Saúde & Fitness: Contra as dores de inverno, mexa-se!

Depois de um longo período de pausa, a série Saúde & Fitness do nosso blog está de volta com um material bem interessante sobre as dores sentidas durante os dias mais frios do inverno e as formas de prevenir esse desconforto através da prática de exercícios simples: caminhada e alongamento. Quem nos orienta é o ortopedista Fabio Ravaglia, especialista em coluna vertebral e presidente do Instituto Ortopedia & Saúde.

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**Contra as dores de inverno, mexa-se!

*Fabio Ravaglia

O frio, para muita gente, pode trazer problemas como dor nos ossos, nas articulações, na musculatura; sintomas de artrose e de bursite se acentuam; dor de ouvido, dor de cabeça; sem falar nas gripes e resfriados e suas respectivas dores no corpo. O que fazer? Primeiro nem sonhe em ficar parado. Para combater os males do frio sobre o corpo humano, a regra é: mexa-se! Veja a seguir dúvidas muito comuns das pessoas relacionadas ao inverno e como movimentar-se pode evitar diversos problemas, impedindo que o corpo enferruje nesta estação do ano.

1. Pessoas mais magras sentem mais frio?

As pessoas mais magras tendem a sofrer mais com a queda de temperatura, porque a gordura corporal dá uma proteção ao frio. Portanto, sentem mais frio em relação aos mais gordinhos. O corpo humano tem temperatura estável, por volta de 36 graus, dependendo de cada um. Quando faz calor precisa perder temperatura e quando esfria muito é o contrário, há necessidade de ganhar temperatura.

2. As pessoas ficam pálidas no inverno?

Ocorre que, com o frio, os vasos se escondem e o coração passa a bater mais forte para manter a temperatura corporal. Este esforço resulta na palidez do rosto.

3. Os ossos dóem mais no inverno?

Esta é uma pergunta que sempre ouço. A resposta é sim! E há explicação para isto.  É fato que, nos dias frios, aumenta a possibilidade de constrição vascular (diminuição do fluxo de sangue nos vasos do corpo) e a pessoa se encolhe ao sentir o frio, tensionando músculos e nervos. A tendência é de os músculos ficarem mais tensos ou terem contratura, o que ajuda a tornar algumas partes do corpo doloridas. Ficar encolhido pode afetar a postura e provocar dores na coluna. Além disso, nas articulações, o líquido sinovial — que fica mais espesso com o esfriamento do corpo —, pode gerar incômodos também.

Apesar dos poucos estudos sobre o impacto da baixa temperatura no organismo das pessoas, é fato que queixas de desconforto nos ossos, articulações e músculos são muito comuns nos consultórios médicos durante o inverno. O clima frio é um problema mais sério para quem sofre de algumas doenças crônicas. Na área de ortopedia há muitas reclamações de dores nas articulações. Os sintomas da artrose ou da bursite ficam acentuados. Não se sabe ao certo se a responsável por provocar as dores é a temperatura baixa ou a umidade do ar. Sem contar a sensação térmica, que é a temperatura percebida pelo corpo humano diante da conjunção do frio com o vento, que resulta em mais frio do que a temperatura marcada pelos termômetros. O fato é que as pessoas admitem que ficam sem disposição para a atividade física quando faz frio, o que é um erro para a saúde.

4. No inverno, é melhor tratar os problemas no corpo com bolsa de água fria ou quente?

Na verdade, tanto faz. Há uma controvérsia em fisioterapia sobre qual é a melhor opção para tratamento: o uso de calor ou frio? Digo que cada um tem uma função apropriada para cada problema e pode-se usar até alternadamente gelo ou bolsa de água quente ou o calor de lâmpadas. O tratamento com frio é mais completo porque é analgésico, a aplicação diminui a sensibilidade local e reduz a inflamação, quando ela existe. Em todo caso, havendo intolerância ao gelado porque a temperatura ambiente está muito baixa, o paciente pode fazer compressa quente. O calor faz com que aumente a circulação nos vasos associados, melhora a circulação na região e intensifica a atividade. A alternância entre o frio e o calor serve para tirar o inchaço do local.

5. Frio demais dá dor-de-cabeça?

A constrição sanguínea ou a contração muscular podem provocar dores na cabeça. Por isso, convém se agasalhar, usando toca ou chapéu, para manter esta parte do corpo mais relaxada. Dentro deste tema, algumas pessoas sentem dor-de-cabeça quando tomam sorvete, mesmo no verão. A explicação é a mesma: o frio do sorvete afeta a temperatura do sangue e dos músculos e desencadeia os mesmos sintomas de quando a temperatura ambiente não está alta.

6. O choque térmico provoca mesmo doenças?

Aqui a informação é importante, principalmente para quem sofre de doenças reumáticas: a troca de calor para frio ou vice-versa não causa a dor. A friagem sentida ao abrir a geladeira logo após tomar um banho quente, o chamado golpe de ar, já foi acusada de provocar paralisia facial. Hoje, não há discordâncias quanto a isto: a paralisia é provocada por um AVC, um derrame cerebral.

7. E gripes e resfriados?

As mudanças de temperatura podem ajudar a desencadear um quadro de resfriado. As gripes porém são transmitidas por microorganismos e independem de mudanças de temperaturas. Gripes e resfriados são doenças muito mais incidentes no inverno do que no verão. Por isso, recomenda-se a vacinação anual, inclusive dos tipos mais graves, como a causada pelo vírus H1N1, e evitar as mudanças bruscas de temperatura, protegendo sempre o corpo com agasalhos. No frio, o nariz e a garganta parecem mais sensíveis quando a pessoa apresenta um quadro de gripe e resfriado. Convém manter a higiene e ficar atento a novos sintomas, que poderão exigir outros medicamentos, sempre indicados pelo médico. Aliás, não se deve automedicar mesmo no caso de um simples resfriado.

8. Como ficar bem disposto nos dias frios?

Os músculos e articulações frequentemente parados ajudam a aumentar sintomas de muitos problemas de saúde, pela perda de flexibilidade. Com o passar do tempo, o sedentarismo tem sido o grande vilão da saúde. Como ninguém quer perder a autonomia quando ficar mais velho, a dica é mexer o corpo agora. Recomendo duas coisas muito simples: fazer alongamento e caminhada, fortes aliados no combate às dores de inverno. Estas atividades físicas são complementares e recomendadas quase que para todas as pessoas, em qualquer idade.

9. Como o alongamento ajuda?

Antes de fazer qualquer exercício físico, o alongamento é essencial e no frio, sua importância é crucial para destravar ossos, músculos e nervos para que o sistema locomotor funcione plenamente e com toda a facilidade. Os exercícios de alongamento são simples e podem ser praticados a qualquer momento. Ao levantar, espreguice e no trabalho ou na escola, estique pernas e braços, evitando ficar muito tempo em uma só posição. A maneira correta de se alongar é observar a postura ereta, posicionando a coluna reta, alinhada com a cabeça (para isto, utilize o queixo como guia: ele deve ficar paralelo ao chão). A partir daí, movimente braços, pernas e pescoço, esticando a musculatura e relaxando. Fique atento ao trabalho de músculos e articulações, que devem ser dobradas e desdobradas. O ideal é fazer alongamento pelo menos uma vez ao dia, todos os dias. Cada movimento, convém ser repetido três ou quatro vezes. No caso do alongamento ser praticado antes e depois da prática esportiva, é recomendável que a sessão dure cerca de dez minutos.

10. Como o hábito de realizar caminhadas pode ajudar?

O hábito de caminhar deve ser mantido em todas as estações do ano. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados para que a caminhada continue a ser uma prática saudável, mesmo no inverno. É importante saber que a respiração se altera na caminhada no inverno, porque o ar gelado entra pelo nariz e se choca com a temperatura interna do corpo – cerca de 36 graus centígrados. Além disso, ficamos mais vulneráveis a lesões musculares, gripes e resfriados.

E quais os cuidados para caminhar no inverno? Atenção redobrada ao alongamento! O alongamento deve ser feito, no mínimo, por 15 minutos. Mãos, pés e cabeça precisam de estimulação extra. Faça movimentos contínuos para que fiquem aquecidos. Além disso, não esqueça o agasalho, inclusive para as extremidades do corpo. Aconselho a caminhada pela manhã. Em outro horário é preciso proteger a pele porque mesmo no inverno os raios solares são nocivos e, quem mora em cidade grande, pode evitar as horas do meio do dia por causa da poluição do ar.

O exercício mexe com a musculatura e contribui para o bombeamento do sangue para as extremidades. Faça também um alongamento em todo o corpo, como se estivesse espreguiçando. Para esquentar os pés e as pernas, fique em pé, deixe os pés paralelos e role a planta do pé, ficando apoiado nas pontas e depois nos calcanhares, repetidas vezes, e para as mãos, coloque a palma para cima e massageie com o polegar a região do punho, alternando a direita e a esquerda. Caminhar ajuda a aumentar a resistência, o que ajuda a evitar resfriado e gripe. A receita do esquimó é correta: não deixe de movimentar o corpo, mesmo que haja muita neve lá fora.

*Fabio Ravaglia é médico ortopedista graduado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), especialista em coluna vertebral pelo Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho (Santa Casa de Misericórdia de São Paulo) e mestre em cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Ele também preside o Instituto Ortopedia & Saúde, organização não-governamental que tem a missão de difundir informações sobre saúde e prevenção a doenças.

**Material encaminhado ao blog pela Printec Comunicação

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Saúde & Fitness: “Osteoporose”

Quando eu tinha 16 anos, minha avó materna morreu de complicações decorrentes de uma queda, quando fraturou o fêmur direito. Ela estava com 87 anos. Recentemente, uma conhecida de uma das minhas tias, na faixa dos 75 anos, teve uma fratura porque estava sentada no banco do carona, no carro do filho, e esqueceu de afivelar o cinto de segurança. O motorista distraiu-se conversando com sua mãe, não viu um quebra-molas e o solavanço foi o suficiente para a senhora sofrer uma fratura no osso do cóccix. Nos dois casos, o diagnóstico foi osteoporose. Com base nesses dois exemplos próximos e para ajudar outras pessoas a compreenderem a doença, separei hoje para a série Saúde & Fitness, um texto sobre a osteoporose: diagnóstico e prevenção. O material foi elaborado pela jornalista Márcia Wirth, da MW Comunicação, com base em entrevista com o reumatologista Sergio Lanzotti, diretor do Iredo (Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares). Logo no final do texto, há ainda os links com o site do Iredo, blog e twitter do Dr. Lanzotti. Confiram:

*Osteoporose: doença associada à longevidade, que pode ser prevenida
Com o aumento da expectativa de vida, osteopenia e osteoporose  passaram a fazer parte do nosso vocabulário

Uma pesquisa feita com 174 idosos atendidos em vários hospitais do Rio de Janeiro, pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, concluiu que mais da metade dos pacientes que sofreram fraturas decorrentes de quedas acidentou-se dentro de casa. O banheiro é o cômodo mais perigoso: 18% caíram nesse local. Do lado de fora, no quintal, a taxa foi maior (24%). A rua também representa um risco para a população nessa faixa etária: 41% das fraturas ocorreram fora de casa. Das vítimas, 74 tinham mais de 76 anos de idade, sendo que as mulheres foram muito mais afetadas do que os homens – 130 a 44.

É sabido que os adultos acima de 65 anos são mais suscetíveis a fraturas devido à estrutura esquelética debilitada, fraqueza muscular e diminuição da acuidade visual. Realizar atividades de baixo impacto – como caminhar e dançar -, alimentar-se bem, tomar sol ocasionalmente, evitar o tabagismo e o excesso de álcool são medidas que diminuem as taxas de osteoporose e, em consequência, as fraturas. “Há 30 anos atrás, quase ninguém falava em osteoporose. Hoje, com o aumento da expectativa de vida mundial, a doença transformou-se em tema de discussão constante. Isso porque as fraturas – principal problema causado pela osteoporose – estão ocorrendo com maior freqüência. As pessoas estão vivendo mais e, conseqüentemente, seus ossos se tornam mais susceptíveis ao desgaste”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.

A osteoporose é uma doença que está relacionada com o envelhecimento. Entre 1998 e 2008, a expectativa de vida do brasileiro passou de 69 anos para 72 anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), homens e mulheres passaram a viver mais. As previsões indicam que, mantida a trajetória atual, em 2040, o Brasil alcançará o patamar dos 80 anos. Antes disso, porém, em 2030, a presença de idosos na população como um todo será quase idêntica à dos jovens.

Osteopenia x osteoporose

Com o aumento da expectativa de vida, osteopenia e osteoporose  passaram a fazer parte do nosso vocabulário. Muitos ouvem o diagnóstico destas doenças e, mesmo sem compreender muito bem a gravidade da situação, têm a noção de que elas estão relacionadas à presença de ossos frágeis e propensos à fratura. “Quem tem osteoporose pode fraturar um osso simplesmente tossindo, espirrando ou mudando de posição bruscamente”, alerta Sérgio Lanzotti.

Quando falamos em osteopenia e osteoporose, o melhor é conhecer os causadores destas doenças para prevenir seu aparecimento. “Apostar na orientação e na disponibilização de informações é muito importante. É papel do médico alertar seus pacientes sobre a osteoporose. Em minha experiência clínica, pude constatar que, quando os pacientes não são bem orientados sobre a doença, logo abandonam o tratamento”, destaca o diretor do Iredo.

Osteoporose e sua prevenção

A osteopenia é a redução progressiva do cálcio dos ossos, que ao evoluir para graus maiores de gravidade leva à osteoporose. Ocorre por uma infinidade de causas, sendo as mais freqüentes: o climatério e a progressiva redução do hormônio feminino; o uso, a médio e longo prazos, de medicamentos, entre eles os glicocorticóides, os hormônios tireoideanos e alguns anticonvulsivantes; o alcoolismo; a imobilização prolongada e algumas doenças reumatológicas e endócrinas. Há ainda uma forte incidência familiar. Embora mais freqüente na mulher, a osteoporose também acomete o sexo masculino.

A osteoporose é uma doença prevenível. A prevenção envolve alimentação saudável; exercícios físicos regulares; exposição ao sol; proteção medicamentosa dos ossos durante o uso prolongado de glicocorticóides e anticonvulsivantes; a polêmica terapia de reposição hormonal na menopausa; a correta reposição de hormônios tireodeanos; o consumo de álcool com moderação; a interrupção do fumo e a implementação de exames médicos de rotina e de procedimentos que evitem quedas.

Assegurando o aporte de cálcio

A alimentação é uma arma poderosa no combate à osteoporose. Ela garante um aporte adequado de cálcio para a mineralização óssea durante praticamente toda a vida. Após a menopausa, a redução do hormônio feminino provoca a perda de cálcio no corpo feminino e pode haver necessidade de suplementação do mineral, nesta etapa da vida.

Além disso, com o envelhecimento, em ambos os sexos, há uma progressiva redução na absorção de cálcio. Com o avançar da idade, a suplementação deste mineral pode prevenir a perda óssea e aumentar a densidade mineral óssea. “Entretanto, se já houver osteoporose manifesta, essa medida deve ser associada ao uso de medicamentos para evitar a perda progressiva ou até mesmo propiciar o ganho de massa óssea”, explica o especialista em reumatologia.

De uma maneira geral, a suplementação de cálcio deve ser de 1000 a 1500mg de cálcio elementar/dia, após a menopausa, na mulher, e após os 60 anos, no homem. “Um cuidado especial deve ser observado em relação às pessoas com propensão a perda de cálcio pela urina e aos formadores de cálculos, pois, nesses casos, a administração do cálcio é contra indicada. Na impossibilidade da suplementação de cálcio, os laticínios são as melhores fontes de cálcio da dieta. O iogurte (400mg em 200ml), o leite (300mg em 200ml) e o queijo (400mg em 150g) devem fazer parte do cardápio destas pessoas”, explica Sérgio Lanzotti.

Além dos problemas com a absorção do cálcio, com o avançar da idade há redução dos níveis de vitamina D no sangue, fator que agrava ainda mais a absorção de cálcio pelo organismo. Pessoas com mais de 60 anos, geralmente, se beneficiam com a suplementação da vitamina D, principalmente se cronicamente enfermos ou se vivem em “casas de repouso”.

Prática de exercícios

Os exercícios de carga são efetivos para manter ou aumentar a densidade mineral óssea na coluna lombar e no quadril. “As recomendações médicas incluem também caminhadas, exercícios aeróbicos de pequeno e médio impacto e de resistência, quando tolerados”, diz Lanzotti.

Exercícios regulares também aumentam a massa e a força muscular, melhoram a coordenação e o equilíbrio e têm sido responsáveis pela redução em 25% do risco de quedas em idosos. Os exercícios que não utilizam a força da gravidade como os realizados na água – hidroginástica e natação – apesar de muito bons para o condicionamento físico e cardiovascular, não são benéficos para a prevenção e o tratamento da osteoporose.

Prevenção de quedas

A prevenção de quedas é importante na redução do risco de fraturas e inclui medidas que interferem em algumas incapacitações como alterações visuais; hipotensão postural e tonturas; fraqueza muscular; e o excesso de medicamentos que podem alterar o estado cognitivo e o equilíbrio. “A adequação dos ambientes com iluminação adequada, a instalação de corrimões em escadas e banheiros e o uso de calçados adequados auxiliam o tratamento preventivo”, afirma o reumatologista Sérgio Lanzotti.

Controle da doença

O controle da doença é feito por meio de exames laboratoriais e da densitometria óssea, exame que consegue medir exatamente a quantidade de cálcio perdida e a evolução da recuperação óssea. “Além da suplementação de cálcio e vitamina D e das demais medidas preventivas descritas anteriormente, contamos também com vários medicamentos que tornam possível a melhora da massa óssea e, mais importante do que isso, a redução do risco de fraturas”, explica o médico.

Serviço:

Onde saber mais sobre o tema?

Site do Iredo – Instituto de Reumatoligia e Doenças Osteoarticulares:  www.iredo.com.br

Blog Vivendo Sem Dor:  vivendosemdor.wordpress.com  http://vivendosemdor.wordpress.com

Twitter do Dr. Sergio Lanzotti: twitter.com/sergiolanzotti

*Material elaborado pela jornalística Márcia Wirth, da MW Consultoria de Comunicação, empresa especializada em assessoria de comunicação para a área de saúde.

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*Artigo: Caminhar na companhia de parentes e amigos

O artigo que trago para vocês hoje é mais uma das excelentes contribuições do ortopedista Fabio Ravaglia, diretor da ong Instituto de Ortopedia & Saúde, entidade que tem como missão difundir o conhecimento que incentiva o bem-estar e a qualidade de vida. No texto abaixo, vocês encontram dicas preciosas sobre como transformar o hábito da caminhada matinal, ou vespertina, em uma atividade de integração entre as gerações da família. Através de jogos e brincadeiras para a meninada e desafios para os adolescentes, além de percursos que possam ser acompanhados pelos avós, é possível criar grupos para se exercitar juntos. É uma boa forma de mandar a preguiça para longe e encontrar incentivo para manter atividade física regular.  Em época de férias e para perder os quilinhos extras após as festas de fim de ano (ai meu Deus!) o material vem em boa hora. Confiram:

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Caminhar na companhia de parentes e amigos

**Fabio Ravaglia

O homem urbano acostumou-se a dirigir e tende a deixar a caminhada cada vez mais para trás em seu dia a dia. Vejo adultos reclamarem que filhos sofrem de obesidade ou que pais idosos estão parados, isolados em casa e mesmo com depressão. A queixa de estresse também é frequente e comum em todas as faixas etárias. Embora todos saibam que atividade física faz bem para a saúde e que caminhar é a maneira mais natural de exercitar o corpo, muitas vezes falta motivação às pessoas para andar a pé. Para incentivar essa prática, que tal reunir a família para caminhadas regulares? Seria uma ótima oportunidade não só de exercitar o corpo mas de trocar ideias e pensar o futuro. Mas como mobilizar as diferentes gerações para isso? Reúno aqui algumas dicas que consegui perceber com minha experiência como caminhador e que poderão ajudar a incentivar as pessoas a terem mais qualidade de vida.

O hábito de caminhar pode ser desenvolvido na criança desde pequena. A partir do momento em que ela começa a andar com suas próprias pernas já é possível introduzir a caminhada. Comece por percursos curtos e siga em frente. Acima dos oito anos, a criança  pode acompanhar normalmente os passos tranquilos de um adulto. Para manter a vontade de andar, os adultos podem propor temas e desafios para conversas. Explorar novos percursos ou buscar por árvores, flores e pássaros também serve de entretenimento. Um mapa com a rota assinalada mantém o interesse na caminhada e é educativo. Passear com um cachorro é algo que as crianças adoram. É conveniente incluir no percurso praças, parques e parquinhos. Adultos ficam felizes se fizerem a mesma rota todos os dias, mas crianças querem ver coisas novas e descobrir o mundo. Um sorvete pode ser um excelente presente após a caminhada. Para os mais agitados, é preciso oferecer variações para que a atividade física não seja enfadonha. Os pais são os melhores exemplos para os filhos: evite lamúrias.

Os adolescentes têm outro ritmo, preferem atividades vigorosas e desafiadoras, mas um passeio bem programado poderá atrair até seus amigos. Para envolver toda a família, escolha um percurso mais fácil para começar, com áreas planas e terrenos inclinados para os jovens prosseguirem com a aventura, subindo a montanha, por exemplo. Na volta, um encontro com a turma mais lenta poderá ser prazeroso após a conclusão do trecho mais difícil.

Entre as mulheres, a caminhada é um exercício físico bastante comum. A atividade é recomendada para mulheres grávidas, que precisam ficar mais atentas para não cometer excessos e manter a boa postura, já que o centro de equilíbrio do corpo fica alterado à medida que o feto cresce. As avós também passam por mudanças físicas que podem alterar o corpo. A menopausa costuma ser um marco e é um período no qual os ossos requerem atenção por perderem a densidade com o passar do tempo. De toda forma, a caminhada raramente não é recomendada e isso só acontece quando o médico detecta algum impedimento. A atividade física é muito procurada por mulheres de todas as idades para manter a forma ou perder peso. Como as mulheres gostam de conversar, caminhar em grupo costuma ser a melhor alternativa.

Planeje caminhadas em família. A ida à praia ou um piquenique são atrativos, ou mesmo caminhadas em praças, parques ou clubes. Crie esta oportunidade de diálogo e este momento de descontração que afastam o estresse. Lembre-se que todos devem usar roupas e sapatos adequados, peças leves para enfrentar o calor e  tênis confortáveis. Não esqueça do protetor solar, mesmo assim, evite os horários de sol forte e de calor excessivo. Beba água antes, durante e depois da caminhada para manter a hidratação e ajudar a regular a temperatura do corpo. Comece e termine com exercícios de alongamento, que aliviam o cansaço e as dores musculares no dia seguinte. A caminhada em família costuma motivar crianças e idosos e garante uma maior segurança e tranquilidade.

Ao caminhar, observe a postura e lembre que a boa postura do corpo evita problemas de saúde. O corpo deve estar bem ereto, sem inclinação para frente ou para trás, o que sobrecarrega determinados músculos. A coluna vertebral em linha reta evita dores nas costas. Olhar cerca de 20 metros à frente ajuda a manter a cabeça alinhada à coluna. A posição correta da cabeça é obtida quando o queixo fica paralelo ao chão, o que reduz a tensão no pescoço e nas costas. Os ombros devem estar ligeiramente para trás, relaxados, mas não caídos. A contração da musculatura do abdômen permite que o corpo firme-se na postura.

Além de todos os benefícios emocionais sentidos na caminhada, andar é excelente para a saúde física: reduz o risco de doenças cardíacas, derrame, câncer e diabetes, e contribui para o fortalecimento dos ossos, retardando o desgaste natural. Na parte ortopédica, também é uma maneira eficaz de tonificar os músculos. Caminhar está associado a uma vida mais longa e mais saudável em diversos estudos científicos realizados em diferentes grupos populacionais. Uma hora de caminhada por dia deixa o corpo saudável enquanto jovem e, ao mesmo tempo, prepara-o para a velhice. O recomendado é andar cerca de meia hora por dia, três vezes por semana. O primeiro passo para tirar a família do sedentarismo e adotar  uma vida mais saudável pode ser dado em um passeio, no próximo final de semana ou durante as férias. Faça uma mostra de quanto pode ser divertido andar e aproveitar para estreitar os laços familiares. Muita saúde e felicidade no Ano Novo.

*Material encaminhado ao blog pela Printec comunicação

**Fabio Ravaglia é ortopedista, com especialização em coluna vertebral pelo Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho (Santa Casa de Misericórdia de São Paulo) e mestre em cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Foi o primeiro brasileiro aceito pelo programa do Royal College of Surgeons of England, onde se especializou em ortopedia reumatológica. Também preside o Instituto Ortopedia & Saúde.

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Leia outros artigos de Fabio Ravaglia já publicados no blog:

>>Artigo: Videograme incentiva atividade física

>>Saúde: saiba escolher o colchão e o travesseiro

>>Artigo: ”Aprenda a escolher um sapato masculino”

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Artigo: Videograme incentiva atividade física

Para quem tem menos de 30, esse é o Atari, o videogame de quem foi criança nos anos 80

Sou o tipo de mãe que negocia, mas que não abre mão de organizar horários para jogos de computador e sessão sofá diante de filmes na tv. Essas atividades, vistas como mais sedentárias, precisam ser divididas com aquelas que colocam a criança em movimento. Natação, aula de teatro ou circo ou alguma luta marcial. Nada que sobrecarregue a criança a ponto dela esquecer que é criança e acabar tendo uma agenda tão atribulada quanto a de um adulto, mas  o suficiente para fornecer o máximo de opções possíveis para exercitar o corpo e a mente, com muita ludicidade, claro. Eu mesma não sou assim uma grande fã de academia, tenho até uma certa preguiça. Mas adoro dançar, nadar, dar longas caminhas ao ar livre. Tenho uma predileção pelas atividades que mexem com a espiritualização como tai-chi-chuan e ioga. Não chego a ser obcecada por fitness, mas tenho grande interesse por tudo o que vem acompanhado do selo qualidade de vida. Daí que, ao receber mais um dos interessantes artigos do ortopedista Fabio Ravaglia, não resisti em trazê-lo para o blog e dividir com outros interessados em saúde e bem-estar. Desta vez, o doutor Fabio avalia os novos lançamentos de games interativos, aqueles que requerem uma dose de esforço físico para ser jogado e não se limitam apenas a monitores e botões. Nunca fui muito boa em jogar videogame. Sou do tempo do atari e do odissay, alguém lembra? Certamente quem foi criança nos anos 80 e tem pouco mais de 30. Tenho até um certo preconceito com os games, fruto da fama de “derretedores de neurônios e músculos” que essas maquininhas possuem. Mas, o artigo de Fabio Ravaglia me botou para pensar. Talvez, no nosso mundo cada vez mais tecnológico, os games interativos sejam parte da solução para a obesidade infantil, por exemplo. Como o próprio médico enfatiza, nada substitui um dia de sol e ar livre, necessários ao corpo e mente, ótimo antidepressivo. Mas se os games agora se tornam mais dinâmicos e saudáveis, para quem gosta, não custa nada experimentar. Confiram o texto:

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**Agora, videogame incentiva atividade física

*Dr. Fabio Ravaglia

O departamento de saúde do Reino Unido acaba de aprovar o Wii Fit Plus como um game capaz de contribuir para a redução da obesidade infantil, por permitir que se faça um programa de exercícios sob medida, utilizando o guia na tela e escolhendo entre ioga ou difíceis posições de esqui, de acordo com a preferência. O acessório do videogame da Nintendo para a plataforma de exercícios físicos ganhou o selo NHS Change4Life do Department of Health, qualificação do governo britânico que incentiva as pessoas a adotarem a prática de atividades esportivas e hábitos alimentares mais saudáveis, conforme reportagem publicada pelo The Telegraph. Na França, o Wii está sendo usado em abrigos para idosos, que aproveitam para mexer o corpo sem sair de casa nos dias mais frios. No Rio de Janeiro, recursos do videogame estão sendo aproveitados em academias para melhorar o condicionamento físico dos clientes. Em várias partes do mundo, alguns fisioterapeutas também passaram a usar o Wii para o tratamento de pacientes que precisam para sua recuperação dos alongamentos que o console reproduz no mundo virtual ou dos movimentos repetitivos que alguns jogos oferecem.

Isto significa uma enorme mudança. Há décadas, os videogames são associados ao sedentarismo. Todos os dias vemos os problemas que os movimentos repetitivos podem causar ao corpo humano, como dores musculares e inflamações nos punhos e nos ombros. Além disso, os jogadores deixam de praticar atividades físicas, inclusive as mais corriqueiras, para acionar apenas controles em frente às telas. Os games foram acusados de responsáveis, em grande parte, pelo aumento da obesidade infantil. O esqueleto sofre com a má postura e com a permanência do corpo na posição sentada ou deitada por horas e horas a fio diante dos monitores.

Wii Fit Plus, mistura de videogame e academia de ginástica, para movimentar o corpo

Na questão da saúde, as novidades da Nintendo, que sempre estiveram na berlinda por prejudicar, estão se associando a vida saudável. Desde o lançamento do Wii em 2006, a empresa  colocou no mercado diversos jogos e acessórios para que a pessoa execute cada vez mais movimentos com o corpo, por meio de sensores que reconhecem a força e a direção dos movimentos do jogador e os reproduz na tela, apresentando seus resultados. O Wii Fit executa funções de monitoramento da saúde do jogador. Um destes acessórios verifica a quantidade de calorias gastas com a atividade. Quando comparado com as gerações anteriores de videogames, é claro que o Wii (considerado a sétima geração) avançou e, por isso, decidi comentar os benefícios que está trazendo à saúde.

Como médico, cabe-me fazer algumas recomendações. Antes de iniciar qualquer atividade física, é preciso passar por uma avaliação médica. O profissional pode dizer se o corpo está ou não em condições de exercer uma determinada atividade física e recomendar qual seria a melhor escolha, caso detecte qualquer fator limitante. A atenção especial está voltada àqueles que têm problemas cardíacos e que devem evitar excesso de exercícios físicos e até determinados movimentos, em alguns casos. Para quem não tem problemas e simplesmente quer sair do sedentarismo, é importante não cometer excessos. É bastante comum a pessoa exagerar e ter dores na musculatura ou forçar as articulações. Comece sempre pelos exercícios de alongamento e ao final, faça um relaxamento.

O game clássico de joinstick e monitor cede a vez aos jogos interativos, para brincar com o corpo todo

A meu ver, os novos videogames se apresentam como mais uma alternativa. Com eles é possível jogar bola na sala sem quebrar os vasos ou reunir a família em um dia chuvoso para uma atividade física divertida. Também pode ser encarado como uma maneira diferente de integrar gerações: os mais jovens podem ensinar os mais velhos a usar o videogame para movimentar o corpo. O console dispõe de esportes clássicos, atividades de academia de ginástica e até brincadeiras como o bambolê. As atividades físicas são de suma importância para manter a saúde física e mental.

Gostaria de aproveitar para lembrar sobre a necessidade que o corpo humano tem de tomar sol. É claro que a exposição não pode ser feita sem a proteção da pele e nos horários de pico do sol, por causa de queimaduras e do risco de câncer de pele e desidratação. O sol faz bem aos ossos e ao sistema imunológico. Os raios infravermelhos ajudam na produção da vitamina D, que exerce papel essencial para o metabolismo, nas funções musculares, cardíacas, neurológicas e, principalmente, nos ossos, por manter o nível de cálcio. Sem a vitamina D, uma criança pode ter raquitismo e um adulto pode acelerar o enfraquecimento dos ossos, chegando mais rápido a um quadro de osteoporose. Bastam apenas cerca de dez minutos de sol todos os dias para que a vitamina seja produzida. Lembre-se também que sair ao ar livre tem ação antidepressiva.

O videogame, que já foi condenado como vilão, fez com que seus apreciadores saíssem do sofá e  passou a ser apreciado pelos pais, que viram suas crianças e adolescentes com o corpo em movimento diante de um mundo virtual, agora, avança para atingir pessoas de todas as idades. Uma mudança bastante significativa que está fazendo com que o console Wii receba um outro título: “game do bem”.

*Fabio Ravaglia, ortopedista e diretor do Instituto Ortopedia & Saúde

**Material encaminhado ao blog pela Printec Comunicação

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*Cuide da coluna sem pisar em falso

O blog recebeu mais uma boa matéria de saúde enviada pelo Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral. Reproduzimos abaixo a íntegra do texto. Confiram:

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Cuide da coluna sem pisar em falso

s-plate-3A caminhada é considerada uma das atividades mais praticadas. Isso se dá pelo fato de ser simples e benéfica à saúde. Porém, como em todos os exercícios físicos, a orientação de um especialista é fundamental para evitar possíveis problemas futuros como, por exemplo, uma hérnia de disco. E segundo Helder Montenegro, fisioterapeuta osteopata e fundador do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, as dores sentidas pelos atletas após a caminhada, muitas vezes, estão atribuídas às pisadas incorretas.

“Os atletas devem redobrar a atenção em relação a pisada, se prepararem fisicamente para que a caminhada evitando assim riscos à coluna. Mas para quem já sente dor após o exercício, é importante buscar um programa de mobilização das articulações vertebrais, que pode ser feito através da Osteopatia, técnica da Fisioterapia Manual, antes que estes problemas se desenvolvam e se tornem mais graves, como a Hérnia de disco”, explica Helder Montenegro.

As alterações de pisada são caracterizadas, principalmente, em dois tipos: pronadas e supinadas. A pronada é a utilização em excesso da lateral interna do pé e a supinada, a lateral externa. E a pisada errada contínua pode levar a problemas mais sérios em relação à coluna.

“Muitos atletas chegam ao consultório preocupados com o diagnóstico de hérnia de disco, pois não querem passar por uma cirurgia e muito menos parar de praticar esporte. Por isso, sempre ressaltamos a importância de uma boa orientação antes de praticar qualquer exercício”, explica o fundador do ITC Vertebral.

Hérnia de disco – Uma pesquisa recente publicada na Revista da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos tem deixado muitos atletas mais tranquilos. Segundo os dados publicados, apenas 10% das hérnias de disco necessitam de cirurgia para serem tratadas, ou seja, tratamentos convencionais como a fisioterapia, medicamentos prescritos por um médico e exercícios físicos podem solucionar 90% das hérnias.

“Além de analisarmos e tratarmos a pisada errada por meio de um Baropodômetro, plataforma computadorizada equipada com milhares de sensores que captam e interpretam os pontos de pressão dos pés, também podemos tratar a hérnia de disco por meio da Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral – RMA. A união de todos esses fatores permite que o paciente não tenha mais dor e inicie um trabalho focado no fortalecimento dos músculos posturais”, afirma Helder Montenegro, fisioterapeuta osteopata e fundador do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral.

A técnica RMA, aplicada pelo Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, une o trabalho da fisioterapia manual com a tecnologia das mesas de tração e descompressão e do Stabilizer – equipamento que condiciona o paciente a usar o músculo transverso do abdômen, e exercícios de musculação.

*Texto enviado por e-mail pela assessoria do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral

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Corredores devem se cuidar para evitar Hérnia de Disco

CorredoresA reportagem que reproduzimos abaixo foi enviada ao blog pela equipe do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral. Como o fim de semana está chegando e diversas pessoas usam esse tempo de folga para praticar exercícios, às vezes, sem o devido acompanhamento especializado, fica o alerta para evitar problemas futuros. Nos links, vocês encontram uma reportagem sobre clubes de corrida e acesso para a página do ITC Vertebral, onde é possível encontrar informações de médicos e fisioterapeutas sobre tratamento e prevenção aos problemas de coluna e a dor crônica.

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Cuidados com a coluna podem evitar Hérnia de Disco em Corredores

corredores 2A corrida é um dos esportes mais procurados por quem quer ficar com o corpo em forma e melhorar o condicionamento físico. Praticada por atletas experientes e principalmente por amadores, o exercício precisa ser bem orientado para não causar prejuízos à saúde, como uma possível hérnia de disco.

Vários fatores podem levar o atleta a sentir dor na coluna vertebral, são eles: fraqueza e   encurtamento muscular, lesões antigas dos membros inferiores, tênis inadequado, treinos em superfícies irregulares e rígidas (a grama é melhor que o asfalto e este melhor que a calçada) e, principalmente, a falta de supervisão de um professor de educação física.

“Uma dica importante: a corrida passa a ser um risco maior para os novos corredores que  não estão fisicamente preparados para o esporte. Por isso, é preciso ter uma boa estrutura muscular e saber usar bem o músculo transverso do abdômen e os demais músculos posturais. Esses músculos  darão suporte para que a coluna não sofra nenhum tipo de lesão, evitando assim uma hérnia de disco no futuro. Outra orientação importante seria um programa de mobilização das articulações vertebrais, que pode ser feito através da Osteopatia, técnica da Fisioterapia Manual”, explica Helder Montenegro, fisioterapeuta  osteopata e fundador do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral.

Mesmo com esse cuidado, algumas pessoas acabam passando por algum episódio de dor na coluna devido a uma predisposição genética. Segundo Montenegro, junto com o medo de ter que parar de praticar o esporte, vem a cirurgia. “Muitos atletas chegam ao consultório preocupados com o resultado de hérnia de disco, pois não querem passar por uma cirurgia e muito menos parar de correr.”

Porém, uma pesquisa recente da Revista da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos mostrou que apenas 10% das hérnias de disco necessitam de cirurgia para serem tratadas. Ou seja, tratamentos convencionais como a fisioterapia, medicamentos prescritos por um médico e exercícios físicos podem solucionar 90% das hérnias.

Tratamento convencional combinado com exercícios

A Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral – RMA Vertebral, une o trabalho da fisioterapia manual com a tecnologia das mesas de tração e descompressão e do Stabilizer – equipamento que condiciona o paciente a usar o músculo transverso do abdômen, e exercícios de musculação. A união de todos esses fatores permite que o paciente não tenha mais dor e inicie um trabalho focado no fortalecimento dos músculos posturais.

“Com a técnica RMA Vertebral, temos conseguido resultados equivalente a 87% dos casos resolvidos. Claro que isso só é possível se houver o comprometimento do paciente na manutenção do tratamento, ou seja, fazer exercícios como musculação e Pilates. Assim, se bem utilizado o músculo do transverso do abdômen, muitos corredores poderão voltar para as pistas”, explica Helder Montenegro.

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Pilates alivia dores lombares

dor lombarA vida sedentária que levamos atualmente é responsável por uma série de problemas de saúde. E eu não falo apenas do aumento das taxas de colesterol e glicemia, epidemia global de obesidade e cada vez mais gente, mais jovem, morrendo de ataque cardíaco ou tendo AVC (acidente vascular cerebral). Na nossa rotina diária, de profissionais que passam horas ao volante ou mais horas ainda em frente ao terminal de um computador, a dor parece ser a companhia de todos os momentos. Dor crônica, tal qual  a obesidade, também é considerada epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E quando se trata especificamente de dor nas costas, o órgão afirma categórico que todo ser humano sentirá dor lombar ou na região da cervical (pescoço e nuca) ao menos uma vez na vida. As dores na coluna, ainda citando a OMS, são responsáveis por 35% das ocorrências de dores de cabeça no mundo.

Geralmente, a dor tem relação com alguns problemas de desvio da coluna, tendo como principal tratamento exercícios físicos que ajudam a fortalecer os músculos abdominais, que por sua vez, irão sustentar o tronco e manter as curvaturas fisiológicas da coluna. E uma das boas opções para quem anda precisando se exercitar mas não gosta de atividades de alto impacto como aeróbica é o Pilates. O método criado pelo alemão Joseph Pilates, permite alivio e, principalmente, prevenção para as dores de coluna. Joseph Pilates acreditava que o desenvolvimento da estabilidade corporal é a chave para uma vida mais longa e saudável e por isso, criou uma técnica que corrige a postura, realinha a coluna e fortalece a musculatura abdominal e das costas.

Pilates 5Me interesso por Pilates, pois sou uma dessas pessoas que não gostam de exercícios de alto impacto. Levantar barras de ferro na academia também não é a minha praia. Acho o pilates um exercício mais harmônico, mais lúdico, que além de fazer bem para o corpo de uma forma progressiva, é bom para a cabeça. As bolas, elásticos, e outros instrumentos que ajudam nos exercícios tornam a prática muito mais prazerosa. O pilates também é recomendado para todas as idades e até gestantes podem fazer. O importante é procurar um médico e fazer uma avaliação clínica, porque ninguém deve começar atividade física, por mais leve que seja, antes de um bom check up, principalmente quem já passou dos 30, quando o risco cardiovascular aumenta.

Pilates 6Antes de iniciar a prática de pilates, também é importante buscar um centro habilitado, com profissionais que realmente entendam o método e saibam como utilizar os instrumentos e aplicar os exercícios. Do contrário, se o método for usado por gente sem treino, ao invés de ajudar, pode piorar o problema e até causar uma lesão grave na coluna.

Existem porém, alguns exercícios simples, que podem ser feitos em casa, desde que você tenha condições clínicas adequadas. Abaixo, quatro atividades sugeridas por uma especialista em Pilates. Mas voltamos a recomendar: não faça exercícios sozinho antes de visitar seu médico. Para quem quer entender mais sobre o Pilates e seus benefícios, abaixo também disponibilizamos alguns links, vale checar principalmente o da ABP (Associação Brasileira de Pilates).

Pilates 7

Exercícios com thera-band – faixa elástica*

1.      Alongamento da musculatura posterior da coxa e da perna

Pilates 1Deitado, posicione a theraband (uma faixa elástica ou que pode ser feita com uma toalha dobrada no sentido do comprimento) no pé direito e a utilize para alongar toda a musculatura posterior da perna direita. Procure manter a perna de base bem estendida no colchonete ou chão, a cabeça bem apoiada e os ombros relaxados. Mantenha a posição por aproximadamente 1 minuto e troque de perna. Respiração livremente.

Pilates 22.      The Hundred

Deitado, coloque a theraband estendida na região das canelas. Segure na theraband próximo às pernas e eleve o tronco. Execute um movimento semelhante ao de bombeamento com os braços. Inspire em 5 tempos e expire em 5 tempos. Repita este ciclo respiratório 10 vezes. Procure manter os abdominais bem acionados, mantendo o umbigo “colado” à coluna.

3.      Roll down

Pilates 4Sentado com a coluna bem ereta, passe a theraband na sola dos pés e una bem os membros inferiores. Segure na theraband próximo aos tornozelos. Expire e comece a deitar lentamente, executando este movimento segmentando todas as vértebras da coluna. Expire novamente e volte à posição sentada cuidadosamente, também segmentando a coluna. Volte a sentar com a coluna ereta e repita o movimento de 4 a 5 vezes.

4.      Squat

Pilates 3Mantenha-se em pé, em cima da theraband, com os pés um pouco afastados e a segure nas pontas. Ao mesmo tempo, desça o quadril em direção ao chão – inclinando um pouco o tronco à frente – e eleve os braços até a altura dos ombros, aumentando a tensão na theraband. Execute este movimento expirando e retorne à posição inicial inspirando. Procure manter os abdominais acionados e a coluna ereta. Repita de 5 a 8 vezes.

*Fonte:  Professora Cristina Abrami, da CGPA Pilates (Centro de Ginástica Postural Angélica)
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Para saber mais:
>>O que é Pilates?
>>Assista vídeos com exercicios de Pilates
>>Site da Associação Brasileira de Pilates
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