Sobre motivação no ambiente de trabalho

Esta semana li um texto que um colega de trabalho me mandou sobre motivação no ambiente de trabalho. Na verdade, é uma resposta do consultor Max Gehringer à pergunta de uma leitora em um jornal. Ela dizia que não suportava mais a pressão sofrida todo dia pela chefia e que estavam ela e os colegas, todos desmotivados. No final, questionava se existia uma fórmula mágica para evitar isso. Olhem a resposta dele:

“Sim, existe. A fórmula é M=R2-P.
Ou, traduzindo, motivação (M) é igual
à recompensa ao quadrado (R2) menos pressão (P).
Quando existe muita pressão no ambiente de trabalho sem nenhuma recompensa para a equipe,
a motivação é um número negativo.
É por isso que a motivação de vocês está abaixo de zero.
Existem muitas empresas no Brasil que exercem uma pressão enorme sobre seus funcionários.
O pessoal trabalha 12 horas por dia ou até mais, incluindo fins de semana,
e toma café falando ao telefone e digitando no computador,
tudo ao mesmo tempo. Mas também existe uma recompensa palpável por todo esse esforço,
na forma de um complemento salarial proporcional aos resultados obtidos.
E isso faz com que os funcionários enxerguem a pressão como um meio, e não como um fim.
Portanto, a fórmula da organização de nossa leitora ficou desbalanceada.
Está sobrando pressão e faltando recompensa nessa fórmula.
Se a corporação simplesmente criar um programa de premiação por resultados,
a mesma pressão que hoje parece intolerável passará a ser admissível.
A matemática é simples.
Quando uma empresa tenta montar uma equação de motivação
usando apenas uma variável, no caso a pressão,
o resultado será a depressão”.

O problema é que hoje a exigência por resultados normalmente não é acompanhada da tal recompensa que Gehringer menciona. O que o modelo capitalista defende é uma fórmula que exige uma conexão entre a contenção de custos e o aumento da produtividade. Por causa do medo do desemprego, nos submetemos a exigências desumanas. E o que ao meu ver é pior: o estresse no ambiente de trabalho passa a ser tamanho que começa a interferir inclusive na vida pessoal do funcionário.

É difícil dividir a vida em blocos e deixar no ambiente de trabalho os problemas surgidos por lá. Carregamos conosco todo o estresse e pressão sofridos. E isso não é saudável. Embora Gehringer tenha descoberto a fórmula mágica da felicidade no ambiente de trabalho, eu desconheço aquela que vai nos fazer aprender a conviver com esta sujeição cruel de maneira sadia. Cada um acaba aprendendo seu jeito de lidar com isso. O importante é compreender que o trabalho não é o fim, mas apenas o meio. Que tal pensarmos nisso?

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Leia também:
>> Artigo: Passada a crise, é hora de mudar de emprego!
>> Ser chefe ou ser líder?
>> Sobre o mundo, o tempo e a esperança
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Os dez mandamentos da mulher poderosa

Palavras de incentivo podem fazer uma diferença e tanto na vida, a depender da circunstância e do momento vivido por cada um de nós. E quem pensa que essas palavras precisam ser de grande erudição ou profundidade intelectual e filosófica, um recadinho: a roda já foi inventada, meus caros. Com a simplicidade de sempre, a escritora Lygya Maya é a autora dos dez mandamentos que destaco abaixo, para dar uma injeção de ânimo, nesta segunda-feira, começo de semana, em quem estiver precisando…

Dez mandamentos para ser uma mulher poderosa

*Lygya Maya

Muitas de nós guardamos crenças que podem nos limitar ou libertar. Prefiro me concentrar naquelas que libertam e divido agora com você as que ajudam a voar alto, para o topo da montanha.  Estes dez mandamentos são úteis e dão resultados se forem praticados com disciplina:

1.  Saiba o que você quer e lute por seus direitos.
2.  Ame a si mesma e aceite-se do jeito que você é, independente da sua idade.
3.  Acredite e confie em seus sonhos.
4.  Pense, sinta-se e alimente-se de forma saudável.
5.  Socialize, dance, cante e pinte o sete, inclusive na cama. Ria todos os dias.
6. Coloque-se em situações honrosas, com serenidade, dando um exemplo de sabedoria.
7.  Apoie e seja construtiva com outras mulheres.
8.  Ao sentir medo de alguma situação, encare-a de frente com coragem, libertando a mente do medo.
9.  Tendo ou não um homem como companheiro, saiba se dar bem na vida.
10.  Orgulhe-se de ser ousada e atrevida, fêmea e feminina, sem nunca deixar de ser menina…

*Lygya Maya é coach, escritora e palestrante. É autora do e-book Ame as Emoções que Você Odeia (2008), disponível em: www.lygyamaya.com.br.

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Especial Semana da Mulher: Cinco dicas para sua vida continuar um carnaval eterno

O texto escolhido para fechar a série Especial Semana da Mulher é de autoria da escritora e terapeuta holística Lygya Maya, que atua com motivação pessoal e autoconhecimento. Selecionei este material, também publicado no blog da própria autora e encaminhado ao Conversa via email, porque acredito que toda dica para ajudar as pessoas a se sentirem melhores consigo mesmas é válida. Independente de ser mulher ou homem, da orientação sexual, dos desafios enfrentados, do saldo da conta bancaria, o primeiro passo rumo ao nosso próprio bem-estar é sempre nosso. Adversidades, todos enfrentaremos sempre, coletivas (tragédias sociais, catástrofes naturais) e particulares. Mas é preciso encontrar motivos no nosso dia a dia para sorrir e seguir em frente, do contrário, só haverá no mundo um bando de gente doente, enriquecendo os fabricantes de anti-depressivo (que aliás, só atenuam o sofrimento, anestesiam, mas não ensinam a amadurecer e lidar com a dor). Felicidade plena é ilusão, pois somos humanos e uma dose de tristeza e desânimo são normais, senão seríamos máquinas, incapazes de sentir. Mas, momentos de felicidade, que nos dão forças para superar aqueles de aflição, são sempre possíveis e, com um pouco de vontade em encontrar equilíbrio e serenidade, podem se tornar tão constantes que pareçam eternos. A todas as mulheres – e homens – que acompanharam a série ao longo da semana e que diariamente nos brindam com visitinhas, comentários, atenção e carinho virtual ou presencial, desejamos “momentos de felicidade eterna” cada vez mais frequentes. Um beijo no coração de vocês!

Cinco dicas para sua vida continuar um carnaval eterno

*Lygya Maya

A terapeuta Lygya Maya, através de dicas simples, acredita que todos podemos transformar a alegria "fake" dos dias de Carnaval em motivação genuína para viver existências mais plenas e pontuadas de momentos de felicidade autêntica

Já pensou se todos os carnavalescos fizessem da sua alegria e felicidade durante o Carnaval uma rotina? Digamos que essa força viria do “interior” de cada um, fazendo parte do dia a dia, que fantástico seria!

Estou me referindo à alegria de um sorriso contagiante vindo das profundezas da alma.  Assim como cumprimentar um estranho sem medo de rejeição, pois nossa felicidade é contagiante. E o sentimento de gratidão por estarmos vivos e respirando, possuindo o poder de imaginar o inimaginável em qualquer momento que resolvemos assim fazer.

Está comprovado. É possível. Caso contrário, como explicar tantos pobres do Rio de Janeiro descendo o morro para se exibir na avenida, mostrando suas fantasias  caríssimas?  Sabe por quê?  Porque eles se sentem orgulhosos de serem reis e rainhas no momento em que desfilam na avenida sua alegria para os turistas e para a classe média rica. Dependendo da escola, as fantasias custam R$1.200,00, mas certas fantasias de luxo custam mais que R$30.000,00. Muitos foliões pagam prestações o ano inteiro para ter esta oportunidade no Carnaval.

Que sentimento é este, passado de geração a geração, para sentir um “algo a mais”?  Será que ele poderia ser usado para a felicidade depois do período de Carnaval?

Você por acaso já imaginou seus sonhos considerados impossíveis desfilando todos os dias na sua visão, na sua mente, até serem alcançados pela determinação de seu coração e paixão por uma vida melhor? Todos os dias, para o resto de sua vida?

Alguma vez já lhe disseram que o mesmo desejo e paixão que você devota cegamente para a sua escola ou seu bloco ganhar no Carnaval, podem ser usados para seu sucesso pessoal e profissional?

Com a mesma intensidade, o desejo do prêmio de primeiro lugar para nossa escola preferida pode e deve ser usado para que nossos sonhos pessoais sejam manifestados, depositando uma mensalidade em nossa conta bancária da poupança emocional até conquistar a vitória eterna.

Há alguns anos atrás eu pensei exatamente isso e criei a minha Escola de Samba intitulada “Unidos ao Sucesso Ilimitado”, e até hoje, todos os dias, usufruo dos resultados positivos desta decisão.  Dificilmente tenho momentos tristes em minha relação com a vida e quando um desafio pinta na trajetória do desfile como, por exemplo, um salto alto incomodando, torno-me criativa e o problema torna-se passageiro. Sabe por quê? Porque o espírito carnavalesco dentro de mim é um vencedor nato, um espírito brasileiro que sempre dá um jeitinho de alcançar a felicidade custe o que custar. Ninguém me tira o sabor da vitória por eu ter me tornado uma campeã absoluta em relação aos meus desafios.

De uma maneira ou de outra, fazemos no Carnaval o que não fazemos no dia a dia com a desculpa de que tudo é válido nesta época, concorda? Pois é, só que possuímos livre arbítrio para sermos feliz o ano inteiro.

Para os que pensam que esta é uma ideia impossível, assim será, pois tudo o que focamos, manifestamos.  Já para as pessoas que sentem uma pitadinha de curiosidade e até atrevimento em agir carnavalescamente e “sadiamente” todos os dias, aqui vão algumas dicas:

1.    Acorde pela manhã sorrindo e pensando que hoje é dia de ser feliz e agir como tal. Se pensar assim, sem dúvida seu dia vai ser positivo.

2.    Cante alto.  Quem canta seus males espanta. Certíssimo!

3.    Dance a qualquer momento. Dançar é movimento. Movimento ajuda a ação. E ação leva a emoção de alegria, saúde e bem estar. Mas em qualquer momento mesmo? Sim, até durante uma reunião de negócios, por exemplo. Eu explico: Você está numa reunião enfadonha e seus olhos estão querendo fechar. Você está desconfortável e quer sair dali de uma maneira educada. Simplesmente peça licença e vá ao banheiro. Chegando lá, olhe-se no espelho (caso tenha um, senão não há problemas) e dance o que tiver vontade de dançar, sem vergonha do que está fazendo. Depois de alguns minutos revigorantes, volte pra reunião com a cara mais lavada do mundo.

4.    Sinta-se como um rei ou uma rainha. Nada como sentir o “poder” de ser o que quiser independente da posição social, condição financeira, raça ou religião.

5.    Sorria.  Para a vida e para todos.

Caso você decida levar minhas dicas a sério, garanto que muitas surpresas boas irão aparecer e até verdadeiros milagres poderão acontecer.

Escrevo com firmeza sobre isso por que possuímos o poder de escolha, sendo oficialmente dia de Carnaval ou não.

A fórmula é feita da seguinte forma: nos autoconvencer, mentalmente, emocionalmente, espiritualmente e fisicamente, de que somos capazes de nos sentir vitoriosos em nossos sonhos, carnavalescos ou não.  Assim como conseguimos ser  felizes no Carnaval, conseguiremos isso também no dia a dia, sem dúvida.

É maravilhoso ver a alegria dos foliões no Carnaval.  Ao vê-los felizes como uma criança em um dia de domingo, escrevi este artigo, inspirada pela música Imagine de John Lennon.

*Lygya Maya é escritora, terapeuta holística e palestrante. Desenvolveu sua carreira nos Estados Unidos, onde atuou na Companhia do mestre em motivação Anthony Robbins. É autora do e-book Ame as Emoções que Você Odeia (2008), disponível em www.lygyamaya.com.br.

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Acompanhe os outros posts da série:

>>Especial Semana da Mulher: “Nem com uma flor”

>>Especial Semana da Mulher: Relógio biológico x Relógio de ponto

>>Especial Semana da Mulher: Um ser de petálas e espinhos

>>Especial Semana da Mulher: A beleza de ser feminina

>>Especial Semana da Mulher: Papel feminino nas organizações ainda é restrito

>>Especial Semana da Mulher: Sexo frágil e a Aids

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Artigo: Passada a crise, é hora de mudar de emprego!

A dúvida pode trazer mais benefícios que a certeza. Quando duvidamos, tendemos a investigar e aprender mais. Quando temos certeza, nos fechamos para o conhecimento.

O artigo que publicamos nesta quinta foi escrito por Stefi Maerker, autora do livro Mulheres de Sucesso – Os segredos das mulheres que fizeram história. Embora o tom seja bem motivacional, não chega a lembrar as dinâmicas de grupo de RH, que algumas pessoas detestam. Também já tive o pé atrás com esse tipo de coisa, mas atualmente, revejo minha postura. Boa parte desse trabalho dos consultores de recursos humanos mexe com auto-estima e auto-confiança, cujas raízes estão na psicologia. Não recomendo a ninguém que se torne dependente de publicações que trazem fórmulas prontas para o sucesso, mas quem é que não gosta de ler sobre pessoas bem sucedidas? Embora condene a cultura norte-americana de loosers x winners (perdedores x vencedores), por acreditar que é excludente e desmotivadora, cada vez mais compreendo que atitude é importante, principalmente pensar positivo. Parece chavão, mas não é. No mínimo, manter a confiança ajuda a espantar o monstro da depressão. Tenho consciência de que muitas empresas aplicam estes conhecimentos de RH de forma negativa, até opressiva. Ao invés de motivar, pressionam ao limite, gerando estresse, frustração e uma geração de cardiopatas, pois levam o profissional a pensar que ele é o culpado por todos os fracassos, embora raras vezes reconheça a sua atuação nos sucessos da companhia. Mas, os conselhos de Stefi, longe de parecerem fórmulas mágicas, antes nos levam a pensar no que realmente queremos da vida e mais, no que fazemos para alcançar esses objetivos. Ninguém precisa ter como meta de vida ganhar o primeiro milhão aos 25, mas, mesmo que a sua felicidade esteja em vender coco na barraquinha da praia mais paradisíaca da sua cidade,  pegando um bronze de preferência, é preciso fazer isso com convicção e com a certeza de que mudar de caminho (seja na barraquinha ou na fábrica de doentes cardíacos) não depende necessariamente do chefe “bonzinho” ou “carrasco”, mas de nós mesmos. Sempre, em todas as circunstâncias da vida, temos escolha, nem que seja para dizer apenas: “Isso aqui eu não quero para a minha vida”. O grande problema é que, tal qual as companhias que culpam seus empregados pelos fiascos, quando elas mesmas não cumprem sua parte do trato, nós também temos de aprender a lidar com as consequências das nossas escolhas.

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PASSADA A CRISE, É HORA DE MUDAR DE EMPREGO!

* Stefi Maerker

As mudanças que ocorrem no mercado de trabalho nos ensinam a ver a vida sob uma nova perspectiva. Quando o mundo inteiro enfrentou uma forte crise financeira, quem estava incerto sobre sua carreira profissional achou melhor não arriscar; quem estava infeliz, aprendeu a gostar do seu trabalho até que a maré melhorasse. Empresas reduziram quadros e custos. Agora é hora de investir! Enxutas e com foco redirecionado, as empresas entraram em 2010 com fôlego e energia para recrutar novos colaboradores e retomar seu crescimento!

Neste momento, o mercado está bastante competitivo mas, ao mesmo tempo, oferece grande oferta de empregos. Com um importante detalhe: espera-se muito mais deste profissional.

Quais são as habilidades e as competências que deve ter o colaborador que hoje é procurado pelas empresas?

Flexibilidade: para saber lidar com mudanças rápidas e repentinas e para aceitar a volatilidade do mercado e a incerteza da rotina

Coragem: para arriscar, apesar de não existirem respostas prontas

Resiliência: para encarar uma rotina de imprevistos, pressão e obstáculos e saber superá-los, mantendo sua essência e equilíbrio

Otimismo e Equilíbrio Emocional: ter a habilidade de se manter motivado e encarar a rotina de forma positiva, transformando pequenos problemas em grandes soluções

Criatividade: para pensar diferente, encantar com novas soluções e contribuir com o ambiente de trabalho

Comprometimento: vontade de fazer a diferença e se envolver com o trabalho que faz – vale lembrar que este envolvimento vem de dentro, e não deve ser ligado apenas ao salário

Capacidade de Aprendizagem: para buscar auto-conhecimento e aprendizado, crescendo sempre

Visão Generalista e Função de Especialista: é bom conhecer um pouco sobre tudo, pois ter informação é um diferencial desde que exista foco

Quais são os principais erros que devem ser evitados durante a busca por um emprego?

Buscar um emprego, e não um trabalho
O profissional não deve apenas procurar uma função onde possa ganhar dinheiro, mas sim uma empresa para onde ele terá orgulho de levar seu talento e onde tenha prazer e crescimento na função. Caso contrário, ele estará frustrado e procurando emprego novamente dentro de um curto espaço de tempo.

Falta de networking
Enviar currículo por e-mail não é a única forma de procurar emprego. Encontre as pessoas, crie e fortaleça os vínculos já existentes, participe de eventos, circule e seja notado.

Desânimo
A fase é difícil e de grande ansiedade, por isso procure algumas válvulas de escape e faça atividades nas quais sente prazer, como ginástica, leitura, cinema ou qualquer outro hobby, e que poderão ajudá-lo a se manter resiliente.

Despreparo
Ao fazer contatos, tenha clareza do que gosta, do que quer fazer e de como pode contribuir. Tenha suas experiências, habilidades e competências na ponta da língua!

Mais do que tudo, estamos vivendo a fase de paixão pelo que se faz. O trabalho deixa de ser um castigo e passa a ser um foco de satisfação. Quem não tiver esta visão está buscando um emprego, o que é muito difícil hoje em dia. Empregos não há muitos, mas oportunidades, sim! Para quem quer desafios, para quem pensa fora da caixa e para quem quer arriscar sabendo que vai chegar lá, várias oportunidades existem!

O profissional deve rever seus próprios conceitos e escolher suas prioridades. O que é mais importante: ser feliz ou ter razão? Cabe a cada um de nós escolher – se for ter razão, fazer apenas um bom trabalho, qualquer coisa serve, mas se for para ser feliz e realizado em busca de um objetivo que terá significado para sua vida profissional e pessoal, então, vale a pena arriscar. O resto é conseqüência!

* Stefi Maerker é diretora-presidente da SEC Talentos Humanos e é também autora dos livros Secretária – Uma parceira de sucesso e Mulheres de Sucesso – Os segredos das mulheres que fizeram história.

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**Artigo: Conforto ou acomodação?

O texto que publicamos hoje foi escrito por Nino Albano, experiente consultor na área de TI e de recursos humanos em diversas empresas multinacionais. Mas essas palavras, embora sejam voltadas, originalmente, para o público empresarial, falam de motivação, um conceito que se aplica a todas as profissões, uma palavrinha que deve ser transformada em meta de vida. Nada mais triste do que fazer qualquer coisa, do lazer ao projeto de carreira, sem motivação. Nada pior do que se acomodar a uma situação conveniente e dali nunca sair, jamais alçar vôo ou buscar novos desafios. Mas, segundo Nino, conforto é outra coisa totalmente diferente. A busca por conforto é o que nos move, nos motiva a seguir em frente em todos os momentos, sejam árduos ou aqueles que exigem superação e vontade. Vale a pena conferir:

Conforto ou acomodação?

Nino Albano*

confortoOuço muita gente falar sobre a “zona de conforto” como se ela fosse um dos personagens principais de nossas operações. Dizem que quem se encontra nela, não está disposto a mudar, e já ouvi discursos inflamados sobre a necessidade de sair da zona de conforto para fazer com que as coisas mudem.

Mas eu fico pensando sobre ela e tenho uma percepção diferente de tudo que eu ouço. Inicialmente vamos definir “conforto”. Segundo o Aurélio, é o “estado de quem é confortado” e confortado, por sua vez é o adjetivo para “fortalecido, animado”. Então vem a pergunta: Por que teríamos que sair dessa tal zona, se quando a encontramos estamos bem?

A zona de conforto só poderia ser aplicada ‘a quem já atingiu seus objetivos e agora se apega a melhoria contínua para uma atividade ou ação que se adéqua ‘as suas necessidades e expectativas. Em outras palavras, ninguém deveria sair da zona de conforto. É lá que encontramos o melhor de nosso desempenho.

Agora, o Aurélio também diz que “acomodação” é a “tendência a conformar-se com qualquer situação; conformismo”. E essa sim é a zona perigosa. O que todos tentam nos vender como zona de conforto é um lugar de onde deveríamos sair, quando na realidade ela deveria ser vista como nosso objetivo profissional e de vida. Costumam dizer que quem está nela, não quer mudar. Pois eu digo que todos mudam se o apelo à mudança for agradável, necessário e gerador de oportunidades.

O KCS – Knowledge-Centered Support, metodologia que tem como base o suporte estruturado no conhecimento, diz que cada grupo de interessados em alguma coisa, busca o WIIFM – What in it for me? Ou, o que isso tem de bom para mim? Não se trata de querer levar vantagem em tudo, mas sim saber por que o esforço está sendo aplicado. Se fizer sentido e trouxer retorno para o individuo, para o grupo e para o negócio, a mudança é facilmente executada, pensando na tão sonhada zona de conforto.

relaxMas há aqueles, que não querem mudar, pois não se sentem motivados, não gostam do que fazem e não acreditam que no final existem benefícios para eles. Para esse grupo, as mudanças são as coisas mais chatas e difíceis que existem. Eles estão na “zona de acomodação”. São as pessoas conformadas com o lugar que estão. Elas normalmente têm medo de crescer e se sentem ameaçadas por desafios, por isso dificilmente se sentirão confortáveis com alguma coisa, e rotineiramente reclamam pelos corredores que tudo está errado.

Cabe a nós, responsáveis por centrais de atendimento, identificar os profissionais que estão interessados em conquistar, em realizar e aqueles que se acomodam nas suas rotinas. Dos dois grupos podemos extrair coisas boas, mas de formas diferentes, e com atitudes diferentes. Se não nos atentarmos para esse fato, podemos conduzir nossas equipes a conflitos que podem ser evitados.

De qualquer forma, volto a insistir. “zona de conforto” não é o que todos costumam falar. Pensem nela como objetivo e morram de medo da “zona de acomodação”.

*Nino Albano é Diretor de Planejamento Estratégico do HDI no Brasil.

**Material enviado ao blog através da assessoria de comunicação da HDI.

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Artigo: Sonhos de um profissional

O artigo que reproduzimos hoje foi escrito por Washington Kusabara, consultor empresarial na área de gestão de processos. No texto, ele analisa o papel dos profissionais contemporâneos e das empresas que visam otimização de processos. O interessante é que, embora a primeira vista pareça uma aula de administração, na verdade é uma aula de humanidade, pois empresas são feitas na essência por pessoas e as pessoas, como dizia o poeta, são feitas principalmente de sonhos. Vale a pena conferir:

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Sonhos de um profissional

* Washington Kusabara

O profissional pode ser entendido como uma pessoa em constante aperfeiçoamento. Em um fluxo de fabricação, onde há matéria-prima e produto acabado, o profissional deve ser como o material em processo, já que sempre há o que melhorar ou algum componente a ser acrescentado.

Estipular objetivos significa avançar pequenos passos em direção aos nossos sonhos. Ainda que para alcançar estes objetivos seja preciso passar por alguns “desvios”, ou até mesmo alguns “retrocessos”, o importante é perseverar e cuidar para que haja determinação e não obstinação, que pode nos “cegar” e fazer com que se perca o rumo.

Da mesma forma trabalham as empresas, já que as metas do mundo corporativo são referências circunstanciais que as companhias necessitam para sobreviver, crescer e evoluir. Diante não apenas da concorrência, mas das mudanças inesperadas dos cenários econômicos, a velocidade com que atingem estas metas é fator determinante para o seu êxito.

gestaoO alcance das metas empresariais é sempre fator de celebração e recompensa, mas a análise dos fracassos e sua divulgação, sem “caça às bruxas”, também deveria ser tema importante nas empresas.  Afinal, este tipo de comportamento evitaria muito desperdício de recursos, dinheiro, mão-de-obra e tempo, mas principalmente, evitaria que projetos e ações fossem arruinados e pudessem ter o seu rumo alterado. Mais que estar preparado para as oportunidades, o profissional necessita saber identificar as oportunidades e aceitar seus desafios inerentes. Focar no que é importante, definir um plano de ação e colocá-lo em prática.

Sonhos são como referências a médio e longo prazo, mas sonhar alto demais pode significar frustração e sonhar baixo demais é receita certa para acomodar-se com o “status quo”. Portanto, uma certa dose de desafio é essencial para mantermos acesa a chama que nos guiará na direção dos sonhos.

Os sonhos também podem ser mudados, afinal, crescemos e amadurecemos tanto pessoalmente como profissionalmente. Assim, na medida em que realizamos um sonho, outro deve tomar lugar para manter o nosso norte atualizado. O mesmo vale para os sonhos não realizados, sem esquecer que, se a substituição de sonhos não realizados tornar-se uma constante, tornamo-nos volúveis e vazios, sem rumo aparente.

Novos objetivos devem ser estabelecidos com vistas aos novos sonhos e o aprendizado com erros e acertos será muito bem vindo, o que nos poupará desperdício de tempo e energia.

Para um entendimento maior do assunto em questão, podemos fazer uma analogia dos sonhos de um profissional com as metas de melhoria contínua de uma empresa. Enquanto o profissional precisa se auto-avaliar e entender em que posição ele está quando traça um sonho, em um processo de melhoria contínua é preciso analisar os objetivos da empresa e compreender suas necessidades táticas e estratégicas.

Ao passo que, quando o executivo traça suas prioridades e determina suas ações para alcançar o sonho, a companhia mapeia a cadeia de valor (fluxos de materiais e de informações), identifica, classifica e prioriza suas oportunidades. No caso da empresa, pode-se utilizar uma metodologia de implementação rápida, como o projeto Kaizen da TBM, que leva em conta os princípios fundamentais do Sistema Lean de Manufatura. Já para o profissional, o conhecimento e a utilização dos princípios lean em sua vida pessoal e profissional, pode render resultados muito além das suas expectativas. Sem esquecer que apenas 20% destes princípios são técnicas e metodologias, ou seja, a “inspiração”. Os 80% restantes se referem à ação, mão na massa e mudança cultural (comportamental). Ou seja, a “transpiração”. Boa sorte, inspiração e, sobretudo, muita ação!

*Washington Kusabara é diretor da TBM Consulting, empresa especializada em consultorias de gestão de processos
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**O artigo foi enviado ao blog através da assessoria de comunicação da TBM Consulting.

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