Dia dos Namorados 3: auto-ajuda para quem busca encontrar uma cara metade

É inegável o apelo para que todos (homens ou mulheres), estejamos devidamente acompanhados toda vez que a data 12 de junho se aproxima. Embora não goste dessa pressão exercida em todos os níveis (dos amigos, da família, dos lojistas e da mídia, só para citar alguns exemplos) para que os solteiros de todo o mundo corram atrás do prejuízo e arrumem um par, não posso ter a pretensão de fazer um blog se não falar para todos os públicos. Daí a insistência, ao longo da semana, em abordar temas ligados ao Dia dos Namorados. Tem quem leia porque é oferecido? Sim. Mas a recíproca é igualmente verdadeira: é oferecido porque tem quem espere esse tipo de informação com mal-disfarçada avidez. Atendendo às necessidades de quem anda realmente em busca da cara metade, publico por aqui uma dica de leitura, melhor dizendo, dica de audiolivro que promete ensinar as mulheres a domar as feras masculinas soltas neste vasto mundo.

Se você faz parte do grupo de “caçadoras” implacáveis que estão decididas a legar seus dias de solteirice ao passado, pode acabar gostando de ler Por que os homens amam as mulheres poderosas?, best seller da norte-americana Sherry Argov, lançamento da Audiolivro Editora. Não li – e nem ouvi – o livro, por isso, não posso opinar se realmente funciona e nem vou fazer resenha crítica, seria leviandade criticar (para o bem ou o mal), algo que não li.

Mas, segundo a editora,  a obra está em primeiro lugar na lista de livros de não-ficção mais vendidos nos EUA. O povo americano adora auto-ajuda. Os brasileiros não ficam atrás. Mesmo não sendo muito a minha praia, respeito quem gosta e acredito que, para determinadas pessoas, funcione.

A autora, ainda segundo a editora Audiolivro, escreveu um tipo de manual para aquelas mulheres boazinhas que fazem de tudo para agradar seu parceiro, mas têm a sensação de que não recebem a mesma dedicação em troca e daí, descambam para as cobranças ou conformam-se na posição de vítima chorona. Usando o humor, o que no mínimo vai garantir boas gargalhadas para quem se dispuser a ler (ou ouvir, neste caso), Sherry Argov afirma que não há nada mais entediante para um homem do que uma mulher que tenta agradá-lo a todo momento. Pessoalmente, concordo que a máxima vale para qualquer tipo de relacionamento. E quem é que gosta, por exemplo, de amigos que vivem “puxando o saco”, mas não fazem críticas construtivas, confrontam opiniões, alertam para as mancadas e dessa forma exercem o papel de verdadeiros amigos?

No “manual de sedução” de Argov, há ainda dicas de como adquirir mais autonomia e não ser submissa no relacionamento.

E para quem ficou interessada, eis aqui o link da obra, para ser comprado direto do site da editora. O audiolivro tem sete horas de duração e também pode ser encontrado nas melhores livraria de todo país. E, aqui, no site da Revista Veja, um trecho da obra.

Para comprar a versão impressa:

Porque os homens amam as mulheres poderosas?

Autora: Sherry Argov

Editora: Sextante

Preço: R$ 15,90 no site da Submarino.com

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Implicações legais da traição virtual

O texto publicado abaixo trata da traição virtual e suas implicações judiciais. O conceito de fidelidade conjugal na nossa sociedade ainda é muito pautado em uma cultura machista e patriarcalista, incluindo a existência de um “direito natural” do homem ser infiel e uma “obrigação moral e social” da mulher ser casta. Em outros posts aqui no blog (veja os links mais abaixo) já escrevemos sobre a origem histórica do adultério e sobre o conceito social e antropológico para infidelidade. Nossa intenção ao publicar o material – que tem como fonte a advogada Juliana Marcondes Vianna – não é fazer juízo de valor sobre o que é e o que não é traição, ou ditar regras sobre como os casais devem pautar sua vida afetiva. A intenção é esclarecer um fato de acordo com o que dizem as leis atualmente em vigência no Brasil. Para quem tem dúvidas sobre se a paquera virtual é motivo para divórcio ou não, Juliana esclarece os detalhes. Confiram:

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traicao virtual

*Infidelidade na era da internet
Traição virtual pode representar a quebra do dever de fidelidade e justificar o pedido de separação judicial

A internet, uma das principais invenções tecnológicas do século 20, contribuiu diretamente para o grande avanço nos processos de comunicação e, também, para o acesso à informação. Mas ao mesmo tempo que “diminuiu” as distâncias globais e aproximou pessoas de diversas partes do mundo, a internet facilitou, no âmbito das relações conjugais, a traição. Segundo o Art. 1566 do Código Civil Brasileiro, a troca de mensagens virtuais que revelem um envolvimento amoroso com terceiro evidencia a quebra do dever de fidelidade.

De acordo com a advogada Juliana Marcondes Vianna, associada ao Escritório Katzwinkel e Advogados Associados, a fidelidade remete à lealdade de um dos cônjuges para com o outro e o descumprimento deste dever ocorre, genericamente, de duas formas: por meio da conjunção carnal de um dos cônjuges com um terceiro (adultério) ou de atos que não revelem, a primeira vista, a existência de contato físico, mas que demonstrem a intenção de um comprometimento amoroso fora da sociedade conjugal (quase-adultério). “O simples descumprimento do dever de fidelidade, seja pelo adultério ou pelo quase-adultério, é suficiente para embasar um pedido de separação judicial litigiosa, conforme regulamenta o Art. 1572 do Código Civil”, explica.

foto imprensa
Juliana Marcondes Filho, advogada esclarece sobre infidelidade virtual

A infidelidade virtual pode ser comprovada pelas cópias de e-mails e mensagens em sites de relacionamento que estejam gravadas e disponíveis em um computador que seja de uso comum da família e que não exija senha de uso pessoal para o acesso das informações. “Se o computador é de uso pessoal de um dos cônjuges e se para acessar as mensagens se faz necessária a inserção de senha, é preciso que o outro cônjuge autorize o acesso, sob pena de estar configurado ofensa à garantia constitucional da intimidade e vida privada e a prova ser invalidada. Seguindo estas regulamentações, a apresentação desse material em Juízo é legal e válida”, completa a especialista.

Consequências da traição

Segundo a advogada Juliana Marcondes Vianna, após a comprovação da infidelidade de um dos cônjuges em um pedido de separação judicial litigiosa, os Art. 1578 e 1704 do Código Civil estabelecem que o cônjuge traidor pode perder o direito de uma o sobrenome do outro e se precisar, receberá pensão alimentícia apenas em valor indispensável para sua sobrevivência, isso se não tiver aptidão para o trabalho e nem parentes em condições de auxiliá-lo. Além disso, ela explica que as referidas consequências da traição são analisadas pelo Judiciário independentemente da aferição da culpa do cônjuge traidor pela separação. “O entendimento de grande parte dos tribunais brasileiros e da doutrina contemporânea de direito de família é no sentido de não declarar a culpa na separação. A idéia é que discutir a culpa nestes casos significa abrir espaço para um debate inócuo, desconsiderando que o rompimento da relação é resultado de uma sucessão de acontecimentos e desencontros próprios do convívio e das fragilidades pessoais de cada cônjuge”, detalha.

Apesar dos cuidados ao tratar da possível culpa, nos casos em que a infidelidade não foi apenas causa da ruptura do casamento, mas também, motivo de aniquilação da honra do cônjuge ofendido, que implique para ele em dificuldades e abalos psíquicos consideráveis, será possível a reparação pelo dano moral sofrido. “O cônjuge traidor não será declarado culpado pelo fim do casamento e nem sofrerá sanções específicas na separação por seu comportamento. No entanto, isto não quer dizer que quem sofre com a traição deva amargurá-la para sempre. Se o dano sofrido foi substancial, sua reparação, no âmbito da responsabilidade civil, pode ser avaliada”, finaliza Juliana Marcondes Vianna.

*Material encaminhado ao blog pela Lide Multimidia, empresa de comunicação.

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Outros posts sobre adultério, traição e infidelidade:

>>De onde vem a família moderna

>>Traição, infidelidade e afins

>>Histórias da infidelidade humana

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Dicas literárias para o Dia dos Namorados

O amor está no ar e também nas estantes. Aproveitando a proximidade do Dia dos Namorados, Conversa de Menina recomenda dois lançamentos literários recentes para quem gosta do estilo “livros que dão bons conselhos”.  Um deles é Alfabetização Afetiva, de Lousanne Arnoldi de Lucca e publicado pela editora Vida & Consciência. O outro tem o sugestivo título de Ou casa ou vaza, de Alison James, publicado pela BestSeller. Confira mais detalhes sobre as obras:

Para as românticas, que gostam de avaliar emoções e discutir sentimentos:

alfabetização afetivaA obra Alfabetização Afetiva, de Lousanne Arnoldi de Lucca, fala do despreparo para gerenciar o nosso mundo interior e nos ensina a lidar com nossos sentimentos, emoções, culpas e frustrações e a entender o mundo da afetividade.

Mesmo num mundo marcado pelas grandes revoluções tecnológicas e pela modernidade, a maior dificuldade do homem ainda é o seu relacionamento com suas emoções e sentimentos, que ora são suaves e harmoniosos e ora são avassaladores e desestabilizantes. Como entender o mundo da afetividade? Como encontrar o ponto de equilíbrio para que possamos viver em harmonia conosco e com as outras pessoas? A escritora Lousanne Arnoldi de Lucca, pós-graduada em psicopedagogia, se propõe a discutir o tema em Alfabetização Afetiva.

A obra aborda temas como o certo e errado, defesas e resistências, vitimismo, medo, amor e amor próprio, liberdade, sexualidade, culpa, preocupações, raiva, orgulho, solidão, tristeza, depressão, êxito, fracasso, alegria, humor, prazer e todos os sentimentos que fazem parte dos relacionamentos. A autora propõe ainda questionamentos que ajudam o leitor a se autodescobrir e a detectar possibilidades de mudanças para uma vida melhor. De acordo com a escritora, temos que aprender a lidar com nossos conflitos e conceitos de forma afetuosa, pois a força da imposição não conserta nem educa, só produz medo e revolta.

Serviço:

Alfabetização Afetiva

Autora: Lousanne  Arnoldi de Lucca

191 páginas

Editora Vida & Consciência

Preço sugerido: R$ 26,00

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Para as práticas, manual ensina a decidir o jogo quando está em zero a zero:

ou casa ou vazaQue príncipes encantados não existem você já sabe. Mas como ter certeza de que é hora de se casar? Você está saindo com o cara com quem gostaria de morar e dividir sua vida? Ou é melhor voltar à vida de solteira porque antes só do que mal acompanhada? Alison James, autora de As 10 mulheres que você vai ser antes dos 35 e Eu tinha saudades dele, mas estou melhorando, ensina com humor e leveza a encarar a realidade. Ou seja, só temos duas opções meninas: mergulhar no relacionamento com segurança ou terminar e assumir a solterice. Pelo menos é o que defende a autora no livro Ou casa ou vaza.

Você acha que está em um relacionamento estável e feliz. Mas será que ele é mesmo o cara certo? O próximo passo é casar? E será que depois do casamento sua vida vai mudar da maneira que você espera? E o mais importante: você está preparada para construir a vida a dois que sempre sonhou? Casar não é apenas produzir um evento. É a maior decisão com conseqüências significativas que você pode tomar. Como saber se o cara com quem você está saindo é o homem da sua vida? Ele vai ser um bom pai? Vocês têm valores parecidos? Você está tendo menos do que merece? A autora promete responder essas questões.

Alison James se baseou em diversas situações verídicas para ilustrar os fatos que devem ser levados em conta na hora de decidir se o namoro deve virar casamento ou se é melhor aproveitar a solteirice sem medo de ser feliz. Desde a infância as meninas aprendem a sonhar com o casamento. Esperam conhecer o homem perfeito, uma paixão à primeira vista e viver um eterno romance. Mas se decepcionam, pois descobrem que essa pode não ser sua realidade. A autora trata de situações vividas por casais que acabaram de se conhecer, casais que estão juntos há muitos anos e situações vividas por solteiros convictos. A ideia é ensinar os leitores a serem realistas no relacionamento,  mas sem perder o romantismo.

Serviço:

Ou casa ou vaza

Autora: Alison James

Tradução de Cláudia Costa Guimarães

Ed. BestSeller / Grupo Editorial Record

288 páginas

Preço sugerido: R$ 19,90

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O relacionamento de cada um

Você gosta de dormir no quentinho e ele adora aquele frio intenso e seco provocado pelo ar condicionado no máximo. Você não abre mão das músicas para embalarem o sono e ele não consegue dormir sem o barulho da televisão ligada. As diferenças são muitas e tudo conspira para que a relação não dê certo. O convívio fica cada dia mais difícil e em algum momento você aceita a ideia de que não tem mais jeito.

Mas pode ter um jeito: descobrir uma forma de lidar com as diferenças o mais rápido possível, antes que as tais divergências cheguem a incomodar a ponto de você preferir a distância, ainda que ame incondicionalmente o outro. Amor de casalPorque às vezes decidimos abrir mão de alguém que amamos por questões diversas. E para que isso não aconteça, você pode buscar uma maneira especial de viver junto, minimizando os tais atritos de convivência.

Uma reportagem com Wanderléia (a Ternurinha da Jovem Guarda) me fez refletir sobre isso. Uma das perguntas feitas à cantora questionava seu casamento com o produtor Lallo Califórnia. A curiosidade era justamente porque a cantora vive há 28 anos com o marido, mas em casas separadas. Pois é. No texto, ela explica que tentaram se separar várias vezes, mas sempre acabavam reatando.

O amor falou mais alto que as briguinhas e a “incompatibilidade de gênios”. E eles encontraram um jeito diferente de ficar juntos. Na entrevista, ela acha uma justificativa para levar adiante a sua relação, que se traduz mais ou menos assim: se depois de tanto tempo juntos, vocês ainda têm muito assunto a conversar, isso é um sinal de que devem mesmo ficar juntos.

Amor polêmico – Mais polêmica foi a história de amor vivida por Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir. O casal se conheceu na Sorbonne, em 1929, e manteve uma relação que perdurou por 50 anos. Até aí tudo bem, não fosse a opção de adotar um estilo curioso: a chamada relação aberta. Viviam juntos, mas não deixaram de experimentar outras possibilidades. Amantes de um lado e do outro, a dupla seguiu unida por décadas.

São apenas dois exemplos de casais que romperam com o tradicional, que quebraram o paradigma do conceito de relacionamento e encontraram uma forma de prolongar a relação que talvez tivesse tudo para dar errado. Alguns vão questionar a decisão das duas duplas. E é mesmo preciso ter uma visão crítica sobre tudo. Mas o que eu diria é que cada um sabe o caminho de sua própria felicidade.

E você não precisa adotar o jeitinho da Wanderléia ou de Beauvoir. O que você deve fazer é pensar em alternativas, tentar encontrar o seu modo de fazer com que sua relação seja duradoura pelo tempo que acha que vale a pena. Não precisam viver separados, tampouco aceitarem a relação aberta. Essas foram opções que funcionaram com outras pessoas e podem nem funcionar com você. O que precisa é descobrir o que pode dar certo no seu caso.

O que ler?
Livro de SartreLIVRO: Jean-Paul Sartre & Simone de Beauvoir – A arte da excepcional busca pela felicidade
AUTOR: Walter Van Rossun

Para o Amor dar certoLIVRO: Para o Amor dar Certo
AUTORES: Christiane Blank e Renold Blank

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