Artigo: Mentir no currículo pode virar crime

O artigo selecionado para esta quarta-feira fala sobre um projeto de lei que pretende criminalizar as mentiras contadas para “enfeitar” o currículo profissional. O problema da mentira no currículo, diz o autor do texto, o especialista Renato Grinberg, é que facilmente pode ser desmascarada quando a pessoa começa a trabalhar e demonstra inaptidão nas áreas em que afirmou ser especialista. O projeto em tramitação prevê cadeia se a mentira prejudicar alguém. Imaginem por exemplo, uma pessoa dizer que é médica, sem ser! Pode acabar matando ou deixar sequelas graves num paciente. Muito sério isso e como atualmente, por preguiça e  também cara de pau, algumas pessoas já começam a carreira comprando TCCs, dissertões e teses ou fraudando o diploma, que dirá no mercado? Na minha opinião, a batalha por uma vaga e a competitividade acirrada e, muitas vezes, selvagem do mercado, não justificam a falta de caráter de quem plagia o conteúdo alheio, compra trabalhos prontos ou mente para conseguir um emprego. Vale ler com atenção!

**Mentir no currículo pode virar crime
*Renato Grinberg

Quem nunca aumentou alguma informação no currículo profissional só para parecer mais atraente ao mercado de trabalho? Como a possibilidade é real, recrutadores estão cada vez mais preparados para tirar todas as informações do candidato, inclusive, se ele está falando a verdade ou não. Até o momento, o máximo que podia acontecer com o candidato era ser desmascarado e passar vergonha perante a empresa e os demais concorrente, mas agora pode virar crime!

Um novo projeto de lei está em aprovação na Câmara dos Deputados e caracteriza mentiras no currículo como ação criminal, com detenção de dois meses a dois anos para os infratores. Segundo o autor do texto, o deputado Carlos Bezerra (PMDB/MT), caso seja aprovada, a punição será dada aos que falsificarem o documento integralmente ou em parte, uma vez que essa situação cause danos a terceiros ou permita que o infrator obtenha algum tipo de benefício.

Se a "síndrome de Pinóquio" já é um vexame em situações corriqueiras, imaginem numa situação delicada como uma qualificação profissional?

Isso mesmo, uma pequena mentira pode virar um grande problema. Então encare aquilo que falta no seu currículo como uma necessidade, e vá em busca de suprir essa deficiência. Afinal, agir dessa maneira é um meio de investir em você e na sua carreira. Abaixo listo algumas dicas de como montar o currículo ideal e por onde começar para que consiga obter destaque perante os demais – falando apenas a verdade!

1) Não possui essa qualificação? Busque-a! – Imagine que as vagas para as quais você concorre requeiram inglês fluente, mas você só sabe o básico. O que faz então? Colocar no currículo que possui conhecimento avançado não é uma boa idéia, pois será desmascarado facilmente pelo entrevistador quando ele aplicar um teste. Você não poderá colocar essa falsa informação a vida inteira, então encare isso como uma oportunidade que bate à sua porta. Faça o curso e dedique-se, porque ele não é um gasto a mais no seu planejamento, é o seu maior investimento!

2) Ressalte os pontos mais relevantes – Nada de soltar “spam” de currículo ou fazer dele um e-mail marketing. Isso quer dizer que não deve mandar o mesmo documento para todas as oportunidades, mas adaptá-lo a cada vaga. Caso o emprego seja para Vendas, por exemplo, e sua maior qualidade é relacionamento interpessoal ou habilidade de persuasão, essa é a primeira coisa que deve destacar no resumo profissional, abaixo dos dados pessoais. Mesmo que não tenha experiência, deixe claro que tem força de vontade e capacidade para tal. Em outras palavras, por que não tentar obter seu destaque desta forma?

3) Deixe o currículo bonito e fácil de ler – Isso não quer dizer que você deve “enfeitar” o documento, mas deixá-lo legível. É mais atraente ler algo bem estruturado do que uma bagunça na qual não é possível absorver nada. Então, separe os quadros de informações, não há uma ordem certa para elas aparecerem. Por exemplo: se acha que a sua pós-graduação é mais relevante para o cargo do que sua experiência em outra área, isso deve vir primeiro, após destacar no currículo o quadro “Formação profissional”. E não esqueça de padronizar os dados, sempre com o mesmo bullet ou sublinhado.

Para não cometer esse erro, saiba quais são as 12 inverdades mais comuns:

1- Formação acadêmica

2 – Fluência em idioma estrangeiro

3 – Falsa experiência na área em que deseja atuar

4 – Acréscimo de atribuições no cargo anterior

5 – Últimos cargos supervalorizados

6 – Salário anterior

7 – Maior tempo de permanência na antiga empresa

8 – Curso de informática

9 – Participação inexistente em trabalhos voluntários

10 – Garantia de mobilidade e flexibilidade

11 – Estado civil

12 – Idade

Fonte: Trabalhando.com

*Renato Grinberg é o diretor geral da rede Trabalhando.com.br e é especialista em mercado de trabalho.

**Texto encaminhado ao blog pela assessoria da Trabalhando.com.br

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Artigo: “Por que meu filho mente tanto?”

O artigo publicado abaixo foi enviado para nós por email pela assessoria de comunicação da CGC Educação (clique aqui para visitar o site). Trata-se de uma análise da psicóloga Beatriz Guimarães Otero sobre a questão da mentira na infância. Muitas vezes, ficamos chocados quando surpreendemos um filho contando mentiras, mas existe uma fase no desenvolvimento da criança em que realidade e fantasia não são tão nítidas. Leiam o texto  da especialista, é muito esclarecedor, principalmente para quem tem crianças nessa faixa etária.

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Por que meu filho mente tanto?

Beatriz Guimarães Otero*

A mentira é sempre encarada com muita preocupação por parte dos pais. Por esse motivo, é importante ter em mente que para uma criança de até cinco anos de idade, mentir é normal. Até esta fase do desenvolvimento, é tido como completamente normal que a criança invente histórias. Isto porque a realidade ainda é muito confundida com a fantasia. A imaginação e a fantasia fazem parte do mundo da criança até os cinco anos, e são bases para o pensamento lógico do adulto. Mas, à medida que a criança vai crescendo, essas funções vão dando lugar à noção de realidade, sem que sejam completamente extintas. A partir dos seis anos de idade espera-se que a criança ainda brinque com a imaginação, mas que fantasie bem menos. A mentira pode ser encarada como intencional a partir dos sete anos de idade, fase na qual a noção de realidade já está estruturada e a criança sabe diferenciar muito bem o que é mentira e o que é realidade. As crianças maiores podem mentir por vários motivos: temer castigos e repreensões, receber alguma recompensa, se isentar de culpas, fugir de responsabilidades, melhorar a auto-estima, chamar a atenção. Outro motivo que pode levar a criança a mentir é quando seus pais mentem. Os pais são os modelos mais importantes para as crianças. As crianças se espelham no comportamento de seus pais. Se os pais pedem que a criança minta ao telefone dizendo que não estão em casa, estão ensinando seu filho a mentir. Ou quando os pais deixam passar uma mentira de seu filho, também estão reforçando este comportamento, fazendo com que a criança encare a mentira como algo natural. Isto, no futuro se transforma no resfriado fictício para escapar da bronca da professora por não ter feito a lição, no automóvel de última geração que na verdade o pai não tem para chamar a atenção dos colegas etc. Percebemos que a criança aprende desde cedo a mentir quando seus pais a ensinam a não dizer quando acham a roupa da colega feia, ou quando não gostam de um presente de aniversário. Ou seja, à medida que começam a ampliar sua rede de relacionamento, as crianças são treinadas a contar algumas mentiras para não magoar o outro, inibindo sua espontaneidade. A partir daí, a criança aprende que necessita esconder o verdadeiro sentimento em algumas situações. Uma pergunta muito importante que surge é: e como os pais devem agir frente a tudo isto? Em primeiro lugar, os pais devem, sempre que perceberem uma mentira, pontuar a diferença entre a fantasia e a realidade, mesmo que a criança ainda seja pequena e não entenda essa diferença. A criança tem que saber que quando mente terá a desaprovação de quem o cerca, e que se fizer o contrário, ou seja, contar a verdade, será admirada. E que ao invés de castigar ou dar uma bronca, compete aos pais ensinarem os benefícios da verdade e os prejuízos da mentira. Isto porque as broncas e os castigos gerarão mentiras futuras com a intenção de fugirem disto. Quando a criança desenvolve um comportamento mentiroso freqüente que se estende muito além dos sete anos, os pais devem procurar ajuda profissional para compreender porque isto está acontecendo e receber as orientações necessárias. Isto porque após esta idade, o emprego freqüente de histórias fantasiosas pode revelar problemas sérios. Afinal, a fantasia neste caso pode não ser mais considerada uma mentira proposital, mas sim, uma fuga da realidade, como é o caso das psicoses em que a mentira vem em forma de delírios, devido a uma quebra de contato com a realidade. Ou ela pode surgir também na forma de uma compulsão, como se fosse uma dependência. Neste caso, a pessoa sabe que está mentindo, mas não consegue se controlar. Contudo, na maioria das vezes, a “imaginação fértil” das crianças indica um crescimento saudável, mas que exige a atenção de sempre.

Beatriz Guimarães Otero é psicóloga e psicoterapeuta junguiana*

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Traição, infidelidade e afins

Tudo bem que prestar atenção na conversa dos outros não é lá uma coisa muito bacana de se fazer. Em certos momentos, no entanto, acho isso meio inevitável. Talvez o fato de ser jornalista (curiosa por natureza), aliada à condição de mulher (que consegue se concentrar em coisas diversas ao mesmo tempo) seja decisivo… Não importa. Fato é que o diálogo alheio é sempre recheado de elementos para se discutir, analisar. 

Nesse papo que segue lá embaixo, as mulheres são sonsas, os homens são canalhas e imbecis… sem considerar os adjetivos, verdade é que eles têm razão em um ponto: a fidelidade é cada vez mais rara em nossa sociedade, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Eu já ouvi de tudo nessa vida. Um amigo certa vez sugeriu que eu enveredasse pela psicologia, de tanto que as pessoas vêm me pedir conselhos. Mas não tive essa ambição. Já basta conviver com meus próprios problemas e os dos meus amigos.

TraiçãoMas, voltando à questão, o que eu já ouvi de histórias sobre traições… Tem umas que me deixam realmente de boca aberta. Uma das mais cabeludas que ouvi, compartilho com vocês. A menina disse ao namorado que estava na casa da amiga e esqueceu de avisar à tal amiga da sua trama. Tarde da noite, o namorado da menina começa a ligar insistentemente para o celular da tal amiga… Desconfiada, a amiga pega outro telefone e liga para a namorada do rapaz e descobre que ela estava com um outro carinha em qualquer lugar da cidade.

Prática, a namorada foi com o tal carinha para a casa da amiga e de lá ligou para o namorado, explicando que tinha esquecido o celular em casa, numa outra bolsa, blá, blá, blá… depois de dois minutinhos de discussão, o pobre coitado do namorado se convenceu da história, afinal ela tinha ligado pra ele do celular da amiga, então, só poderia estar com ela!!!! Ao desligar o telefone, ela seguiu com o tal carinha pelo mundo, o namorado sabe-se lá o que foi fazer e a amiga foi dormir na santa paz do Senhor…

Pois é. Pergunto-me onde tudo isso vai parar… Será que vamos voltar ao tempo em que vivíamos relações conjugais em grupos? Seremos futuramente uma sociedade poligâmica, onde ninguém é de ninguém, ou, aliás, onde muitos serão de muitos? Alguns argumentam falando que isso é da natureza animal… exemplificam com as relações que a maioria dos animais mantêm, sem vínculos de afeto. Para mim, no entanto, tem um aspecto importante a ser levado em conta: somos racionais. Temos sentimentos… Nos magoamos, sofremos, amamos…

InfidelidadeNuma conversa com um amigo, ouvi dele que “o que os olhos não veem, o coração não sente”. Realmente, não há como duvidar disso. O que eu questiono, no entanto, é com relação à honestidade. Porque a gente não precisa estar com alguém. Podemos, inclusive, manter várias relações simultâneas, sem assumir qualquer tipo de compromisso. Contanto que haja honestidade. E se você não está a fim de abrir mão de parte de sua liberdade, ou abrir mão de outras mulheres ou homens maravilhosos que vão te dar o maior mole por aí, pra que assumir um compromisso com alguém? Pra que fazer promessas que você não está disposto a cumprir?

Tudo perpassa pela fase social pela qual passamos. Os valores estão soltos por aí, muitos deles invertidos. As pessoas tentam encontrar um lugar ao sol, embora esqueçam de se preocupar com o caminho que precisam seguir. Os homens andam assustados com esta mulher moderna que chega junto, que ataca. As mulheres, cansadas de serem vítimas da sociedade machista, começaram a agir como homens. Incorporamos as coisas boas e as ruins também. As pessoas se orgulham de ser infiéis, de trair. A verdade perdeu credibilidade e chegamos ao estágio onde tudo pode não passar de uma grande mentira.

O PAPO DOS OUTROS QUE GEROU ESSE POST

Ela: “Os homens são uns cafajestes mesmo… Não valem nada. Na frente da namorada é “meu bem” pra cá, “eu te amo” pra lá… Mas quando estão com os amigos a conversa é só sobre as gostosonas todas que eles querem pegar, sobre os zigs que vão dar na namorada…”

Ele: “Mas as mulheres não ficam atrás não, viu? São umas sonsas… Tenho umas amigas mesmo… Fico pensando como é que elas conseguem… E mulher ainda é pior, porque esconde até das amigas pra não correr o risco de ser denunciada. Depois ficam falando dos homens…”

Ela: “Pior é que está tudo igual mesmo. Ninguém mais presta… É um querendo se dar melhor que o outro. Agora, quem trai é que é bem visto, é quem tem moral… Ser fiel e respeitar virou cafonice… Eu vejo nas minhas rodas de amigos. Quando um deles é fiel, coitado, fico até com pena. Os amigos castigam.”

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