Atleta aos 30: escolhendo a atividade

Para mim, o mais importante é escolher uma atividade física que realmente você goste. Não adianta forçar a barra, se sua intenção é fazer a prática do exercício uma rotina. Porque se você não gosta do que está fazendo, sempre que tiver uma desculpa vai usá-la para não ir e com o tempo vai acabar deixando-a de lado. Eu sempre achei musculação um saco. Pela rotina, pela repetição. Apesar disso, eu preferi me convencer de que era importante para o fortalecimento muscular. Eu aprendi a gostar, internalizei a importância do tipo de atividade para os meus objetivos.

Eu gosto de variedade. Hoje em dia sempre procuro fazer mais de uma atividade, para não correr o risco de cansar da rotina e porque eu gosto mesmo.A atividade física me deixa com mais energia, mais disposta. Como muitos já sabem, a prática de atividade física libera no cérebro a endorfina, substância responsável pela sensação de bem estar e prazer. Mas é importante fazer uma ressalva com relação a isso, porque não há liberação de endorfna se a pessoa estiver sofrendo com a prática do exercício. E por isso é tão importante a escolha de uma modalidade que seja agradável e da intensidade da prática, que não pode ser excessiva.

==================================

Remo – Como falei no post anterior, já fiz remo, uma das atividades mais bacanas que pratiquei na vida. Eu treinava na escolinha do Vitória no Dique do Tororó. O que curtia no esporte era a possibilidade de estar fora de uma sala, em um ambiente diferente, em contato com a natureza. Além disso, precisava fazer exercícios para o fortalecimento muscular na academia da sede da escolhinha, o que me liberava de ter de fazer a musculação em um outro lugar. Então, sempre antes de ir para a água, a gente fazia o treino muscular. Alguns meses depois de começar, no entanto, comecei a ter aulas pela manhã e tive de abandonar a atividade.

Vôlei – Mais nova, com uns 11 anos, me matriculei nas aulas de vôlei do Sesc do Aquidabã. Eu adoraaaaaava, e quando me lembro, me arrependo de ter parado. Embora seja baixinha (mas na média da população feminina brasileira, claro.. hahaha), eu achava que tinha jeito para a coisa. Eu sempre ia com uma amiga que também era vizinha. Até que um dia ele implicou com o professor e decidiu parar. Como eu estava acostumada a irmos e voltarmos juntas, acabei começando a faltar, até que abandonei também. Lembro que o aquecimento, além de correr subindo e descendo as escadas da arquibancada, era uma partida de futebol de salão.

Artes marciais – Meu sonho era praticar uma arte marcial ou alguma modalidade de defesa pessoal. Passei meses em busca de uma escola para treinar Krav Magá ou Kong Fu, mas infelizmente não achei nenhum horário compatível com o meu. Foi na época em que, ainda na academia que falei no post anterior, lá perto do meu trabalho, fui fazer abdominal na sala de ginástica e o professor do boxe me convidou para fazer a aula. Eu fiquei encantada pelo boxe, pela descarga de energia, pela adrenalina. Adotei o boxe e, hoje, já treino em uma academia especializada apenas na modalidade.

Boxe – Acho muito bacana a forma como o boxe trabalha todo o corpo. Senti muita diferença na região abdominal, por exemplo. Lá, o instrutor faz séries de abdominais nos finais das aulas, e eu senti muita diferença mesmo. Outra coisa que adoro no boxe (além de bater em Bob, claro.. hahaha), é a parte de alongamento que inicia a aula. Acho uma atividade super completa, em que todo o corpo acaba trabalhando durante a aula inteira. Eu virei fã da práqtica e minha vontade é nunca mais largar. Sempre me sinto mais disposta depois dos treinos.

==================================

Além do boxe, hoje eu corro e faço treinamento de condicionamento físico na praia (este último, apenas aos sábados). A corrida, que era só na esteira da academia e esporadicamente nas ruas, vai começar a ser uma atividade mais especializada, com orientação de um instrutor. É que agora em agosto estou entrando em um clube de corrida para treinar de forma direcionada e, assim, poder avaliar os resultados e os meus avanços. Aqui em Salvador, já participei de duas provas de 5km na rua e foi bom ver que melhorei meu tempo na segunda prova. E vocês, já estão envolvidos em alguma atividade física?

Leia Mais

Atleta aos 30: o começo

Não, minha gente, eu não pretendo virar atleta e competir por aí em busca das primeiras colocações. Minha ambição com o exercício físico é bem menor que essa. Pelo menos até agora. A ideia de dividir essa experiência com vocês veio, porque é sempre difícil criar uma rotina de atividades físicas constantes e acrescentá-la na nossa tão corrida vida diária. Então, o espaço aqui vai ser para contar novidades, trocar ideias, tentar encontrar dicas de lugares que têm horários mais flexíveis… Enfim, fazer um diário mesmo, que vai começar exatamente com o meu início na prática de atividades físicas.

Larguei o sedentarismo um pouco tarde. Quer dizer, eu sempre fiz uma coisa ou outra, mas acabava largando no meio, antes mesmo de ver qualquer resultado (aulas de jazz ainda menina, depois iniciei aulas de vôlei e ainda arrisquei no remo, que é maravilhoso, pena a escolinha do Vitória no Dique ter fechado). Até que, ao terminar um namoro longo, decidi voltar os olhos a mim mesma. Todo mundo fala que a gente começa a se cuidar mais quando termina um namoro, e comigo foi exatamente assim.. rsrs. Mas acho que melhor mesmo é se cuidar sempre.

A primeira coisa que fiz foi entrar em uma academia. Como tinha o dia inteiro ocupado (saía de casa 6h30 e só chegava 21h), procurei uma que fosse perto do trabalho. Legal foi que achei uma bem bacana no Caminho das Árvores. Melhor ainda foi que havia uma parceria com a empresa para a qual trabalho, por meio da qual os funcionários tinham desconto nas mensalidades. Foi um recomeço, ainda um pouco perdida, já que fazia anos que não mexia os músculos. Não gostava muito da rotina de musculação, dos exercícios repetitivos, mas fui me habituando. Me convenci que era necessário e pronto. Acho isso fundamental, inclusive. A gente precisa criar o hábito e acrescentar a nova atividade no nosso dia a dia. Claro que o mais importante, ao meu ver, é escolher um exercício com o qual você tenha afinidade. Se exercitar não significa apenas fazer musculação em uma academia. É possível optar por outras modalidades, e não faltam opções.

Fiz uma avaliação física na academia. E, gente, eu acho realmente importante esse diagnóstico de como está o o seu corpo, a sua resistência. Lá na academia, eles inclusive tiravam uma foto frontal e de costas, que era super bacana para fazer um comparativo no momento da segunda avaliação. Muita gente acha desnecessário, acha que é perda de dinheiro. Na minha opinião, a avaliação vai te dar um feedback da sua evolução e vai guiar o instrutor na hora de montar o seu cronograma de exercícios.

Vocês não imaginam o quanto eu fiquei feliz ao fazer uma segunda avaliação (já em uma outra academia, pois eu vivo mudando quando meus hábitos mudam, para sempre estar treinando algo em algum lugar, mas isso é assunto para outro post) e perceber que, além de o peso ter diminuído, todas as minhas medidas estavam menores (cintura, coxa, braço, etc) e o meu percentual de gordura no corpo também havia reduzido. O resultado significava que estava no caminho certo, transformando gordura em massa muscular.

A partir do resultado do exame físico, o instrutor fez um treinamento específico para as áreas mais críticas (vocês não imaginam o quanto eu tinha de gordura no corpo!!!). E foi assim que tudo começou, com a musculação e aulas de ginática, especialmente as de attack e step, das quais virei fã de carteirinha. Hoje já não estou mais na mesma academia (inclusive, estou até em processo de transição, mudando mais uma vez de lugar!! rsrsrs), já pratico outras atividades também, mas com o tempo vamos conversando sobre o assunto. E vocês, gostam de praticar exercício, fazem alguma coisa, têm vontade de começar?

Leia Mais

Saúde & Fitness: Riscos nutricionais da mulher atleta

O texto selecionado esta semana para a série Saúde & Fitness foi elaborado pela jornalista Márcia Wirth, da MW Comunicação, responsável pelo atendimento do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional) e enviado para o blog via email. Trata-se de uma reportagem adequada às mulheres atletas ou para aquelas que, embora não sejam esportistas profissionais, praticam treinos intensivos com objetivos de saúde e/ou estética. No texto, especialistas do Citen esclarecem de que forma o abuso na prática esportiva pode desencadear problemas hormonais e de desenvolvimento, ainda mais em crianças e mulheres jovens. Confiram:

===================================

Riscos nutricionais e hormonais da mulher atleta
As modalidades esportivas que mais comprometem o desenvolvimento das jovens atletas são a maratona e o atletismo

Apesar da idéia de saúde vinculada aos esportes, a prática intensiva e precoce de atividade física pela menina, pela adolescente e pela mulher jovem pode  trazer conseqüências graves à saúde das mesmas. “Tais alterações são verificadas com mais intensidade, quanto mais jovem for a atleta, e quanto mais prolongado for o tempo de vida da mesma em função de treinamentos intensivos e das exigências relacionadas a eles”, explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.

A concomitância do início dos treinos intensivos com a fase de transição da infância para a vida adulta interfere profundamente na dinâmica dos hormônios femininos e  tireoideanos, no  hormônio de crescimento e nos corticosteróides endógenos.  “Além disso, ciclos viciosos de perda excessiva de peso associados a comportamentos alimentares inadequados completam um arriscado quadro de desnutrição, desaceleração do crescimento e infantilismo hormonal, o que impede o desenvolvimento da puberdade normal e pode trazer seqüelas importantes para a saúde hormonal e metabólica da mulher”, diz a endocrinologista.

Comportamentos alimentares inadequados – As jovens atletas formam, juntamente com as modelos, o grupo de maior risco de desenvolver comportamentos alimentares inadequados e transtornos alimentares. Treinadores, pais e colegas esperam e até exigem delas um peso, muitas vezes, impossível de ser alcançado ou mantido. “Muitas, ainda meninas, passam a fazer dietas restritivas e jejuns prolongados, intercalados com episódios de compulsão alimentar, vômitos auto-induzidos, uso de laxantes, diuréticos e medicamentos para emagrecer, chegando a desenvolver transtornos alimentares propriamente ditos, como anorexia nervosa e bulimia nervosa. Esse tipo de cobrança é oposta àquela dirigida aos meninos, que são encorajados a ganhar massa muscular e peso, com a finalidade de melhorarem suas habilidades físicas para o esporte”, conta a médica, que também é especialista em Transtornos Alimentares.

Algumas atletas nem entendem os riscos envolvidos na decisão de comer tão pouco. “Na verdade, estas meninas precisam de um volume calórico muito maior para manterem suas atividades, sem comprometer seus estoques de glicogênio muscular, o que as predisporia a dores musculares, contusões, hipoglicemias e alterações eletrolíticas. Complicações que, na maioria das vezes, comprometem o próprio desempenho da atleta”, explica Ellen Paiva.

Complicações hormonais – A desnutrição crônica associada ao baixo peso corporal, ainda na infância, interfere na produção dos hormônios sexuais, na função tireoideana e no próprio hormônio de crescimento destas jovens. “O resultado desta fórmula é  atraso na puberdade e uma desaceleração do crescimento em sua mais importante fase da vida, o que resulta em baixa estatura. Já as atletas que iniciaram os treinos, após o início da puberdade, podem apresentar ausência de ovulação, irregularidade menstrual e até completa interrupção das menstruações”, diz a endocrinologista.

A prática excessiva de exercícios físicos é uma característica de muitas pacientes anoréxicas e bulímicas. “Ou seja, os transtornos alimentares também podem ser diagnosticados em pessoas que, de uma forma ou de outra, estão engajadas em práticas esportivas exigentes e rigorosas”, afirma a diretora do Citen.

“Encontramos também múltiplas alterações endócrinas em mulheres atletas. Há alteração nos hormônios tireoideanos – que, geralmente, estão abaixo do normal – alterações no hormônio de crescimento e na produção de cortisol. Todas elas, em conjunto com o quadro de desnutrição e baixo peso atuam impedindo uma puberdade normal e inviabilizando o equilíbrio hormonal da mulher adulta”, alerta a endocrinologista.

Uma ameça maior: a osteoporose – Durante a adolescência e início da vida adulta, as mulheres têm o chamado pico de formação óssea, quando uma reserva preciosa de cálcio define a quantidade e a qualidade da massa óssea durante a vida adulta. “Essa reserva mineral propicia a proteção necessária para a fase da vida onde a perda óssea supera em muito a formação óssea – o climatério – reduzindo o risco de fraturas, tão comum nessa fase”, diz a médica.

Esse processo harmonioso de balanço mineral positivo – onde a formação óssea supera em muito a perda – pode ser rompido por vários fatores, todos eles passíveis de ocorrer com a jovem atleta. “Peso corporal muito baixo, exercícios físicos extremos, desnutrição e alterações hormonais se associam e assinalam o risco de que o comprometimento desse balanço positivo pode facilmente ocorrer, causando osteoporose, em uma fase tão precoce da vida. Com a associação dos transtornos alimentares – principalmente anorexia nervosa – a este quadro, podemos nos deparar com jovens com massa óssea de mulheres de 80 anos”, alerta a endocrinologista Ellen Simone Paiva.

Orientação nutricional da mulher atleta – Quando pensamos que o esporte traz consigo a marca da saúde, ficamos surpresos ao constatar o contrário. “Para evitar os riscos das três principais complicações da jovem mulher atleta – transtornos alimentares,  interrupção das menstruações e  osteoporose –  é preciso  reduzir a pressão sobre estas jovens – elas não precisam ser extremamente magras –  e implantar, desde o início dos treinos, um acompanhamento nutricional de qualidade, que englobe cuidados para evitar a desnutrição crônica e o baixo peso, assim como suporte psicológico adequado para prevenir e tratar  e as alterações da imagem corporal”, recomenda a médica.

Ellen Paiva observa, ainda, que manter as menstruações através dos anticoncepcionais não previne a perda óssea. “Efeito realmente eficaz só conseguimos com intervenções nutricionais, que permitam pequeno ganho de peso nas atletas muito magras, que voltam a apresentar ovulação e menstruações normais, com a conseqüente recuperação da massa óssea”, informa.

Para saber mais sobre o assunto:

Visite o site: www.citen.com.br

Contato: [email protected]

Rede Social: twitter.com/Citensp

==================================

Acompanhe os outros posts da série:

>>Saúde e Fitness: As vantagens da caminhada para a beleza

>>Saúde & Fitness: Atividade física para grávidas

Leia Mais