Dizer eu te amo é importante por diversas razões. A primeira delas, para demonstrar o seu sentimento por alguém, para deixar claro que o que você sente é amor, o mais sublime e mais belo dos sentimentos. É importante também para que as pessoas saibam que são amadas por você, para que aquela pessoa em especial tenha conhecimento de que você sente isso tudo por ela e não tem o menor receio ou vergonha de admitir e de espalhar ao mundo. Tenho lido muito ultimamente sobre a banalização do “eu te amo”, sobre o fato de hoje todo mundo dizer eu te amo, sobre a facilidade com que estas palavras têm saído da boca das pessoas. Desculpe-me quem concorda com esta visão, mas eu estou aqui justamente pela razão contrária, em favor, plena, completa e absolutamente, do “eu te amo”.
O mundo precisa mesmo que as pessoas demonstrem mais seus sentimentos, o mundo precisa disso. Alguns vão dizer, “ah, mas agora todo mundo diz eu te amo sem sentir, ficou fácil”. Gente, quando é que foi diferente? Em que momento realmente houve uma valorização generalizada a tal ponto que só os que amavam verdadeiramente diziam esta frase? Honestamente, a sociedade convive com a falsidade desde que é sociedade. Nunca foi diferente. O que eu sinto é que agora as pessoas que amam se sentem mais à vontade para dizer isso ao outro. Agora não temos mais tanto medo da reação alheia, estamos mais corajosos para amar. E aqui não é amor entre homem e mulher, apenas. Aqui estou falando do amor que você sente pela sua família, pelos seus amigos, por alguém especial, porque a gente pode amar um tanto imenso de gente.
++++++++
Mais sobre o amor:
>>> O relacionamento de cada um
>>> Ah, o amor… em uma de suas facetas
>>> Tentações perigosas no relacionamento
++++++++
O amor é um sentimento lindo, que merece ser anunciado aos quatro cantos. Porque vivemos em um mundo tão violento, tão ganancioso, tão cheio de determinações capitalistas, que sinto mesmo muita falta do amor no dia-a-dia. Por causa disso, eu mesma passei a exercitar o “eu te amo”. Agora, as pessoas que amo sabem disso, com toda a certeza que merecem. Não, eu não digo eu te amo aleatoriamente, a qualquer um que apareça pela frente. Eu digo eu te amo aos que eu amo, àqueles pelos quais eu nutro um sentimento tão grande, tão grande, que alimenta a minha alma a cada nova manhã. Amo intensamente e amo intensamente um monte de gente. Minha família, meus amigos… Amo cada um deles com uma força que não consigo mensurar. Sempre amei, mas hoje eles sabem disso. E faço questão de lembrá-los constantemente para que nunca esqueçam que são amados por mim.
Não, eu não vou defender a tese da banalização do eu te amo. Uma coisa é tratar da banalização do mal, como o fez a filósofa Hannah Arendt. O mal é negativo, traz consequências negativas em qualquer circunstância. A banalização do mal, em momento algum, vai servir ao desenvolvimento humano. Mas o amor, gente, o amor é uma das coisas mais lindas que existe no universo. Ele até nos faz sofrer às vezes, nos traz lágrimas aos olhos, mas não deixa de ser um sentimento lindo. Nós merecemos ouvir mais “eu te amo”, porque isso sensibiliza, humaniza, desarma. Nós precisamos mesmo de mais amor no mundo. Não apenas o amor teórico, claro, mas o amor prático, que foge do vocábulo e torna-se ato, fato. Mas falar eu te amo já é um avanço. E eu desejo, verdadeiramente, que cada vez fique mais fácil dizer eu te amo, que cada pessoa diga eu te amo mais vezes. Que cada pessoa ame mais. Quem sabe o excesso do eu te amo anule a banalização, agora sim, do mal?
é pq eu n tinha intimidade, mas… eu te amo 😀
:*********************************
As mulheres não estão preparadas para ser amadas intensamente, porque, simplesmente, vão achar que tem alguma coisa errada com o homem. Ou começarão a desconfiar que ele tem outra e estão despistando. Se ele elogia seu novo visual, elas dizem: “Ah, você sempre me acha linda!”. Se diz “eu te amo, baixinho no ouvido”, ela dobra em amores, mas um segundo seguinte já cobra que ele precisa dizer mais isso, para ela se sentir amada. Insinuam que gostariam que outro (s) outra (s) também a achasse linda. Não quero entender a mulher que amo, apenas e unicamente, amá-la. Intensamente. Para sempre. Mas receio que ela, com essa obsessão em ser amada, ferindo a quem está mais próximo do seu coração, acabe perdendo seus melhores momentos por causa de um “eu te amo”. E a mim também.
Homem, não ama como a mulher.
Li vários livros a respeito do universo feminino. Alguns extremamente interessantes, que me fizeram olhar com compreensão e amor a alma feminina.
Fiz maravilhosas descobertas. A mais cruel, fora dos livros. E esta é que, num cem número de mulheres, nenhuma dedica-se à leitura sobre o homem.
Nunca vão entender, portanto, que dizer “eu te amo”, muitas vezes e para a maioria dos homens não se trata de recorrer à retórica das palavras. Para ele, abrir a porta do carro para ela ou mesmo de algum lugar, é dizer isso. O amor para o homem é prático e objetivo. Para a mulher é uma mistura. Ela pede para convidá-la para a almoçar num passeio de carro, apenas dizendo “um aquele restaurante no alto da cidade é lindo e romântico. Em outros tempos eu respondi, quase instintivamente: “É mesmo, lindo como você”. Em vez de manter o sorriso por mais tempo, efeito da declaração sincera, assim que o carro estava a uma boa distância do tal restaurante, ela bradou, entre dentes: “você está perdendo seu romantismo, porque não me chamou para almoçar, não me ama mais?”.
Atônito, retruquei: “Mas por que você não me disse? Eu adoraria almoçar com você ali!”.
Só depois de ler a respeito da complexidade feminina pude entender essa subjetividade da mulher. Ainda bem que li. Parei num trocentos livro porque percebi estar ficando louco: na hora que já estava pensando que as entendia, elas embaralhavam tudo.
Bom, não gosto de dar conselhos, mas enquanto houver um corajoso para falar, haverá sempre um corajoso (a) para ouvir: Leiam mais sobre os homens. Eles adorariam! E como!
Ah, antes que esqueça, o amor é meu tema predileto. Falei unicamente da (minha) mulher porque o amor entre eu e minha família é maravilhoso e bem resolvido. Até com a minha sogra. Com minha mulher também, não fosse por alguns ajustes que faltam. Beijos, meninas, o blog de vocês, no qual comento pela primeira vez (me atraiu por serem jornalista, iguais a mim) está bombando.
Um belo depoimento William e uma declaração de amor ainda mais bela. Mas acredito que, independente dos livros tecerem essa ou aquela teoria, a alma feminina, e masculina, é bem mais complexa, simplesmente porque são duas metades da alma humana e o ser humano é o mais complexo dos animais. Conheço mulheres que ficariam enternecidas com manifestações de amor como essa que você demonstra e outras que detestam externar sentimentos. Também conheço homens de uma sensibilidade extrema e outros que sequer notam a pessoa especial que tem do lado. Impossível generalizar com os homens ou as mulheres, impossível também generalizar com o amor, que tem tantas formas de manifestar-se quantas são as possibilidades de amar que cabem na alma humana. Suas palavras me comoveram. Obrigada por visitar o blog e dividir conosco tanta delicadeza!
um abraço.