Exposição reúne arte de Márcia Ganem e Nádia Taquary

Na foto: criação de Márcia Ganem e Nádia Taquary trabalhando em uma joia-escultura

Até o dia 20 de novembro, na Galeria Fulô (em Trancoso – BA), acontece a exposição  A Bahia tem…, reunindo peças da artista plástica Nádia Taquary e da estilista Márcia Ganem. A ideia é mostrar a identidade baiana através das artes visuais e do trabalho das duas artistas. A entrada é gratuita.

De Nádia Taquary, a exposição traz as joias-escultura Olorum Bamim (do iorubá “proteção do deus maior”), um trabalho da artista que se inspira nas joias de crioula, que as escravas usavam no período colonial. Misturando cordas com ouro, prata, bronze, madeira, contas africanas, cristais e amuletos, as peças nasceram de um projeto da artista durante sua pós-graduação em Arte e Cultura Africana pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Já de Márcia Ganem, a mostra exibe os vestidos e acessórios criados pela estilista e que misturam moda, arte conceitual e joalheria. Uma das características do trabalho de Ganem é o caráter artesanal de suas criações, com peças que valorizam saberes ancentrais como o bordado, trançado de redes e rendas com o uso de pedrarias.

Serviço:
Exposição “A Bahia tem…”;
Artistas: Nádia Taquary e Márcia Ganem;
Local: Galeria Fulô, balneário de Trancoso (750 km de Salvador – BA);
Período: até 20 de novembro
Entrada: gratuita

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Começa hoje a exposição A Bahia tem… no museu Costa Pinto

A exposição A Bahia tem…, inspirada em canção ícone de Dorival Caymmi (O que é que a Baiana tem),  já pode ser visitada no Museu Carlos Costa Pinto (Corredor da Vitória), a partir desta quinta, dia 31, até 30 de abril próximo. A mostra reúne os colares-decorativos Olorum Bamim, da artista plástica baiana Nádia Taquary.

Nádia Taquary, criadora das peças inspiradas nas joias de crioula

A mostra promove um diálogo entre o acervo de jóias de crioula do museu (as negras baianas até o começo do século XX usavam vestimentas típicas e muitas joias, que inspiraram Caymmi a compor a música imortalizada por Carmen Miranda) e os colares-escultura de Nádia, que chegam a ter até 75 metros de cordas e misturam ouro, prata, cobre, madeira, contas africanas, figas e balangandãs.

O nome da exposição, Olorum Bamim (proteção do deus maior, em iorubá) foi sugestão do artista plástico Mestre Didi e de Abdié, alabé do Terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá. O projeto teve origem em pesquisa de pós-graduação da artista plástica sobre as jóias que as crioulas usavam no Brasil durante o período colonial.

SERVIÇO:
O quê: exposição A Bahia tem…
Quando: 31/03 a 30/04; Segundas a sábados, exceto terças e feriados, das 14h30 às 19h
Onde: Museu Carlos Costa Pinto (Corredor da Vitória)

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Exposição para Cosminho e seu irmão

A dica é para quem aprecia arte sacra e cultura popular. De hoje até o próximo dia 30 de janeiro, domingo, no Museu Carlos Costa Pinto (Corredor da Vitória), acontece a exposição Cosme e Damião: a arte popular de celebrar os gêmeos, que reúne parte de um acervo de 1.200 representações de São Cosme e São Damião, ou, para quem prefere, dos ijebis e erês do Candomblé, coletados pela colecionadora Ludmilla Pomerantzeff, durante vinte anos, em diversos lugares do Brasil. Além das peças, de autoria de artistas anônimos e que vão desde a arte barroca até a contemporânea, há também um catálogo de 130 páginas que mostra toda a coleção e traz textos explicativos. Vale a pena conferir!

Essa miniatura de Cosminho e seu irmão na foto acima, eu recebi de presente na redação, junto com o material de divulgação da exposição. Não é uma coisinha fofa?! Adoro miniaturas, qualquer dia mostro por aqui minha coleção de anjos. Os religiosos que me perdõem, mas é arte antes de qualquer devoção. E se como diz Quintana, “um belo poema sempre leva à Deus”, uma esculturinha delicada dessas, certamente também leva.

P.S.: A mãozinha na foto é do meu filhote 🙂

Serviço:

O que: Exposição Cosme e Damião: a arte de celebrar os gêmeos

Quando: De hoje até 30 de janeiro, das 14h30 às 19h

Onde: Museu Carlos Costa Pinto, Av. 7 de Setembro, 2490, Corredor da Vitória

Quanto: R$ 5,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia entrada)

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Exposição Black Barbie pode ser vista até dia 17

Essa notícia e as fotos que ilustram o post são para matar a minha colecionadora de Barbies preferida de inveja. Até o dia 17 de outubro, o Shopping Barra hospeda a primeira mostra itinerante de Barbies negras, a “Black Barbie”, que está completando 30 anos de lançamento da primera boneca. A mostra pode ser vista na praça central do shopping, que fica na Av. Centenário, em Salvador.

Ao todo, são 83 bonecas raras pertencentes ao acervo do colecionador Carlos Keffer, que possui mais de 700 modelos, formando a mais valiosa coleção do gênero no Brasil (agora a Lady Bobbie – a quem dedico este post – mordeu os cotovelos!).

As Barbies estão separadas em 11 grupos temáticos, que exploram a era Disco, a fantasia das princesas, vestidos de gala, a África negra, entre outros temas. Alguns dos destaques são o exemplar original da primeira Barbie e do primeiro Ken afrodescendentes e a boneca customizada pelo estilista afro-brasileiro Wilson Ranieri especialmente para a mostra, além de exemplares inspirados em celebridades como a cantora Diana Ross e a atriz Halle Berry, caracterizada como personagem de um dos filmes de 007.

Além de conferir a exposição, quem passar pelo Shopping Barra, pode ainda visitar a brinquedoteca, aberta às crianças, de segunda a sábado, das 10h às 21h, e aos domingos, das 14h às 20h, com acesso gratuito. A meninada poderá brincar com bonecas Barbie e carrinhos Hot Wheels.

Serviço:
Exposição Black Barbie
Onde: Shopping Barra (1º piso, praça central)
Quando: até 17 de outubro
Entrada franca

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Exposição lembra Susie, a boneca da minha infância

Barbie? Sim, ela já existia. Mas nos idos da década de 80, quando eu era menina, quem fazia a cabeça das garotas brasileiras era outra fashionista do mundo das dolls, a Susie. Tive uma coleção inteirinha delas quando era criança (incluindo Susies loiras, morenas cravo e canela e a líndíssima Susie negra, que nunca mais reeditaram, mas que era um escândalo de tão bonita). Guardada a sete chaves no armário de uma das minhas tias – e cobiçada pela minha irmã caçula, que até hoje – “balzaca” – coleciona a concorrente, ou seja Barbies, resta a última sobrevivente da minha saudosa coleção.

Mas, quem quiser conhecer a trajetória da Susie (as meninas de hoje) e, principalmente, matar as saudades da boneca (as meninas de outrora), tem a chance de conferir a exposição “Susi na moda”, no Shopping Paralela, em Salvador. Instalada no piso L1,  desde o dia 29 de agosto, a mostra – embora já possa ser visitada – terá abertura oficial nesta quarta, dia 01, e segue em cartaz, gratuitamente, até o dia 15 de setembro.

É de babar no lenço meninas, porque a iniciativa reúne 63 bonecas vestidas por estilistas e marcas brasileiras. Além de expor a história da boneca fabricada desde 1966, a exposição contempla ainda painéis com depoimentos de experts em moda que relatam um pouco da sua relação com a Susi. Entre os estilistas que criaram as roupas estão nomes consagrados como Ronaldo Esper, que produziu os vestidos de noiva, André Lima e Clô Orozco, da Huis Clos. Há ainda bonecas que vestem peças criadas com exclusividade pelos estilistas das marcas Le Lis Blanc, Cori, Viva Vida, Paula Marques, Bicho da Seda e Argentum.

SERVIÇO:
O quê: Lançamento Exposição Susi na Moda
Onde: Shopping Paralela (Praça de Eventos, piso L1)
Quando: 01 de setembro, 19h;  até o dia 15, no horário de funcionamento do shopping
Quanto: entrada franca

Veja fotos que a assessoria do evento me enviou e babe no lenço sem culpa:

Na minha antiga coleção havia uma dessas Susies clássicas, com o rotinho redondo, boca de coração, olhão azul, os cílios longos e cachos de babyliss loiríssimos

Boneca Susie produzida com modelo de noiva primaveril, by Ronaldo Esper. Que sonho, gente!

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Moda sustentável no Shopping Barra

Neste sábado comemora-se o Dia Internacional do Meio Ambiente. Os fashionistas conscientes, pois a palavra de ordem na moda é sustentabilidade, ainda podem conferir, até este dia 05, a exposição que acontece no piso L 2 do Shopping Barra (Av. Centenário, Salvador). A mostra é formada por oito looks construídos a partir de material reciclável, como sacos plásticos, latas e pneus. A iniciativa pretende tanto chamar atenção para o consumo consciente quanto alertar contra a poluição marinha, pois boa parte desses materiais são descartados no oceano. Durante quase cinco anos trabalhei como repórter para algumas ongs ambientalistas e vi de perto os estragos que o ser humano pode provocar na natureza com o seu descarte irresponsável do lixo. Animais como tartarugas marinhas e golfinhos, por exemplo, morrem sufocados ao ingerir sacos plásticos, que na água são confundidos com lulas e águas vivas (o alimento natural de algumas espécies). Nessa mostra, as roupas são conceituais (ou seja, não fazem parte do vestuário do dia-a-dia) como o modelo da foto abaixo. Vale a pena dar uma passada por lá!

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Hoje é dia de Jorge, o santo que é guerreiro e pop

*Texto da jornalista Giovanna Castro

Hoje é dia de São Jorge, o santo guerreiro que virou figura pop de uns tempos para cá, mais ainda quando o ex-BBB baiano Jean Willys começou a usar as camisetas com a estampa do ícone religioso sempre que enfrentava os paredões do reality. Desde então, não somente as camisetas, mas outros objetos com a imagem e as armas de Jorge passaram a ser sucesso entre os jovens e os nem tanto. Para celebrar o santo, o arquiteto Décio Viana organizou a mostra Jorge: Guerreiro da Luz no Sobrado. A exposição reúne 27 artistas plásticos e estilistas e será inaugurada nesta sexta-feira, 23, para convidados, e aberta ao público entre os dias 27 de abril e 27 de maio.

Roney George optou pelas cores quentes e por palavras fortes em homenagem ao santo

Cada um dos artistas plásticos foi convidado a criar suas obras em imagens em gesso do santo compradas na Feira de São Joaquim. A proposta é interessante e vale a pena dar uma olhada nas interpretações de São Jorge na visão de César Romero, Alba Sampaio, Bel Borba, Davi Caramelo, Leonel Mattos, Jorge Morillo,  Roney George, Ismael Soudam, Almandrade, Goya Lopes, Álvaro Sampaio, Bruno Marcello, Luis Humberto de Carvalho, Denissema, Décio Vianna, Edi Ribeiro, Inês Grimaux, Jorge Morillo, Juarez Paraíso, Márcia Magno, Manolo Mateus,  Mar Galvão, Maria Luedy, Otaviano Péricles, Paula Magno, Vauluizo Bezerra e Zau Pimentel.

Um pouco de história – O culto a São Jorge é muito antigo. Promovido a capitão do exército romano por sua dedicação e habilidade, recebeu posteriormente o título de conde e, com apenas 23 anos, passou a viver na Corte Imperial, na cidade de Roma, ocupando altos cargos. Decapitado no início do século IV, ele teve seu túmulo como alvo de peregrinações já na época das Cruzadas, quando o sultão Saladino destruiu o templo erguido em sua honra.

A imagem do cavaleiro que luta contra o dragão, difundida na Idade Média,  evoca a origem da lenda. Segundo consta, um temido dragão saía das profundezas do lago e levava a morte à cidade de Lida, na Palestina. Para afastar o perigo, a população oferecia jovens vítimas como comida até que chegou a vez da filha do Rei.

Quando a moça, acompanhada do pai, já estava no local, para ser entregue ao monstro, surgiu Jorge, o cavaleiro da Capadócia. O guerreiro usou sua espada e dominou o dragão, que foi levado preso por uma corrente para dentro dos limites da cidade. Jorge, que atraiu a admiração de todos os habitantes, disse a todos que tinha vindo em nome de Cristo para vencer o dragão e que todos deveriam se converter e ser batizados.

Serviço:
O quê: Exposição Jorge: Guerreiro da Luz no Sobrado
Local: O Sobrado, Al. das Algarobas, 74 – Caminho das Árvores
Mais informações: 3013-1142

Confira mais algumas imagens da exposição Jorge: Guerreiro da Luz no Sobrado:

 

Interpretação de Davi Caramelo para a imagem de São Jorge
Para Edi Ribeiro, São Jorge é um guerreiro multicolorido
A visão de Ines Grimaux para o santo é mais rústica e convencional
O São Jorge de Ismael Soudam se aproxima muito das representações mais conhecidas

 

 

Imagem de São Jorge com pequenas pedras coloridas incrustadas é a versão de Iuri Sarmento

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Artes plásticas: Acervo de Hansen Bahia é restaurado

Até o dia 03 de abril, na galeria do ICBA (Instituto Cultural Brasil-Alemanha), no Corredor da Vitória, em Salvador, é possível conferir as xilogravuras e matrizes do acervo de Hansen Bahia, artística plástico alemão radicado no estado, que se estivesse vivo, faria 95 em 19 de abril. As peças em exposição pertencem ao acervo da Fundação Hansen Bahia, situada em São Félix, cidade do recôncavo baiano. Conversa de Menina abre espaço para a história deste artista, que teve recentemente o seu acervo restaurado por iniciativa do governo alemão, e da sua história de amor com a cultura baiana. O texto foi encaminhado pela Frente & Verso Comunicação.

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Exposição celebra os 95 anos de Hansen Bahia

Acervo do artista radicado no recôncavo é restaurado pelo governo alemão

As matrizes apresentadas na Exposição Hansen Bahia 95 anos estavam integradas às paredes da casa localizada na Fazenda Santa Bárbara, São Félix, e faziam parte da intimidade do artista e de sua esposa Ilse Hansen. Todas foram restauradas por meio de um investimento do governo alemão da ordem de R$ 85 mil, conta a curadora da exposição, Lêda Deborah.

“Hansen é um artista impressionante e importante, um presença alemã forte na Bahia e a obra dele tem que ser preservada”, afirma o atual cônsul da Alemanha na Bahia, Hans Jürgen.

Segundo o diretor executivo do Goethe-Institut (ICBA) em Salvador, Ulrich Gmünder, o artista alemão que, ao radicar-se na Bahia, introduziu a xilogravura no estado, merece este apoio. “Para nós, é uma grande honra poder conservar a obra de Hansen. Esperamos que o público aproveite para conhecer melhor as obras dele”, declara Ulrich.

Para o artista conselheiro da Fundação Hansen Bahia, Justino Marinho, “a iniciativa do governo alemão foi bem vinda, porque a obra de Hansen tem um valor muito grande e marca um período importante das artes baianas. Vale destacar que além dos trabalhos de Hansen, foram restauradas obras de outros artistas importantes como Carybé, Mario Cravo, Genaro e outros, que fazem parte do acervo deixado pelo gravador”, declara.

De acordo com o restaurador das matrizes, José Dirson Argolo, o estado de conservação das 22 peças estava muito comprometido. “Nem sempre o artista se preocupa com a manutenção de sua arte. Hansen, por exemplo, utilizou materiais como compensado, que não resiste ao ataque de cupins e infiltrações. Por isso, o processo de preservação é necessário e, neste caso, demandou um trabalho árduo que realizamos em 10 meses”.

O restaurador João Magalhães foi o responsável pelo “conserto” de 56 xilogravuras, sendo 27 da coleção “Navio Negreiro” e 15 da “Via Crucis do Pelourinho”. Entre as demais gravuras restauradas estão: “O diálogo das héteras”, “Portas e janelas”, “Cangaceiro a cavalo”, “Vaqueiro laçador”, “Grande Candomblé”, “Forte de São Marcelo”, “Flor de São Miguel”, “Amigas em vermelho”, “Boi caído” e “Amigas no banho”.  Outras obras de Hansen restauradas foram: “Limão”, “Noé e as pessoas que oravam na popa da arca”, “Batalha das Amazonas”, “São Miguel”, “O cavaleiro, a morte e o diabo” e “Aniversário de Ilse”.

Fundação Hansen Bahia – Instituição cultural e educativa sem fins lucrativos, destinada a colaborar no fomento da produção cultural do recôncavo baiano, o Museu Hansen Bahia foi inaugurado no dia 19 de abril de 1978, dois anos após Hansen Bahia doar seu acervo e criar a Fundação. Segundo o coordenador executivo da entidade, Raimundo Vidal, a fundação assegura a preservação da obra de Hansen Bahia e desenvolve exposições com visitas monitoradas, tanto no Museu em Cachoeira – que em breve terá sua sede própria – quanto na Casa dos Hansen, onde está o Memorial Póstumo, em São Félix, além de realizar exposições temporárias em outras cidades.

“A Fundação possui aproximadamente 12 mil peças do artista alemão, mil de Ilse Hansen, além de muitas outras assinadas por outros artistas. No total, são mais de 13 mil obras de arte. Somando-as aos objetos (mobiliário,instrumentos e acessórios, dentre outros), o acervo total do museu está estimado em 18 mil peças”.

Quem é Hansen Bahia?

Karl Heinz Hansen nasceu em 19 de abril de 1915, em Hamburgo. Foi marinheiro, escultor, poeta, escritor, cineasta, pintor e xilógrafo. Seus primeiros trabalhos artísticos surgiram no início dos anos 40. O homem foi o seu grande tema e a xilogravura – arte tradicional no seu país – a técnica mais utilizada.

O período de iniciação artística coincidiu com o desenvolvimento da gravura alemã e com o começo de vários movimentos artísticos importantes na Europa, a exemplo do expressionismo, ao qual foi fiel em toda sua produção. Autodidata na técnica que lhe garantiu sucesso internacional, Hansen talhava a madeira com precisão e perfeição partilhada por poucos.

Em 1950, deixou a Alemanha e veio conhecer o Brasil. Em São Paulo, trabalhou como artista gráfico na editora Melhoramentos. Cinco anos mais tarde, mudou-se para a Bahia, onde viveu e produziu intensamente. A paixão pelo estado fez com que o primoroso gravador, depois de conquistar reconhecimento internacional, incorporasse o nome da terra e assumisse a assinatura Hansen Bahia.

“Antes de vir para a Bahia era só marinheiro. Quando aqui cheguei, nasci pela segunda vez e tornei-me artista”

Amante da nova terra, Hansen Bahia não se contentou apenas em naturalizar-se brasileiro. Doou à Bahia, especificamente à cidade de Cachoeira, as obras relevantes do seu acervo e criou a Fundação Hansen Bahia, através de testamento, em abril de 1976. Apenas dois meses depois de inaugurar a primeira sede da fundação, o artista faleceu, no dia 14 de junho de 1978, deixando seu legado mais valioso: um enorme acervo de obras de arte e trinta livros publicados.

Serviço:

O quê: Exposição Hansen Bahia

Onde: Galeria do ICBA – Corredor da Vitória

Quando: até 03 de abril; de segunda a sexta-feira das 9h às 18h30 e aos sábados até às 13h.

Entrada franca

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Cultura: Exposição de imagens sobre festa do Bonfim

Baiana com jarra de flores. Ao fundo, as fitinhas do Bonfim que os fieis amarram no gradil da igreja com pedidos. Crédito: Ricardo Prado / Exposição Megumi

Nesta quinta-feira, dia 14, acontece a tradicional Lavagem do Bonfim, uma das festas populares mais antigas e importantes do calendário de Salvador. Mistura de rituais católicos e do candomblé com crenças populares, a lavagem acontece há quase 200 anos e é precedida de um cortejo de oito quilômetros, a pé ou em carroças, entre a igreja da Conceição da Praia (no bairro do Comércio) até a Colina Sagrada, onde fica a igreja do Bonfim. O fascínio pelas cenas que acontecem durante o cortejo e no ato da lavagem, quando as baianas despejam água de cheiro nas escadarias da igreja, é o tema da exposição de fotos do mineiro radicado na Bahia, Ricardo Prado.  Intitulada “Megumi”, expressão japonesa que significa “benção”, a exposição reúne sete olhares com registros peculiares da Festa do Bonfim e estará aberta ao público a partir desta quinta-feira. Entre as imagens que compõem a exposição, está o olhar sobre o Pagador de Promessas, que partiu do bairro de Brotas até a Colina Sagrada, seguindo à risca a máxima popular que diz que “quem tem fé vai a pé”. A mostra fotográfica fica em cartaz durante o mês de janeiro na Yorumaki – Temaki Bar.

S E R V I Ç O:
O quê: Exposição “Megumi”
Quando: Aberta ao público a partir de  quinta-feira, 14 de janeiro
Onde: Av. Octávio Mangabeira, Nº 1.709 – B,  Pituba, em frente ao antigo Clube Português
Horários: Dom – Quart, das 17h30 à 0h, Quint – Sáb, das 17h30 às 5h

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Um passeio pelo acervo do MAM-BA

O Vendedor de Passarinhos, Candido Portinari - Acervo do MAM-BA / Divulgação

O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), na Avenida Contorno, abriu desde a última sexta, dia 18, uma exposição especial, com parte do seu acervo que conta a história dos últimos 50 anos da arte brasileira. São 80 obras restauradas, em mostra que ocupa todos os espaços do Solar do Unhão, dividida em quatro núcleos: Modernistas, Fotografia, Rubem Valentim e Contemporâneos. Uma Linha do Tempo, construída na Galeria Subsolo, contextualiza a história do acervo e do museu, que funciona em um dos complexos coloniais mais bonitos da capital baiana. Quem quiser conferir a riqueza das obras, além de desfrutar da beleza do Solar do Unhão, tem até 28 de março de 2010. Para vocês terem uma ideia da diversidade de obras e das possibilidades de interação da mostra, segue um roteiro enviado ao blog pela assessoria do MAM-BA, detalhando o que ver em casa núcleo:

Cinco Pinturas Modernistas / Casarão (Primeiro Andar)

O primeiro andar do Casarão abriga obras dos cinco maiores modernistas brasileiros representados na coleção: O Touro (Boi na Floresta), 1928, de Tarsila do Amaral; Retrato de Oswald de Andrade e Julieta Bárbara (1939), de Flávio de Carvalho; Retrato (1941), de Di Cavalcanti; Casas (1957); de Alfredo Volpi; e Vendedor de Passarinhos (s/ data), de Cândido Portinari.

Fotografia / Casarão (Primeiro Andar)

A importante presença da fotografia no acervo do Museu é celebrada pelo núcleo que reúne imagens de nomes clássicos como Pierre Verger e Mario Cravo Neto, além de artistas contemporâneos que usam fotografia como Caetano Dias, Luís Braga, Pedro Motta, Milena Travassos e Danilo Barata.

Rubem Valentim / Capela

A Capela do MAM abriga obras da coleção Rubem Valentim, uma das maiores do Museu. Escultor, pintor e gravador, o artista baiano Valentim (1922-1991) criou uma poética única ao desconstruir e geometrizar elementos ligados aos rituais da religiosidade afro-brasileira, transformando-os em um vocabulário simbólico. Autodidata, ele participou do movimento de renovação das artes plásticas na Bahia com Mario Cravo Júnior, Carlos Bastos e outros. A Capela reunirá pinturas, esculturas e serigrafias do artista.

Contemporâneos / Casarão (Térreo)

A produção contemporânea é o foco do núcleo que ocupa o térreo do Casarão. Com pinturas, vídeos, instalações e esculturas de artistas como Efrain Almeida, Brígida Baltar, Regina Silveira, Iuri Sarmento, Vauluizo Bezerra, Gaio Matos, Tatiana Blass, Bené Fonteles, Tonico Portela, Marepe, Ayrson Heráclito, Pazé, Matheus Rocha Pitta, Leda Catunda, Rubens Mano e outros, a mostra ilumina vertentes importantes da arte contemporânea, como a tendência à pintura expandida, além da forma como os artistas locais lidam com referências nordestinas. A mostra é iluminada por trechos do texto em que a curadora pernambucana Cristiana Tejo analisa o núcleo contemporâneo da coleção do MAM.

Solar do Unhão, sede do MAM-BA / Crédito da imagem: Andreia Santana

Linha do Tempo / Galeria Subsolo

A Linha do Tempo reúne e organiza referências cronológicas, biográficas e visuais às histórias entrelaçadas do museu, de seu acervo, dos artistas representados nele e das transformações da arte ao longo do século 20. Mostra como se deu a ocupação do Solar do Unhão pelo projeto de Museu de Arte Moderna de Lina Bo Bardi, o processo descontínuo de formação do acervo, a expansão das ideias modernistas no Brasil e os encontros e bienais que foram construindo uma nova cena artística na Bahia e no país. Criada para contextualizar as obras da exposição e as grandes movimentações da arte no período, a Linha do Tempo poderá ser explorada pelos visitantes com ou sem o acompanhamento de mediadores, e também servirá como suporte a propostas práticas e reflexivas da curadoria educativa.

Arte em prol da educação

Além dos núcleos, o MAM também manterá uma Curadoria Educativa que realizará diversas atividades para o público que visitar a mostra Coleção MAM-BA – 50 Anos de Arte Brasileira. As atividades vão desde visitas mediadas com percursos temáticos, até um curso de histórias e leituras, previsto para começar em 02 de março próximo.

Aos sábados e domingos, a programação se volta para crianças e jovens, com as atividades Investigação MAM: Eu – Detetive, um percurso narrativo de exploração a partir de palavras e temas-chave e de pistas conduzidas por um mediador (aos domingos, 15h às 16h). Também aos domingos, o Pinte no MAM, projeto que promove a atividade da livre pintura entre não-iniciados, ganha uma ação ampliada, com artistas e arte-educadores convidados. Aos sábados, das 15h às 16h, a oficina Meu Museu propõe a construção de maquetes de um museu imaginário e a seleção de imagens de obras do acervo do MAM-BA para compor uma coleção.

Em feveriro, de 02 a 05, será realizada a Semana do Professor, com orientações sobre como trabalhar acervos de arte na prática pedagógica diária. E para completar, há ainda o projeto Zoom In Zoom Out, que busca estreitar as relações entre o museu e a cidade e estabelecer vínculos com comunidades de Salvador e Região Metropolitana. As comunidades participantes poderão integrar ações como visitas guiadas, conversas e oficinas, contando com transporte gratuito.

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Saiba mais:

Para conhecer detalhes da mostra e ficar por dentro de outras novidades do MAM, a dica é visitar o site do museu ou acompanhar o blog MAMBOX. E aqui no blog da Revista Muito, é possível ler um artigo do artista plástico Sante Scaldaferri e ver vídeo do também artista Mário Cravo, sobre Lina Bo Bardi, a fundadora do MAM.

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