*Texto da jornalista Giovanna Castro
Para duas amantes de sapatos como eu e Andreia, o fim de tarde de quinta-feira, 17, foi especial. Isso por que o Conversa foi convidado para participar do lançamento da Coleção Outono/Inverno 2011 da Carmen Steffens, grife brasileira de sapatos de alto padrão que, já consolidada no país, especialmente no nordeste, expande seus limites no exterior. Fomos muito bem recebidas por Laís Oliveira, franqueada da marca, na filial do Shopping Iguatemi, e pudemos conhecer as tendências da grife para os nossos pezinhos.
De acordo com Laís, a coleção vem num misto de clássico com rústico, com destaque para os tons de pele (nude), animal print (estampas de bicho) e amarrações, chamando a atenção para os pés e exaltando nossa feminilidade. Tudo isso sem deixar de lado os metais, que são uma marca da Carmen Steffens, em ouro velho. O couro ‘comfort’, também encontrado em várias linhas da marca, aparece nas texturas cobra, cascavel e avestruz.
A aposta da marca é nos saltões com meia pata, que dá mais conforto e mobilidade para a mulherada que gosta de ficar nas alturas. Eu, que sempre fui amante das sapatilhas, estreei há uns três meses nos saltos e me acostumei de uma forma que não consigo mais me separar deles. Devo admitir que dão uma postura muito interessante, além de fazer sempre uma boa presença. Estou nos saltos médios, que são confortáveis para o dia a dia, mas a cabeça já abriu para alturas maiores. É só uma questão de tempo.
Por isso mesmo, achei lindas as sandálias de salto 15, mas não pude deixar de observar os saltos que mais amo, que são os saltos do tipo “sorvete”. Aprendi essa com Laís, pois os chamava de saltos “pé de banco”, numa referência aos pés de móveis dos anos 50/60 que minha mãe tinha em casa e fizeram parte da minha infância. Entre as minhas novas aquisições tem um salto “sorvete” que virou meu companheiro inseparável de tão confortável.
Adorei as bolsas de couro com corte a laser que dão aparência de renda ao material, com um resultado muito sofisticado. Mas também amei as sandálias de saltinho baixo, as spadrilles e rasteirinhas, que ainda têm lugar reservado no meu coração, obviamente. Todas as linhas combinaram muito com meu gosto, já que apresentam cores, mas todas elas mais frias, como destacou Laís. As cores do verão continuam, porém “mais apagadas”. Um luxo em cor de beringela, cereja, verde militar, além do preto e do nude, já citado.
Não faltaram os badalados “oxford”, modelos mezzo masculinos mezzo femininos, que estão muito na moda e eu usei nos anos 80. Ele foi o escolhido para completar o modelito em minha festinha de 19 anos. Ainda lembro deles como se fosse hoje, eram de couro marrom, com aqueles pespontos característicos do modelo, um verdadeiro achado. Fui muito feliz enquanto o par existiu na minha vida e sinto saudade. Mas, hoje em dia, meu estilo já não admite os “oxford” moderninhos, afinal, o tempo passa, e agora a fase é outra.
Me surpreendi com a coleção masculina da CS, a Raphael Steffens, que eu não conhecia. De acordo com Laís, os homens andam adorando a marca que surgiu dos muitos casos de rapazes que acompanhavam suas mulheres à loja. Agora, eles vão e também encontram uma coleção confortável e elegante para comprar. São sapatos esportivos com canos mais altos e pespontos, além de tênis, mocassins e sapatos sociais, para ocasiões especiais, mais cintos e pastas para notebooks. Os preços dos sapatos da Carmen Steffens não fogem muito dos valores de marcas similares, de alto padrão e excelente acabamento.
Bolsas para carregar o mundo com elegância
Em termos de sapatos, não tenho muito o que acrescentar ao que Gio já escreveu acima. Nossos gostos por calçados são muito parecidos e, além disso, enquanto ela papeava com a Laís, eu assumi a câmera fotográfica. Precisava registrar os modelos de babar na toalha para mostrar para vocês. Mas, para não dizer que não botei meu dedinho enxerido aqui no texto da amiga, oh gente, as bolsas da CS para o Outono-Inverno 2011 são um sonho!
Os modelos estão mais estruturados, mas o designer e a técnica de cortar o couro a laser, dando a sensação de que a bolsa foi feita na almofada de renda de bilro, dão uma leveza romântica e ao mesmo estilosa, já que a combinação prevê ainda as tachas, correntes e aplicações em metal que são a marca registrada da CS.
Há modelos que variam das maxi às mini, mas o destaque mesmo são as de tamanho médio, super funcionais, e as de mão, além das carteiras (tendência). Apaixonei total por uma lindíssima bolsa, em couro, com acabamento rústico e detalhe em animal print. Confesso que não sou muito chegada numa oncinha e estampas tigradas, embora tenha o tigre como um avatar (devido ao meu horóscopo chinês) e ao símbolo de força e nobreza desse felino. Mas essa, eu usaria muito feliz, porque a CS conseguiu dar ao animal print um tom sofisticado, que nem sempre vejo por aí, já que a estampa banalizou muito.
Além disso, o pulo do gato – sem trocadilho – está nas combinações com outros materiais, transformando a estampa de bicho em um detalhe que funciona como o up a mais em peças de extremo bom gosto.
Nas cores, a tendência das bolsas acompanha a dos sapatos, com os tons pele, beringela e o preto clássico. Mas não faltam peças em marinho e vermelho; além do já clássico off white.
Ah, indo à loja, não percam a chance de pegar um catálogo, além dos itens da coleção completa feminina e masculina, há dicas e pequenas reportagens muito interessantes sobre os must have da baixa estação, com orientações de gente como a Chris Niklos. O editorial de moda em Nova York, com a modelo Kylie Bisutti, nem preciso comentar, não é?
*Colaborou Andreia Santana