O artigo que publicamos hoje no blog foi escrito por Marcela Kauffman, redatora do byMK, primeira rede social criada no Brasil com a finalidade de reunir pessoas ligadas ao universo da moda. No texto, Marcela analisa o comportamento da mulher contemporânea, sempre tão cheia de tarefas, obrigações e anseios, e de como as redes sociais acabam suprindo uma necessidade que na visão da redatora, “é muito feminina”, a de trocar experiências e ideias, de agregar, dar e ouvir conselhos. Hoje, por coincidência, li numa revista uma matéria que falava sobre como homens e mulheres usam métodos diferentes para desestressar. Enquanto eles partem para o esporte, sexo e ouvir música, elas preferem sentar e chorar ou ligar para uma amiga e abrir o peito. Enquanto eles estravasam, elas dialogam. Particularmente, não gosto de categorizar as pessoas e discordo dessa linha antropológica positivista que define taxativamente: “homens são assim, mulheres são assado”. Me cheira sempre a machismo e a comparações infundadas, como se ser de um jeito ou de outro fosse pior ou melhor. Acredito que muito do que somos, enquanto mulheres ou homens, é fruto da educação que recebemos e do contexto social em que vivemos, para o bem e para o mal. Mas, voltando ao texto de Marcela, embora eu reconheça a importância das redes sociais no contexto de sociedade tecnológica, veloz e de fronteiras cambiantes que a globalização criou, ainda aposto no contato humano, ao vivo, como a melhor forma de interação possível entre duas pessoas. Mas, não há como negar que a existência destas redes ajuda na aproximação das pessoas, ao menos daquelas com interesses em comum; estimula o debate, porque é mais um meio de troca de ideias e opiniões; e, nos mantém bem informados, para citar só algumas vantagens. A maior desvantagem lógico, é o risco de esquecer o sol quente lá fora em horas e horas de conexão simultânea. Mas, sabendo dosar e escolher o que acessar, a internet é o mundo ao alcance. Vale ler o artigo e refletir:
Redes sociais: o reflexo do comportamento da mulher moderna
Por Marcela Kauffman*
Desde a época das nossas avós, muita coisa mudou. Ou melhor, podemos dizer que praticamente tudo mudou. A mulher finalmente assumiu o papel de profissional, deixou para trás o status de símbolo máximo do universo doméstico e da família apenas e passou a ser também a provedora financeira, a escolher e a repensar seus relacionamentos, a decidir sozinha sobre seu destino e finalmente, ter voz ativa na sociedade assim como os homens, garantindo a sua contribuição na mesma medida.
Então agora somos iguais aos homens? Bem, em direitos e deveres sim, mas não na nossa essência. Mulheres serão sempre mulheres. Agora, somos mulheres, mas com o detalhe de sermos “modernas”, o que não significa que tenhamos perdido características tão nossas, apenas que temos outras formas e meios de nos expressar.
Para a maior parte das mulheres modernas, acabaram-se os tempos de “tricotar” junto com as vizinhas e amigas durante boa parte do dia enquanto esperavam os maridos retornarem de seus trabalhos. Hoje passamos a maior parte do dia nos escritórios, em reuniões estressantes, fazendo relatórios, respondendo e-mails, falando ao telefone e ao celular. Toda a nossa vida gira em torno desses aparelhos e de uma rotina muito corrida. E agora? Perdemos esta nossa parte tão “social” e tão “feminina” que são os relacionamentos?
Não. Por mais diferente que seja o nosso cenário atual em relação ao de nossas antepassadas, hoje temos uma ferramenta muito poderosa. Temos a internet. Com ela, podemos estar onde queremos, ver o que gostamos e, principalmente, interagir com muitas pessoas ao mesmo tempo e, o mais interessante, que partilhem dos mesmos interesses que os nossos (o antigo “tricotar”). Podemos, através da internet, manter essa nossa característica feminina tão peculiar de trocar idéias, experiências, dar opiniões, conselhos… E o mais incrível é que com o universo online, podemos expandir esse “tricotar” para além dos domínios da nossa rua, do nosso bairro ou da nossa família, que eram onde nossas avós viviam e passavam basicamente toda a sua vida. Na web, o mundo é o limite!
Daí nascem as redes sociais, sites no qual os próprios usuários criam seu conteúdo. E as mulheres já são o grande público delas, têm uma participação enorme e são responsáveis por boa parte dos temas gerados, voltado aos mais diversos interesses relacionados ao seu dia a dia e experiências de vida (cozinhar, viajar, esportes, moda, beleza, bem estar, manicure, ajuda humanitária…). As redes sociais podem, além de possibilitar às mulheres (e homens também) compartilhar ideias e experiências, criar vínculos em torno de interesses em comum e, finalmente, traduzi-los em relacionamentos reais. São as amizades que nascem na rede e que passam a ser “presenciais”, através de encontros, reuniões, festas. Ainda sobre relacionamentos, a internet com suas redes sociais serve não apenas para captar novos vínculos, mas também para manter vivos aqueles já existentes, mas que pela distância ou pela famigerada falta de tempo dos dias atuais não podem ser tão constantes ou “presenciais”. Sabe aquela sua amiga do peito que foi morar fora? Há algumas décadas atrás para ter notícias dela não restava nada além de sentar e aguardar pacientemente os dias se passarem para a chegada de uma correspondência.
E não acabou. As redes sociais podem ainda ser um canal dinâmico e efetivo para que possamos nos comunicar de forma mais clara, direta, transparente e colaborativa em relação à política, empresas, marcas e produtos. As empresas começam a descobrir isso…pouco a pouco, porém, de maneira mais rápida do que imaginávamos. Algumas de formas muito bacanas, com iniciativas interessantes, outras de forma repentina e até mesmo no susto.
Por fim, percebemos que apesar de tanto trabalho e falta de tempo, estamos vivendo dias que se traduzem nas palavras conectividade, emoção e utilidade. Palavrinhas que nós mulheres nos identificamos tanto, que sempre nortearam nosso jeito de ser, que fazem parte das nossas características tão “femininas” desde os primórdios. A tecnologia e a internet só vieram facilitar tudo isso, ser um meio nesses tempos modernos de continuar a “tecer” nossos relacionamentos de forma tão intensa como sempre fizemos, só que hoje a qualquer momento e em qualquer lugar do mundo, onde quer a gente esteja. Bem-vindo à era das redes sociais, só que agora, o céu é o limite!
*Marcela Kauffman é redatora do byMK, rede social especializada em moda. Visite o site: www.bymk.com.br
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