Livro ensina como falar com as meninas

Vocês devem lembrar de alguns programas de TV mostrando um garoto na faixa dos nove, 10 anos de idade, dando dicas para um homem adulto de como “chegar junto” e conquistar as garotas. O livro que inspirou toda essa precocidade, do americano Alec Greven, foi lançado ano passado nos Estados Unidos e virou febre mundial entre meninos, principalmente aqueles garotos mais velhos, que já passaram dos 20. A editora Record lança no Brasil Como Falar com Meninas e o nosso blog, que tem a intenção de desvendar o universo feminino, não poderia deixar de comentar o assunto.

Como Falar com meninas entrou nas listas dos mais vendidos dos EUA e fez de seu autor uma celebridade-mirim, com entrevistas no programa Ellen DeGeneres, na CNN, perfil na revista Time e tudo o mais.  O livro, ilustrado, traz dicas de sedução para meninos de todas as idades.

Alec no programa de entrevistas de Ellen DeGeneres
Alec no programa de entrevistas de Ellen DeGeneres

O autor, Alec Greven, tem apenas 9 anos, mas demonstra que é atento observador do comportamento feminino. As dicas, embora se apliquem ao universo escola-playgroud, onde o menino gravita, podem ser transpostas para os relacionamentos de gente grande. Quem sabe assim, com a lógica simples das crianças fique mais fácil para os homens entenderem afinal “o que as mulheres querem”.

O livro é um guia, com conselhos simples e eficientes, além de observações sobre as “coisas da vida”. O autor precoce mata uma charada que atormenta marmanjos há gerações: “as meninas vencem a maior parte das discussões”. Simples assim. Portanto, nem pense em sustentar briga com a sua namorada, no quesito argumentação ela é imbatível.

Uma curiosidade: Como falar com meninas nasceu de um trabalho escolar escrito quando Alec ainda tinha 8 anos. Fez tanto sucesso entre alunos e pais no colégio onde o menino estuda, no Colorado, que acabou tornando-se um livro. Nesse “manual” do bom conquistador, não espere dicas para ganhar todas as gatas e formar um harém. O autor é sensível e não escreveu um guia de “galinhagem”. A publicação é antes de mais nada um libelo a amizade e respeito ao outro. Misturando dicas como a roupa certa para encontrar a menina, que tipo de assunto abordar, o que dizem os gestos corporais, com doses divertidas de inocência infantil, o livro acaba mostrando que o jogo do amor é bem menos complicado do que nós adultos acreditamos.

Quem é Alec Greven?

Alec é uma gracinha, não é?
Alec é uma gracinha, não é?

O guri que escreveu Como falar com meninas está na quarta série. Ele adora ler e escrever. Atualmente, vive em Castle Rock, no Colorado, com sua família.

Para quem não tem vergonha de seguir dicas de um menino:

* “A maior parte das meninas não gosta de caras exibidos. Uma coisa que você não pode fazer é ser o palhaço da classe. Palhaços da classe atrapalham a aula toda.”

*  “Se você gosta de uma menina, penteie o cabelo (…). Não precisa se esforçar muito, apenas tente parecer meio limpo.”

*  “Controle sua hiperatividade (se precisar, coma menos doce)”

Serviço:

como falar com meninasComo falar com meninas

Autor: Alec Greven

Editora Record

48 páginas

Preço sugerido: R$ 19,90

Nas livrarias a partir desta sexta, dia 05

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Eles preferem cantadas diretas. Será?

Hoje me deparei com uma matéria dizendo que os homens preferem cantadas diretas das mulheres. Acho bacana falar sobre isso, porque embora a pesquisa realizada na Universidade Bucknell, na Pensilvânia, afirme isso, ainda há bastante contradição nesta afirmação. De acordo com o estudo, os homens têm dificuldade de entender o sinal verde das mulheres e dão preferência às investidas mais audaciosas. Talvez isso aconteça lá, nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, não sei se a pesquisa teria o mesmo resultado.

Não sei se é impressão – e acho importante os homens entrarem na discussão-, mas tenho a sensação de que mulheres mais diretas assustam um pouco. Talvez muito. E outra, se a mulher investe demais, o cara já acha que ela faz aquilo com todo mundo, ou já julga que ela é “muito fácil”. Falam tanto que as mulheres são complicadas, mas é difícil também compreender o que os homens querem. E, pior, de que forma vão enxergar uma investida mais direta. Uma pena, em pleno século XXI, nós mulheres ainda precisarmos nos preocupar com isso, quando poderíamos simplesmente chegar pro carinha e dizer que estamos a fim.

Certa vez escrevi um post falando da complexidade da tal revolução sexual. Falava também dos julgamentos a que nos sujeitamos ao aceitar uma transa na primeira noite, ou ao simplesmente querer curtir o momento sem assumir compromisso. Nós mulheres queremos isso, às vezes. Assim como também nos apaixonamos e criamos a expectativa de viver uma relação mais duradoura, por exemplo. A questão é que muitas das paixões acabam acuadas pelo receio da declaração. Realmente eu não sei se os homens preferem cantadas mais diretas. É possível que eles até prefiram, mas me preocupa a forma como interpretarão a tal cantada.

Será que vão levar a sério? Será que vão aproveitar para garantir mais uma na lista das “peguetes”? Eu ficaria feliz se descobrisse que os homens gostam de ser cantados e que  eles podem ou não aceitar a cantada de uma maneira positiva, na boa, sem julgamentos. Ficaria feliz em saber que o comportamento agora é outro, que uma cantada não vai fazê-lo criar dezenas de teorias, mas talvez faça nascer uma história de amor, ou um casinho passageiro, ou até uma relação sexual sem compromisso, se for do interesse dos dois. Eu já escrevi também sobre como investir pra ganhar o carinha, mas claro que não há fórmulas.

No final das contas, acho que as mulheres ficam meio sem saber o que fazer. O cara está ali, a gente fica a fim, mas e aí? E aí que é tanta coisa a se pensar que muitas vezes a coisa acaba não passando de uma hipótese. Acaba morrendo na dimensão do “se”. Tudo porque essa nossa sociedade machista distribui os rótulos e a gente tem dificuldade de fugir deles. Não sei vocês, meninas, mas eu realmente espero que ainda possa viver o momento em que simplesmente vou dizer o quanto acho ele interessante, sem me sentir inibida e sem ficar com milhões de dúvidas sobre o que ele vai pensar a respeito da minha atitude.

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