Dizer eu te amo é importante por diversas razões. A primeira delas, para demonstrar o seu sentimento por alguém, para deixar claro que o que você sente é amor, o mais sublime e mais belo dos sentimentos. É importante também para que as pessoas saibam que são amadas por você, para que aquela pessoa em especial tenha conhecimento de que você sente isso tudo por ela e não tem o menor receio ou vergonha de admitir e de espalhar ao mundo. Tenho lido muito ultimamente sobre a banalização do “eu te amo”, sobre o fato de hoje todo mundo dizer eu te amo, sobre a facilidade com que estas palavras têm saído da boca das pessoas. Desculpe-me quem concorda com esta visão, mas eu estou aqui justamente pela razão contrária, em favor, plena, completa e absolutamente, do “eu te amo”.
O mundo precisa mesmo que as pessoas demonstrem mais seus sentimentos, o mundo precisa disso. Alguns vão dizer, “ah, mas agora todo mundo diz eu te amo sem sentir, ficou fácil”. Gente, quando é que foi diferente? Em que momento realmente houve uma valorização generalizada a tal ponto que só os que amavam verdadeiramente diziam esta frase? Honestamente, a sociedade convive com a falsidade desde que é sociedade. Nunca foi diferente. O que eu sinto é que agora as pessoas que amam se sentem mais à vontade para dizer isso ao outro. Agora não temos mais tanto medo da reação alheia, estamos mais corajosos para amar. E aqui não é amor entre homem e mulher, apenas. Aqui estou falando do amor que você sente pela sua família, pelos seus amigos, por alguém especial, porque a gente pode amar um tanto imenso de gente.
O amor é um sentimento lindo, que merece ser anunciado aos quatro cantos. Porque vivemos em um mundo tão violento, tão ganancioso, tão cheio de determinações capitalistas, que sinto mesmo muita falta do amor no dia-a-dia. Por causa disso, eu mesma passei a exercitar o “eu te amo”. Agora, as pessoas que amo sabem disso, com toda a certeza que merecem. Não, eu não digo eu te amo aleatoriamente, a qualquer um que apareça pela frente. Eu digo eu te amo aos que eu amo, àqueles pelos quais eu nutro um sentimento tão grande, tão grande, que alimenta a minha alma a cada nova manhã. Amo intensamente e amo intensamente um monte de gente. Minha família, meus amigos… Amo cada um deles com uma força que não consigo mensurar. Sempre amei, mas hoje eles sabem disso. E faço questão de lembrá-los constantemente para que nunca esqueçam que são amados por mim.
Não, eu não vou defender a tese da banalização do eu te amo. Uma coisa é tratar da banalização do mal, como o fez a filósofa Hannah Arendt. O mal é negativo, traz consequências negativas em qualquer circunstância. A banalização do mal, em momento algum, vai servir ao desenvolvimento humano. Mas o amor, gente, o amor é uma das coisas mais lindas que existe no universo. Ele até nos faz sofrer às vezes, nos traz lágrimas aos olhos, mas não deixa de ser um sentimento lindo. Nós merecemos ouvir mais “eu te amo”, porque isso sensibiliza, humaniza, desarma. Nós precisamos mesmo de mais amor no mundo. Não apenas o amor teórico, claro, mas o amor prático, que foge do vocábulo e torna-se ato, fato. Mas falar eu te amo já é um avanço. E eu desejo, verdadeiramente, que cada vez fique mais fácil dizer eu te amo, que cada pessoa diga eu te amo mais vezes. Que cada pessoa ame mais. Quem sabe o excesso do eu te amo anule a banalização, agora sim, do mal?
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