De olho na saúde: rir é mesmo um santo remédio

A sabedoria popular já prega essa máxima há tempos, mas agora, cientistas asiáticos comprovam: rir é mesmo um santo remédio! E a Risoterapia é o destaque desta edição da coluna De olho na saúde, sessão que será publicada no blog toda sexta-feira, com informações sobre pesquisas e descobertas científicas; além de dicas para o bem estar e a melhora da qualidade de vida.

Rindo na cara do estresse

A pesquisa foi feita na Universidade de Kyung Hee, na Coreia do Sul. Por lá, um grupo de cientistas testou a Risoterapia em 38 mulheres, durante duas semanas, enquanto outro grupo de controle, com mais 38 pacientes, seguiu com a rotina normal.

O estudo revelou, através de testes sanguíneos, a melhora no funcionamento do sistema imunológico das participantes do primeiro grupo, o que levou os pesquisadores à conclusão de que manter o bom humor diminui os efeitos negativos do estresse no organismo.

A risoterapia, além de incentivar o bom humor, também trabalha otimismo e altruísmo. Além disso, a pesquisa mostrou que os efeitos só se tornam duradouros se o alto astral for incorporado ao cotidiano.

A ideia não é ativar o sistema de recompensa do cérebro com prazeres rápidos do tipo ir ao shopping e comprar algo por impulso; mas manter um estado de espírito animado e fazer atividades de lazer relaxantes e que provoquem boas gargalhadas!

Noites mal dormidas podem causar diabetes

A má qualidade do sono está na mira de um grupo de cientistas britânicos que descobriu que entre os fatores de risco para o Diabetes tipo 2 estão as noites mal dormidas. Para chegar a essa conclusão, eles avaliaram 59 mil mulheres. Aquelas que dormiram menos de seis horas por noite tiveram maior risco de desenvolver a doença. Assim como as que dormiram mais de 10 horas.

A falta de sono desregula hormônios importantes do organismo, aumentando os riscos de obesidade, já que os insones fazem mais lanches calóricos à noite; e estimula o sedentarismo, porque sem dormir bem, falta energia para manter a rotina de atividade física. Já quem passa muita horas na cama também tem tendência a ficar indisposto e a sabotar a academia.

Para completar: outra pesquisa, dessa vez da Academia Americana de Medicina do Sono, estima que sete em cada dez diabéticos do tipo 2 sofrem de Apneia Obstrutiva do Sono, quando a pessoa sofre paradas respiratórias enquanto dorme, o que a leva a um sono picotado e à sensação constante de cansaço intenso.

Quatro dicas úteis para não exagerar no supermercado

1 – Sempre faça a lista do que precisa comprar. Assim você não perde o foco e enche o carrinho com supérfluos;

2 – Oriente as crianças para que não fiquem pedindo ou pegando tudo o que veem pela frente;

3 – Faça um lanche antes de ir às compras. Quanto mais faminto, maior o risco de você colocar itens calóricos e pouco saudáveis no carrinho;

4 – Escolha um dia e horário para fazer a feira com calma. Comprar estando mental e fisicamente cansado aumenta a probabilidade de cometer excessos;

*Fonte das informações: Revista Saúde

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Abaixo as crianças de apartamento e supermercado

*Texto da jornalista Giovanna Castro

Conversando com uma amiga esses dias, me lembrei de alguns momentos de infância e voltei a comentar sobre o jeito de viver dessa criançada de hoje em dia. Nessa nossa contemporaneidade pós-moderna, para ser mesmo redundante, criança usa cada vez menos a imaginação. Tudo em torno da criança é comprado nas lojas e muitas delas nem sequer viram um morango, apesar de tomar todos os dias o iogurte com esse sabor. São crianças de apartamento e supermercado.

Uma gurizada altamente super protegida que não pode sequer andar alguns metros do carro até a porta da escola porque os pais insistem em praticamente deixá-las dentro da sala de aula, de carro. E haja fila dupla. Entendo perfeitamente os argumentos sobre a violência que assola Salvador, mas convenhamos, é um exagero de classe média que atrapalha muitas vias nos horários de entrada e saída dos estabelecimentos. Vamos ser cuidadosos, mas neurose faz mal até mesmo para a própria criança que cresce poupada da realidade em seu entorno. Que acha que qualquer guri que não pareça com ela é pivete e vai ameaçá-la de morte tentando levar seu tênis ou celular da moda.

Papéis coloridos, varinhas de bambu, cola e linha. Matéria prima para belas arraias que voam no céu e fascinam qualquer criança

Para muito além dos benefícios que alguns alardeiam sobre os jogos eletrônicos, essa criança dos dias de hoje anda muito automatizada. Guardadas as sempre honrosas exceções, não sabe fazer trabalhos manuais, não mexe mais com papel de seda, papel cartão, cola, linha, pedaços de sucata e madeira. Eu me lembro muito bem que em épocas festivas como São João e Copas do Mundo, meu pai me chamava para ajudar a fazer bandeirolas do tipo pé de banco ou mesmo correntes feitas com tiras de papel de seda colorido.

Mesmo que uma atividade inicialmente divertida, terminasse virando cansativa, afinal, poucas crianças pequenas conseguem se concentrar por muito tempo numa mesma tarefa, aquilo era marcante para mim, pois eu tinha criado alguma coisa. A sensação de ver o papel colorido em folhas enormes, ser recortado, transformado em figuras geométricas e depois estendido com capricho no alto perto do teto de casa, era indescritível.

Eu até hoje sei fazer arraia, como a gente chama aqui em Salvador, ou pipa, em outros lugares, sei fazer balões, sei fazer chapéu de soldado com folhas de jornal, aviõezinhos de papel e lembro que isso me distraía por bastante tempo. Volta e meia me pego fazendo dobraduras relaxantes. Mas o que é que acontece hoje, em tempos de São João? Pais e mães vão às lojas, compram tudo pronto e só têm o trabalho – isso se não mandarem a assistente do lar ou a diarista fazer – de pendurar o material.

Balões coloridos ornamentam uma das festas mais apreciadas no Nordeste brasileiro, o São João

Em tempo de Copa é a mesma coisa. Poucos são os que estimulam a garotada a fazer pinturas de camisa com as cores da bandeira nacional, inventar sua própria decoração e brincar de imaginar mesmo. Será que é porque dá trabalho? Despende-se muita energia nesse serviço? Porque com certeza sai mais caro e bem menos divertido fazer as coisas com as próprias mãos. Se um dia eu tiver um filho ou uma filha, ele ou ela com certeza vai aprender a fazer trabalhos manuais porque isso trabalha a imaginação, trabalha a paciência, ensina regras e ainda melhora a coordenação motora. Praticidade demais, às vezes, só atrapalha.

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