Super de maio desmistifica as dietas milagrosas

dietas super capaUm assunto caro para nós mulheres, as dietas, é o tema de capa da edição de maio da revista Superinteressante (visite o site). A reportagem, muito bem escrita pela jornalista Claudia Carmello, desmistifica as dietas milagrosas e traz informações surpreendentes sobre o aumento da obesidade no mundo e sobre como nós nos iludimos ao acreditar na indústria dos alimentos dietéticos.

O embasamento para a matéria é uma pesquisa realizada por dois anos na Universidade de Harvard, cujos resultados foram recentemente divulgados no New England Journal of Medicine.

A pesquisa estudou 811 pessoas divididas em quatro grupos, cada grupo seguiu uma dieta diferente: alguns eliminando as proteínas do cardápio, outros eliminando os carboidratos e teve até quem comeu de tudo, com moderação. O resultado, pasmem, é que após os dois anos, todos haviam perdido exatamente o mesmo peso: quatro quilos. Dois anos para perder quatro quilos! Dois anos se privando de tudo o que mais gosta, para perder quatro quilos!

A reportagem detalha a pesquisa e traz argumentos muito convincentes que provam algo de que sempre desconfiei, perder peso é mais questão de disciplina, motivação e força de vontade do que de fórmulas milagrosas. Outro mito que eles derrubam é de que atividade física emagrece. Na verdade, ajuda a manter o peso equilibrado – porque músculos consomem mais calorias que gordura – e faz bem para o coração, evitando que você enfarte aos 40, mas ficar horas suando na esteira não vai deixar ninguém com o corpo da Gisele Bündchen. Isso também é cientificamente comprovado.

Já a indústria da dieta, essa vai muito bem, obrigado, e só nos EUA fatura mais de US$ 58 bilhões por ano. Tudo isso à custa da nossa obssessão em ser magros, mesmo quando a genética no máximo vai permitir que sejamos gordinhos saudáveis. A leitura da matéria na íntegra, infelizmente não está disponível em versão on line, vale muito a pena. Conversa de Menina, recomenda!

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Escravos da beleza: quando você vai se libertar?

Uma breve observação e você vai perceber que todos estão parecendo cada dia mais iguais. A moda dita, a televisão vende e a gente compra. O culto à beleza ganhou tamanha proporção, que hoje a sensação é que todos são iguais. A começar pelo corpo, todo mundo é saradinho, graças às horas dedicadas à malhação intensa. Isso virou obrigação. Malhar agora é item indispensável aos afazeres diários. Não, você não pode mais não gostar de malhar. EstilosAté porque quando não há mais desculpas para justificar tanta dedicação aos pesos, vai ser pela saúde.

Os meninos então, nossa! Todos com ombros imensos, pernas nem tanto, e músculos estourando de toda parte do corpo. Elas de cabelos alisados à base da chapinha, de shorts, vestidos ou saias bem curtas, blusas abertas nas costas e sandálias baixas. Ah, agora sair de havaianas está na moda. E andar de saltão também. Se alguém me perguntar como ir a uma festa sem fazer feio, eu respondo sem ter receio de errar: põe um short, uma blusa com qualquer decote que valorize os seios, e uma sandália baixa. Pronto! Você vai estar igual a um monte de gente.

A maquiagem também é igual. Que coisa, né? Hoje todo mundo decidiu valorizar os olhos, com lápis forte, sombra colorida e um batom mais discreto. Ah, todas também usam base e pó compacto (é, gente, ninguém mais tem espinhas ou marcas no rosto… agora é tudo uniforme com pó compacto). E os homens também não ficam atrás. Com tanto braço, e gominhos na barriga, é só colocar qualquer bermuda e arrancar a camisa na festa, ou colocar uma camiseta que deixe os braços à mostra. Também acertarão em cheio.

Não, eu não sou contra a malhação, a geração academia, tampouco os corpos esculturais e a moda. Eu até gosto de malhar, inclusive. O que me incomoda é o fato de as pessoas aceitarem o que é vendido pela indústria do consumismo e abrir mão de seu próprio estilo para entrar no rol, ou para se sentir aceito pela sociedade. O que me faz gastar algumas linhas a escrever sobre isso é essa pressão geral que faz com que as pessoas se convençam de que estão fazendo escolhas, quando na verdade estão apenas se enquadrando num Modaperfil que é diariamente imposto pelo mercado.

Será que ninguém está percebendo? Será que vamos deixar nos roubarem o direito de ter cabelos crespos ou cacheados? Será que vamos permitir que nos arranquem o prazer de usar roupas confortáveis e tênis? A questão, como falei, não é de massacrar certos tipos de comportamentos sociais. O meu dilema aqui é outro, o de exaltar a diferença, e mostrar que não podemos permitir que nos escravizem. Não podemos ficar de braços cruzados a isso. Ao invés de vendermos nossa imagem, por que não vendermos nossa essência?

Quando vamos nos rebelar contra esse culto à imagem que descreveu um perfil de beleza e exige que todos nos enquadremos nele? A nossa beleza precisa estar justamente na nossa diferença, no que nos torna único. Mas hoje somos obrigados a ser iguais. E aceitamos isso de cabeça baixa, sem questionar, sem lutar. Precisamos destruir esse conceito que criaram antes que ele nos destrua. Porque um dia isso vai acontecer. Não é um exercício de futurismo, mas apenas a conclusão de um raciocínio lógico. E meu conselho é: se liberte enquanto ainda há tempo.

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