, incentivamos a angústia…

As exigências da sociedade moderna são assustadoras. Individualismo, egoísmo, competição cruel… O capital virou o senhor de chicote na mão punindo um escravo fujão. É desleal a concorrência. Mas, como comecei dizendo nesse post, somos humanos. E a felicidade faz parte disso. E ela está sempre dentro de nós, doidinha para rasgar nosso peito e se mostrar ao mundo. A felicidade individual pode fazer milagres às convivência social. É só você sorrir mais, tratar bem às pessoas, pedir por favor e obrigada…  É só você se descobrir merecedor dessa felicidade, compreender a importância do riso, acreditar que os momentos mais simples podem estar recheados de belas surpresas. E quando a felicidade tentar brincar de se esconder, é só lembrar que só cabe a você a responsabilidade por tê-la de volta. Ser feliz é responsabilidade sua. E assim será, sempre!

Vamos então nos esforçar um pouquinho mais. Vamos ser felizes!

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