O espetáculo Histórias da Mulher Selvagem será apresentado nesta sexta, 22, às 20h, no Ciranda Café, durante uma noite de “contos para adultos”. A ideia é explorar a temática da alma feminina, de forma instintiva e focando nos desafios e etapas rumo ao amadurecimento.
As histórias, contadas pela artista plástica e psicóloga Flávia Bomfim e pela arte-educadora Keu Ribeiro, falam das relações e desejos femininos. As duas integram o grupo Iandé – Todo Conto tem um Canto, um coletivo de contadores de histórias de Salvador. Todo o espetáculo terá acompanhamento de música instrumental.
Uma dica para quem é da área teatral. O Núcleo de Teatro do TCA (Teatro Castro Alves), em Salvador, realiza inscrições, até esta sexta-feira, dia 30, para as oficinas de Figurino, Cenografia e Iluminação. As oficinas, que integram o processo de montagem do segundo espetáculo de 2010, com o título provisório de “Ocasiões”, serão ministradas por Miguel Carvalho (Figurino, 2 a 6 de agosto), Renato Bolelli (Cenografia, 2 a 6 de agosto) e Aurélio de Simone (Iluminação, 10 a 14 de agosto). Todas acontecerão de 9 às 13 horas, no Centro Técnico do TCA.
Para se inscrever, os interessados devem apresentar fotocópias de RG, currículo e comprovação (via atestado ou programa) de participação em, no mínimo, duas montagens com função correspondente à oficina. As inscrições devem ser feitas no Núcleo de Produção do TCA, de segunda a sexta-feira, das 14 às 18 horas. Mais informações pelos telefones (71) 3117-4882/4881 ou pelo e-mail [email protected].
OSBA no interior do Estado
E por falar em TCA, a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), sob a regência do maestro Eduardo Torres, fará duas novas apresentações dentro do projeto OSBA Itinerante. Desta vez, os músicos visitam Itabuna e Ilhéus, no sul da Bahia. O projeto Osba Itinerante tem o objetivo de levar a orquestra para outras cidades baianas e até fora do Estado, contibuindo para democratizar o acesso à música clássica.
O concerto em Itabuna acontece nesta quarta, dia 28, às 20h, na Av. Beira Rio, Espaço Marimbeta. Já Ilhéus, cidade vizinha, recebe os músicos no dia 29, quinta, também às 20h, na Catedral de São Sebastião. A entrada para os espetáculos é gratuita.
Cameratas – Durante a viagem, a orquestra também apresentará o projeto Cameratas da Osba, que reúne pequenos grupos de músicos para apresentações de música de câmara. Na quinta-feira, 29, as cameratas Opus Lúmen, formado por oboé, clarineta e fagote, e Bahia Cordas, integrado por quatro violinos e, ainda, viola, violoncelo e contrabaixo, apresentam-se no Teatro Municipal de Ilhéus, às 16 horas, também com entrada gratuita.
Uma boa dica para quem está em Salvador neste fim de semana é a estreia, neste sábado, dia 03, do musical É MEU, É SEU, É NOSSO!, produção do Gacc (Grupo de Apoio a Criança com Câncer) e Cabriola Cia. de Teatro, que conta a história de um menino que luta para vencer um problema de saúde e conta com a força da família e dos amigos. O texto do espetáculo é do dramaturgo Deolindo Checcucci (O Vôo da Asa Branca, Raul Seixas, Irmã Dulce) e a direção é de Heraldo Souza, que também assina a trilha sonora. A peça terá ainda a participação do ator e músico Elinaldo Nascimento, ex-paciente do GACC, aluno do curso de Artes Cênicas na Escola de Teatro da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
A Cabriola Cia de Teatro ganhou o prêmio Braskem de Teatro (importante reconhecimento na cena teatral baiana) de melhor espetáculo infanto-juvenil com a peça Os prequetés. O diretor Heraldo Souza, por sua vez, foi indicado na categoria revelação da mesma premiação, pela composição e arranjos musicais de Os prequetés.
Já o Gacc é uma instituição filantrópica fundada em 1988, para dar suporte as crianças de baixa renda baianas e suas famílias, evitando o abandono do tratamento do câncer infanto-juvenil, pois muitos pacientes mirins, sobretudo no interior do Estado, acabavam largando o tratamento médico por falta de condições de se deslocar para a capital, custear hospedagem, transporte e mesmo uma alimentação mais substancial, principalmente para quem precisa de quimio ou radioterapia. Fiz algumas reportagens com o Gacc ao longo da vida de repórter e o trabalho dessa entidade, além de belíssimo, é muito respeitado na Bahia. Ao todo, a instituição assiste cerca de 300 pacientes por mês, juntamente com seu acompanhante, totalizando mais de três mil famílias em 22 anos de atuação. Graças ao trabalho das equipes multidisciplinares do Gacc, as chances de cura dos pacientes assistidos alcançam mais de 70% e nenhum paciente abandona o tratamento por falta de condições financeiras.
Ficha Técnica do espetáculo:
Direção: Heraldo Souza
Texto: Deolindo Checcucci
Elenco: Aline Lopes, Elinaldo Nascimento, Isaque Pires, Josevaldo Fortes, Julio Cesar Mello, Lucy Castro, Lika Ferraro, Mariana Damásio.
Assistente de direção: Etiene Bouças
Figurinos, coreografias e cenografia: Heraldo Souza
Direção Musical: Heraldo Souza
Iluminação: Luiz Guimarães
Preparação corporal para cena: Lika Ferraro
Cenotécnico: Evando Cézar
Assistente de produção: Aline Lopes
Músicos: Elinaldo Nascimento (violão), Josevaldo Fortes (Flautas, Escaleta), Lucy Castro (percussão)
Costureira: Angélica da Paixão
Fotos: Aldren Lincoln
Serviço:
É MEU, É SEU, É NOSSO! – Musical para todas as idades
Onde: Teatro ISBA – Av. Oceânica, 2717, Ondina. Telefone: (71) 4009-3689
Quando: 03 a 25 de julho de 2010, sábados e domingos, às 16h. Haverá sessão extra nos dias 18 e 25 de julho, às 10h
Quanto: 10,00 e 5,00 (meia entrada) – toda renda será destinada ao trabalho assistencial do GACC
Realização: GACC-BA e Cabriola Cia de Teatro
Para entrar em contato: [email protected]
A segunda edição do Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia (Filte 2009), acontece de 4 a 13 de setembro, com a participação de grupos teatrais de dez países. Os objetivos do evento são estimular experimentações artísticas, possibilitar o intercâmbio cultural de artistas e pesquisadores, promover a formação de plateia, além de construir um painel contemporâneo das artes cênicas na América Latina.
Os espetáculos do Filte 2009 vão acontecer no Teatro Vila Velha (Palco Adulto), Sala do Coro do Teatro Castro Alves (Palco Infantil) e Teatro Martim Gonçalves (Palco Nordestino). A programação pretende atender diversos públicos, inclusive com produções infantis.
Com a participação de grupos de países como Bolívia, Colômbia, Cuba, Estados Unidos, Chile, Peru, Argentina e Equador, além dos brasileiros, o festival é composto por espetáculos inéditos em palcos baianos.
Entre os grupos internacionais que se apresentarão no festival estão o Teatro La Candelária (Colômbia), El Ciervo Encantado (Cuba), Teatro de los Andes (Bolívia) e Teatro Malayerba (Equador), Teatro Avante (Estados Unidos), La Fábrica Teatro e Cia. El Pez Soñador (Argentina). A participação especial ficará por conta da companhia Albanta Teatro de Cádiz (Espanha), com a peça Flores Arrancadas a La Niebla, com texto do argentino Aristides Vargas.
Dos grupos nacionais: Teatro Bagaceira do Ceará, Oco Teatro Laboratório, Groove Estúdio Teatral, Cia Rapsódia, Fraternal Companhia, Cia Finos Trapos e Mundo Miúdo.
Discussões e oficinas – O Filte 2009 também abrigará o Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste (Nortea). Inédita, a iniciativa busca criar um circuito de discussão, estimular laboratórios sobre processos, estéticas e formas do fazer teatral entre grupos de teatro profissionais do Nordeste e de outros estados, estimulando a pesquisa e a constante procura por formas originais de expressão. Conferências, demonstrações de trabalho e apresentação de resultados artísticos irão compor as atividades do Núcleo.
Serviço:
II Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia (Filte 2009)
Onde: Teatro Vila Velha, Sala do Coro do Teatro Castro Alves e Teatro Martin Gonçalves
Quando: 4 a 13 de setembro
Quanto: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Realização: Oco Teatro Laboratório e Carranca Produções Artísticas
Santo Amaro da Purificação é uma das cidades mais místicas do recôncavo baiano. E não digo isso porque é terra de Caetano Veloso e Maria Bethânia. Aliás, os dois grandes artistas são o que são porque nasceram e se criaram num caldo cultural que mistura a religiosidade afro-brasileira, tradições católicas, cultura popular e história de resistência. Pois a cidade, localizada a 72 quômetros de Salvador, estará em evidência nos próximos dias. Aqui na capital, de hoje até domingo, o Conjunto Cultural da Caixa (Rua Carlos Gomes – Centro) apresenta o espetáculo teatral Besouro Cordão de Ouro, sobre a vida de um dos capoeiristas mais famosos de Santo Amaro, um homem tão peculiar que se não houvesse testemunhas jurando que ele existiu, passaria facilmente por lenda e das boas, daquelas de ouvir ao pé da fogueira. Além disso, de 13 a 17 de maio, a cidade do recôncavo celebra os 120 anos do Bembé do Mercado, festa criada em 1889 para comemorar a abolição da escravatura. Abaixo, informações sobre o espetáculo e a história do Bembé:
Besouro Cordão de Ouro
Manoel Henrique Pereira, apelidado Besouro Cordão de Ouro, nasceu em Santo Amaro no final do século XIX. Ficou famoso graças ao talento nas rodas de capoeira tanto na cidade natal quanto no Cais Dourado, em Salvador, onde desembarcava dos saveiros que cruzavam a baía de Todos os Santos, em busca de um bom desafio. Sua fama de valente o transformou em lenda viva. Sendo que o romance Mar Morto, de Jorge Amado, ajudou a consolidar a fama do lutador. Além de capoeirista, Besouro também era poeta, boêmio, tocador de violão dos mais afamados e compositor de chulas e sambas-de-roda.
O espetáculo Besouro Cordão de Ouro, que aporta em Salvador neste fim de semana, é produzido por um grupo carioca, sob direção de João das Neves. O texto, as músicas e letras das canções entoadas na peça são de autoria de Paulo César Pinheiro. A história de Besouro, também chamado Mangangá nas rodas de capoeira, é contada a partir dos atores que interpretam outros mestres famosos do ínicio do século XX como Bimba, Pastinha, Budião, Dora das Sete Portas e a mítica Rosa Palmeirão, também personagem de Mar Morto e que, diz a lenda, foi criada por Jorge Amado a partir de Maria Doze Homens, uma capoeirista valente do Cais Dourado, que derrubava qualquer um que se interpunha em seu caminho, fosse macho ou fêmea. Maria Doze Homens, por sua vez, é confundida na memória da cultura popular baiana com Maria Felipa de Oliveira, uma mulher que, na Guerra da Independência da Bahia, em 1823, teria liderado outras mulheres na guerrilha contra os portugueses. Prometo contar a história dela aqui no blog, em outra ocasião.
SERVIÇO:
Espetáculo: Besouro Cordão-de-Ouro
Onde: Espaço Caixa Cultural
Rua Carlos Gomes, 57 – Centro – Tel: 3421-4200
Quando: 8 a 10 de maio, às 20h
Ingresso: Um quilo de alimento não-perecível, trocados pelo ingresso a partir das 14h do dia do espetáculo
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Bembé do Mercado
A origem do Bembé do Mercado remonta ao dia 13 de maio de 1889, no aniversário de um ano da abolição. Na ocasião, os terreiros de Candomblé de Santo Amaro e região se reuniram para fazer uma festa de três dias e três noites, tocando para os orixás e em memória aos antepassados que pereceram na luta pela liberdade. Durante anos, o Bembé foi erroneamente associado a uma homenagem à princesa Isabel, mas a festa de fato, marcava a resistência dos adeptos do Candomblé às perseguições a sua religião e também era uma forma de mostrar que existia um contingente negro que havia saído das senzalas, mas ainda não havia alcançado lugar de direito na sociedade. Mesmo com as perseguições o Bembé continuou acontecendo. Em alguns anos, limitava-se aos terreiros, em outros, acontecia na praça do mercado municipal da cidade. A partir do final dos anos 90, houve empenho de lideranças negras e religiosos do Candomblé, além de apoio de universidades e políticos, para que o Bembé fosse revitalizado. A palavra Bembé é uma corruptela de Candomblé.
Este ano, cerca de 30 terreiros irão se unir para realizar a festa dos 120 anos do Bembé, de 13 a 17 de maio, na praça do mercado. Além dos rituais religiosos, ocorrerão também apresentações de maculelê, capoeira, samba de roda e a encenação do Nego Fugido, folguedo que tem origem no distrito santoamarense de Acupe e representa a fuga de escravos das fazendas de açúcar da região e a implacável caçada empreendida pelos capitães do mato e feitores na tentativa de recapturá-los.
A festa de 2009 renderá homenagens ao escultor e museólogo Emanoel Araújo e a sambista santoamarense Edith do Prato, morta no início do ano. A programação prevê também uma mesa redonda, que deve ocorrer na quarta-feira, 13, na abertura do evento, sobre cultura popular, reunindo o Ministro da Cultura Juca Ferreira, o cantor Caetano Veloso e a folclorista Maria Mutti; além de um show de J. Velloso e Ulisses Castro.
Como chegar: Saindo de Salvador, pegar a BR-324. São 59 quilômetros até o entroncamento da BA-026, em direção a Santo Amaro, e mais 13 quilômetros até a sede do município.
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