O mês de dezembro chega com alta carga de ansiedade. É a expectativa pelo ano novo, os preparativos para as confraternizações em família ou no trabalho, as compras de Natal que transformam shoppings em formigueiros humanos, o amigo secreto! Na dúvida, para controlar o estresse inerente a essa época do ano, esfreguei as costas do sapo tailandês da sorte e iniciei a lista de desapegos de 2016. No mundo virtual, alguns amigos fazem aquela faxina, às vezes necessária, na lista de contatos das redes sociais.
Dei uma geral no quarto. Da estante de livros ao guarda-roupas, passando pela sapateira e o revisteiro, a tropa foi inspecionada de A a Z. Roupas apertadas ou folgadas demais e aquelas que já não combinam com meu estilo foram separadas em sacolas para doação, junto com pares de sapatos que estavam sobrando. A pilha de revistas do tamanho do Monte Everest sofreu uma redução considerável, junto com os livros, que passaram por uma triagem rigorosa. Os excedentes de umas e de outros separados para uma biblioteca escolar ou para as caixas de doação de projetos que visam ampliar o acesso a leitura.
No restante da casa, a ordem é desatravancar o máximo possível e abrir caminhos por onde as boas energias possam circular. A norma é passar adiante tudo aquilo que já não representa seus moradores, mas podem fazer a felicidade de alguém; ou que estava quebrado e encostado em um canto roubando espaço. O importante é movimentar a energia, porque só quando a gente desapega do que não nos serve é que a vida nos dá coisas diferentes e na nossa exata medida.
Na esfera dos relacionamentos e dos sentimentos, essa época do ano, que nos deixa mais reflexivos, é um bom período para desapegar de velhas rixas, da sensação desagradável de discussões infundadas (e 2016 foi pródigo em brigas recheadas de insensatez), de rancores, invejas, preconceitos e outras ninharias que só contaminam a alma e azedam a existência.
Na hora da faxina emocional, além de limpar os contatos das redes, é importante também limpar o coração e desapegar daquelas pessoas que nos magoaram. Amigos que se revelaram o exato oposto? Deixe-os ir. Desafetos entre os vizinhos ou colegas de trabalho? Não cozinhe raivas desnecessárias, que só servem para nos adoecer e estragam a pele. Que tal abrir mão daquela pessoa que não combina com você? Nada de ficar refém de amores de perdição, porque não há contrassenso maior do que um amor que nos intimida e faz sofrer. Se está fazendo mal, então não merece o nome de amor.
A regra é abrir mão de toda a bagagem – física ou emocional – que pesa nos ombros, machuca o espírito ou simplesmente ocupa o espaço que você precisa liberar para seguir pela vida mais leve e feliz!
O sapo tailandês da sorte:
O sapo verde, esculpido em madeira, vem com um bastão, também de madeira, que deve ser esfregado nas costas do bicho para simular o som do coaxar. Enquanto a gente esfrega, deve mentalizar desejos ou simplesmente pensar positivo. Este que está na foto, ganhei de presente há alguns anos e fica na estante da minha sala, perto da porta de entrada, para atrair boas energias para a casa. O sapo é símbolo de abundância, prosperidade e fertilidade em muitas culturas. Devido a ser um animal que passa por metamorfose, está associado também a evolução espiritual.
Onde encontrar?
Lojas físicas que comercializam itens esotéricos e na internet, em sites que importam direto da Ásia.
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