De olho na saúde: canção para salvar a memória

Depois da descoberta do poder do riso contra os males do estresse, outro ditado popular encontra respaldo e comprovação científica. Uma pesquisa da Universidade de Helsinki, na Finlândia, descobriu que cantar é uma forma eficiente de preservar a memória. Esse é um dos destaques da semana na sessão De olho na saúde, que toda sexta, traz informações sobre pesquisas e descobertas científicas; além de dicas para o bem estar e a qualidade de vida.

Quem canta suas lembranças preserva

A pesquisa na Finlândia reuniu 89 pessoas com o Mal de Alzheimer e as dividiu em dois grupos, um de controle e o outro que participou de um treinamento musical durante 10 semanas. O resultado é que a turma que participou das aulas de música tiveram melhoras na memória, raciocínio e capacidade de se situar no tempo e espaço.

Para o estudo, foram selecionadas músicas entre as preferidas dos pacientes, pois a familiaridade com as letras e melodias oferece conforto emocional, o que, por sua vez, estimula o cérebro. Para os portadores do Alzheimer, a musicoterapia funciona como mecanismo de atraso no avanço da doença.

Já para quem não está doente, os cientistas recomendam a cantoria como um preventivo de problemas cognitivos futuros. Em bebês, inclusive, o poder estimulante da música é usado para turbinar a capacidade de aprendizado e como estímulo para o desenvolvimento neuromotor.

Visão além do alcance

Três jovens oftalmologistas formados na USP São Carlos criaram uma startup (empresas de tecnologia em fase iniciante) para desenvolver um aparelho portátil que realiza exames de retina.  O equipamento será usado em pacientes que moram longe dos centros urbanos e têm dificuldades para deslocar-se até os locais das consultas.

O Smart Retinal Camera (SRC) é formado por uma estrutura que pode ser acoplada aos smartphones. Os primeiros testes estão programados para 2018. Uma prova de que ainda existem médicos fiéis ao juramento de salvar vidas!

Pele de laboratório para reduzir testes em animais

A equipe do Centro de Biologia da Pele da USP (Universidade de São Paulo) pesquisa a criação em laboratório de uma pele humana que servirá para testes de cosméticos e medicamentos, reduzindo o uso de animais.

O procedimento já existe no exterior e utiliza sobras de pele de cirurgias plásticas, que servem de base para a criação de tecidos novos. Indústrias multinacionais como a L´Oréal utilizam esse recurso e mantém parcerias com centros de pesquisa no Brasil, como Instituto D´Or, do Rio de Janeiro.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibirá o uso de animais em testes de laboratório a partir de 2019. E, por isso, cientistas trabalham para que o uso de peles criadas em laboratório ofereça resultados cada vez mais precisos. O material servirá para testar potenciais alergias, queimaduras, irritação, corrosão ou outros efeitos colaterais das substâncias químicas presentes em cosméticos e produtos de limpeza.

Os consumidores, por sua vez, estão mais sensibilizados para a causa animal e exigem produtos cruelty free; além de estarem atentos aos rótulos das embalagens do que consomem, evitando xampus e outros cosméticos ricos em sulfatos, petrolatos e afins.

*Fonte de informações: revistas Saúde e Galileu 

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Campanha esclarece sobre Alzheimer em Salvador

AlzheimerNa segunda-feira, 21 de setembro, uma ação da Campanha Nacional de Alzheimer acontece no 1º piso do Shopping Barra. Além da distribuição de panfletos sobre a doença e da apresentação de vídeos, uma equipe de médicos estará no local para tirar as dúvidas da população. Vamos aproveitar para dar uma passadinha por lá e tentar entender o desenvolvimento da enfermidade, que atualmente é considerada a maior causa de demência em idosos. A iniciativa é da Academia Brasileira de Neurologia.

O que é o Mal de Alzheimer?

É a mais frequente doença neurodegenerativa na espécie humana. Trata-se de uma doença que acarreta alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de auto-cuidado. O quadro clínico descrito caracteriza o que em Medicina é denominado “demência”.

A doença de Alzheimer não é: uma consequência do envelhecimento; endurecimento das artérias e das veias do cérebro; falta de oxigênio no cérebro; causada por estresse, por trauma psicológico ou por depressão; retardo mental; preguiça mental. Ela manifesta-se através de uma demência progressiva, isto é, que aumenta sua gravidade com o tempo. Os sintomas iniciam lentamente e se intensificam ao longo dos meses e anos subsequentes. Muitos sintomas não ocorrem no início, mas surgem ao longo da evolução da doença.

Quais os Sintomas da doença?

Na grande maioria dos casos o primeiro sintoma é a perda de memória para fatos recentes. É importante salientar que esta perda de memória deve representar um declínio em relação ao funcionamento anterior e que também deve ser de intensidade suficiente para interferir no desempenho do indivíduo em suas atividades diárias. Ou seja, uma perda de memória leve e ocasional não deve ser valorizada da mesma forma.
*Perda progressiva da memória, principalmente para eventos recentes;
*Dificuldade de linguagem, tanto para compreender quanto para expressar-se (ex: dificuldade para encontrar palavras);
*Dificuldade para realizar tarefas habituais;
*Dificuldade de planejamento;
*Desorientação no tempo e no espaço;
*Dificuldade de raciocínio, juízo e crítica;
*Em fases mais avançadas, dificuldade para lembrar-se de familiares e de amigos e para reconhecê-los;
*Depressão;
*Apatia;
*Ansiedade;
*Agitação, inquietação, às vezes, agressividade; muitas vezes com piora no final do dia;
*Problemas de sono: troca o dia pela noite;
*Delírios (pensamentos anormais, ideias de ciúme, perseguição, roubo, etc);
*Alucinações (alterações do pensamento e dos sentidos, como ver coisas que não existem);
*Problemas motores, nas fases avançadas: dificuldade de locomoção, etc;
*Perda do controle das necessidades fisiológicas, nas fases avançadas.
*Dificuldade para deglutição, nas fases avançadas.

Como se prevenir contra o Alzheimer?

Há medidas gerais que ajudam a preservar a saúde mental e que diminuem o risco de a pessoa ter doença de Alzheimer.
*Atividade mental regular e diversificada;
*Atividade física regular;
*Boa alimentação;
*Bom sono;
*Lazer;
*Evitar maus hábitos: não fumar, beber com moderação;
*Cuidados com a saúde física geral: tomar os medicamentos corretamente, ir ao médico regularmente.

Quando devo procurar o médico, ou levar meu familiar?

Os 10 sinais de alerta para doença de Alzheimer são:
*Problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho;
*Dificuldade para realizar tarefas habituais;
*Dificuldade para comunicar-se;
*Desorientação no tempo e no espaço;
*Diminuição da capacidade de juízo e de crítica;
*Dificuldade de raciocínio;
*Colocar coisas no lugar errado, muito frequentemente;
*Alterações frequentes do humor e do comportamento;
*Mudanças na personalidade;
*Perda da iniciativa para fazer as coisas.

Diagnóstico da doença de Alzheimer

Não há, até o momento, nenhum método que isoladamente permita o diagnóstico de doença de Alzheimer com absoluta precisão. Avanços substanciais têm ocorrido nesta área, com alguns exames mais específicos e promissores em fase de pesquisa. No entanto, o diagnóstico ainda é feito pela identificação de quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, por meio dos exames complementares (laboratoriais e de imagem).

Quando é seguido roteiro diagnóstico apropriado, baseado em recomendações e consensos internacionais e também nacionais, a identificação da doença fica em torno de 85% nas fases iniciais, aumentando de forma expressiva com o acompanhamento do paciente. Alguns casos, no entanto, podem apresentar manifestações clínicas atípicas ou, em fases muito iniciais, oferecer maiores dificuldades para sua correta identificação, necessitando de avaliação mais especializada.

É muito importante o diagnóstico ser feito o mais cedo possível, porque, nas fases iniciais da doença, o médico tem melhores condições de intervir em benefício da pessoa com doença de Alzheimer.

Tratamento

O tratamento da doença de Alzheimer inclui intervenções farmacológicas (medicamentosas) e não farmacológicas. Dentre as primeiras, há dois grupos de medicamentos: o primeiro representado por compostos que atuam aumentando os níveis do neurotransmissor acetilcolina no cérebro; e o segundo, por uma outra medicação que age sobre o neurotransmissor glutamato. Do primeiro grupo fazem parte a donepezila, a galantamina e a rivastigmina, todas indicadas para o tratamento das fases inicial e intermediária (correspondendo à sintomatologia leve a moderada) da doença. O segundo grupo é representado pela memantina, aprovada para o tratamento das fases intermediária e avançada da doença (correspondendo à sintomatologia moderada a grave).

É importante ressaltar que estas medicações têm efeito sintomático e eficácia modesta, embora beneficiando uma parcela significativa dos pacientes. Como podem ter efeitos colaterais, o tratamento deve ser iniciado sempre com doses baixas que serão aumentadas gradativamente, procedimento este que deve ser acompanhado por um médico.

O tratamento não medicamentoso da doença de Alzheimer é dirigido não apenas ao paciente, como também aos seus familiares e cuidadores. Orientações sobre a natureza e a evolução da doença, sobre como lidar com eventuais comportamentos inadequados ou mesmo agressivos, além de adaptações e modificações necessárias no ambiente, e programas de atividades específicas para os pacientes, são exemplos de tais medidas. A participação de outros profissionais de saúde, particularmente aqueles que trabalham no campo da reabilitação, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, além de profissionais de enfermagem, é de grande importância,

Os objetivos do tratamento são:
*Melhorar a memória e as outras funções mentais;
*Controlar os transtornos de comportamento;
*Retardar a progressão da doença;
*Melhorar a qualidade de vida da pessoa doente;
*Melhorar a qualidade de vida dos familiares e dos cuidadores;

OBS: A pesquisa sobre a doença, sintomas e tratamento nos foi enviada pela Trixe Comunicação Empresarial, responsável pela divulgação da campanha aqui em Salvador.

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Serviço: familiares e pacientes de Parkinson e Alzheimer tem atendimento psicológico gratuito

Conversa de Menina abre espaço para divulgar um serviço de utilidade pública…

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A associação Baiana de Parkinson e Alzheimer (ABAPAZ – clique aqui para conhecer o site) oferece serviço de apoio psicológico aos familiares e pacientes do Mal de Parkinson e Mal de Alzheimer. O atendimento é gratuito e acontece mediante agendamento prévio. A responsável é a psicóloga Taya Soledade, especialista em neuropsicologia, psiconeuroimunologia e clinica psicanalítica.

Durante as sessões, acontece avaliação das dificuldades e limitações no processo da doença e as alterações emocionais, ansiedade, depressão e isolamento social tanto do paciente quanto os efeitos da doença na família. O acompanhamento psicológico é feito em parceria com o Serviço de Psicologia da Faculdade Ruy Barbosa.

O tratamento trabalha a aceitação da doença; convívio com as perdas – limitações; enfrentamento da elaboração das perdas, mudanças; assumir novos papéis, inversão de papéis – mudanças; compreender sentimentos e emoções – expressão e elaboração de sentimentos; identificação – sentir-se apoiado e compreendido (preconceito); incentivo ao não isolamento; auxilia na reestruturação: estilo de vida, escala de valores, forma de enfrentamento da  nova vida; incentiva a organização da nova vida – promoção de autonomia; investimento na melhoria dos relacionamentos familiares; e aumento da auto-estima e repertório social.

Serviço:

Para marcar as sessões é preciso agendar uma entrevista inicial através dos telefones (71) 3334 2021 e (71) 3334 5925

A Faculdade Rui Barbosa fica localizada na rua Monte Conselho nº 53, Rio Vermelho – próximo ao antigo Mercado do Peixe, junto à Delegacia de Polícia do Rio Vermelho

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Outra iniciativa da ABAPAZ  é a Oficina de Revitalização da Memória, atividade sócio-educacional, que previne predisposição ou desenvolvimento da depressão. A Oficina, também gratuita, é ministrada pela terapeuta Lourdinha Cardoso e tem como base o método francês Ramain, que através de exercícios, trabalha os aspectos motores, cognitivos e emocionais. O objetivo é exercitar o potencial da mente, da emoção e da estruturação das idéias. Proporciona ao participante melhoria no desempenho cognitivo e social.

As oficinas ocorrem  às segundas-feiras, das 14:00h às 16:00h

Contato ABAPAZ – 71 8894-8814 (Beila)

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