Pesquisa mostra relação das brasileiras com os cabelos

Segundo a pesquisa, o padrão de beleza ideal entre as brasileiras ainda é ser loira...

Uma pesquisa realizada em parceria pela Unilever (fabricante das marcas Dove e Seda, entre outras) e o Ibope mostra a relação das brasileiras e suas madeixas. O objetivo do estudo Brasileiras e os Cabelos é entender os hábitos e costumes das consumidoras e o resultado comprova o que o senso comum já sabe: os cabelos são a parte do corpo que merece mais tempo e esforço no ritual de beleza entre as brasileiras. Das práticas mais comuns adotadas estão o alisamento e a coloração.

De acordo com os dados prévios divulgados pela Unilever, mais da metade das mulheres entrevistadas (58%) está com o cabelo diferente do natural, principalmente as casadas. Ainda segundo a pesquisa, nove em cada dez mulheres dizem que se sentem mais confiantes se os cabelos estão em ordem. Das entrevistadas, 74% disseram que um cabelo bonito e bem tratado eleva a autoestima e 37% revelaram que quando o cabelo não está “bom” não têm vontade de sair de casa. Na pergunta sobre cuidados, 72% afirmam gostar de cuidar dos cabelos e para 37% delas, ir ao salão é uma necessidade.

...e lisa

Transformações nos cabelos – Entre as principais constatações, a pesquisa aponta que as mulheres ainda buscam cada vez mais ter os cabelos lisos. Das entrevistadas que têm cabelos transformados, 45% disseram ter realizado algum tipo de procedimento para alisar os fios. E os alisamentos, como a escova progressiva, são feitos na maioria das vezes (93%) com cabeleireiros.

As mudanças de cor dos fios também são muito comuns, sendo que 86% das entrevistadas já tingiram os cabelos. Das que tingiram, 45% fazem o processo mensalmente, sendo a cor loira a mais procurada (74%).

A pesquisa Brasileiras e os Cabelos foi realizada com 400 mulheres, de 25 a 45 anos, das classes A, B e C, nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil.

Meu dedinho nesse angu – O resultado da pesquisa não me surpreende, dado o apelo midiático por um padrão que a meu ver não abre espaço nenhum às muitas formas de beleza existentes no Brasil, um país multiétnico. Fiz progressiva uma vez na vida e não gostei. Durante os três primeiros meses, ficou legal, mas depois de um tempo, senti falta de ser eu mesma. Prefiro meus cachos naturais, é fato. Quanto à pesquisa, ela é feita por amostragem, e dá uma ideia dos gostos e costumes das mulheres na faixa etária e classes sociais ouvidas, mas não significa que quem não tem cabelos lisos e loiros não seja igualmente deslumbrante e tampouco significa que todas as brasileiras pensam como as 400 moças ouvidas no estudo. Diversidade é a palavra da vez, não esqueçam!

*Os dados foram enviados ao blog pela assessoria da Unilever.

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Foco sobre a saúde feminina: tratamento alternativo para os sintomas da menopausa

O texto que publicamos abaixo apresenta uma pesquisa recente com um suplemento alimentar desenvolvido para auxiliar no tratamento dos desconfortos da menopausa. O blog não está dizendo que o produto é realmente eficiente ou condenando a terapia de reposição hormonal, que é o tratamento mais comum dos sintomas desse fenômeno pelo qual todas as mulheres vão passar com a chegada da maturidade. Achamos interessante divulgar porque o material traz outras explicações importantes sobre o climatério e porque existe seriedade na abordagem do assunto e na apresentação desta terapia alternativa, inclusive com a citação de dois centros de pesquisa de universidades importantes do país. Vale porém, o lembrete de sempre: quem prescreve tratamento é o médico e só ele saberá dizer qual é a terapia que mais convém para cada tipo de paciente. Confiram e cuidem-se!

Tratamento alternativo auxilia a nova fase da vida da mulher

Estudos da USP e Unicamp comprovam eficácia de alimento à base de soja

No próximo dia 18 é comemorado o Dia Mundial da Menopausa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que até 2030 mais de 1 bilhão de mulheres estarão nesse período, um número três vezes maior do que em 1990.

Somente no Brasil são mais de 13,5 milhões que passam pelo período do climatério, e é por isso que há muito tempo a menopausa deixou de ser vista como uma doença, mesmo porque o número de mulheres que chegam e superam bem esse período aumentou consideravelmente comparado às últimas gerações.

No século XVII apenas 28% das mulheres chegavam no período de climatério, sendo que 5% atingiam a faixa dos 75 anos. Atualmente 95% delas chegam a menopausa e 50% atingem os 75 anos. Isso significa que com o aumento da longevidade a perspectiva é de que as mulheres passem pelo menos um terço de sua vida na menopausa.

Não existe idade predeterminada para a mulher que entra nesse ciclo. Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, mas é muito comum também em mulheres a partir dos 40 anos sem que isso seja um problema.

Ondas de calor, suores noturnos, insônia, perda da libido, ressecamento vaginal, diminuição da atenção e memória são alguns dos principais sintomas sofridos pelas mulheres neste período. Apesar de a menopausa ser considerada um fenômeno natural, esses efeitos podem interferir muito na maneira de viver. Por isso o tratamento para minimizar esses sintomas aliado ao acompanhamento de um profissional qualificado é ideal. É sempre o ginecologista de confiança que deve decidir, em conjunto com a paciente, o melhor tratamento.

Princípios ativos da soja auxiliam no tratamento dos sintomas da menopausa, diz pesquisa

A terapia de reposição hormonal é o mais comum, porém a busca por opções alternativas tem sido cada vez mais procurada pelas mulheres que já realizaram reposição ou que possuem alguma contra-indicação, principalmente porque apesar de ser o mais indicado, o tratamento que inclui diferentes combinações de hormônios geralmente é interrompido pelas usuárias após um ano, a maior parte por conta de sangramentos irregulares, medo de câncer ou doença tromboembólica e ganho de peso.

Um estudo recente publicado na revista Climateric (2008) com 230 participantes mostrou que 70% das mulheres que optaram por tratamentos alternativos no climatério ao invés da TH (Tratamento Hormonal), o fizeram por medo do desenvolvimento do câncer. O ideal é enfrentar essa condição de forma saudável.

Entre os tratamentos alternativos disponíveis, um se destaca por ter sua eficácia comprovada em dois estudos conduzidos com mulheres na menopausa. Trata-se do alimento Previna®, desenvolvido por uma equipe de especialistas em nutrição e tecnologia de alimentos do Centro de Pesquisa Sanavita, que reúne em uma única porção os benefícios das proteínas e isoflavonas de soja, além do cálcio, nutriente importante para a manutenção da massa óssea.

O alimento foi avaliado inicialmente em um estudo no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com 78 mulheres na menopausa e mostrou-se eficiente no tratamento dos sintomas, especialmente ondas de calor, na mesma magnitude que o hormônio sintético utilizado para comparação.

Posteriormente, a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, por intermédio do médico Lucio Carmignani, com orientação da ginecologista Adriana Orcesi Pedro, concluiu um rigoroso estudo com 60 mulheres que comparou os efeitos da ingestão diária do Previna ® com o uso da terapia hormonal de baixa dosagem e placebo.

Os resultados mostraram que a ingestão do produto foi eficaz em aliviar em 65,4% sintomas como ondas de calor e 40% dos problemas musculares e de articulações. Além disso, o grupo que fez o uso do alimento apresentou melhora considerável na secura vaginal e não apresentou nenhuma reação adversa.

Ao final do estudo, os médicos concluíram que o alimento composto à base de soja é uma excelente opção para muitas mulheres que não podem utilizar a famosa TH para o controle dos sintomas relacionados ao climatério. Os profissionais da saúde tem indicado nesses casos o uso combinado do Previna® com uma dieta equilibrada, associada a um estilo de vida saudável que envolve a prática de atividades físicas regulares.

Mais informações sobre o estudo no site: www.estudosojamenopausa.com.br

*Material elaborado pela Máxima Assessoria de Imprensa.

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Confira a apresentação da série:

>>Foco sobre a saúde feminina no mês de outubro

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Sobre divórcio e “o luto” da separação

*Texto e reflexões de Andreia Santana

Há alguns meses devo aos leitores do blog um texto sobre a vivência do “luto” após o divórcio. Não vivi a experiência do fim de um casamento na pele, mas vivi finais de namoros longos, acompanhei a separação dos meus pais, de amigos próximos e de familiares, daí creio poder discutir o assunto com aquele distanciamento que às vezes falta a quem está no centro do problema. O interesse em falar no assunto não é gratuito. Semestre passado, numa das disciplinas que cursava como aluna especial do Mestrado em Cultura e Sociedade da UFBA, tomei contato com a obra do sociólogo inglês Anthony Giddens. No primeiro capítulo do seu livro Modernidade e Identidade (Jorge Zahar Editor), Giddens discute um estudo chamado Segundas Chances, das britânicas Judith Wallerstein e Sandra Blakeslee, justamente sobre o divórcio e as reorganizações famíliares e sociais da alta modernidade. Na ocasião, o assunto suscitou muito debate na minha sala de aula e a primeira coisa que pensei era que valeria a pena trazer esses conceitos para o blog. Mas, na correria diária, novos temas foram surgindo, novas atribuições, e o assunto ficou “na gaveta”.

Há algumas semanas, a vontade de retomar o tema voltou com grande força, principalmente após alguns dados que recebi via email, de conhecidos que sabiam do meu interesse em falar sobre luto e divórcio – dentro dessa perspectiva de Giddens, Wallerstein e Blakeslee no Conversa de Menina. Segundo os dados do IBGE repassados para mim, entre 1997 e 2008, houve um aumento de mais de 200% nos recasamentos entre as brasileiras na faixa dos 40 aos 45 anos. Ainda de acordo com o órgão, os percentuais mais elevados de recasamentos ocorreram entre homens divorciados que se casaram com solteiras.

Outros dados, desta vez do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo, mostram que desde que entrou em vigor a lei 11.441/07, que permite fazer a separação, divórcio e inventários consensuais em cartórios, o número de casos desse tipo cresceu substancialmente no país: separações 24,9% e divórcios consensuais 33,9%. De acordo com o levantamento, o estado de São Paulo é a região do país que mais pratica as vantagens da nova lei. Em 2009, os cartórios paulistas realizaram um total de 39.069 escrituras de separações, divórcios e inventários, cerca de 20% mais do que em 2008 e 84% mais que em relação ao primeiro ano de vigência da lei  no resto do país.

Segundas Chances – Diante desses dados, fiquei pensando para além dos números frios do IBGE. Associar as estatísticas à Giddens ou ao estudo das pesquisadoras britânicas foi inevitável. Também recordei os casos próximos de separação de que fui testemunha, tanto os que terminaram de forma amigável quanto os traumáticos. Lembrei ainda do impacto e das discussões aqui mesmo no blog, suscitados  pelos posts sobre a Lei de Alienação (relembre todos aqui).

Segundo Giddens, o livro/estudo Segundas Chances, descreve o impacto da ruptura dos casamentos no indivíduo e na estrutura social. As pesquisadoras usaram 60 casais (incluindo os filhos) e analisaram um período de 10 anos.  A principal conclusão é que, embora seja uma crise nas vidas pessoais dos envolvidos, apresentando risco à sensação de bem-estar, por outro lado, o divórcio pode abrir possibilidades para o desenvolvimento da pessoa envolvida e perspectivas de felicidade futura. É inegável que para algumas pessoas, desmanchar uma união que traz sofrimento é um benefício. Vi casos de pessoas que literalmente renasceram após se afastarem de um parceiro (a) que “vampirizava” as energias.

Wallerstein e Blakeslee também concluem que é inegável que um casamento desfeito provoca luto, mesmo quando era uma união infeliz. O luto seria provocado primeiro pela sensação de perda das experiências compartilhadas, muitas prazerosas, e em segundo lugar, no caso das uniões que jã não íam bem, pela frustração do projeto a dois não ter dado certo e de se ter investido tempo e energia à toa na relação. Quem já terminou um namoro longo, por exemplo, não fica isento desse “luto”.

“Viver o luto”, de acordo com as pesquisadoras, é extremamente importante, pois seria o bálsamo que cicatrizaria o ressentimento pelo fim da união, impedindo que esse ressentimento se traduza em amargura. Sabemos que nem com todo mundo funciona assim e não são raros os casos em que a amargura se traduz nos sentimentos mesquinhos de vingança, como o próprio ato de alienação parental. Mas, as autoras de Segundas Chances defendem que o período de luto é justamente aquele que vai proporcionar o “descolamento” da identidade compartilhada de casal, e a retomada do “sentido de si próprio”. Os recasamentos apontados pelo IBGE demonstram que cada vez mais um número grande de pessoas, homens e mulheres, mesmo quando mais maduros, investem na retomada das suas vidas e na reconstrução de outras relações após o fim de uniões anteriores e da vivência do tempo de luto. Conhecemos essa fase como “fechado (a) para balanço”.

A questão chave é a retomada da autoconfiança. Principalmente porque quem vive um casamento longo tende a viver a vida do outro, ou a vida do casal, em detrimento de desejos e necessidades próprias, que eram prioridade no tempo de solteirice. Lógico que, embora manter o mínimo de individualidade seja necessário para a relação não cair no binômio “dominador-dominado”, quem entra numa relação estável está em busca é de projetos compartilhados.  A perda do sentido próprio do “eu” e a sua substituição pelo sentido compartilhado do “nós” é inevitável. O resgate do “eu” é lento e gradual com o fim da união.

Usando uma linguagem mais cotidiana, o primeiro passo seria viver a dor, depois exorcizá-la, daí juntar os caquinhos do abalo na autoestima e autoconfiança, reconstruir um “novo eu” e, com o tempo, partir para outra relação. Claro que isso não é fórmula matemática e nem todos os divórciados viverão a situação da mesma forma.

O fator filhos também pesa muito. Principalmente porque o estudo de Wallerstein e Blakeslee aponta que as crianças sempre esperam secretamente uma reaproximação do casal. E vai caber aos pais proporcionar que o “luto” dos filhos seja o menos traumático possível. Dar suporte emocional, não tentar usar as crianças como instrumento de barganha ou chantagem (alienação parental) e até introduzir a nova pessoa com que se relacionam na vida familiar de maneira madura e serena são algumas das medidas.

E é aí que entramos na seara das reorganizações familiares, com as crianças tendo pai e mãe (separados) e novos “pais” e “mães” (os companheiros recentes de seus pais). Negociação é a palavra de ordem, tanto para definir se os novos companheiros serão tratados pelos primeiros nomes, ou  como “tio fulano” e “tia fulana”, ou mesmo chamados de papai e mamãe, o que pessoalmente acredito ser meio forçado.

Negociar porém, pressupõe maturidade e “vontade política”. Com a ferida aberta ninguém é bom negociador e o mais sensato, na minha opinião, é deixar o tempo se encarregar de fazer seus curativos.

*Andreia Santana, 37 anos, jornalista, natural de Salvador e aspirante a escritora. Fundou o blog Conversa de Menina em dezembro de 2008, junto com Alane Virgínia, e deixou o projeto em 20/09/2011, para dedicar-se aos projetos pessoais em literatura.

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