Prevenção à cegueira x tabagismo

Dividi o post de ontem, sobre mulheres e cigarros, em duas partes, porque senão ficaria em tamanho enciclopédico. Hoje, completo o assunto com outra reportagem, dessa vez falando sobre tabagismo e cegueira, com foco principal na terceira idade. Se ainda tem alguém nesse mundo de meu Deus que precisa ser convencido a parar de fumar, não é por falta de informação que a teimosa criatura persiste no erro, porque Ministério da Saúde, OMS e centros médicos dentro e fora do país não param de alertar, cigarro mata, e quando não mata, provoca diversos estragos no organismo, incluindo roubar-nos a luz dos olhos.

Parar de fumar é apelo para campanhas antitabagistas e de prevenção da cegueira

Deixar o cigarro é fator decisivo no curso da DMRI (Degeneração Macular Relacionada com a Idade)

Se a existência de tantas doenças ligadas ao tabagismo ainda não foi capaz de fazer alguém largar o vício, uma pesquisa inglesa relacionada ao uso do tabaco e aumento do risco de perder a visão traz novos elementos para reforçar a tese do “deixe o cigarro imediatamente”. Uma meta-análise de estudos sobre o efeito do cigarro sobre a saúde humana, reunindo dados de 12 mil participantes, fez uma ligação direta entre uma incidência aumentada de Degeneração Macular Relacionada com a Idade – DMRI -, e uma pior evolução desta doença em idosos fumantes.

Segundo os dados extraídos da pesquisa, as lesões provocadas pela DMRI poderiam ser revertidas, se o tabagismo não estivesse presente no estilo de vida destes pacientes  e uma  pior evolução dos casos poderia também ser evitada, após o diagnóstico da doença, se o paciente abandonasse o cigarro.

Um dado positivo e interessante apresentado pelos pesquisadores ingleses recomenda a inclusão “do ato de parar fumar” nas campanhas de prevenção de cegueira e antitabagistas. Eles relacionam como muito bem sucedida, neste sentido, uma iniciativa na Nova Zelândia, onde além da prevenção de problemas cardíacos e respiratórios, as autoridades de saúde visavam também a prevenção dos problemas de visão ao promoverem campanhas antitabagistas junto à população idosa.

Mapa mostra como a DMRI age no organismo

Uma doença que “pesa na terceira idade” – A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) se constitui, hoje, na principal causa de cegueira no mundo ocidental em faixas etárias superiores a 50 anos. Na medida em que aumenta a expectativa de vida das pessoas, aumenta também a incidência da DMRI no contexto da população geral.

Um importante estudo epidemiológico – Framinghan Eye Study – mostrou que 5,7% dos pacientes examinados, com idade superior a 52 anos, apresentavam diagnóstico de DMRI e que a manifestação dessa doença aumentava significativamente com o avançar da idade, observando uma prevalência de 28% em indivíduos com mais de 75 anos.

“Diversos fatores podem ser associados ou creditados como favorecedores ao aparecimento da degeneração macular. Assim, pessoas de pele clara e com olhos azuis ou verdes, exposição excessiva à luz solar, tabagismo, dieta rica em gorduras são fatores comprovadamente relacionados à maior incidência de degeneração macular relacionada à idade”, diz o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO.

A DMRI consiste, de um modo geral, no envelhecimento do fundus ocular, onde a retina perde gradualmente a capacidade de metabolizar e eliminar suas excretas, deixando que elas se acumulem sob a retina na forma de corpúsculos amarelados, chamados drusas. Em 90% dos pacientes acometidos é observada a forma denominada de DMRI seca ou não-exsudativa, caracterizada, pela observação das drusas. Nos 10% restantes encontramos a forma exsudativa da doença, caracterizada pela observação de drusas além do desenvolvimento de vasos sangüíneos anormais sob a retina – Membrana Neovascular Subretiniana. É a forma exsudativa a principal responsável pela devastadora perda visual central referida à degeneração macular.

“Por ser um importante problema de saúde pública, a oftalmologia tem se debruçado sobre o problema, na tentativa de evitar o aparecimento, conter o avanço e proporcionar a cura da doença”, destaca Centurion.

Investimento em prevenção – Ainda que não haja uma única causa conhecida para a origem da doença, sabe-se que a idade é o principal desencadeador do problema e que existem outros facilitadores da degeneração macular, como por exemplo, o excesso de colesterol no sangue.

“Fumantes têm mais propensão à doença, pois o cigarro acelera a oxidação do organismo e favorece a formação de drusas, que são acúmulos de substâncias nas camadas mais profundas da retina. As drusas são fortes indicativos de que há propensão para a degeneração macular e mostram que o metabolismo está envelhecendo e não tem mais condições de eliminar as substâncias que produz. A exposição à luz solar também pode desencadear a oxidação na mácula, por ocasionar morte celular na região e degenerá-la. Por isso, deve-se, sempre, usar óculos de sol com proteção contra os raios que possam lesionar a retina”, complementa o oftalmologista Juan Carlos Sanchez Caballero, que também integra o corpo clínico do IMO.

Por enquanto, a prevenção da doença é o exame oftalmológico de rotina, que deve ser feito pelo menos anualmente, onde o oftalmologista pode solicitar exames complementares, como a angiofluoresceinografia e a tomografia de coerência óptica (OCT). O auto-exame de retina também auxilia o diagnóstico precoce. Há necessidade de campanhas para a educação dos pacientes, especialmente os idosos, sobre a existência da doença. Outra forma de prevenção está ligada à ingestão de zinco e antioxidantes, como a luteína e o ômega 3, juntamente com a redução da ingestão de gorduras.

“Temos muito a fazer com o objetivo de prevenir o surgimento da degeneração macular. Apoiamos e incentivamos iniciativas antitabagistas devido a comprovada relação entre os piores quadros da doença e o cigarro. Acreditamos também que é  preciso envolver o oftalmologista generalista e o paciente, visando capacitá-los a realizar a detecção precoce da DMRI, quando as chances de melhora da visão e controle da doença são maiores. São necessárias também ações educativas após o diagnóstico da doença, para que o paciente faça o tratamento adequadamente e mantenha a monitorização do olho remanescente ”, diz Juan Caballero.

Para saber mais:
Site: www.imo.com.br
Email: [email protected]
Rede social: twitter.com/clinicaimo

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Outros posts sobre tabagismo no blog:

>>Ainda é tempo de falar em mulheres e cigarros

>>Cigarro! Para quê?

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*Texto produzido pela jornalísta Márcia Wirth, da MW Comunicação, e encaminhado ao blog para publicação

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Atendimento gratuito a idosos

Os alunos da Faculdade Regional da Bahia (Unirb) promoverão o Arraiá do Idoso no dia 14 de maio (sext-afeira), a partir das 8h, no Parque da Cidade. Estudantes dos cursos de Enfermagem, Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição e Gastronomia prestarão atendimento gratuito aos idosos sob a supervisão dos professores.

Durante o evento, serão oferecidos serviços de atividade física; palestras educativas; peças teatrais; aferição de pressão arterial; glicemia capilar; distribuição de material informativo sobre Estatuto do Idoso, Alzheimer, Parkinson e Depressão; oficinas de alimentação; alongamento e vacinação para Influenza A H1N1.

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Saúde & Fitness: “Osteoporose”

Quando eu tinha 16 anos, minha avó materna morreu de complicações decorrentes de uma queda, quando fraturou o fêmur direito. Ela estava com 87 anos. Recentemente, uma conhecida de uma das minhas tias, na faixa dos 75 anos, teve uma fratura porque estava sentada no banco do carona, no carro do filho, e esqueceu de afivelar o cinto de segurança. O motorista distraiu-se conversando com sua mãe, não viu um quebra-molas e o solavanço foi o suficiente para a senhora sofrer uma fratura no osso do cóccix. Nos dois casos, o diagnóstico foi osteoporose. Com base nesses dois exemplos próximos e para ajudar outras pessoas a compreenderem a doença, separei hoje para a série Saúde & Fitness, um texto sobre a osteoporose: diagnóstico e prevenção. O material foi elaborado pela jornalista Márcia Wirth, da MW Comunicação, com base em entrevista com o reumatologista Sergio Lanzotti, diretor do Iredo (Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares). Logo no final do texto, há ainda os links com o site do Iredo, blog e twitter do Dr. Lanzotti. Confiram:

*Osteoporose: doença associada à longevidade, que pode ser prevenida
Com o aumento da expectativa de vida, osteopenia e osteoporose  passaram a fazer parte do nosso vocabulário

Uma pesquisa feita com 174 idosos atendidos em vários hospitais do Rio de Janeiro, pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, concluiu que mais da metade dos pacientes que sofreram fraturas decorrentes de quedas acidentou-se dentro de casa. O banheiro é o cômodo mais perigoso: 18% caíram nesse local. Do lado de fora, no quintal, a taxa foi maior (24%). A rua também representa um risco para a população nessa faixa etária: 41% das fraturas ocorreram fora de casa. Das vítimas, 74 tinham mais de 76 anos de idade, sendo que as mulheres foram muito mais afetadas do que os homens – 130 a 44.

É sabido que os adultos acima de 65 anos são mais suscetíveis a fraturas devido à estrutura esquelética debilitada, fraqueza muscular e diminuição da acuidade visual. Realizar atividades de baixo impacto – como caminhar e dançar -, alimentar-se bem, tomar sol ocasionalmente, evitar o tabagismo e o excesso de álcool são medidas que diminuem as taxas de osteoporose e, em consequência, as fraturas. “Há 30 anos atrás, quase ninguém falava em osteoporose. Hoje, com o aumento da expectativa de vida mundial, a doença transformou-se em tema de discussão constante. Isso porque as fraturas – principal problema causado pela osteoporose – estão ocorrendo com maior freqüência. As pessoas estão vivendo mais e, conseqüentemente, seus ossos se tornam mais susceptíveis ao desgaste”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.

A osteoporose é uma doença que está relacionada com o envelhecimento. Entre 1998 e 2008, a expectativa de vida do brasileiro passou de 69 anos para 72 anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), homens e mulheres passaram a viver mais. As previsões indicam que, mantida a trajetória atual, em 2040, o Brasil alcançará o patamar dos 80 anos. Antes disso, porém, em 2030, a presença de idosos na população como um todo será quase idêntica à dos jovens.

Osteopenia x osteoporose

Com o aumento da expectativa de vida, osteopenia e osteoporose  passaram a fazer parte do nosso vocabulário. Muitos ouvem o diagnóstico destas doenças e, mesmo sem compreender muito bem a gravidade da situação, têm a noção de que elas estão relacionadas à presença de ossos frágeis e propensos à fratura. “Quem tem osteoporose pode fraturar um osso simplesmente tossindo, espirrando ou mudando de posição bruscamente”, alerta Sérgio Lanzotti.

Quando falamos em osteopenia e osteoporose, o melhor é conhecer os causadores destas doenças para prevenir seu aparecimento. “Apostar na orientação e na disponibilização de informações é muito importante. É papel do médico alertar seus pacientes sobre a osteoporose. Em minha experiência clínica, pude constatar que, quando os pacientes não são bem orientados sobre a doença, logo abandonam o tratamento”, destaca o diretor do Iredo.

Osteoporose e sua prevenção

A osteopenia é a redução progressiva do cálcio dos ossos, que ao evoluir para graus maiores de gravidade leva à osteoporose. Ocorre por uma infinidade de causas, sendo as mais freqüentes: o climatério e a progressiva redução do hormônio feminino; o uso, a médio e longo prazos, de medicamentos, entre eles os glicocorticóides, os hormônios tireoideanos e alguns anticonvulsivantes; o alcoolismo; a imobilização prolongada e algumas doenças reumatológicas e endócrinas. Há ainda uma forte incidência familiar. Embora mais freqüente na mulher, a osteoporose também acomete o sexo masculino.

A osteoporose é uma doença prevenível. A prevenção envolve alimentação saudável; exercícios físicos regulares; exposição ao sol; proteção medicamentosa dos ossos durante o uso prolongado de glicocorticóides e anticonvulsivantes; a polêmica terapia de reposição hormonal na menopausa; a correta reposição de hormônios tireodeanos; o consumo de álcool com moderação; a interrupção do fumo e a implementação de exames médicos de rotina e de procedimentos que evitem quedas.

Assegurando o aporte de cálcio

A alimentação é uma arma poderosa no combate à osteoporose. Ela garante um aporte adequado de cálcio para a mineralização óssea durante praticamente toda a vida. Após a menopausa, a redução do hormônio feminino provoca a perda de cálcio no corpo feminino e pode haver necessidade de suplementação do mineral, nesta etapa da vida.

Além disso, com o envelhecimento, em ambos os sexos, há uma progressiva redução na absorção de cálcio. Com o avançar da idade, a suplementação deste mineral pode prevenir a perda óssea e aumentar a densidade mineral óssea. “Entretanto, se já houver osteoporose manifesta, essa medida deve ser associada ao uso de medicamentos para evitar a perda progressiva ou até mesmo propiciar o ganho de massa óssea”, explica o especialista em reumatologia.

De uma maneira geral, a suplementação de cálcio deve ser de 1000 a 1500mg de cálcio elementar/dia, após a menopausa, na mulher, e após os 60 anos, no homem. “Um cuidado especial deve ser observado em relação às pessoas com propensão a perda de cálcio pela urina e aos formadores de cálculos, pois, nesses casos, a administração do cálcio é contra indicada. Na impossibilidade da suplementação de cálcio, os laticínios são as melhores fontes de cálcio da dieta. O iogurte (400mg em 200ml), o leite (300mg em 200ml) e o queijo (400mg em 150g) devem fazer parte do cardápio destas pessoas”, explica Sérgio Lanzotti.

Além dos problemas com a absorção do cálcio, com o avançar da idade há redução dos níveis de vitamina D no sangue, fator que agrava ainda mais a absorção de cálcio pelo organismo. Pessoas com mais de 60 anos, geralmente, se beneficiam com a suplementação da vitamina D, principalmente se cronicamente enfermos ou se vivem em “casas de repouso”.

Prática de exercícios

Os exercícios de carga são efetivos para manter ou aumentar a densidade mineral óssea na coluna lombar e no quadril. “As recomendações médicas incluem também caminhadas, exercícios aeróbicos de pequeno e médio impacto e de resistência, quando tolerados”, diz Lanzotti.

Exercícios regulares também aumentam a massa e a força muscular, melhoram a coordenação e o equilíbrio e têm sido responsáveis pela redução em 25% do risco de quedas em idosos. Os exercícios que não utilizam a força da gravidade como os realizados na água – hidroginástica e natação – apesar de muito bons para o condicionamento físico e cardiovascular, não são benéficos para a prevenção e o tratamento da osteoporose.

Prevenção de quedas

A prevenção de quedas é importante na redução do risco de fraturas e inclui medidas que interferem em algumas incapacitações como alterações visuais; hipotensão postural e tonturas; fraqueza muscular; e o excesso de medicamentos que podem alterar o estado cognitivo e o equilíbrio. “A adequação dos ambientes com iluminação adequada, a instalação de corrimões em escadas e banheiros e o uso de calçados adequados auxiliam o tratamento preventivo”, afirma o reumatologista Sérgio Lanzotti.

Controle da doença

O controle da doença é feito por meio de exames laboratoriais e da densitometria óssea, exame que consegue medir exatamente a quantidade de cálcio perdida e a evolução da recuperação óssea. “Além da suplementação de cálcio e vitamina D e das demais medidas preventivas descritas anteriormente, contamos também com vários medicamentos que tornam possível a melhora da massa óssea e, mais importante do que isso, a redução do risco de fraturas”, explica o médico.

Serviço:

Onde saber mais sobre o tema?

Site do Iredo – Instituto de Reumatoligia e Doenças Osteoarticulares:  www.iredo.com.br

Blog Vivendo Sem Dor:  vivendosemdor.wordpress.com  http://vivendosemdor.wordpress.com

Twitter do Dr. Sergio Lanzotti: twitter.com/sergiolanzotti

*Material elaborado pela jornalística Márcia Wirth, da MW Consultoria de Comunicação, empresa especializada em assessoria de comunicação para a área de saúde.

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Serviço: curso projetos de vida pós-aposentadoria

Já divulgamos anteriorimente aqui no blog algumas atividades da ABaPAz (Associação Baiana de Parkinson e Alzheimer). Desta vez, a entidade está com inscrições abertas para o curso Projetos de Vida Pós-Aposentadoria – Tempo de Sabedoria,  para ajudar os aposentados a redescobrirem o seu potencial e continuarem produzindo mesmo após sairem do mercado formal de trabalho.

É comum as pessoas acreditarem que aposentadoria é sinônimo de inatividade. Como geralmente os aposentados também estão entrando na terceira idade, o preconceito da nossa sociedade contra os idosos se manifesta tanto no tratamento piegas – “nossos velhinhos” – como se eles fossem coitados; ou através de uma obsessão pela juventude eterna que beira a doença. Sem contar na falta de paciência, na agressão verbal e física praticada contra estas pessoas que sim, se fragilizam emocionalmente com o passar do tempo e fisicamente também perdem alguma agilidade, mas em compensação, ganham muito mais em atenção, carinho, maturidade, tolerância e experiência de vida. Com raras exceções – porque quem não era legal na adolescência ou vida adulta não vai virar santo na terceira idade -, os idosos costumam ser pessoas fantásticas para conversar, oráculos vivos, bons conselheiros. Pessoalmente, desde criança sempre preferi a companhia de gente bem mais velha que eu. E não aceito também que alguém que passou dos 60 se entregue, torne-se inativo e desista de continuar aprendendo. Adoro pessoas idosas ativas, alegres, de bem com a vida, joviais sem que para isso precisem fazer dez plásticas por ano.

Voltando ao curso da ABaPAz, que tem carga horária de 12 horas, a entidade fundamenta-se na teoria que afirma que o envelhecimento é cronológico e não psicológico, daí buscar  desmistificar a aposentadoria e despertar novas alternativas e oportunidades nesta etapa da vida.

Estão entre os objetivos do curso (segundo material de divulgação da entidade):
– Retomar sonhos e desejos adormecidos;
– Reavaliar as escolhas feitas na vida;
– Refletir sobre as possibilidades de realizar novas atividades;
– Identificar os limites e possibilidades no processo do envelhecimento;
– Oportunizar a descoberta de novos talentos;
– Reaprender a administrar o tempo livre;
– Realizar novos planos;
– Pensar um novo sentido para a vida;
– Experienciar o caminho para novos valores.

Entre os temas discutidos estão ainda:
– Perda do poder, perda do prestígio e laços sociais;
– Sociedade que idolatra o novo – a exclusão social e cultural;
– Reaprender – adaptação à nova condição;
– A conquista do tempo livre;
– Desenvolver novas habilidades e novos interesses – prazer e trabalho;
– Novas alternativas para outra fase da vida – identificar novas oportunidades;
– Cidadania e voluntariado.

Serviço:

Curso: “Projetos de Vida Pós-Aposentadoria – Tempo de Sabedoria”

Público-alvo: aposentados ou pessoas em vias de se aposentar

Inscrições: Das 13:00h às 17:00h

Na ABaPAz – Associação Bahiana de Parkinson e Alzheimer

Tel: 71 3347-0143

Site: www.abapaz.org.br

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Atendimento judiciário gratuito ao idoso

A idosa aposentada Elizete Ferreira, de 86 anos, morreu com infecção generalizada porque não conseguiu uma vaga em um hospital para internar-se. Destratar um idoso, seja da forma que for, é uma das maiores barbaridades que uma pessoa pode cometer. A terceira idade é a idade da sabedoria, deveria ser a fase em que usufruimos por toda a contribuição que demos à sociedade. É a idade da fragilidade também, em que nossas forças já não são as mesmas e nosso corpo não responde mais com agilidade aos comandos do cérebro.

Respeitar as pessoas é o mínimo que devemos fazer para manter a harmonia no convívio humano. E se esse outro é um idoso, nossa responsabilidade é ainda maior. Fico realmente indignada quando vejo um (a) senhor (a) tentando entrar em um transporte público e o motorista ignora sua limitação e arrasta o veículo. Será que é esse o tratamento que ele queria que dessem aos seus próprios pais? E dentro do veículo, então, que poucos são os educados capazes de ceder seu lugar para uma pessoa mais velha sentar. Não é porque a lei determina uma quantidade mínima de lugares para este grupo tão especial que precisamos restringir nossa cortesia a “ceder” apenas estes lugares.

A intenção deste post, além de alertar a todos os leitores sobre a necessidade de darmos mais atenção e de respeitarmos mais os nossos velhinhos, é de multiplicar a informação sobre a existência de uma Defensoria Pública Especializada em Salvador, que presta atendimento gratuito aos nossos idosos. O local está aberto a receber visita não apenas do público alvo, mas também de seus familiares e de pessoas que buscam o apoio do local para preservar a atenção ao idoso. Atualmente, a maior demanda da Defensoria tem sido com pedidos de transferência de internação e de aquisição de medicamentos.

O alerta é para que os familiares busquem o apoio da Defensoria o mais rápido possível, para tentar evitar situações drásticas, como foi o caso de Elizete. A Defensoria Especializada presta serviços gratuitos, para que se faça cumprir o Estatuto do Idoso, relacionados às áreas de saúde (internação, cirurgia, marcação de consultas, medicamentos); transportes públicos; alimentação; bem como orientação jurídica geral para este público. Qualquer dúvida é só entrar em contato com eles.

| SERVIÇO |
Casa de Acesso à Justiça II, na Rua José Duarte, 56 – Tororó.
Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 18h
Telefones: (71) 3116-0510/0511/0512

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Campanha esclarece sobre Alzheimer em Salvador

AlzheimerNa segunda-feira, 21 de setembro, uma ação da Campanha Nacional de Alzheimer acontece no 1º piso do Shopping Barra. Além da distribuição de panfletos sobre a doença e da apresentação de vídeos, uma equipe de médicos estará no local para tirar as dúvidas da população. Vamos aproveitar para dar uma passadinha por lá e tentar entender o desenvolvimento da enfermidade, que atualmente é considerada a maior causa de demência em idosos. A iniciativa é da Academia Brasileira de Neurologia.

O que é o Mal de Alzheimer?

É a mais frequente doença neurodegenerativa na espécie humana. Trata-se de uma doença que acarreta alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de auto-cuidado. O quadro clínico descrito caracteriza o que em Medicina é denominado “demência”.

A doença de Alzheimer não é: uma consequência do envelhecimento; endurecimento das artérias e das veias do cérebro; falta de oxigênio no cérebro; causada por estresse, por trauma psicológico ou por depressão; retardo mental; preguiça mental. Ela manifesta-se através de uma demência progressiva, isto é, que aumenta sua gravidade com o tempo. Os sintomas iniciam lentamente e se intensificam ao longo dos meses e anos subsequentes. Muitos sintomas não ocorrem no início, mas surgem ao longo da evolução da doença.

Quais os Sintomas da doença?

Na grande maioria dos casos o primeiro sintoma é a perda de memória para fatos recentes. É importante salientar que esta perda de memória deve representar um declínio em relação ao funcionamento anterior e que também deve ser de intensidade suficiente para interferir no desempenho do indivíduo em suas atividades diárias. Ou seja, uma perda de memória leve e ocasional não deve ser valorizada da mesma forma.
*Perda progressiva da memória, principalmente para eventos recentes;
*Dificuldade de linguagem, tanto para compreender quanto para expressar-se (ex: dificuldade para encontrar palavras);
*Dificuldade para realizar tarefas habituais;
*Dificuldade de planejamento;
*Desorientação no tempo e no espaço;
*Dificuldade de raciocínio, juízo e crítica;
*Em fases mais avançadas, dificuldade para lembrar-se de familiares e de amigos e para reconhecê-los;
*Depressão;
*Apatia;
*Ansiedade;
*Agitação, inquietação, às vezes, agressividade; muitas vezes com piora no final do dia;
*Problemas de sono: troca o dia pela noite;
*Delírios (pensamentos anormais, ideias de ciúme, perseguição, roubo, etc);
*Alucinações (alterações do pensamento e dos sentidos, como ver coisas que não existem);
*Problemas motores, nas fases avançadas: dificuldade de locomoção, etc;
*Perda do controle das necessidades fisiológicas, nas fases avançadas.
*Dificuldade para deglutição, nas fases avançadas.

Como se prevenir contra o Alzheimer?

Há medidas gerais que ajudam a preservar a saúde mental e que diminuem o risco de a pessoa ter doença de Alzheimer.
*Atividade mental regular e diversificada;
*Atividade física regular;
*Boa alimentação;
*Bom sono;
*Lazer;
*Evitar maus hábitos: não fumar, beber com moderação;
*Cuidados com a saúde física geral: tomar os medicamentos corretamente, ir ao médico regularmente.

Quando devo procurar o médico, ou levar meu familiar?

Os 10 sinais de alerta para doença de Alzheimer são:
*Problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho;
*Dificuldade para realizar tarefas habituais;
*Dificuldade para comunicar-se;
*Desorientação no tempo e no espaço;
*Diminuição da capacidade de juízo e de crítica;
*Dificuldade de raciocínio;
*Colocar coisas no lugar errado, muito frequentemente;
*Alterações frequentes do humor e do comportamento;
*Mudanças na personalidade;
*Perda da iniciativa para fazer as coisas.

Diagnóstico da doença de Alzheimer

Não há, até o momento, nenhum método que isoladamente permita o diagnóstico de doença de Alzheimer com absoluta precisão. Avanços substanciais têm ocorrido nesta área, com alguns exames mais específicos e promissores em fase de pesquisa. No entanto, o diagnóstico ainda é feito pela identificação de quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, por meio dos exames complementares (laboratoriais e de imagem).

Quando é seguido roteiro diagnóstico apropriado, baseado em recomendações e consensos internacionais e também nacionais, a identificação da doença fica em torno de 85% nas fases iniciais, aumentando de forma expressiva com o acompanhamento do paciente. Alguns casos, no entanto, podem apresentar manifestações clínicas atípicas ou, em fases muito iniciais, oferecer maiores dificuldades para sua correta identificação, necessitando de avaliação mais especializada.

É muito importante o diagnóstico ser feito o mais cedo possível, porque, nas fases iniciais da doença, o médico tem melhores condições de intervir em benefício da pessoa com doença de Alzheimer.

Tratamento

O tratamento da doença de Alzheimer inclui intervenções farmacológicas (medicamentosas) e não farmacológicas. Dentre as primeiras, há dois grupos de medicamentos: o primeiro representado por compostos que atuam aumentando os níveis do neurotransmissor acetilcolina no cérebro; e o segundo, por uma outra medicação que age sobre o neurotransmissor glutamato. Do primeiro grupo fazem parte a donepezila, a galantamina e a rivastigmina, todas indicadas para o tratamento das fases inicial e intermediária (correspondendo à sintomatologia leve a moderada) da doença. O segundo grupo é representado pela memantina, aprovada para o tratamento das fases intermediária e avançada da doença (correspondendo à sintomatologia moderada a grave).

É importante ressaltar que estas medicações têm efeito sintomático e eficácia modesta, embora beneficiando uma parcela significativa dos pacientes. Como podem ter efeitos colaterais, o tratamento deve ser iniciado sempre com doses baixas que serão aumentadas gradativamente, procedimento este que deve ser acompanhado por um médico.

O tratamento não medicamentoso da doença de Alzheimer é dirigido não apenas ao paciente, como também aos seus familiares e cuidadores. Orientações sobre a natureza e a evolução da doença, sobre como lidar com eventuais comportamentos inadequados ou mesmo agressivos, além de adaptações e modificações necessárias no ambiente, e programas de atividades específicas para os pacientes, são exemplos de tais medidas. A participação de outros profissionais de saúde, particularmente aqueles que trabalham no campo da reabilitação, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, além de profissionais de enfermagem, é de grande importância,

Os objetivos do tratamento são:
*Melhorar a memória e as outras funções mentais;
*Controlar os transtornos de comportamento;
*Retardar a progressão da doença;
*Melhorar a qualidade de vida da pessoa doente;
*Melhorar a qualidade de vida dos familiares e dos cuidadores;

OBS: A pesquisa sobre a doença, sintomas e tratamento nos foi enviada pela Trixe Comunicação Empresarial, responsável pela divulgação da campanha aqui em Salvador.

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