Essa é a pergunta que não quer calar: como parar de sofrer por amor? Quando estamos envolvidos emocionalmente, parece que a dor é infinita. As horas passam devagar, não conseguimos pensar em outros assuntos, a sensação é que o mundo desabou. A gente perde o foco, perde o interesse em outras coisas, perde a alegria de viver. Mas fato é que ninguém morre de amor, e o sofrimento é uma etapa, um ritual de passagem pra uma nova era.
Honestamente, eu não sei quem foi que inventou que sofrer é importante para o nosso amadurecimento. Acho, na verdade, que essa é uma desculpa esfarrapada, só para acalmar o coração e justificar o sofrimento de uma forma positiva. Eu sei que o amadurecimento vem da rotina, do dia a dia, das responsabilidades que assumimos na vida. Porém, já que o sofrimento está aí e não temos como evitá-lo, então que a gente tire dele uma lição positiva e aprenda alguma coisa.
Dicas de como parar de sofrer por amor
Não é fácil evitar o sofrimento, porque estamos diante de uma seara da vida que trata apenas das emoções. Quando o assunto é amor, é muito difícil agir de forma racional e objetiva. Pelo contrário, parece que desativamos esse lado do cérebro, e passamos a viver numa roda-gigante de emoções.
Então, nesse contexto, como parar de sofrer por amor? Primeiro, entendendo que o amor é pura emoção e que precisamos trazer um pouco de racionalidade para esse momento. Com certeza, esse relacionamento não foi perfeito, com certeza você não foi feliz o tempo inteiro.
Certeza absoluta que você se sentiu mal em vários momentos, que o outro te fez triste e infeliz. O ideal, nesse momento de sofrimento é que você se lembre do que não era bom na relação. Em vez de se martirizar relembrando os bons momentos, foque na parte ruim.
O que ele fez que você não gostou? Quais os defeitos dele? Quantas vezes você chorou? Quais momentos ele te fez infeliz? Ele te criticava? Falava mal de seus comportamentos, suas roupas, seus amigos, sua família? Fez você se isolar de seus amigos para viver o mundo dele? Pois bem, faça uma listinha dessas coisas ruins.
E sempre que a dor chegar dilacerante, leia essa lista item por item, até você enxergar que aquela relação era mesmo ruim e precisava acabar.
Além disso, procure ocupar seu tempo com outras atividades. Sabe aquele curso que nunca dava tempo de fazer? Ou aquele encontro com os amigos que está no fim da lista? O cineminha, a praia, os projetos engavetados, enfim… Ajude o tempo a passar “mais rápido”, deixando sua mente ocupada com coisas que realmente importam.
Mas lembre-se que o sofrimento faz parte…
Mas não esqueça de que sofrer faz parte do processo. Não tem como passar por uma situação dessa ilesa, sem um pouco de dor. Afinal, existia toda uma rotina envolvida, hábitos que foram construídos a dois. Se desfazer de tudo isso e recomeçar é mesmo doloroso, por mais que a relação não tenha sido boa.
Portanto, não se desespere. Faça sua lista de coisas ruins na relação, leia essa lista todos os momentos que forem importantes. E quando a dor surgir, ciente de que o término é real e não há o que ser feito para resgatar a relação, acolha seu sentimento.
Ou seja, entenda que a dor também é uma parte do processo, mas é passageira. Que o tempo é o melhor dos remédios, e ele passa. Aos poucos o coração vai acalmando, a vida vai entrando no eixo. Outras prioridades surgem, e o presente vira passado.
E se a dor estiver fora do controle e perdurar por tempo demais, procure ajuda. Busque o apoio dos amigos e da família, converse, coloque tudo pra fora. E se ainda assim não funcionar, procure ajuda profissional. Nem sempre conseguimos lidar com os problemas da vida, e tá tudo bem.
O importante é que você saiba que é um processo, e que todo processo tem seu tempo de passagem. Viva o luto do relacionamento e siga sua vida.