O Destino de Uma Nação – Crítica do filme

O Destino de Uma NaçãoA chegada de Winston Churchill (Gary Oldman) ao cargo de Primeiro Ministro da Grã-Bretanha ocorre em um momento historicamente turbulento e de maneira fortuita. Seu nome surge como opção ao cargo por se tratar de uma pessoa com facilidade de acesso ao Parlamento e o Rei. O filme O Destino de Uma Nação (Joe Wright) retrata exatamente esse período, quando a Grã-Bretanha está prestes a ruir diante da Alemanha na 2ª Guerra Mundial, lá na década de 40.
Em meio às avassaladoras derrotas no front, surge a possibilidade de negociar um acordo de paz com Hitler, que seria capaz de colocar um ponto final no conflito. E cabe a Churchill tomar a decisão que vai interferir diretamente no futuro do país.
Antes de qualquer coisa, preciso destacar a atuação de Oldman no filme, é simplesmente espetacular. A caracterização e transformação do artista no personagem foi extraordinária, Oldman está irreconhecível, inclusive fisicamente. Some-se a isso sua brilhante interpretação, que já lhe garantiu o Globo de Ouro de melhor ator em filme dramático. E que deve também lhe garantir o Oscar, aqui vai minha aposta!
O Destino de Uma Nação
E ainda em relação ao personagem Winston Churchill, O Destino de Uma Nação traz às telonas um forte vértice humano do personagem. A fragilidade do Primeiro Ministro Inglês é explorada com delicadeza, mas de forma bem clara. O filme, no entanto, não se trata de uma biografia de Churchill, é um recorte de um momento histórico específico.
O Destino de Uma NaçãoO Destino de Uma Nação explora os recursos cinematográficos de uma maneira muito aprazível. Os planos, a iluminação, os movimentos de câmera, toda a estética e plasticidade são muito belas. No decorrer do filme, quando o exército britânico está sendo dizimado aos poucos, todos parecem render-se à ideia de que o melhor seria ceder à pressão e tentar um acordo com a Alemanha. Até o próprio Churchill, sempre contrário a essa alternativa, chega a pensar no acordo como única saída.
Até que, e aí vem o que considero um apelo emocional exagerado, o Primeiro Ministro decide ouvir o povo e volta atrás, mantendo a posição de que a Grã-Bretanha não irá se render. Esse pequeno trecho do filme traz um cunho muito patriota e pouco verossímel. Mas isso não tira o mérito da produção, que tem um ritmo e um conjunto que merecem ser vistos.

Ficha técnica O Destino de Uma Nação

Titulo origina: The Darkest Hour
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: Joe Wright
Roteiro: Anthony McCarten

Elenco: Gary Oldman, Stephen Dillane, Lily James

Distribuidora: Universal
Classificação: 12 Anos

Estreia no Brasil: 11 de janeiro de 2018

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Mostra de curtas revelará novos talentos

Carine Araújo, coordenadora da Mostra Curto Encontro

Abro um espaço entre as notícias de beauté e outras feminices do blog, para divulgar uma iniciativa cultural bem bacana que acontece em Salvador, agora em agosto e que, para não perder o vínculo com a proposta “universo feminino” desse espaço, é coordenada por uma mulher, uma realizadora da área de cinema  – um setor onde a participação feminina vem crescendo bastante -. Trata-se da Mostra Curto Encontro, que promoverá a exibição gratuita de curtas-metragem na capital e mais 12 cidades baianas, entre os dias 22 e 27 de agosto, e que também vai realizar um concurso para estudantes de cinema e realizadores da área audiovisual. O concurso se chama Um curta sobre curtas e o objetivo é a criação de um filme de aproximadamente 20 minutos sobre o evento, com foco nas atividades desenvolvidas em Salvador.

Os interessados em participar do concurso podem se inscrever, individualmente ou em grupo, até o dia 15 de agosto, no site: www.tabuleiroproducoes.com.br. Os candidatos passarão por uma entrevista, onde apresentarão suas ideias para elaboração do curta. As propostas serão analisadas pela equipe promotora do evento e  por Lázaro Faria, presidente da Casa de Cinema da Bahia e diretor do longa 2 de Julho, ainda em produção.

A proposta vencedora será divulgada na noite de 17 de agosto. O autor da proposta escolhida receberá um prêmio de R$ 1 mil, certificado de participação e terá seu filme exibido na TVE-Bahia, juntamente com os 10 mais votados do evento e os dois curtas produzidos durante as oficinas de capacitação de animação e documentário que também integram o evento.

A Mostra Curto Encontro é realizada pela Tabuleiro Produções, com patrocínio do Correios e apoio da Fundação Cultural do Estado (Funceb), Irdeb e Dimas.

Serviço:

Anote na agenda, para não perder: Mostra Curto Encontro, de 22 a 27 de agosto. Em Salvador, os filmes serão exibidos no circuito de salas da Biblioteca Pública dos Barris, no Centro da cidade, com entrada gratuita. O encerramento oficial do evento, com a festa de premiação, será no dia 28 de agosto, com shows de David Moraes e Lucas Santtana.

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Começa hoje a exposição A Bahia tem… no museu Costa Pinto

A exposição A Bahia tem…, inspirada em canção ícone de Dorival Caymmi (O que é que a Baiana tem),  já pode ser visitada no Museu Carlos Costa Pinto (Corredor da Vitória), a partir desta quinta, dia 31, até 30 de abril próximo. A mostra reúne os colares-decorativos Olorum Bamim, da artista plástica baiana Nádia Taquary.

Nádia Taquary, criadora das peças inspiradas nas joias de crioula

A mostra promove um diálogo entre o acervo de jóias de crioula do museu (as negras baianas até o começo do século XX usavam vestimentas típicas e muitas joias, que inspiraram Caymmi a compor a música imortalizada por Carmen Miranda) e os colares-escultura de Nádia, que chegam a ter até 75 metros de cordas e misturam ouro, prata, cobre, madeira, contas africanas, figas e balangandãs.

O nome da exposição, Olorum Bamim (proteção do deus maior, em iorubá) foi sugestão do artista plástico Mestre Didi e de Abdié, alabé do Terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá. O projeto teve origem em pesquisa de pós-graduação da artista plástica sobre as jóias que as crioulas usavam no Brasil durante o período colonial.

SERVIÇO:
O quê: exposição A Bahia tem…
Quando: 31/03 a 30/04; Segundas a sábados, exceto terças e feriados, das 14h30 às 19h
Onde: Museu Carlos Costa Pinto (Corredor da Vitória)

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Carnaval nas Obras Sociais Irmã Dulce começa mais cedo com os Terapeutas do Riso

O Carnaval começou nas unidades das Osid (Obras Sociais Irmã Dulce) nesta segunda, às 14h, com um cortejo festivo nas enfermarias do Hospital Santo Antonio. Até o dia 02, quarta-feira, a trupe dos Terapeutas do Riso é quem comanda a festa que, além dos cortejos, terá também arrastões e o bloco do Riso Frouxo, criado há três anos.

O objetivo é levar a alegria que toma conta da capital durante a folia de Momo para as unidades das Osid, que possuem cerca de mil pacientes em tratamento.

A festa dos adultos, que começou agora à tarde, acontece em três etapas, com cortejo carnavalesco nas enfermarias do Hospital Santo Antonio. Na tarde desta terça, 1º de março a folia chegará à UTI e só terminará na tarde de quarta, com o cortejo no Centro Médico Social Augusto Lopes Pontes.

Haverá ainda programação especial no Hospital da Criança, no dia 02, pela manhã. A unidade foi toda decorada com máscaras, colombinas e pierrôs. Cada andar do hospital recebeu ainda o nome de um circuito do Carnaval de Salvador.

Confira o roteiro da alegria nas Osid:

Dia 28 (14h) – Cortejo carnavalesco nas enfermarias do Hospital Santo Antonio.

Dia 01 (14h) – Cortejo carnavalesco na UTI do Hospital Santo Antonio.

Dia 02 (9h30) – Carnaval do Bloco Riso Frouxo no Hospital da Criança.

Dia 02 (14h30) – Cortejo carnavalesco nas enfermarias do Centro Médico Social Augusto Lopes Pontes.

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Projeto Mulheres da Paz promove Ciclo Maria Felipa

Abro espaço para divulgar um material bacana sobre o projeto Mulheres da Paz:

No mês em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra e o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres (nesta quinta, dia 25), o projeto Mulheres da Paz da Bahia promove o Ciclo de Palestra Maria Felipa: Negritude Feminina em Diálogo. O evento acontece de hoje até o dia 30 de novembro, nos Territórios de abrangência do PRONASCI, em Salvador e mais três cidades da região metropolitana: Lauro de Freitas, Camaçari e Simões Filho.

Segundo a coordenadora do projeto na Bahia, Jaciara Ribeiro, o objetivo da iniciativa é fortalecer o debate sobre o papel da mulher e a sua importância na construção de uma sociedade justa e igualitária.

E aqui o folder do evento, para outras informações

Programação – O ciclo Maria Felipa: Negritude Feminina em Diálogo começou por Simões Filho , nesta terça, no Centro Marta Alencar. Nesta quarta dia 24, às 9h, e na quinta 25, às 14h, a palestras acontecerão, respectivamente, no Centro Social Urbano de Narandiba, em Tancredo Neves/Beirú e no auditório Espaço Cidadão, em Lauro de Freitas. No dia 29 (próxima segunda), às 9h, será a vez de Camaçari, no CAIC-PHOCI, e no dia seguinte, 30, no mesmo horário, no Centro Paroquial de São Cristóvão.

E para saber mais sobre Maria Felipa, acesse abaixo a reportagem especial que fiz sobre ela aqui no blog Conversa de Menina:

>>Maria Felipa: Guerreira de Itaparica

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Contos para adultos exploram temática da alma feminina

O espetáculo Histórias da Mulher Selvagem será apresentado nesta sexta, 22, às 20h, no Ciranda Café, durante uma noite de “contos para adultos”. A ideia é explorar a temática da alma feminina, de forma instintiva e focando nos desafios e etapas rumo ao amadurecimento.

As histórias, contadas pela artista plástica e psicóloga Flávia Bomfim e pela arte-educadora Keu Ribeiro, falam das relações e desejos femininos. As duas integram o grupo Iandé – Todo Conto tem um Canto, um coletivo de contadores de histórias de Salvador.  Todo o espetáculo terá acompanhamento de música instrumental.

Serviço:

O quê: Histórias da Mulher Selvagem

Onde:  Ciranda Café – Rio Vermelho (www.cirandacafe.com)

Quando: dia 22, sexta, às 20h

Quanto: ingressos a R$ 5

Mais informações pelo telefone (71) 3012-3963

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Especial Dia da Criança: hábito de leitura

O sexto artigo – terceiro publicado nesta terça – escolhido para a série Especial Dia da Criança é de Lourdes Magalhães, fundadora e presidente da Primavera Editorial. No texto, a autora fala sobre a importância de se cultivar o hábito da leitura desde a infância e desmistifica a suposta guerra: ipads x livros em papel. “Não importa qual o suporte, o importante é que as crianças leiam cada vez mais”. Apreciem sem moderação!

Lembranças “criadas” para o futuro do pretérito

*Lourdes Magalhães

Hipoteticamente, como e onde são confeccionadas as lembranças para o futuro do pretérito? Embora a pergunta pareça estapafúrdia, creio que seja legítima – afinal, a desinência “ria”, que caracteriza esse tempo verbal, é empregada também quando não se tem certeza da informação, a exemplo da frase “…ele disse que leria toda a obra de Lewis Carroll”. Trocando em miúdos, estou usando uma alegoria para questionar em que momento de nossas vidas damos “corpo” às lembranças que evocaremos futuramente. Qual é o átimo em que criamos uma boa lembrança relacionada aos livros; ao ato de participar de uma “aventura” literária? Essa reflexão se refere, especificamente, à criação de uma nova cultura em relação ao hábito da leitura em tempos de iPad e de presentes eletrônicos para o Dia das Crianças.

Não por acaso, o primeiro livro disponível para o iPad foi Alice no país das maravilhas – uma delícia para a imaginação infantil e um espanto para os adultos que ainda tentam entender as funcionalidades do aparelho. A despeito do debate sobre o livro impresso versus o eletrônico, o que tem real relevância é incentivar nossas crianças a criar, inovar, arrojar e aprender por meio da experiência da leitura. O número de leitores no Brasil será crescente à medida que toda a sociedade invista em fomentar o hábito entre as crianças. É na infância que a leitura se desenvolve e se consolida. No meu caso, por exemplo, o primeiro livro que eu realmente lembro de ter lido – e que fez a diferença na minha vida – foi Dom Casmurro. O impacto foi tanto que convenci meus irmãos e meu pai a batizar nossa cadelinha de Capitu que, diferente da personagem de Machado de Assis, viveu muito tempo. Creio que desde aquele tempo já era vidrada em livros bem escritos.

Pensando nesse futuro, fiz um exercício de pedir aos autores da Primavera Editorial que relatassem qual foi a primeira experiência que tiveram com os livros. O meu intuito era exatamente “investigar” em qual momento esses escritores se tornaram leitores; saber se foram presenteados com livros e o quanto esse presente determinou o futuro pessoal e profissional. Os relatos de Caco Porto, Edna Bugni, Luis Eduardo Matta, Gilberto Abrão, Joseph Gelinek e Márcio Kroehn fundamentam a certeza pessoal que tudo começou na infância. Embora não publique livros para o público infantil, o tema me é muito caro, porque enxergo nele o futuro do mercado editorial mundial.

Diante da profunda certeza que os livros são capazes de nos levar a outro patamar da civilização – sejam impressos ou eletrônicos – gostaria de sugerir aos pais, tios, padrinhos e avós que deem livros como presente no Dia das Crianças. Ou melhor, que deem boas lembranças para o futuro! Para tornar essa sugestão mais contundente, indico a leitura dos relatos de alguns autores da Primavera Editorial.

Boas descobertas!
Estive nas Guerras Napoleônicas, na Rússia, com Leon Tostói
“Antes de começar a ler qualquer livro, lia revistas em quadrinhos. Já fui Roy Rogers e, posteriormente, Tarzan – época em que a minha professora da segunda série era  Jane. Tempos mais tarde, tornei-me o Fantasma e transformei uma prima dois anos mais velha em minha doce Diana… Aos 13 anos, ganhei o meu primeiro livro. Na ocasião, estava estudando no Líbano e tinha tirado o terceiro lugar nos exames finais da minha classe. O diretor da escola me premiou, dando um livro escrito em árabe, cujo título seria, em português, “Animais pré-históricos”. A partir de então, tomei gosto e não parei mais de ler. Acompanhei Karl May nas viagens e nas aventuras dele – via-me dormindo no deserto do Saara e conversando com os índios no meio-oeste americano. À medida que fui crescendo, participei de outras viagens e aventuras. Estive nas Guerras Napoleônicas na Rússia com Leon Tolstói – escritor cuja morte completa 100 anos em 20 de novembro deste ano. Thomas Mann me mostrou a diferença entre o alemão protestante, rígido, e o católico, meio latinizado. Sentei longas horas com Gabriel Garcia Marquez sob a luz tênue de uma lamparina de querosene, ouvindo-o contar a saga dos descendentes de José Arcádio Buendía.” – Gilberto Abrão, autor de Mohamed, o latoeiro

Um tesouro azul
“Era inverno; os anos eram os cinquenta; a casa era antiga; a cidade era uma vila e a menina era pequena. Em uma tarde desse tempo, a menina ganhou um presente: seis pequenos livros de capa azul. Cada um com uma história familiar: Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, João e Maria, Rapunzel e Sapatinhos Vermelhos. A menina os pegou, alisou a capa, cheirou-os e os apertou contra o peito. Tinha consigo um tesouro e sabia disso: seus primeiros livros! Um presente por ter aprendido a ler. Cinquenta anos se passaram e hoje a mulher se recorda de todas as emoções e sensações daquela tarde fria: o calor do fogão de lenha na cozinha, o barulho da água fervente caindo na chapa, o banco onde se sentou para ler, a textura do papel, o cheiro das páginas e o mundo que se abriu a partir daí…” – Edna Bugni, autora de Solstício de verão.

Um parque de diversão particular
Marcelo Marmelo Martelo, de Ruth Rocha. Como esquecer meu primeiro companheiro? Andava com o livro para cima e para baixo. Gostava da repetição dos “emes” e brincava de trocar para Márcio Marmelo Martelo, porque dava certo e me deixava feliz da vida. Em capa dura, colorido, uma grande história sobre amizade. Quem desconhece o mundo mágico das palavras perde a felicidade de estar no seu parque de diversão particular. Mas essa felicidade só existiu porque meus pais foram meus grandes incentivadores. Foram eles que colocaram a leitura em minhas mãos. E tudo no seu tempo certo, na idade certa: primeiro os infantis, depois os juvenis e as grandes obras. Eles me presenteavam com livros, eu gosto de dar livros de presente. Algumas crianças já me olharam feio, porque queriam um brinquedo qualquer. Mas foi antes da história arrancar o maior sorriso do mundo. – Márcio Kroehn, autor de Onde o esporte se reinventa: histórias e bastidores dos 40 anos de Placar

Uma conta na livraria de Copacabana
“Foi, em grande parte, graças à escola que me tornei um leitor. Tive a sorte de contar com boas professoras de português e literatura que adotaram em sala de aula livros como A inspetora e o fantasma dançarino, de Santos Oliveira, nome usado pelo escritor Ganymedes José – a primeira história com mais texto do que ilustração que li. Eu tinha, então, nove ou dez anos. Na época, meu pai, vendo meu crescente interesse pela leitura, deu-me de presente uma conta em uma livraria perto da minha casa, em Copacabana. Eu podia gastar semanalmente até uma determinada quantia e aproveitei para ler muitos livros policiais juvenis como os de Marcos Rey e João Carlos Marinho; e principalmente toda a série da Inspetora. Essas são obras que permanecem como a lembrança mais marcante daqueles meus primeiros passos no mundo da literatura.” – Luis Eduardo Matta, autor de O véu
O fim dos momentos mortos, apáticos

“Acredito que o primeiro romance completo que li em minha vida foi Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Com esse livro, aprendi que é importante para um romance ter em seu enredo diversos acontecimentos para que não existam momentos mortos, apáticos.” Joseph Gelinek, autor de A décima sinfonia

A imaginação de um pequeno príncipe
“Aos sete ou oito anos recebi de presente O pequeno príncipe, de Antoine De Saint-Exupéry. Lembro que foi uma experiência marcante, pois o livro incitava minha imaginação. Com massa de modelar criei de monstros até casas, pessoas, carros, trens e árvores. Com papel e lápis de cera desenhei rabiscos, balões de São João e bandeirinhas ao estilo Alfredo Volpi. Com papelão colorido, cola e tesoura, montei objetos tridimensionais de todos os tipos e até hoje consigo imaginá-los planificados no papelão e depois de colados, vejo-os girando em três dimensões diante de mim. Hoje sou uma pessoa grande – o narrador bem diz, no livro, as pessoas grandes não conseguem ver o elefante dentro da jiboia, apenas um chapéu – e não me lembro de detalhes da leitura, mas lembro que fiquei orgulhoso de ter o meu primeiro livro, pois afinal, eu já sabia ler. Nas páginas de O pequeno príncipe me diverti muito com as figuras e com a fertilíssima imaginação do habitante do pequenino planeta. Creio que desenvolver a imaginação tenha sido o meu grande aprendizado com esse livro. Digo isso, deslocando para fora do corpo a pessoa grande e incorporando a criança que fui no primário. A leitura desse livro foi significativa para o meu aprendizado, socialização e sobretudo para o desenvolvimento da imaginação.  É certo que captei a mensagem do livro de uma forma há 45 anos; agora tenho que fazer uma releitura para captar a mensagem como a pessoa grande que hoje sou.” – Caco Porto, autor de As duas faces da abóbora

*Lourdes Magalhães é fundadora e presidente da Primavera Editorial. Graduada em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com mestrado em Administração (MBA) pela Universidade de São Paulo (USP) e especialização em Desenvolvimento Organizacional pela Wharton School (Universidade da Pennsylvania, EUA). a executiva possui experiência como consultora de gestão por 20 anos,  tendo atuado no mercado editorial nacional e internacional desenvolvendo parcerias e contratos com agentes literários na avaliação de obras para a compra de direitos autorais. Antes de fundar a Primavera Editorial, atuou durante cinco anos em grandes editoras – período em que estudou o mercado editorial nacional e internacional.

**Material encaminhado ao blog pela Printec Comunicação.

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Leia os textos já publicados pela série:

>>Especial Dia da Criança: Preservação ambiental

>>Especial Dia da Criança: Avós e netos

>>Especial Dia da Criança: “ser” criança

>>Especial  Dia da Criança:  consumismo infantil

>>Especial Dia da Criança: o cuidador

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Dois meses de “Circuito da Dança” em Salvador

Cena do espetáculo Triscou Pegou

O projeto Circuito da Dança começa nesta quinta-feira e se estende por dez praças de Salvador nos próximos dois meses. Contemplado pelo Fundo de Cultura, da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, o projeto oferecerá dois espetáculos da Cia. de Dança Robson Correia em apresentações artísticas abertas ao público.

A estréia é no Largo do Papagaio, mas ao longo dos meses de outubro e novembro, o projeto passará por mais nove bairros da capital, mostrando coreografias baseadas na cultura popular, que falam sobre o universo das brincadeiras infantis e sobre a “labuta” do sertanejo. Serão contempladas com os espetáculos, praças no Abaeté em Itapuã; São Brás em Plataforma; Cruzeiro de São Francisco no Pelourinho; Praça da Sé no Centro Histórico, Praça da Revolução em Periperi; Praça 2 de Julho no Campo Grande, Praça da Soledade na Lapinha, Plano Inclinado da Liberdade e Praça do Parquinho em Tancredo Neves. Serão duas apresentações em cada praça, um espetáculo por dia.

 

Cena do espetáculo Almejo

 

Quem é? A Cia de Dança Robson Correia surgiu em 2004, com o espetáculo “Sertão” construído para apresentar no “Museu agosto de todos” evento promovido pela Dimas e com o Projeto “Mata Borrão” criado para intervenções artísticas durante o carnaval do Centro Histórico de Salvador.

Robson Correia, criador e diretor da Cia.,  traz em seu currículo uma vasta experiência no campo da arte.  Produtor, diretor, ator, coreógrafo, dançarino, figurinista e aderecista, começou sua experiência artística no Projeto “Viver com Arte” da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), onde estudou técnicas de teatro e dança. Foi aluno da Escola de Dança SESC – Nazaré, se formou em Direitos Humanos pelo Projeto PLP (Promotores Legais Populares) do Grupo de Apoio a Prevenção a AIDS (Gapa) e, recentemente, terminou a formação técnica em dança e coreografia pela Escola de Dança da Funceb

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Exposição Black Barbie pode ser vista até dia 17

Essa notícia e as fotos que ilustram o post são para matar a minha colecionadora de Barbies preferida de inveja. Até o dia 17 de outubro, o Shopping Barra hospeda a primeira mostra itinerante de Barbies negras, a “Black Barbie”, que está completando 30 anos de lançamento da primera boneca. A mostra pode ser vista na praça central do shopping, que fica na Av. Centenário, em Salvador.

Ao todo, são 83 bonecas raras pertencentes ao acervo do colecionador Carlos Keffer, que possui mais de 700 modelos, formando a mais valiosa coleção do gênero no Brasil (agora a Lady Bobbie – a quem dedico este post – mordeu os cotovelos!).

As Barbies estão separadas em 11 grupos temáticos, que exploram a era Disco, a fantasia das princesas, vestidos de gala, a África negra, entre outros temas. Alguns dos destaques são o exemplar original da primeira Barbie e do primeiro Ken afrodescendentes e a boneca customizada pelo estilista afro-brasileiro Wilson Ranieri especialmente para a mostra, além de exemplares inspirados em celebridades como a cantora Diana Ross e a atriz Halle Berry, caracterizada como personagem de um dos filmes de 007.

Além de conferir a exposição, quem passar pelo Shopping Barra, pode ainda visitar a brinquedoteca, aberta às crianças, de segunda a sábado, das 10h às 21h, e aos domingos, das 14h às 20h, com acesso gratuito. A meninada poderá brincar com bonecas Barbie e carrinhos Hot Wheels.

Serviço:
Exposição Black Barbie
Onde: Shopping Barra (1º piso, praça central)
Quando: até 17 de outubro
Entrada franca

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13º Encontro de Malabares, Arte e Cultura

Salvador vai sediar o 13º Encontro de Malabares, Arte e Cultura neste sábado, 25 de setembro, das 15h42 às 22h47, na Praça Pau Brasil, ao lado do Colégio Manoel Devoto, ali no Rio Vermelho. O evento é promovido pela trupe Malabares Mágicos, com programação vasta que inclui oficinas de malabares, pinturas faciais e em telas, palhaços, feirinha de artes, espetáculos e shows ao vivo. A entrada é gratuita.

Este ano, tem também o Palco Aberto, um espaço colocado à disposição daqueles que querem mostrar sua arte, apresentando um número ou alguma habilidade. Programa muito bacana, meninos e meninas. Vamos prestigiar! Ah, lembrando que em janeiro de 2011 teremos a 2ª Convenção Baiana de Malabarismo, Circo e Arte de Rua, que traz a Salvador artistas de vários cantos do mundo. Vamos esquentar os motores!

| Serviço |
13ª Encontro de Malabares, Arte e Cultura
Data: 25 de setembro, às 15h42
Onde: Praça Pau Brasil, ao lado do Colégio Manoel Devoto- Rio Vermelho.
Quanto: Gratuito

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