Diário Ravenna: Parte 3 – As duas primeiras semanas

A minha primeira semana de dieta não foi tão fácil, mas também não foi tão difícil. Queria que fosse melhor, mas achei que seria pior. Entendem? Pois é. No primeiro dia, estava tão empolgada com as novidades e com a possibilidade de reduzir logo meu peso, que nem tive tempo de sentir fome ou ansiedade. Foi só planejando, organizando… Cheguei ao final do primeiro dia aliviada por ter sobrevivido sem muita dificuldade. O segundo dia também seguiu no mesmo ritmo, me adaptando.

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LEIA TAMBÉM:
>> Parte 1: O começo
>> Parte 2: As consultas
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O terceiro dia de dieta foi diferente. Senti fome. Já estava mais entrosada com o plano alimentar, com muita coisa já decorada. Bateu uma angústia com a restrição alimentar. Na verdade, não é fome o que a gente sente. É a ansiedade de não poder comer um monte de coisa que já era hábito e que a gente gosta. E a vontade que me deu foi largar tudo, desistir. Essa é a pior fase, quando dá esse sentimento de privação, de não poder, de proibição. Eu, pelo menos, nunca lidei muito bem com o “não pode”.

Embora tenha passado por este drama, resisti, pelo objetivo maior de voltar ao meu peso ideal e estar saudável. Acho que foi a decisão mais acertada que tomei. Os dias seguintes foram de paz absoluta e de tranquilidade com relação a minha decisão de fazer a dieta. Inclusive, no meio do caminho, teve um final de semana num clube com os amigos, regado a churrascão, muita bebida, feijoada, mariscada e adendos. E eu permaneci inerte, na minha saladinha com proteína e frutas. E, gente, foi sem sofrimento, viu?

Claro que os amigos perguntavam da dieta, mas é bacana quando as pessoas que estão contigo entendem sua reeducação alimentar e respeitam. Meus amigos são ótimos. Até na hora de escolher a carne do churrasco, meu amigo pegou especialmente a que não tinha gordura alguma e separou pra mim. É importante isso, facilita demais as coisas. Eu só tenho a agradecer pelos amigos que tenho. Eles sempre ajudam, nunca julgam e ainda entram de dieta junto, se for preciso escolher uma refeição mais light.

O resultado das duas primeiras semanas foi maravilhoso: 3kg a menos. Fiquei vibrando de felicidade. Claro que no início, perdemos muito líquido, o que interfere bastante na quantidade de peso reduzida. E por isso é muito importante se hidratar. Tenho bebido, apenas de água, entre 1,5l e 2l por dia. Fora outros tipos de líquidos, como chás, café e a própria gelatina, que possui bastante líquido. Sei que a partir de agora a redução semanal será mais cadenciada. Mas tudo bem, vamos em frente!

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Diário Ravenna: Parte 2 – As consultas

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DIÁRIO RAVENNA
1. Parte 1: O começo
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Comecei a semana com as consultas médicas. Primeiro, fui à endocrinologista e à psicóloga. A endocrino me passou uma série de exames, fez uma investigação detalhada do histórico médico de minha família e conversou bastante sobre o método, sobre a importância de ingerir água e as vitaminas que complementam a alimentação. Saí de lá com várias requisições médicas e animada para começar. Claro que, como todo ser humano normal e que gosta de comer besteiras, fiquei com aquele receio natural de ter de abdicar dos carboidratados e açúcares.

Nunca dei muito valor à presença de uma psicóloga em um projeto de reeducação alimentar. Até ter a consulta. Pode, sim, fazer uma diferença absurda no tratamento. Acredito, até, que é a parte fundamental, não apenas a consulta inicial, mas a participação nos grupos terapêuticos. Esta semana fui ao primeiro grupo. Saí de lá animada. É uma experiência maravilhosa compartilhar experiências, identificar que nossas dificuldades são também as dificuldades de outras pessoas, e tentar encontrar respostas juntos. É um diferencial. Mesmo.

Também passei pelo nutricionista, para receber a dieta e as instruções. Ele faz uma exame de bioempedância, para contabilizar a quantidade de água, gordura e massa magra no corpo. E a partir daí, explica todo o planejamento. Mais importante do que o peso em si é a saúde do corpo, os níveis a que é preciso chegar. Claro que o pedo é importante, mas não é só isso. E foi bom saber que a preocupação deles não é deixar o paciente apenas, magro, mas saudável!

Por fim, passei pela coordenadora de atividades físicas, que explicou qual a real importância da atividade e qual é a mais indicada para os objetivos do programa, que é perder gordura e ganhar massa magra. Inicialmente, não farei exercício físico, por uma restrição médica, já que acabei de passar por uma cirurgia. Mas tive uma notícia boa, porque apesar do sobrepeso, meu nível de massa muscular é bom, e não devo ter problemas por não poder realizar atividade física no primeiro mês.

Embora tenha ido para a primeira consulta na segunda-feira (28/11), só vou começar minha dieta neste sábado (03/12). É que a consulta com o nutriconista só aconteceu no dia (01/12), mas não tive tempo de sentar para analisar a dieta e organizar minha vida alimentar. Isso só foi feito na sexta-feira à noite. É isso, meninos e meninas, não vou falar agora do meu primeiro dia de dieta, vou deixar para o post da semana que vem, para falar da primeira semana em geral.

Qualquer dúvida, podem usar a caixa de comentários, que faço questão de buscar as respostas pra vocês lá no centro terapêutico.

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Super de maio desmistifica as dietas milagrosas

dietas super capaUm assunto caro para nós mulheres, as dietas, é o tema de capa da edição de maio da revista Superinteressante (visite o site). A reportagem, muito bem escrita pela jornalista Claudia Carmello, desmistifica as dietas milagrosas e traz informações surpreendentes sobre o aumento da obesidade no mundo e sobre como nós nos iludimos ao acreditar na indústria dos alimentos dietéticos.

O embasamento para a matéria é uma pesquisa realizada por dois anos na Universidade de Harvard, cujos resultados foram recentemente divulgados no New England Journal of Medicine.

A pesquisa estudou 811 pessoas divididas em quatro grupos, cada grupo seguiu uma dieta diferente: alguns eliminando as proteínas do cardápio, outros eliminando os carboidratos e teve até quem comeu de tudo, com moderação. O resultado, pasmem, é que após os dois anos, todos haviam perdido exatamente o mesmo peso: quatro quilos. Dois anos para perder quatro quilos! Dois anos se privando de tudo o que mais gosta, para perder quatro quilos!

A reportagem detalha a pesquisa e traz argumentos muito convincentes que provam algo de que sempre desconfiei, perder peso é mais questão de disciplina, motivação e força de vontade do que de fórmulas milagrosas. Outro mito que eles derrubam é de que atividade física emagrece. Na verdade, ajuda a manter o peso equilibrado – porque músculos consomem mais calorias que gordura – e faz bem para o coração, evitando que você enfarte aos 40, mas ficar horas suando na esteira não vai deixar ninguém com o corpo da Gisele Bündchen. Isso também é cientificamente comprovado.

Já a indústria da dieta, essa vai muito bem, obrigado, e só nos EUA fatura mais de US$ 58 bilhões por ano. Tudo isso à custa da nossa obssessão em ser magros, mesmo quando a genética no máximo vai permitir que sejamos gordinhos saudáveis. A leitura da matéria na íntegra, infelizmente não está disponível em versão on line, vale muito a pena. Conversa de Menina, recomenda!

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