Tenho uma certa nostalgia dos anos 20 e 30. Adoro filmes dessa época, amo o figurino, para mim é tudo em matéria de elegância e discrição. Por isso, uma das coisas que mais me chamou atenção quando vi no São Youtube dos Cinéfilos Desesperados o trailer de Amelia, novo filme de Hillary Swank – uma atriz que também adoro desde Garotos Não Choram – me apaixonei pelo figurino da Amelia Earhart, aviadora americana que viveu entre o final do século XIX e 1937, ano em que desapareu durante uma viagem em que pilotava seu avião sobre o mar. Amelia é tida como uma heroína nos EUA, foi a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico pilotando um avião e numa época em que as mulheres mal haviam conquistado o direito de sair de casa para trabalhar e estudar. Aventureira, ela transgrediu as normas do seu tempo e foi muito além do papel estabelecido para uma mulher na sociedade do período. Uma caricatura de Amelia Earhart pode ser vista em Uma Noite no Museu 2, comédia de Ben Stiller, mas tenho certeza que Hillary Swank, com seu talento já largamente reconhecido por dois oscars e por papeis marcantes como o da lutadora de boxe de Menina de Ouro, dará muito mais verossimilhança à personagem. Espero que o filme faça jus à vida de Amelia.
Mas, enquanto o filme não chega aos cinemas, dêem uma olhada nas fotos das cenas e também em alguns croquis do figurino. As roupas – criação da diretora do longa, Mira Nair, e da figurinista Kasia Walicka Maimone -, foram inspiradas na própria Amelia, na época em que ela viveu e no seu espírito de aventura. Apesar do visual a la “barão vermelho” (referência aos pilotos da I Guerra Mundial), há também os vestidos, chapéus e todos os acessórios leves e esvoaçantes que faziam das mulheres da época um misto de diáfanas e coquetes. Vendo esse figurino, tentei viajar no tempo e imaginar o mundo de Amélia e a dualidade do seu espírito, que conciliava tão bem a feminilidade e o espírito desbravador.
E para quem quer ver detalhes das roupas e do enredo do longa, eis o link para o trailer (com legendas).