Núcleo de Oncologia promove oficina de maquiagem

Nesta terça, 31, o Núcleo de Oncologia da Bahia realiza, das 14:30 às 16:30,  uma oficina de maquiagem com suas pacientes. Além de contar a história da maquiagem,  a beauty artist Bárbara Hubert, brasileira radicada em Paris há 34 anos, fará uma sessão de maquiagem com as pacientes oncológicas, ensinando-as a reforçar e valorizar seus traços faciais e corrigir pequenas imperfeições. O encontro vai acontecer no Auditório Anibal Silvany, no terceiro andar do Núcleo de Oncologia da Bahia (Av. Adhemar de Barros, nº 123, Ondina).

O objetivo da oficina é valorizar a autoestima das mulheres em tratamento contra o câncer. Além dessa iniciativa, o Núcleo de Oncologia da Bahia promove às terças-feiras, sempre no turno da tarde, encontros do Grupo Bem Viver, focado em auto-ajuda e aberto a todos os pacientes que se interessarem em dividir e compartilhar suas experiências de vida. Dentro das iniciativas desse grupo é que foi criado o Núcleo de Autoestima – responsável pela oficina de make -, que promove encontros entre pacientes e especialistas com o objetivo de abordar questões relacionadas à estética, nutrição e motivação pessoal entre outros temas.

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Doação de medula óssea

Estava indo almoçar no trabalho, quando vi estampado na parede junto ao elevador um cartaz, estimulando a doação de sangue para exame de compatibilidade de medula óssea. É tanto mistério rondando o assunto, que decidi falar sobre ele aqui. Não tem jeito, gente. O acesso à informação é crucial para compreendermos as questões de saúde e perdermos o medo do desconhecido. Um detalhe importante de se mencionar é que todas as informações que estão reunidas neste post são do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde responsável pelas ações de prevenção e controle do câncer no Brasil.

Médula óssea – Primeiro é preciso entender o que é a medula óssea, para depois discutirmos o porquê de alguém precisar de um transplante deste tecido. Nas palavras do Instituto Nacional de Câncer (Inca), “é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos. Nela, conhecida popularmente por ‘tutano’, são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.

Todos os componentes sanguíneos são de fundamental importância para o correto funcionamento do corpo humano, e cada um tem uma função específica. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do nosso sistema de defesa e nos protegem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

É bom ressaltar que a medula óssea não é a mesma coisa que a medula espinhal. Esta última é composta por tecido nervoso e ocupa o espaço dentro da coluna vertebral. Sua função primordial é transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.

Transplante de medula óssea – é a única esperança de cura para alguns portadores de doenças que afetam o sangue, a exemplo da leucemia e do linfoma. O tratamento consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais, para a recomposição de uma medula saudável. O transplante pode utilizar a medula do próprio paciente (autogênico) ou de um doador (alogênico).

Alguns exemplos de doenças de sangue que podem exigir o transplante da medula óssea são: a Anemia Aplástica Grave, Mielodisplasias e alguns tipos de leucemias, como a Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica e Leucemia Linfóide Aguda. No Mieloma Múltiplo e Linfomas, o transplante também pode ser indicado.

Anemia Aplástica: doença caracterizada pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para ‘substituir’ a medula improdutiva por uma sadia.

Leucemia: é um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de crescimento. Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos convencionais.

O transplante só acontece se houver total compatibilidade entre o doador e o paciente. A tal da compatibilidade é determinada a partir de um exame de sangue, em que se avalia o conjunto de genes localizados no cromossoma 6, que devem ser igual entre doador e receptor.  É o chamado exame de histocompatibilidade. De acordo com as informações do Inca, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%.

Como é o transplante para o doador – O doador é submetido a uma série de exames clínicos para confirmar seu estado de saúde. Ele não precisa mudar seus hábitos, trabaho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia (que pode ser peridural ou geral), com duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde.

Os riscos para o doador – Os riscos são poucos e relacionados a um procedimento que necessita de anestesia, sendo retirada do doador a quantidade de medula óssea necessária (menos de 15%). Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma avaliação pré-operatória detalhada verifica as condições clínicas e cardiovasculares do doador visando a orientar a equipe anestésica envolvida no procedimento operatório.

Passo a passo para se tornar um doador

• Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.

• Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

• Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.

• Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.

• Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL!

• Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

• Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.

• A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.

• É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato. Para atualizar o cadastro, basta que o doador ligue para (21) 3970-4100 ou envie um e-mail para [email protected].

Caso você decida doar

1. Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).

2. Onde e quando doar
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros nos estados.

3. Como é feita a doação
Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro.

Seus dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se você for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.

Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.

A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.

Importante
Um doador de medula óssea deve manter seu cadastro sempre atualizado. Caso haja alguma mudança, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME: (21) 3970-4100 / [email protected].

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Mais informações
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>> Inca

http://www.plugbr.net/doacao-de-medula-ossea-um-dos-procedimentos-mais-simples/

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Compartilhando a experiência do câncer

Capa do livro Entre NósEu sempre gostei muito dos livros sobre histórias de vida. Não apenas as biografias, mas também aqueles que contam situações compartilhadas por algum grupo de indivíduos que se enquadram em uma mesma “categoria”. Inclusive já escrevi aqui sobre livros do gênero, como “As poderosas rainhas“, que conta a volta por cima de uma mulher após o divórcio, e “Recomeços“, que traz histórias de superação de várias pessoas, personalidades e desconhecidos. Dia desses chegou por e-mail a sugestão do livro “Entre nós”, que pode ajudar um bocado as pessoas portadoras de câncer e seus familiares. O livro foi escrito pela psicóloga Luíza Polessa, também uma vítima da doença.

A autora é especializada em psicologia transpessoal e psico-oncologia. A obra traz sua experiência no tratamento do câncer, contando sua trajetória desde que descobriu ser portadora da doença, até a cura.  Ressalto que eu não tive acesso ao exemplar do livro, por isso não vou tecer comentários sobre a publicação. A ideia de divulgá-lo é que o tema é tão importante e compartilhar experiências, principalmente no caso de doenças tão complicadas e degenerativas como é o caso do câncer. De acordo com o material de publicação que chegou, o objetivo é justamente “ajudar pessoas que passam por provas e desafios semelhantes”.

O livro traz ainda o drama dos parentes da escritora, que dividiram toda a dor da doença. Se alguém já leu o livro ou ler, deixe comentários aqui. É sempre bom termos a opinião de leitores.

Ter como diagnóstico uma doença potencialmente letal como o câncer
está sendo para mim a oportunidade de renascer na própria vida.
Fazer cada pequenina coisa do cotidiano,
estar com cada uma das pessoas que integram meu universo,
em cada lugar que guarda um registro de minha história,
com a consciência de que poderia não estar mais ali,
imprime a tudo muita grandeza

(Luíza Polessa)

| Serviço |

Entre nós
Editora BestSeller
176 Páginas
Preço R$ 19,90

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Guia esclarece direitos de pacientes com câncer

A autora, Antonieta Barbosa
A autora, Antonieta Barbosa

A dica de leitura de hoje é voltada para pacientes com câncer e/ou seus amigos e familiares. Trata-se do livro Câncer – Direito e Cidadania, escrito pela advogada Antonieta Barbosa, ela mesma uma ex-paciente de câncer de mama que viveu toda a burocracia do estado na busca do reconhecimento de seus direitos ao tratamento. O livro está na 12ª edição e visa conscientizar os doentes de seus direitos, estimulando-os a exigir o cumprimento das leis e a resgatar sua cidadania. Os pacientes desconhecem, por exemplo, que têm direitos assegurados por lei. A obra esclarece, além de toda dificuldade da doença, os caminhos legais, as repartições dos órgãos públicos e toda documentação necessária para benefícios, como:

– saque total do FGTS, PIS/PASEP para pacientes e dependentes;

– licença remunerada;

– aposentadoria por invalidez;

– auxílio-doença;

– financiamento de imóvel;

– isenção de IPI, ICMS e IPVA na compra de automóvel com câmbio automático e direção hidráulica;

– liberação do rodízio;

– passagem livre no transporte público (São Paulo e Rio de Janeiro);

– renda mensal vitalícia;

– isenção de IR sobre aposentadoria, reforma e pensão;

– assistência farmacêutica (medicamentos gratuitos pelo SUS);

– preferência no julgamento de ações na justiça;

– cirurgia plástica reconstrutora de mamas.

Por sua importância, a obra tem sido referenciada em petições iniciais e até em decisões judiciais proferidas por juízes nos tribunais do país.

Sobre o câncer – Segundo os últimos dados do INCA – Instituto Nacional de Câncer – em 2008, a estimativa era de 466.730 novos casos de câncer no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que esse número chegue a um milhão, se considerado os casos não notificados.

Ficha Técnica

direitoCâncer – Direito e Cidadania

Autor: Antonieta Barbosa

Pág.: 400

Preço sugerido: R$ 44,90

Editora: Arx

Acesse aqui o site da advogada Antonieta Barbosa

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