Vou pedir licença ao poeta romano Juvenal, para utilizar uma de suas frases mais famosas, dentro do contexto que eu quero construir. “Mens sana in corpore sano” foi escrita como parte integrante de um texto que tenta explicar o que as pessoas deveriam desejar na vida. Para mim, trata de uma expressão que implicitamente fala de equilíbrio. Equilíbrio entre o corpo, nossa parte física e palpável, e a mente, o lado imaterial, espiritual, de cada um. Estar saudável, então, passa a significar algo além dos resultados positivos nos exames médicos de rotina. Ganha um significado maior, que traduz um estado no qual tanto o corpo quanto a mente trabalham em sintonia.
A palavra espiritualidade tem hoje uma conotação pejorativa. Muitos fazem uma associação equivocada e imediata à religião. É como se o cuidado com a espiritualidade tivesse necessariamente de passar por visitas frequentes a algum templo religioso. Não, necessariamente, na minha compreensão de espiritualidade. Cuidar do corpo é até fácil, nos basta fazer os tais exames periódicos, adotar uma alimentação saudável e construir uma rotina que englobe exercícios físicos constantes. Mas cuidar do nosso lado imaterial não é tão simples assim e vai exigir da gente um esforço maior, uma dedicação ao “eu”.
“O ser humano precisa sempre cuidar e orientar seu desejo
para que ao passar pelos vários objetos de sua realização – é irrenunciável que passe – não perca a
memória bem aventurada do único grande objeto que o faz descansar, o Ser,
o Absoluto, a Realidade fontal, o que se convencionou chamar de Deus.
O Deus que aqui emerge não é simplesmente o Deus das religiões,
mas o Deus da caminhada pessoal, aquela instância de valor supremo,
aquela dimensão sagrada em nós, inegociável e intransferível.
Essas qualificações configuram aquilo que, existencialmente, chamamos de Deus.”
Leonardo Boff
Falar de espiritualidade exige uma compreensão maior do ser humano, a de que ele é resultado da conjugação de espírito e corpo. Boff alerta para a visão atual, distorcida, de que há uma dualidade entre estes dois vértices. “Perdeu-se a unidade sagrada do ser humano vivo que é a convivência dinâmica de matéria e de espírito entrelaçados e inter-retro-conectados”, é o que ele diz em um de seus textos que tratam da espiritualidade. O que sinto diariamente é que precisamos mesmo entender a importância desta conexão. Hoje estamos mais preocupados com o corpo sarado, o cabelo arrumado, o seio empinado. Esquecemos que nosso interior também precisa de cuidado, e é muito mais delicado.
Não acho que seja fácil se distanciar deste mundo insano, dos barulhos diários, do tic-tac do relógio, das buzinas dos carros, por exemplo. É complexo. Muito, até. Mas é necessário, e quando conseguirmos perceber isso talvez encontremos uma forma de chegar a este estágio de interiorização, do encontro consigo e com Deus, o Deus maior que não está preso aos alicerces de uma igreja qualquer. Nesse processo, o silêncio é importante, a meditação é importante, a concentração em nossas próprias energias também. Imprescindível é se afastar da aceleração social, buscar um lugar calmo, tranquilo, sossegado, aquele lugar que transpira paz.
“Por fim o ser humano possui profundidade.
Tem a capacidade de captar o que está além das aparências, daquilo que se vê, se escuta,
se pensa e se ama. Apreende o outro lado das coisas, sua profundidade.
As coisas todas não são apenas coisas. Todas elas possuem
uma terceia margem. São símbolos e metáforas de outra realidade
que as ultrapassa e que elas recordam.”
Leonardo Boff
Podemos nos esforçar um pouco mais. Podemos aceitar essa complexidade do nosso ser. Podemos, depois disso, buscar a mente sã em um corpo são. É só dedicarmos um pouquinho do nosso tempo àquele momento da consciência que nos ajuda a compreender o sentido e o valor do mundo, que nos ajuda a nos compreender como parte de um todo. Boff fala na necessidade de o homem “experimentar a sua própria profundidade”. Gente, o que eu estou falando aqui é de uma atitude nova. Mas uma atitude em relação a você mesmo. Pode parecer bobagem, exagero, insignificância… mas nós não precisamos deixar apenas parecer, se podemos praticar e tirar as nossas conclusões com relação a isso.
Esse post daqui é um convite. Um convite para que todos nós nos dediquemos um pouco mais ao que os outros não podem ver com os olhos, mas podem sentir com suas almas. A gente pode se despir dos preconceitos e pensar na ideia. Pelo menos pensar na possibilidade de sair dessa loucura em algum momento da sua semana, do mês, e colocar em prática a possibilidade de dedicar estes momentos a cuidar do seu interior. Não tem uma fórmula secreta, porém há iniciativas. Uma oração, uma meditação, alguns momentos dedicados à reflexão… Que tal?
aaaaaaaadddddddoooooooorrrrrrrrrreeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sou extremamente espiritualista.
Acredito na espiritualidade como acredito em Deus.
Sou Cromoterapeuta e Taróloga.
Trabalho com pessoas.
E é claro que etamos conectados com as energias cosmicas somos toda a alquimia que rege nosso universo.
Estamos prestes a vivençiar muitas revelações que nunca imaginamos.
E na nova era que é aquarius vamos conseguir ter cada dia mais certeza de como nossos espiritos são importates na nossa tragetória aqui na terra.
vamos poder estar mais próximos da essençia de nossas almas e em contato com os espiritos mais evoluidos.
Isso breve sera real
bjs Rosa Maria
Obrigada, Rosa, pela mensagem de esperança! Beijos!
Moça sua interpetração deseja ser mais profunda no seu ser vc pode falar mais de vc neste assunto sem sitar ou interpetrar alguem acredito que sua sabedoria utrapassa isto acredito em ti por isso peço que mantenhemos contato [email protected] com carinho espero que me entendas sou uma pessoa simples mais acredito em ti seja feliz
Oi, não sei como não encontrei sua página antes mas estou amando o que você escreve.
Parabéns. Boas Festas,bjs!!!
Que bom que está gostando, Lucicleide. Fico super feliz. Beijão!
Adorei o texto……..parabéns!!!!!!!!
Ana Claudia
Obrigada, Ana Claudia! Beijos!
bom estou querendo estudar o corpo e a mente em uma perpectiva na educação espiritual e educacional