De olho na saúde: descobertas em nutrição

A coluna De olho na saúde reúne informações sobre pesquisas e descobertas científicas, além de dicas para o bem estar e a melhora da qualidade de vida. Nesta edição, o destaque vai para as descobertas em nutrição…

Leite enriquecido aumenta a imunidade

leiteUma equipe de nutricionistas e pesquisadores testou adicionar óleo de girassol, selênio e vitamina E à ração de 32 vacas leiteiras, no interior de São Paulo. O resultado foi que os animais produziram um leite enriquecido, que depois foi testado para complementar a alimentação de um grupo de 100 idosos. Os primeiros resultados do estudo, um dos finalistas do Prêmio Saúde 2015, mostram que o leite vitaminado ajudou a diminuir os índices de colesterol e ácido úrico, além de aumentar a imunidade dos voluntários. Outra vantagem é que o leite não sofreu alterações no sabor.

Quanto mais barulho, maior é o prato

Pesquisa da Universidade de Illinois (EUA) mediu o comportamento de 60 famílias durante as refeições e chegou à conclusão que quanto mais barulho no ambiente, como de aspiradores de pó ou TV em volume altíssimo, mais as pessoas enchiam o prato ou deixavam de prestar atenção ao que estavam comendo, ingerindo alimentos ricos em gordura e com baixo teor nutricional. A recomendação é fazer as refeições com sons ambientes suaves.

Frutas para prevenir brochadas

frutasUm estudo da universidade de East Anglia (UK), em parceria com a Universidade de Harvard (EUA), mostrou que os homens que consomem frutas regularmente tem menos chances de sofrerem com a disfunção erétil. O estudo analisou os hábitos de 25.096 homens e a incidência de casos de impotência sexual durante 10 anos e concluiu que aqueles que consumiam frutas abastecidas com antocianinas, flavononas e flavonas (todas essas do grupo dos flavonoides), tinham 14% menos chances de brochar. Entre as frutas que não devem faltar no cardápio masculino estão morango, mirtilo, framboesa, maça, pera, laranja e acerola.

Atenção ao prato das grávidas

Pesquisadores norte-americanos realizaram uma análise dos hábitos alimentares de 21.900 mulheres e perceberam que aquelas que exageravam no consumo de batata durante a gravidez corriam mais riscos de desenvolver diabetes gestacional. Isso porque a batata, por ser um alimento com poucas fibras, ao ser consumida em excesso, disparava a glicose no sangue das futuras mães. O truque para evitar o problema é consumir o alimento com moderação, manter a casca, ingerir na mesma refeição legumes e verduras ricos em fibras, além de preferir a versão cozida em detrimento da batatinha frita.

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Nutrição para mulheres é tema de livro

Reeeducação alimentar, nossa blogueira Giovanna que o diga, é um assunto mais do que sério. Por isso mesmo, o mercado editorial dá sua contribuição ao debate, através do livro Nutrição da Mulher  – Uma abordagem nutricional da saúde à doença,  organizado pela nutricionista Simone Morelo Dal Bosco, lançamento da Editora Metha. A publicação promete, ao longo de 416 páginas, abordar temas como TPM (Tensão Pré-Menstrual, atividade física, dieta durante a gestação e lactação, obesidade, transtornos alimentares, diabetes, hipertensão e câncer de mama sob a ótima da terapia nutricional. A linguagem, embora acessível, é embasada por estudos científicos e pela experiência prática dos colaboradores que escreveram os capítulos da obra. Voltado para estudantes de Nutrição, o livro serve ainda de guia para quem deseja uma vida mais saudável e como material de apoio a profissionais de área de saúde.

Ficha técnica:

Nutrição da Mulher – Uma abordagem nutricional da saúde à doença
Autora: Simone Morelo Dal Bosco (organizadora)
Editora: Metha
Páginas: 416
Preço: R$ 98,00

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Acompanhe o processo de reeducação alimentar de Giovanna:

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Super de maio desmistifica as dietas milagrosas

dietas super capaUm assunto caro para nós mulheres, as dietas, é o tema de capa da edição de maio da revista Superinteressante (visite o site). A reportagem, muito bem escrita pela jornalista Claudia Carmello, desmistifica as dietas milagrosas e traz informações surpreendentes sobre o aumento da obesidade no mundo e sobre como nós nos iludimos ao acreditar na indústria dos alimentos dietéticos.

O embasamento para a matéria é uma pesquisa realizada por dois anos na Universidade de Harvard, cujos resultados foram recentemente divulgados no New England Journal of Medicine.

A pesquisa estudou 811 pessoas divididas em quatro grupos, cada grupo seguiu uma dieta diferente: alguns eliminando as proteínas do cardápio, outros eliminando os carboidratos e teve até quem comeu de tudo, com moderação. O resultado, pasmem, é que após os dois anos, todos haviam perdido exatamente o mesmo peso: quatro quilos. Dois anos para perder quatro quilos! Dois anos se privando de tudo o que mais gosta, para perder quatro quilos!

A reportagem detalha a pesquisa e traz argumentos muito convincentes que provam algo de que sempre desconfiei, perder peso é mais questão de disciplina, motivação e força de vontade do que de fórmulas milagrosas. Outro mito que eles derrubam é de que atividade física emagrece. Na verdade, ajuda a manter o peso equilibrado – porque músculos consomem mais calorias que gordura – e faz bem para o coração, evitando que você enfarte aos 40, mas ficar horas suando na esteira não vai deixar ninguém com o corpo da Gisele Bündchen. Isso também é cientificamente comprovado.

Já a indústria da dieta, essa vai muito bem, obrigado, e só nos EUA fatura mais de US$ 58 bilhões por ano. Tudo isso à custa da nossa obssessão em ser magros, mesmo quando a genética no máximo vai permitir que sejamos gordinhos saudáveis. A leitura da matéria na íntegra, infelizmente não está disponível em versão on line, vale muito a pena. Conversa de Menina, recomenda!

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