Não se coloque no papel de vítima

vitimismo | vítima Se tem uma lição que todos deveríamos aprender cedo, é essa: nunca se vitimize, nunca se coloque no papel de vítima da vida, de uma situação, do mundo, do outro, de coisa alguma. Não importa o gênero, classe social ou estágio de vida, todos teremos, ao longo da existência, que manejar nossas emoções. Precisaremos lidar com os medos, as aflições, as decepções, as derrotas. Tantas coisas ruins acontecem, e todas elas exercem influência no campo de nossas emoções. O que fará diferença entre um indivíduo e outro é a forma como ele vai agir diante destas questões. Sua postura determinará a duração do seu sofrimento.

Assim como precisamos aprender a não nos colocar no papel de vítima, também precisamos aprender a lidar com nossas emoções. Tudo na vida se resume ao treinamento. Até isso. Claro que de uma forma menos aritmética, menos cartesiana. Não quer dizer que vamos virar robôs na hora de lidar com as emoções, mas podemos, sim, desenvolver habilidades para buscar a superação da dor com mais brevidade. Precisamos ser mais resilientes no campo emocional. Eu diria mais, precisamos ser protagonistas da nossa própria vida. Precisamos ter mais firmeza nas nossas ações, conduzir nosso pensamento a nosso favor e atuar para abreviar qualquer tipo de sentimento ruim.

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O mundo já está cheio de gente que só se queixa da vida. Cheio de gente que sai distribuindo culpa para suas frustrações e insatisfações. Tem gente a rodo achando que o outro deve fazer algo, que o outro deve mudar, que o mundo está conspirando contra, mas sem tomar uma atitude para mudar o seu próprio caminho e seguir. A responsabilidade pelos infortúnios é sempre de terceiros, do E.T., do duende, do unicórnio, mas nunca é sua. Está na hora de rever esse conceito. Enquanto você ficar culpando os outros por suas decepções, você estará transferindo as responsabilidades por sua felicidade para esses outros. E isso, meus queridos, é suicídio!

Aprendizado – de vítima a protagonista

Agarre essa responsabilidade com unhas e dentes, não empreste, não negocie, nem doe. Essa consciência de que só você é capaz de promover as transformações que tanto almeja vai encurtar o seu trajeto até a felicidade e reduzir drasticamente seus períodos de lamentações. Já ouviu falar de santo remédio e receita milagrosa? Está aí um exemplo. Por isso, eu repito, não se vitimize, não aceite esse papel passivamente, não vista essa carapaça. Se o outro não te trata bem, se o outro não corresponde às suas expectativas, se o outro não te entrega aquilo que você espera, e se não há chance de a situação se resolver, se livre dessa relação tóxica, que não te faz bem.

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Relembre que sua felicidade só depende de você, que quem decide o caminho a seguir é você. Lembre que só você pode transformar, modificar, remodelar sua própria realidade. Deixe de olhar para o hoje e o ontem, fixe o olhar no amanhã. Aceite e compreenda o comportamento do outro, respire fundo e siga em frente. Seja atuante de sua vida. Deixe para trás o que não te ajuda, o que não te faz bem. Analise tudo aquilo que atravanca seu caminho e vá, aos poucos, reconstruindo-o, buscando novos trajetos. A mudança sempre nasce primeiro dentro de nós. Precisa querer. E depois que você quiser com intensidade, o primeiro passo estará dado. E você vai colher os deliciosos frutos de ser protagonista da própria história. Vítima, nunca mais!

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Abrir mão e deixar ir pode ser melhor

abrir mão deixar irAbrir mão e deixar ir também é um ato de amor. Se não for de amor, é de libertação ou até de resiliência. A motivação da decisão vai variar, mas ela pode ser uma decisão bem sensata, embora a expressão desistir sempre esteja associada a uma conotação negativa. São muitas as frases motivacionais que nos mandam lutar até o fim, que nos incentivam a persistir, que nos dizem para não desistir. Mas você já parou para pensar que, em algumas situações, desistir pode ser a melhor escolha? Tem vezes que você apenas bate cabeça em ponta de prego ao decidir continuar lutando. Tem vezes que a batalha já está perdida e você continua ali, atirando para todos os lados, sem ter exatamente no que mirar. Nestes casos, o melhor mesmo é abrir mão e deixar ir.

Desistir não é sinônimo de fraqueza. Nem sempre. Abrir mão de alguma coisa pode significar, pelo contrário, um indício de força. Pode indicar a vitória em uma guerra da qual você não tinha a menor chance de sair vencedora. E não, nem sempre é uma decisão fácil a se tomar. Especialmente quando você tem aquele perfil do embate, quando gosta de vencer, quando está acostumado a enfrentar as batalhas da vida. Mas a gente precisa entender que o conceito de vitória é relativo. Quem disse que abrir mão de alguma coisa significa perder? Onde você viu escrito que deixar alguma coisa ir quer dizer que você foi derrotado? Ah, e quem disse que “perder” é sempre ruim? Há situações inúmeras em que perdemos aqui para ganharmos lá na frente.

Às vezes a luta nos deixa cegos. Pode chegar àquele momento em que você está duelando apenas porque já entrou na guerra. let it goSequer consegue vislumbrar o campo de batalha e a disposição de seu objetivo. De fato, ser racional em um momento desses não é uma tarefa fácil. Não mesmo. Fechar um ciclo as vezes dói, nos faz sofrer… Por outro lado, tomar a atitude e deixar ir demonstra o tanto de maturidade que a gente alcançou. No fim das contas, é preciso ter coragem, é preciso reconhecer quando a relação (pessoal, amorosa, profissional) chegou ao final. Em prol do nosso equilíbrio, da nossa paz e, sim, da nossa felicidade, é importante aceitar que nem tudo é do jeito que a gente quer, e quem nem tudo o que a gente quer nos faz realmente bem.

A palavra chave talvez seja sabedoria. Uma delas. A sabedoria que a gente acumula com o tempo, que se fortalece com as pancadas que tomamos da vida. E são essas mesmas pancadas que acabam nos ajudando a prevenir pancadas futuras. Uma faca de dois gumes? Eu diria que não. O aprendizado faz parte do processo. E o que hoje parece uma pancada, amanhã nem sempre se mostra assim. Então é isso. Abrir mão e deixar ir é um exercício. Com o tempo, nosso discernimento em relação ao que não merece nosso esforço vai aumentando. E deixar ir pode se transformar numa tarefa menos dolorosa. Mas precisamos assimilar os aprendizados da vida. Que a gente fique cada vez mais atentas a eles.

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Turbulências

A vida não é uma maré rasa. Embora possa passar boa parte do tempo como uma marola, vez em quando um tsunami aponta sem anúncio. Parece que vai destruir tudo, o desespero se instala e a instabilidade toma conta. Quando você nunca passou por isso, é difícil lidar, achar uma maneira coerente de administrar a situação. É complicado até pensar friamente no que fazer. Mas é reconfortante pensar que, no final das contas, em algum momento tudo vai virar passado e a vida sempre segue.

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Sobre o que está por vir

Mais um ano está chegando ao fim… A gente pode seguir o clichê e dizer que é momento de refletir, repensar, reconstruir metas, colocar na balança as conquistas e perdas etc. Podemos enumerar uma série de rotinas que renovamos anualmente quando vai se aproximando a “virada do ano”.

Só que hoje a minha intenção com este post é apenas fazê-los tentar prometer menos e agir mais. As anotações podem organizar as ideias, os sonhos, os objetivos. Mas projetos esquecidos em um caderninho guardado num canto qualquer não vão acontecer por si só. É preciso colocar a mão na massa.

Eu já escrevi em um outro blog sobre a minha descrença com relação às promessas. Não gosto de promessas, embora tenha o maior respeito por quem as faz. Pegunto-me para que servem: aliviar culpa? Alimentar esperanças? Iludir a si mesmo? Não consigo encontrar sentido em promessas.

Bem, voltando ao início da conversa, tentem praticar mais as suas teorias. Sair do lugar, caminhar. Andar sem precisar dizer que vai fazê-lo amanhã. Se matricular na academia, antes de anunciar a todos os amigos que isso será feito na segunda.

Mas se quiserem prometer, tudo bem também. São nossas diferenças que nos fazem seres únicos. É a diversidade de pensamento que faz da vida algo tão especial. Que venha 2010! Com ou sem promessas!

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