Garimpo: guia da mochileira das galáxias

Retomei minha paixão antiga por mochilas, acessórios que acho práticos, confortáveis e lindos. Na adolescência, herdei um modelo em jeans, de uma das minhas tias. Quando veio para mim, já estava bem surrada, mas eu adorava aquela mochila e colocava vários broches nela. Os anos passaram e abandonei os patchs e bottons, mas continuei gostando muito de mochilas. Combino-as com vestidos, jeans e camiseta, oxfords, tênis e sapatilhas, os sapatos que amo para a vida.

Ultimamente, tenho notado alguns modelos que casam bem com roupas mais formais, principalmente se a ideia for dar um toque divertido a um visual mais sério. Nas ruas de Salvador, onde moro (e acredito que em outras cidades também) as mochilas viraram febre de uns tempos para cá. Se antes a gente via mais estudantes ou jovens descolados usando, agora tem senhorinhas com mais de 60 super estilosas e mochileiras.

Para mim é libertador que a moda atual esteja perdendo cada vez mais esse ranço de que “certas coisas não devem ser usadas por certas pessoas”. Defendo que todo mundo deve se vestir de acordo com a própria personalidade e conforto. Mochilas, por exemplo, cabem perfeitamente nas composições de gente mais madura.

Minha última aquisição foi essa gracinha aí da foto abaixo:

Em jeans, Blue Steel, R$ 99,90 (no site da Renner)

Essa mochila é em jeans molinho e com lavagem clara, sem divisórias internas. Tem forro rosa em um tom bem chamativo (e eu já amo coisas coloridas) e zíper. Não gosto das mochilas saco, daquelas de amarrar, acho zíper mais seguro. Ela também tem um bolso frontal pequeno e fechado por dois botões de pressão. As alças são de material sintético. Para o dia a dia é confortável, nem muito grande e nem pequena. Também não gosto das mini-mochilas, ficam desproporcionais ao meu corpo e me sinto estranha. Essa cabe o que preciso levar para o trabalho e ainda acondiciona bem compras básicas feitas no caminho.

Vira e mexe eu futuco a internet em busca de coisas interessantes. Dessa vez fiz um garimpo de mochilas. A seguir, alguns modelos pescados nos sites da própria RennerDafiti e Marisa. Clique nas imagens para ver a galeria completa ou passe o mouse na mochila que mais gostou para ver preço, marca e onde encontrar:

*O título do post é uma brincadeira com O Guia do Mochileiro das Galáxias, série de livros icônica de Douglas Adams.

**Os preços das mochilas foram pesquisados em 13/01/2018.

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Novos momentinhos do Yacht Summer Fashion

Recebemos mais material interessante sobre o Yacht Summer Fashion (relembre aqui o primeiro post dos desfiles). Dessa vez, mostramos o que ocorreu na passarela durante apresentação da marca Jorge Bischoff, de calçados e acessórios.

Pontuada pelo romantismo clássico dos anos 20 e 40, a coleção Verão 2011 da Jorge Bischoff contempla looks modernos e estilosos. O hit da temporada são os sapatos robustos como as open boots, as plataformas e os modelos com  tiras ou amarrações….

Na cartela de cores, nuances fortes combinam com tons naturais e o jeans aparece em destaque, combinando com tonalidades contrastantes. Neste contexto, aparece também o linho, o gorgurão e os couros naturais…

Nas estampas, as flores invadiram a temporada em tecidos de algodão, lona e couro com motivos florais ou com a aplicação de grandes flores ou laços sobre modelos lisos, trazendo leveza em contraponto a aplicação de metais mais pesados. As bolsas estão em modelagens menores, com cores e materiais que combinam com os sapatos.  As clutches são as peças que mais se destacam, em diferentes tamanhos e materiais. Veja mais fotos:

Serviço:
Salvador Shopping (2º piso, área de extensão)

*Agradecimentos especiais à assessoria de comunicação da Jorge Bischoff em Salvador, que nos cedeu as fotos e descrições da coleção, pois por compromissos de trabalho, não tivemos como cobrir o desfile.

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Fatal Surf lança linha de acessórios

A marca Fatal Surf aposta agora nos acessórios. Recebemos imagens dos tênis e mochilas da nova coleção, que são muito lindos. Eles também estão investindo em carteiras, bolsas e chinelos.

Os tênis são confeccionados em couro e têm acabamento em material sintético. São forrados com palmilha em EVA e as solas são produzidas em borracha de alta resistência.

O design é um diferencial, bem moderninhos e descolados. A numeração masculina vai do 37 ao 43 e a feminina, do 34 ao 39.

O preço sugerido é de R$ 129,90.

Já as mochilas têm forro duplo e costura reforçada, feitas em material sintético.

O design investe na funcionalidade, com a opção por vários bolsos externos e internos, o que facilita a organização do material a ser carregado.

Ah, eles também têm modelos específicos para os skatistas, com espaços criados especificamente para carregar os skates. São 18 modelos diferentes em oito cores. O preço sugerido é R$ 99,00.

| SERVIÇO |
Onde comprar – Verifique a lista de representantes no site oficial da marca.

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Volta às aulas, as tartarugas estão à solta

Ainda em clima de volta às aulas – meu filhote encara seu primeiro dia de 6ªsérie/ 7ºano nesta segunda, dia 08 -, separei para publicação hoje no blog um artigo do ortopedista Fábio Ravaglia, que quem é leitor assíduo do Conversa já sabe que sempre recebemos ótimo material deste profissional. A mira do médico agora se volta para o peso das mochilas da criançada e eu vejo cada “tartaruguinha” encolhida nas ruas que dá até pena. Chamo de tartaruga porque eles – os estudantes – ficam mesmo parecendo uns quelônios urbanos, com aquelas mochilas gigantes e abarrotadas de livros nas costas, como se fossem cascos coloridos e muito, mas muito pesados mesmo. O problema todo é que carregar esse peso quando o corpo ainda está em processo de formação faz um mal danado para a coluna. Na minha vida de repórter de rua – ai saudades! – fiz muita pauta de volta às aulas e uma das matérias que não faltam nos jornais nesta época do ano, podem reparar, é aquela sobre o peso das mochilas. A escola do meu filho colocou armários para os estudantes guardarem seu material, como a gente vê nos filmes. Mas, como saúde é um tema em cuja tecla sempre temos de bater, mesmo que pareça chato e repetitivo, confiram o artigo:

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Tamanho da mochila deve ser proporcional ao do estudante

*Dr. Fabio Ravaglia

Mochila de campanha, equipamento essencial aos soldados

Pelos séculos, as mochilas adotaram diferentes formas e tamanhos. Há registros de que na Idade do Cobre o homem já utilizava uma bolsa rudimentar nas costas e ficava com as mãos livres para escalar montanhas nevadas da Europa. Há informações também de que, antes mesmo do nascimento de Cristo, as mochilas eram usadas pelas legiões romanas. Quase dois milênios mais tarde, exércitos ainda usam o equipamento tático para facilitar o cotidiano de seus pelotões. Passado o tempo, o couro e os tecidos de fibras naturais do acessório militar deram lugar a modernos materiais sintéticos e a múltiplas cores. Aprovada pelas novas gerações por sua utilidade e praticidade, desde a década de 1960, a mochila virou item de moda. A moçada quer determinados modelos e marcas para carregar daquele jeito despojado que a turma acha mais bacana. Entre as crianças, a preferência recai sobre estampas dos personagens favoritos. O ano letivo está por começar e sei que quase todos os estudantes desejam uma nova mochila para a volta às aulas.

Modismos à parte, a escolha da mochila certa é fundamental para a saúde da coluna. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 85% das pessoas sentem dores nas costas decorrentes de problemas na coluna. E essa dor pode ter origem na infância e na adolescência, relacionada ao tamanho exagerado da mochila, à maneira como se carrega e ao excesso de peso.

A mochila inadequada pode acarretar problemas à saúde. Para enumerar apenas alguns “efeitos colaterais” de uma mochila errada, cito dores nas costas, postura incorreta e desvios na coluna vertebral. A curto prazo, a pessoa pode ter dorsalgia, que são dores sentidas nas costas que podem provir de músculos, nervos, ossos, articulações ou outras estruturas da coluna vertebral. Pode também ocorrer a dor cervical, na nuca ou no pescoço e a dor lombar baixa, próxima à cintura. Outras ocorrências possíveis são: cefaleia (dor de cabeça), dor nos ombros e dormência ou dores nos braços. A longo prazo, a pessoa pode desenvolver discopatias (patologias em discos intervertebrais, naturalmente sujeitos a desgastes) e cifoses (aumento da curvatura da coluna torácica, popularmente conhecida como corcunda).

O peso em excesso pode dar origem a danos vitalícios, sobretudo comprometer a qualidade de vida e a mobilidade futura. Os males mais comuns do excesso de peso são a cifose e a lordose (desvio para cima no final da coluna). Uma referência essencial é que o peso da mochila nunca deve ultrapassar o equivalente a 10% do peso da criança ou adolescente. O percentual determinado pela OMS é de 7%, mas arredondo para ficar mais fácil e também para o caso de surgir algo a mais para carregar.

Carregar a mochila com um ombro só traz riscos à saúde da coluna

O risco apresentado pelas mochilas não reside apenas no volume, mas na forma como são utilizadas. Um dos erros mais frequentes acontece quando o estudante coloca apenas uma das correias no ombro e sobrecarrega um só lado do corpo. A maneira correta é usar as duas alças, uma em cada ombro. Além disso, é preciso arrumar os objetos dentro da mochila de forma que os itens mais pesados estejam no fundo e próximos ao corpo. A moda sugere que as alças da mochila fiquem compridas, mas é preciso coibir essa posição. A mochila deve ser posicionada oito centímetros acima da cintura. Cabe lembrar que a questão é a saúde e não a moda!

A técnica para colocar e retirar a mochila das costas é vestir uma alça, apoiar a mochila  no quadril e depois passar o braço pela outra alça. Levantar a mochila do chão requer um esforço, então, cuidado para não sobrecarregar a coluna nem um dos braços apenas. Suspenda o peso com as duas mãos, para distribuir a carga entre os dois braços, mantendo a coluna reta e os joelhos flexionados o quanto for necessário.

No que se refere ao modelo mais adequado, para as crianças pequenas são recomendadas as mochilas com rodas grandes, que rolam melhor em qualquer terreno e são mais fáceis de puxar nas escadas.

Resumo a seguir o que é importante observar:

1. o tamanho da mochila deve ser adequado à estatura da criança, não ultrapassando os limites da cintura e dos ombros;

2. o peso da mochila vazia não deve superar um quilo;

3. as alças devem ter antichoques siliconados (enchimento interno de silicone) para maior conforto e cinta abdominal associada.

As formigas podem carregar até dez vezes o próprio peso, mas nós apenas 10%

Um outro ponto relevante é o uso racional do material escolar. Os estudantes tendem a levar material que não precisam pela preguiça de arrumar diariamente a mochila apenas com livros e cadernos correspondentes às aulas do dia. Nesse caso, a minha sugestão é que as escolas pensem no modelo americano, no qual há divisões especiais das matérias diárias ou armários para que os alunos guardem alguns materiais escolares. Além disso, o planejamento das aulas pode evitar que em um único dia da semana o aluno tenha que levar materiais de disciplinas diversas. A escola e pais ou responsáveis precisam ficar atentos para evitar que a criança carregue peso excessivo.

*Fabio Ravaglia é médico ortopedista graduado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e mestre em cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Ele também preside o Instituto Ortopedia & Saúde, organização não-governamental que tem a missão de difundir informações sobre saúde e prevenção.

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